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Caldeirão da Bolsa

Quase 11% dos trabalhadores recebe salário mínimo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 27/5/2012 1:41

Trabalho
Centros de emprego estão a oferecer trabalho a licenciados por 500 euros

26.05.2012 - 09:37 Raquel Martins

Foto: Paulo Pimenta

Sucedem-se as denúncias sobre o conteúdo das ofertas de colocação

Sindicato da Função Pública alerta que há empresas que estão a registar-se no portal Netemprego para beneficiarem dos apoios à contratação e que oferecem salários próximos do mínimo.

O Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores (STFPSA) acusa o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de publicitar ofertas de trabalho para licenciados a ganharem salários próximos dos 500 euros. As ofertas foram detectadas no portal Netemprego e dizem respeito a empresas que se inscreveram para beneficiarem dos apoios à contratação previstos na medida Estímulo 2012.

Num comunicado ontem divulgado, o sindicato dá conta de duas situações em que as empresas se candidatam ao apoio - que prevê o pagamento de metade do salário do desempregado contratado (ver caixa) - para admitirem desempregados com formação superior, a contrato a termo e cujos salários estão ao nível dos oferecidos a trabalhadores menos qualificados.

Um dos casos divulgados tem a ver com uma empresa de comércio de mobiliário e artigos de iluminação que pede arquitecto, com mestrado, para trabalhar a tempo inteiro por 500 euros. Outro, é uma empresa de estudos de mercado que pretende contratar um técnico de relações públicas licenciado para fazer clipping de imprensa. O horário de entrada é às cinco da manhã e o salário oferecido são 485 euros - o salário mínimo nacional.

Tanto uma oferta como a outra já não figuravam, ontem, no portal. Mas uma pesquisa pelas 3370 ofertas de emprego disponíveis revelava casos semelhantes. Uma empresa candidatava-se ao Estímulo 2012 e pretendia admitir dois médicos dentistas, a tempo completo, a ganhar 650 euros. Outra pretendia um engenheiro mecânico, que fale inglês, francês e espanhol, oferecendo um salário de 700 euros. Em todos estes casos, as empresas apenas terão que suportar metade do salário.

"São verdadeiros saldos de engenheiros, arquitectos, relações públicas, desenhadores, com o patrocínio do serviço público de emprego", lamenta Catarina Simão, dirigente do STFPSA. "Não se respeitam as tabelas salariais nem a contratação colectiva", lamenta.

Também a página electrónicados Precários Inflexíveis tinha denunciado no início da semana um caso semelhante e criticava as empresas que se "aproveitam do desemprego galopante para baixarem os salários e fomentarem a precariedade".

O PÚBLICO tentou obter esclarecimentos junto do IEFP, nomeadamente sobre a forma como é feito o controlo dos salários oferecidos, de forma a respeitarem as tabelas de cada sector e as remunerações previstas na contratação colectiva, mas até ao fecho da edição não foi possível obter uma resposta.

Balanço do programa

Desde meados de Fevereiro, 1734 desempregados conseguiram voltar ao mercado de trabalho com o apoio da medida Estímulo 2012, um pequeno contributo para a meta de 35 mil traçada pelo Governo. Para conseguirem atingir este valor no final do ano, os centros de emprego têm que conseguir colocar 3500 desempregados por mês.

Questionado sobre se este objectivo será alcançável, o presidente do IEFP, Octávio Oliveira, diz que "a meta continua válida" e garante que o instituto está a fazer "um enorme esforço de divulgação da medida". Porém, realça, "a criação de empregos depende das empresas e não do Estado, pelo que a meta proposta apresenta particulares desafios".

Em três meses, 1725 entidades mostraram-se registaram-se no Netemprego para beneficiarem da medida, tendo apresentado 3755 ofertas de emprego. De acordo com a informação solicitada ao IEFP, a maioria das ofertas vem da restauração, alojamento, apoio social, comércio, indústria alimentar, têxtil e das actividades especializadas da construção.

Apoio pode chegar aos 419,22 euros

O Estímulo 2012 entrou em vigor em meados de Fevereiro e destina-se a empresas que contratem desempregados inscritos nos centros de emprego há pelo menos seis meses.

As empresas que celebrem contratos a termo com estes desempregados recebem 50% da retribuição base até um limite máximo de 419,22 euros. Esta comparticipação sobe para 60% se as empresas celebrarem contrato sem termo com beneficiários do rendimento social de inserção, desempregados de longa duração, com idade inferior ou igual a 25 anos ou com trabalhadores com baixas qualificações ou com deficiência. Tanto num caso como no outro, o apoio é pago por um período máximo de seis meses. As empresas são obrigadas a dar 50 horas de formação e têm que manter os níveis de emprego. No fim do contrato, a empresa pode apresentar nova candidatura à medida, mas o trabalhador cujo contrato cessou é contabilizado na aferição do nível de emprego.
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por alexandre7ias » 25/5/2012 0:40

"Tem que haver moderação salarial, mas também tem que haver aumento de salários. A aposta em salários baixos é suicida, mal de nós se os salários não crescerem porque o comércio vai abaixo, as empresas que produzem para o mercado nacional vão abaixo e aumenta o desemprego", afirmou João

Para o líder da UGT, uma das principais vantagens competitivas do país "é a grande capacidade de adaptação dos trabalhadores portugueses, é o espírito do desenrascanço, que é preciso melhorar com qualificação profissional".

Nesse sentido, defendeu a importância de se "gastar bem o dinheiro nas políticas ativas de emprego e formação", frisando a necessidade de uma aposta forte na educação e na formação profissional.

Por outro lado, considerou que os centros de emprego, além de um apoio fundamental aos desempregados, devem "funcionar bem" ao nível da ligação entre a procura e a oferta de emprego.

Na sua intervenção, João

Nesse sentido, recordou que foi essa perspetiva que levou a UGT a assinar o compromisso com o Governo e as associações patronais para o crescimento, competitividade e emprego.

"É fundamental que esse compromisso seja cumprido na íntegra e ele diz que a austeridade não é solução, tem que haver crescimento e emprego", frisou.

Para João

O secretário-geral da UGT defendeu que, "para sair da crise, é necessário provocar o crescimento, promover políticas de crescimento, competitividade e emprego, como diz o compromisso" que foi assinado com o Governo e associações patronais.

"A maioria das empresas portuguesas produz para o mercado interno e, como as pessoas não têm dinheiro para comprar, as empresas fecham", frisou.

Para inverter este quadro, João

"O Estado parou com as grandes obras, mas tem que haver pequenas obras públicas, temos que favorecer a chegada das empresas portuguesas ao mercado", afirmou, defendendo também a necessidade de "combater a economia informal", que tem um peso de cerca de 40 por cento.
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por Automech » 22/5/2012 1:13

É agradecer à fantástica legislação laboral que temos que obriga as empresas a contratarem recibos verdes ou temporários. Não andam sempre na rua, com cartazes na mão ? Então não se admirem.
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por alexandre7ias » 22/5/2012 0:29

Além de ganhar mal, ainda temos isto para futuro....


Mais de metade dos jovens empregados têm trabalhos temporários

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, falou em Washington (Foto: D.R.)
Portugal é o quinto país, num total de 26, com mais jovens em empregos temporários. Já são 56,4% (175 mil) contra apenas 19,9% dos adultos

Portugal é o quinto país, num total de 26, com mais jovens empregados em trabalhos temporários. Um total de 56,4% dos empregados com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos encontram-se nessa situação, contra apenas 19,9% dos adultos. Os dados são de 2011 e foram revelados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), num relatório ontem disponibilizado.

Cruzando aquela percentagem com o valor médio do emprego jovem em 2011, dado recolhido junto do Instituto Nacional de Estatística (INE), conclui-se que há 175 mil jovens com trabalhos precários em Portugal, numa população empregada, na faixa dos 15 e 24 anos, que totalizava 310,3 mil em 2011 (valor médio anual).

O relatório da OIT, sob o título "Global Employment Trends for Youth 2012, revela que Portugal está em quinto lugar, num total de 26 países membros, com os seus 56,4% de jovens empregados em trabalhos temporários. À nossa frente, estão a Eslovénia (72,5%), a Polónia (64,3%), a Espanha (60,7%) e a Suécia (57,8%).

O chamado emprego adulto (25-64 anos) temporário cresceu em Portugal 3,6% entre 2000-2008 e 13,6% no caso dos trabalhos dos jovens. Para o período 2008 a 2011, os jovens temporários viram o seu emprego crescer 1,8%, enquanto que os adultos apenas 0,3%.

No ano corrente, o mundo deverá ter 74,6 milhões de jovens sem trabalho. De acordo com o INE, há 154,4 mil jovens desempregados no país.

Oportunidades de emprego? Veja aquiPedro Araújo
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por alexandre7ias » 21/5/2012 10:28

Fábrica da BA Vidro (Foto: D.R.)
Mais de metade dos 63,5% que ganham abaixo dos 900 euros líquidos por mês têm rendimentos mensais que não ultrapassam os 600 euros

Em Portugal, quase dois terços dos trabalhadores na vida ativa ganham menos de 900 euros líquidos por mês, conclui o estudo "Um ano de troika e de governo PSD/CDS para os trabalhadores", organizado pelo economista Eugénio Rosa.

De acordo com as conclusões do estudo - que compara dados do primeiro trimestre de 2011 com os relativos ao mesmo período deste ano -, 35,5% dos trabalhadores por conta de outrem têm um rendimento salarial mensal líquido inferior a 600 euros, o que reflete um aumento de 1,9% face ao mesmo período de 2011, com 1,3 milhões de pessoas a ganharem até 600 euros líquidos por mês e mais de 2,3 milhões - 65,3% - ganhavam menos de 900 euros, mais 1,2% do que no período homólogo do último ano.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 2011 e 2012, a percentagem de trabalhadores a receber salários líquidos inferiores a 310 euros também aumentou, de 3,7% para 4%, assim como os que têm rendimentos entre 310 e 600 euros (de 31,1% para 31,5%).

Em 2012, esta tendência de redução de rendimentos deverá aumentar: de acordo com as previsões da primavera divulgadas em maio, a Comissão Europeia prevê uma redução de 3,1% nos salários nominais dos trabalhadores portugueses (esta redução acompanha o aumento de IRS superior a 673 milhões de euros determinado pela diminuição de muitas deduções que tinham rendimentos do trabalho, acrescenta o estudo). Na administração pública, o valor atinge os 14%, na sequência da medida que retira aos funcionários públicos os subsídios de férias e de Natal, o que equivale a uma redução de 723 milhões de euros no seu rendimento disponível.

Desde há um ano, foram destruídos 203,5 mil empregos em Portugal, referem os dados do INE, o que significa que, por dia, 558 portugueses ficaram sem trabalho. No primeiro trimestre deste ano, o número aumentou ainda mais: entre janeiro e março, todos os dias 810 pessoas ficaram de-sempregadas. Esta evolução é demonstrada no aumento da taxa de desemprego oficial, que registou um aumento de 12,4% no primeiro trimestre de 2011, para 14,9% no período homólogo de 2012, um aumento de 689 mil para 819 mil desempregados, segundo o INE. Durante este período, o desemprego de longa duração (população sem trabalho há mais de um ano) cresceu de 365,2 mil para 416,2 mil pessoas, representando já em 2012 mais de metade do total dos desempregados residentes em Portugal. Estes números não incluem a taxa de desemprego real, que considera pessoas que não estão inscritas nos centros de emprego ou que não estão à procura de trabalho.

De acordo com a notícia avançada pelo DN/Dinheiro Vivo na última quarta-feira, 45% dos jovens entre os 15 e os 24 anos estão desempregados, segundo dados do INE. A Comissão Europeia estima que Portugal termine 2012 com uma taxa de desemprego médio de 15,5%, o que significa um aumento estimado de 0,6% nos próximos seis meses. Para 2013, a UE aponta uma ligeira descida, para os 15,1%.
Mariana de Araújo Barbosa
.

http://m.dinheirovivo.pt/m/article?cont ... IECO046407
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por alexandre7ias » 17/5/2012 4:14

São cada vez mais os trabalhadores que ganham o salário mínimo
Publicado ontem às 14:38
Cerca de dez por cento dos trabalhadores portugueses ganha o Salário Mínimo Nacional, percentagem que tem vindo a aumentar nos últimos quatro anos, contrariando a tendência do anterior quadriénio.
De acordo com um documento sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN) enviado na terça-feira pelo Ministério da Economia aos parceiros sociais, a percentagem de trabalhadores a receber esta remuneração passou dos 6 por cento em 2007 para os 10,5% em 2010.

Em 2010 o SMN era de 475 euros e em 2011 passou para os 485 euros, que se mantém em vigor.

"Constata-se que nos últimos quatro anos, tem vindo a aumentar significativamente a percentagem destes trabalhadores", reconhece o Governo no documento que vai ser levado à discussão na concertação social, na sexta-feira.

Entre 2003 e 2006, pelo contrário, a percentagem de trabalhadores a ganhar o SMN tinha baixado dos 6,2 por cento para 4,5 por cento.

A maioria das pessoas que recebe o SMN trabalha no imobiliário (15,5 por cento), no alojamento e restaração (16,4 por cento) e noutras atividades de serviços (20,5 por cento).

As percentagens mais baixas verificam-se nos setores da eletricidade, gás, água e saneamento (0,1 por cento).

As mulheres são quem mais ganha o SMN (14,4 por cento), mas em termos setoriais há mais mulheres (25,1 por cento) a receber esta remuneração nos texteis e vestuário.

Em termos globais, os homens representam 7,5 por cento dos trabalhadores que recebem o SMN.

Em 2003 o SMN era de 356,60 euros e em 2006 era de 385,90 euros.

No final de 2006 Governo e parceiros sociais estabeleceram um acordo que previa o aumento gradual do SMN de modo a ser de 500 euros, até 2011.

No âmbito do acordo, o SMN passou para os 403 euros em 2007, 426 euros em 2008 e 450 em 2009.
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por alexandre7ias » 13/3/2012 16:28

Trabalhadores da Autoeuropa vão receber prémio anual no valor de 938 euros

Os trabalhadores da Autoeuropa vão receber no final de março um prémio individual de 938 euros, calculado em função do número de veículos produzidos na fábrica de Palmela, disse hoje à Lusa António Chora, da Comissão de Trabalhadores.
"Este prémio é atribuído anualmente pela Volkswagen", disse António Chora, lembrando que o ano passado os trabalhadores da Autoeuropa receberam "cerca de 800 euros".

"Nós produzimos 133 mil carros o ano passado e vamos receber 938 euros cada um. Os trabalhadores da Alemanha, que produziram 1,4 milhões de viaturas, vão receber um prémio de 7.500 euros", disse.



Muito melhor que o 1% da Galp (Aumento no ordenado)

:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:
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por alexandre7ias » 13/3/2012 15:59

Trabalhadores da Galp concentram-se contra aumento salarial de 1%
Publicado ontem às 18:48

Foto: José Mota / Global Imagens
Os trabalhadores da Galp Energia vão concentrar-se, terça-feira, junto à sede da empresa, em Lisboa, para protestar contra o aumento salarial de um por cento proposto pela empresa.
"Pretendemos manifestar-nos contra a injustiça que está a ser cometida na Galp, que apresentou uma proposta de aumento de um por cento, que representa uma diminuição considerável do poder de compra dos trabalhadores", afirmou o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Galp.

Hélder Guerreiro adiantou que "os trabalhadores da Galp estão há dois anos consecutivos a perder poder de compra", exigindo "aumentos que garantam ganhos salariais reais, tendo em conta a boa situação económica e financeira da empresa".

O representante dos trabalhadores da Galp acusou ainda a petrolífera nacional de ter "uma posição anti-negocial", por ter apresentado a proposta de aumento de um por cento "sem margem para negociações".

Os trabalhadores pretendem ainda "manifestar a total oposição às alterações do Código do Trabalho apresentadas pelo Governo e que estão em discussão pública", considerando que "essas alterações se traduzem em profundas mutilações nos seus direitos contratuais".
.


Isto ainda é pior que ganhar o salário mínimo, como se sente um trabalhador com uma proposta de 1% quando os administradores ganham milhares e milhares de € numa empresa que ganha milhões. Se tivesse em dificuldades ainda entendia!
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por MarcoAntonio » 12/3/2012 23:25

Quico Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Que utilidade tem misturar o assunto com o tema deste tópico/post que é o tamanho do Estado no seu todo e não a política fiscal em diferentes áreas sociais e económicas?


Nada*! Sou eu que gosto de te chatear a cabeça.




* - (...ou talvez não).


Bom, essa passagem era sobre o tamanho do Estado como um todo e era uma resposta à alegação do Camisa Roxa de que todos os Estados são tiranos. Se todos os Estados são tiranos, o resultado de alguns deles (particularmente grandes) tem estado ao nível do melhor do que se tem conseguido fazer em termos humano-economico-sociais.

Não obstante esses Estados comerem uma fatia do PIB semelhante ao nosso, quando não é maior.


O Alexandre Soares dos Santos e outras Holdings fugirem para lá não altera o facto.



Depois, podemos claro elaborar sobre os pontos a) e b) do outro post...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Quico » 12/3/2012 23:10

MarcoAntonio Escreveu:Que utilidade tem misturar o assunto com o tema deste tópico/post que é o tamanho do Estado no seu todo e não a política fiscal em diferentes áreas sociais e económicas?


Nada*! Sou eu que gosto de te chatear a cabeça.




* - (...ou talvez não).
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por MarcoAntonio » 12/3/2012 23:01

Que utilidade tem misturar o assunto com o tema deste tópico/post que é o tamanho do Estado no seu todo e não a política fiscal em diferentes áreas sociais e económicas? Em que é um facto altera o outro?

Independemente do que acontece ao Alexandre Soares dos Santos ou ao Camisa Roxa (que imagino que não seja/detenha uma holding) o facto que permanece é quanto esse e outros Estados como esse comem do PIB!
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Quico » 12/3/2012 22:52

MarcoAntonio Escreveu:Alguns dos "maiores estados" (em relação às economias onde se inserem) encontram-se nos países maios ricos per capita, com melhor qualidade de vida e maior desenvolvimento humano.


Um desses estados é tão "pesado" e "grande" que até há empresas e holdings portuguesas a fugir para lá (adivinha lá, ó "indignado"! ;) ); entre outras coisas, para não serem tão "sugadas" em impostos.

(Quanto ao resto até concordo contigo, mas talvez se deva a uma sociedade e cultura/moral luteranó-protestante muito diferente do fórróbódó mais comum em culturas mediterrânicas ou mais "quentes"! ;) )
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por Mcmad » 12/3/2012 19:23

Pois é escada será o equivalente a termos saído do euro....
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por escada1 » 12/3/2012 15:37

O que a makro fez, demonstra bem o que pretende-se com os novos códigos de trabalho:
Despedir e baixar ordenados:

E a seguir ?

Bem, estou muito curiosos para ver como por exemplo, o pingo doçe e até mesmo os restantes operadores vão reagir.

Mas como vai ser ?

Só sei uma coisa, poupem o mais que poderem, não façam compras desnecessárias, e não tenham a mania do Mercedes.

Por isso, poupem.

Penso que os ordenado em Portugal, dentro de 2 anos terão descido em TODOS os cargos, pelo menos uns 30%
(Intervalo entre 30 e 50%).
Nota que incluo, fim de beneficios fiscais, fim de sub de férias e NAtal e outros impostos.
 
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por rmachado » 12/3/2012 15:05

Apetece-me perguntar...

E quantos trabalham na JM. :)

E outra coisa, curiosa... que parece estar a acontecer na economia "real" é que se não se injectar dinheiro na mesma a coisa começa a emperrar, pelo que deviamos ter um salário minimo superior ao atual. (curiosamente a Troika não pediu para mexer nisto ao contrário do que pediu na Grécia.. pq será?)
 
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por nuuuuno » 12/3/2012 14:31

num pais com 700km onde existem 11 estadios de futebol com capacidade acima de 30 000 adeptos ...nao é de surpreender que estejamos assim! o tuga tipico tem 2 interesses na vida...futebol e cerveja...! trabalhar?...só se for obrigado! se puder roubar o patrao...mehor! enfim...muito exagerado mas na pratica é assim que funciona..o povo é ignorante, manipulavel e preguiçoso por natureza...nao admira que se deixe enganar por estes politicos!
 
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por artista_ » 12/3/2012 12:27

traderdoespaco Escreveu:os portugueses faliram o pais votando nos politicos que lhes prometiam caminhos faceis e dinheiro facil, mesmo agora nem perceberam bem o que lhes aconteceu, a culpa eh das conspiracoes americanas ou germanicas, enfim...

ainda me lembro qd a bruxa (ferreira leite) veio falar de gastar menos dinheiro, perdeu logo as eleicoes, que bela msg isto mandou para a classe politica, ou gastas tudo ou nao es eleito.

e que grande povo este, que so quer roubar o estado ate estarmos todos falidos.

agora so lhes resta a pobreza para quem trabalha, e reformas aos 70 anos, verao como sera normal trabalhar part-time ate morrer


Em parte concordo contigo, mas isso não desculpa minimamente a classe política. Em primeiro lugar porque eles não são obrigados a prometer o que acham que não funciona só para ganhar as eleições, depois porque, mesmo que o prometam, eles nunca cumprem os programas que apresentam nas campanhas eleitorais!

Na minha opinião o problema está a outro nível. Está na facilidade com que os portugueses aceitam pessoas que são curruptas ou que mentem descaradamente. Enquanto isso acontecer obviamente que a classe política será contituída em boa parte por curruptos e grupos que estão lá para mover interesses privados. Da mesma forma que afastam gente competente e honesta que não quer ver o seu nome ligado a isto...
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por zelareka » 12/3/2012 0:14

os portugueses faliram o pais votando nos politicos que lhes prometiam caminhos faceis e dinheiro facil, mesmo agora nem perceberam bem o que lhes aconteceu, a culpa eh das conspiracoes americanas ou germanicas, enfim...

ainda me lembro qd a bruxa (ferreira leite) veio falar de gastar menos dinheiro, perdeu logo as eleicoes, que bela msg isto mandou para a classe politica, ou gastas tudo ou nao es eleito.

e que grande povo este, que so quer roubar o estado ate estarmos todos falidos.

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por artista_ » 11/3/2012 23:00

AikyFriu Escreveu:A Makro propôs a rescisão a TODOS os seus funcionários, no entanto diz que não vai reduzir as suas actividades.

Lendo nas entrelinhas, vai passar o ordenado minimo à maioria dos seus empregados!!!
Gasta uns trocos, mas a médio prazo poupa!!! quem se lixa é o trabalhador.

Não tenhamos dúvidas que é isto que se vai passar na maioria das empresas, quando entrar em vigor as novas leis laborais.

Dentro de poucos anos a grande maioria dos portugueses estará a ganhar o ordenado minimo. Os outros ou estão desempregados, ou têm altos cargos ou tarefas especializadas

A questão é: para quando a legalização da escravatura?

Um abraço


Exato, salários mínimos e contratos a prazo para zonas onde o negócio é mais sazonal ou para as épocas mais "agitadas"!

Muitos dizem que "as empresas não despedem bons trabalhadores", mas eu pergunto-me se estas alterações nas leis laborais não levarão, em muitos casos, à exploração dos trabalhadores para maximizar os lucros (ainda para mais lucros grandemente não declarados)!?

Onde é que estará o ponto de equilíbrio?
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por AikyFriu » 11/3/2012 22:42

A Makro propôs a rescisão a TODOS os seus funcionários, no entanto diz que não vai reduzir as suas actividades.

Lendo nas entrelinhas, vai passar o ordenado minimo à maioria dos seus empregados!!!
Gasta uns trocos, mas a médio prazo poupa!!! quem se lixa é o trabalhador.

Não tenhamos dúvidas que é isto que se vai passar na maioria das empresas, quando entrar em vigor as novas leis laborais.

Dentro de poucos anos a grande maioria dos portugueses estará a ganhar o ordenado minimo. Os outros ou estão desempregados, ou têm altos cargos ou tarefas especializadas

A questão é: para quando a legalização da escravatura?

Um abraço
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por artista_ » 11/3/2012 21:05

alexandre7ias Escreveu:
artista Escreveu:
A-330 Escreveu:Respondendo ao título do tópico:

Chegamos a um ponto que é para dizer que esses 11% tem muita sorte.
Há 14% (numeros oficiais) e uns 18% estimados que estão desempregados.

Somando os dois pode-se dizer que, números redondos , 30% da população vive na miséria.

A330


Não será bem assim porque, dos 18% de desempregados, uma boa parte está a receber subsídio de desemprego. Dos 11% que recebem o salário mínimo, uma boa parte ganha bem mais, o salário mínimo é apenas o que declara!

Depois, felizmente, uma boa parte dos que não ganha mesmo nada, está a viver com os pais ou outros familiares...

O problema é que, fora dos grupos que referiste, há um número elevado de pessoas idosas que vive com pensões muito abaixo do ordenado mínimo, parece-me que aí haverá mais miséria, porque para uma boa parte desses a opção trabalho (nem que fosse não declarado) já nem se coloca, porque não têm condições físicas para o fazer!
.

Pois eu acho que a fuga e bem maior nos que ganham mais que o salário mínimo. Nos dias de hoje não estou a ver o pessoal arriscar a ganhar por fora e depois caso fique sem emprego vai para o desemprego a ganhar o mínimo. Não me parece.

E já agora uma pessoa mesmo tendo empreso se ganhar o salário mínimo não deixa de estar na miséria.


Deves estar a bricar comigo, então achas que o empregado tem sequer escolha?! Nas empresas de construção quanto é que achas que ganham a grande maioria dos funcionários? Empregados de café/restaurante? Empresas de limpesa?!
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por alexandre7ias » 11/3/2012 16:15

artista Escreveu:
A-330 Escreveu:Respondendo ao título do tópico:

Chegamos a um ponto que é para dizer que esses 11% tem muita sorte.
Há 14% (numeros oficiais) e uns 18% estimados que estão desempregados.

Somando os dois pode-se dizer que, números redondos , 30% da população vive na miséria.

A330


Não será bem assim porque, dos 18% de desempregados, uma boa parte está a receber subsídio de desemprego. Dos 11% que recebem o salário mínimo, uma boa parte ganha bem mais, o salário mínimo é apenas o que declara!

Depois, felizmente, uma boa parte dos que não ganha mesmo nada, está a viver com os pais ou outros familiares...

O problema é que, fora dos grupos que referiste, há um número elevado de pessoas idosas que vive com pensões muito abaixo do ordenado mínimo, parece-me que aí haverá mais miséria, porque para uma boa parte desses a opção trabalho (nem que fosse não declarado) já nem se coloca, porque não têm condições físicas para o fazer!
.

Pois eu acho que a fuga e bem maior nos que ganham mais que o salário mínimo. Nos dias de hoje não estou a ver o pessoal arriscar a ganhar por fora e depois caso fique sem emprego vai para o desemprego a ganhar o mínimo. Não me parece.

E já agora uma pessoa mesmo tendo empreso se ganhar o salário mínimo não deixa de estar na miséria.
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por artista_ » 11/3/2012 13:02

A-330 Escreveu:Respondendo ao título do tópico:

Chegamos a um ponto que é para dizer que esses 11% tem muita sorte.
Há 14% (numeros oficiais) e uns 18% estimados que estão desempregados.

Somando os dois pode-se dizer que, números redondos , 30% da população vive na miséria.

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Não será bem assim porque, dos 18% de desempregados, uma boa parte está a receber subsídio de desemprego. Dos 11% que recebem o salário mínimo, uma boa parte ganha bem mais, o salário mínimo é apenas o que declara!

Depois, felizmente, uma boa parte dos que não ganha mesmo nada, está a viver com os pais ou outros familiares...

O problema é que, fora dos grupos que referiste, há um número elevado de pessoas idosas que vive com pensões muito abaixo do ordenado mínimo, parece-me que aí haverá mais miséria, porque para uma boa parte desses a opção trabalho (nem que fosse não declarado) já nem se coloca, porque não têm condições físicas para o fazer!
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por A330-300 » 11/3/2012 7:10

Respondendo ao título do tópico:

Chegamos a um ponto que é para dizer que esses 11% tem muita sorte.
Há 14% (numeros oficiais) e uns 18% estimados que estão desempregados.

Somando os dois pode-se dizer que, números redondos , 30% da população vive na miséria.

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por e-finance » 11/3/2012 2:14

MarcoAntonio Escreveu:
Camisa Roxa Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:O estado não é tirano. O nosso estado é que provou não ter capacidade para se auto-gerir e como tal, tem que se controlado e diminuído às suas capacidades.


não é o nosso, são todos... é a essência do Estado: crescer descontroladamente ad infinitum até o estoiro mor


Alguns dos "maiores estados" (em relação às economias onde se inserem) encontram-se nos países maios ricos per capita, com melhor qualidade de vida e maior desenvolvimento humano.

Portanto, não, não são todos Estados tiranos...

Ou se são, i.e. se é esse o teu entendimento, então eu digo e respondo benditos sejam alguns desses estados tiranos!



O Estado deve:

a) ser bem gerido (o que inclui quer uma estratégia de curto e de longo-prazo);

b) existir no interesse nacional (no interesse da população como um todo).


Uns Estados - que são formados por pessoas, individuos, cidadãos - fazem isto melhor, outros fazem pior...




PS: para que não fiquem dúvidas, a prestação do Estado em Portugal tem sido muito fraquinha.


Absolutamente de acordo com os pontos a) e b) sendo que por cá se faz exactamente o contrário. O estado é usado para beneficiar um conjunto de lobies em vez dos cidadãos.
Quanto ao planeamento este é feito a 4 anos para garantir novo mandato. Se tal não for possivel favorecem-se ao máximo os lobies, pois outros já se preparam para deitar a mão ao bolo.

//Se o governo fosse uma aplicação informática o método mais importante da aplicação seria este.

private void governoTuga(bool reeleicao, ArrayList lobies, ArrayList medPopulares)
{
if(reeleicao == true)
{
favorecerLobies(Lobies);
medidasPopulares(MedPopulares);
}
else
{
favorecerLobies(Lobies);
}
}
Don't run a race that doesn't have a finish line.
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