François Hollande - Novo presidente francês
mfsr1980 Escreveu:A "esquerdalha" não resolve, nem nunca resolveu nada!
Aliás, a origem do nosso problema está na esquerda e na facilidade dela continuar a passar a mensagem que isto se resolve sem sacrificios!
O Salazar teve de os despachar em grande velocidade para começar a erguer o País!

“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
A "esquerdalha" não resolve, nem nunca resolveu nada!
Aliás, a origem do nosso problema está na esquerda e na facilidade dela continuar a passar a mensagem que isto se resolve sem sacrificios!
O Salazar teve de os despachar em grande velocidade para começar a erguer o País!
Aliás, a origem do nosso problema está na esquerda e na facilidade dela continuar a passar a mensagem que isto se resolve sem sacrificios!
O Salazar teve de os despachar em grande velocidade para começar a erguer o País!
- Mensagens: 2033
- Registado: 3/5/2007 13:55
- Localização: LISBOA
tavaverquenao2 Escreveu:Ao menos a esquerda tem as costas largas e ainda bem, porque vai ter de ser a esquerda na europa a limpar a porcaria que esta gente tem feito. Apontem aí para não se esquecerem.
:roll:ul Escreveu:(...)
É inacreditável como é que ninguém se lembrou disto antes. Afinal, a solução não passa por apertos que nos atormentam a bolsa e a existência: passa, obviamente, pelo crescimento, definição lata para a estratégia que consiste em gastar acima das possibilidades, viver de prometidos mundos e fundos, contemplar a descida das promessas à Terra, acumular dívida, rebentar com estrondo e atribuir a culpa de tudo às agências de rating, à sra. Merkel e, grosso modo, ao capitalismo selvagem.
(...)
por ALBERTO GONÇALVES

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
"Enquanto obedece à tradição local e enche a boca de fanfarra nacionalista para falar de "la France", François Hollande gosta de se proclamar "um homem normal". A imprensa, por lá e por cá, gostou do auto-retrato e, decerto para evitar canseiras, desatou a usá-lo com abundância nas manchetes da vitória: "uma presidência 'normal'"; "um senhor 'normal' no Eliseu"; "a vitória de um homem 'normal'", etc. O adjectivo define menos o sr. Hol- lande do que a concepção que o sr. Hollande e, pelos vistos, boa parte dos jornalistas têm da normalidade.
Basta espreitar o currículo do sujeito. Em 1974, ainda estudante universitário, o sr. Hollande voluntariou-se para a campanha de François Mitterrand. Mal se licenciou, conseguiu emprego numa comissão governamental. Aos 25 anos, inscreveu-se no Partido Socialista. Aos 27, concorreu ao Parlamento nacional. Não ganhou, mas viu o esforço recompensado com um cargo de conselheiro do então recém-eleito Mitterrand. Em 1983 foi vereador de uma cidadezinha do interior e, em 1988, chegou enfim a deputado, posto que perdeu em 1993 e recuperou em 1997. Pelo meio, divertiu-se em tricas partidárias e Lionel Jospin escolheu-o para porta-voz do PS. Nem de propósito, em 1997 tornou-se líder do PS, honra que lhe caberia por mais de uma década. Em 2001, pairou pela autarquia de Tulle. Desde 2008, o sr. Hollande prosseguiu o tirocínio numa presidência regional. Agora, é presidente da República.
Um homem normal? Normalíssimo, se a palavra definir as criaturas que passam a vida inteira sem, digamos, trabalhar. Esta linha de pensamento olha de viés os que algum dia arriscaram colocar o pé fora da política e experimentaram uma profissão a sério. O sector privado é coisa de excêntricos e, convenhamos, de excêntricos pouco confiáveis. Na França e aqui, o Estado é a norma.
As ideias do sr. Hollande também são normais. Naquilo que nos toca, conheço-lhe uma: a austeridade é má. E não custa nada encontrar gente, igualmente normal, que partilha a opinião. Só em Portugal, Francisco Louçã reclama o fim da austeridade, Mário Soares jura que a austeridade não faz sentido e António José Seguro, que naturalmente tomou o triunfo do sr. Hollande a título pessoal, acha a austeridade excessiva e dispõe-se a sair à rua em protesto.
É inacreditável como é que ninguém se lembrou disto antes. Afinal, a solução não passa por apertos que nos atormentam a bolsa e a existência: passa, obviamente, pelo crescimento, definição lata para a estratégia que consiste em gastar acima das possibilidades, viver de prometidos mundos e fundos, contemplar a descida das promessas à Terra, acumular dívida, rebentar com estrondo e atribuir a culpa de tudo às agências de rating, à sra. Merkel e, grosso modo, ao capitalismo selvagem.
Para surpresa de uns poucos (muito poucos), a solução dos problemas implica o regresso ao estilo descontraído que alimentou os problemas. E se a solução talvez não seja o sr. Hollande, entretanto já empenhado em desmentir os delírios de campanha e prevenir os franceses para as maçadas que os esperam, é garantido que a solução virá, no mínimo espiritualmente, de França. Chama-se José Sócrates e é, para sermos educados, outro homem normal."
por ALBERTO GONÇALVES
Basta espreitar o currículo do sujeito. Em 1974, ainda estudante universitário, o sr. Hollande voluntariou-se para a campanha de François Mitterrand. Mal se licenciou, conseguiu emprego numa comissão governamental. Aos 25 anos, inscreveu-se no Partido Socialista. Aos 27, concorreu ao Parlamento nacional. Não ganhou, mas viu o esforço recompensado com um cargo de conselheiro do então recém-eleito Mitterrand. Em 1983 foi vereador de uma cidadezinha do interior e, em 1988, chegou enfim a deputado, posto que perdeu em 1993 e recuperou em 1997. Pelo meio, divertiu-se em tricas partidárias e Lionel Jospin escolheu-o para porta-voz do PS. Nem de propósito, em 1997 tornou-se líder do PS, honra que lhe caberia por mais de uma década. Em 2001, pairou pela autarquia de Tulle. Desde 2008, o sr. Hollande prosseguiu o tirocínio numa presidência regional. Agora, é presidente da República.
Um homem normal? Normalíssimo, se a palavra definir as criaturas que passam a vida inteira sem, digamos, trabalhar. Esta linha de pensamento olha de viés os que algum dia arriscaram colocar o pé fora da política e experimentaram uma profissão a sério. O sector privado é coisa de excêntricos e, convenhamos, de excêntricos pouco confiáveis. Na França e aqui, o Estado é a norma.
As ideias do sr. Hollande também são normais. Naquilo que nos toca, conheço-lhe uma: a austeridade é má. E não custa nada encontrar gente, igualmente normal, que partilha a opinião. Só em Portugal, Francisco Louçã reclama o fim da austeridade, Mário Soares jura que a austeridade não faz sentido e António José Seguro, que naturalmente tomou o triunfo do sr. Hollande a título pessoal, acha a austeridade excessiva e dispõe-se a sair à rua em protesto.
É inacreditável como é que ninguém se lembrou disto antes. Afinal, a solução não passa por apertos que nos atormentam a bolsa e a existência: passa, obviamente, pelo crescimento, definição lata para a estratégia que consiste em gastar acima das possibilidades, viver de prometidos mundos e fundos, contemplar a descida das promessas à Terra, acumular dívida, rebentar com estrondo e atribuir a culpa de tudo às agências de rating, à sra. Merkel e, grosso modo, ao capitalismo selvagem.
Para surpresa de uns poucos (muito poucos), a solução dos problemas implica o regresso ao estilo descontraído que alimentou os problemas. E se a solução talvez não seja o sr. Hollande, entretanto já empenhado em desmentir os delírios de campanha e prevenir os franceses para as maçadas que os esperam, é garantido que a solução virá, no mínimo espiritualmente, de França. Chama-se José Sócrates e é, para sermos educados, outro homem normal."
por ALBERTO GONÇALVES
- Mensagens: 4581
- Registado: 14/3/2009 0:19
- Localização: 16
Se só os ricos votassem Sarkozy era Presidente
Publicado hoje às 01:05
LEONÍDIO PAULO FERREIRA
Apresentar François Hollande como "um antirricos, nem sequer é dono do seu apartamento" foi a melhor forma que uma jornalista da TV americana encontrou para explicar o socialista francês. Contado pelo correspondente do Le Monde nos Estados Unidos, o episódio aconteceu no canal público PBS. E não surpreenderia que por seu lado Nicolas Sarkozy fosse etiquetado como político "pró-ricos".
É que a fama de governar a pensar nos mais abastados se colou tanto ao conservador que este passou a campanha à defesa. "Não sou o Presidente dos ricos", garantia. O resultado sabe-se. Perdeu as eleições.
Não se conhece como foi a votação das 500 mil famílias que pagam o Imposto de Solidariedade sobre a Fortuna (ISF), para quem tem património superior a 1,3 milhões de euros, como é o caso do próprio Sarkozy e sem contar com Carla Bruni, cantora e herdeira de um industrial.
Mas em Neuilly-sur-Seine, onde um em cinco lares paga o tal ISF, o candidato da direita esmagou com 84%. Claro que joga também o fator afetivo, pois Sarkozy foi lá maire. Já em Marne La Coquette, conhecida por ser a terra mais rica de França, conseguiu 78%. E não faltam exemplos, como Val d'Isére, estância de neve, ou Saint Tropez, um paraíso mediterrânico. Em ambas o candidato da direita obteve 79%.
Vale a pena olhar à lupa para os resultados da segunda volta. Hollande foi eleito Presidente dia 6 com 52% dos votos. Se só votassem os franceses que ganham menos de 1200 euros o seu triunfo seria mais confortável: 59%, segundo uma sondagem Ipsos. Entre os que recebem por mês entre 1200 e 2000 euros, Hollande obteve 56%. E 55% entre os que têm salário no escalão que vai dos 2000 aos 3000 euros. Mas acima dessa fasquia a inversão é total, com Sarkozy a impor-se com 56% perante um Hollande com apenas 44%.
Seria ridículo dizer que os 17 milhões de franceses que tentaram reeleger Sarkozy são todos ricos. Aliás, não faltará também um punhado de milionários entre os 18 milhões que preferiram o rival socialista. É preciso não esquecer que antes de Hollande a aposta da esquerda para candidato até era Dominique Strauss-Kahn, um ex-diretor do FMI casado com Anne Sinclair, neta de um célebre negociante de arte. Sinais visíveis da riqueza do casal são a casa na parisiense Place des Vosges ou a mansão em Marraquexe, assim como os quadros vendidos por dezenas de milhões.
Mesmo Hollande, se é inquilino em Paris, não deixa de ter uma casa com piscina no Sul do país. Falha o ISF por pouco!
Ninguém negará, porém, que os mais abastados têm razões para votar à direita e não só em França. Hollande fartou-se de prometer um imposto de 75% para quem tiver mais de um milhão de rendimento por ano (Barack Obama propõe só 30% e mesmo assim é chamado de comunista). E toda a campanha fez um discurso social.
Quanto a Sarkozy, vale a pena relembrar as contas que a revista Capital fez na última edição: no seu mandato, os impostos aplicados sobre o rendimento dos mais abastados (1% dos franceses) subiram 2,5 mil milhões de euros; já as taxas sobre o património desceram 3,9 mil milhões. Contas feitas, pagaram menos 1,4 mil milhões e por isso a Capital conclui que "Sarkozy foi mesmo o presidente dos ricos". Voilá.
My true enemy has no name, no face, no party. He will never stand for election and will never be elected. Despite all this, he is in charge. My enemy is the world of finance," Hollande declared at a Socialist Party (PS) rally in Paris.
To tackle this foe he announced in front of thousands of party members he would initiate a financial transactions tax, also backed by Hollande's rival, current president Nicolas Sarkozy.
Isto é o que mete medo neste senhor, a guerra contra o mundo financeiro, mais propriamente a taxa de transacções financeiras, que pode lixar a vida a muita gente do forex.
Ele fala em patriotismo, mas o que medidas é que ele propõe para a imigração descontrolada que se passa na França? Nada, isso não é ser patriota.
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
migluso Escreveu:O kiwi também é do melhor... ah, e o kiwi do Chile também... não sei se os produtores chilenos recebem subsídio ou não, mas sei que o Chile é o único país sul americano na OCDE e o mais desenvolvido... terá sido das políticas económicas liberais que adoptou há umas décadas atrás?
Ui! Não fales nisso...

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Quico Escreveu:O caso da Nova Zelandia é paradigmático: há uns anos o governo acabou pura e simplesmente com todo e qualquer subsidio para a agricultura.Parecia que o mundo ia desabar, não? Imaginem o que seria cá ou noutro país europeu - França por exemplo! Ia ser cidades invadidas por tractores e o Ministério da Agricultura tomado de assalto!![]()
Pois bem! Vão ao supermercado comprar fruta; procurem pernas de borrego; ou manteiga... É muito provável que encontrem na etiqueta "New Zeland"!
Pensem nisso: um país nos nossos antípodas exporta para cá produtos agrícolas! Sem subsídios!
Vão lá ver como eles fazem. Quê?! Ah pois ... Dá muito trabalho; mais vale num bulir...
O kiwi também é do melhor... ah, e o kiwi do Chile também... não sei se os produtores chilenos recebem subsídio ou não, mas sei que o Chile é o único país sul americano na OCDE e o mais desenvolvido... terá sido das políticas económicas liberais que adoptou há umas décadas atrás?

"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
O caso da Nova Zelandia é paradigmático: há uns anos o governo acabou pura e simplesmente com todo e qualquer subsidio para a agricultura.Parecia que o mundo ia desabar, não? Imaginem o que seria cá ou noutro país europeu - França por exemplo! Ia ser cidades invadidas por tractores e o Ministério da Agricultura tomado de assalto!
Pois bem! Vão ao supermercado comprar fruta; procurem pernas de borrego; ou manteiga... É muito provável que encontrem na etiqueta "New Zeland"!
Pensem nisso: um país nos nossos antípodas exporta para cá produtos agrícolas! Sem subsídios!
Vão lá ver como eles fazem. Quê?! Ah pois ... Dá muito trabalho; mais vale num bulir...

Pois bem! Vão ao supermercado comprar fruta; procurem pernas de borrego; ou manteiga... É muito provável que encontrem na etiqueta "New Zeland"!
Pensem nisso: um país nos nossos antípodas exporta para cá produtos agrícolas! Sem subsídios!
Vão lá ver como eles fazem. Quê?! Ah pois ... Dá muito trabalho; mais vale num bulir...

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
mapaman Escreveu:O que queria mesmo era saber em que países é que actualmente existem governos liberais no teu entendimento?
Em qualquer um que mencione é fácil encontrar algo contrário ao espírito liberal, mas se tivesse de escolher diria Holanda, Nova Zelândia e, se me cingir apenas a factores económicos, Singapura.
Mas isto dos liberais ou anti-liberais até tem muito que se lhe diga. O importante é que o estado não se meta na vida das empresas e que as deixe criar emprego e riqueza em vez de tentar faze-lo ele próprio, distorcendo sistematicamente o mercado com projectos e serviço da treta (ou ineficientes), que sugam recursos à iniciativa privada.
Há um ranking que mostra o quão miseravelmente estamos:
http://www.doingbusiness.org/rankings
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
mapaman Escreveu:AutoMech Escreveu:mapaman Escreveu:Onde estão os actuais governos liberais ?
Não sei. Pergunta ao tavaver e ao bboniek00. Eles é que os vêem todos os dias.
O que queria mesmo era saber em que países é que actualmente existem governos liberais no teu entendimento?
http://en.wikipedia.org/wiki/European_L ... form_Party
Isto responde à tua pergunta...
Qual é a "bandeirinha" que não se vê?!?
Mais do que a falta de uma economia liberal, a razão do nosso atraso é a falta de uma ética e princípios liberais nas nossas Instituições e nas nossas elites.
Provas?
O episódio recente do Mário Soares sugerir que o PS rasgue um contrato que assinou há um ano e que está válido e o episódio recente de falta de transparência do governo perante o parlamento sobre o documento de estratégia orçamental.
Fora todos os casos nojentos que vão correndo na fossa que é o nosso sistema de justiça.
Nota - Acredito que o Gaspar se sinta mal com ele próprio. Não me surpreenderia que pedisse desculpas e admitisse a falha. Tenho-o por um liberal (apesar de já ter cometido alguns actos nada liberais, como as excepções na questão dos subsídios de férias e natal que o Estado paga).
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Ron Paul...
"...
Paul, 76, draws a distinction between libertarian conservatives and those corporatist conservatives entrenching a corporate state in which Big Business merges with Big Government. That's why he is against bailouts. His defense of privacy and civil liberties and his opposition to the war on drugs endear him to people beyond his libertarian base.
..."
Estes Libertarios, conservadores honestos, veem com maus olhos os Liberais corporativos que querem ee viver aa custa dos Estados. Ron Paul ainda pertence aa "velha escola"... hoje os Liberais que temos representam o pior rasquido da explorac,ao social.
Foram eles que atiraram o Capitalismo para a valeta poliitica.
Paul, 76, draws a distinction between libertarian conservatives and those corporatist conservatives entrenching a corporate state in which Big Business merges with Big Government. That's why he is against bailouts. His defense of privacy and civil liberties and his opposition to the war on drugs endear him to people beyond his libertarian base.
..."
Estes Libertarios, conservadores honestos, veem com maus olhos os Liberais corporativos que querem ee viver aa custa dos Estados. Ron Paul ainda pertence aa "velha escola"... hoje os Liberais que temos representam o pior rasquido da explorac,ao social.
Foram eles que atiraram o Capitalismo para a valeta poliitica.

- Mensagens: 2713
- Registado: 22/4/2003 23:12
Re: Eu nao gosto de citar nomes...
bboniek00 Escreveu: Mas, reconhecidamente, a tripla: Passos-Coelho, Santos-Pereira e Rabac,a-Gaspar sao 3 refinados Liberais.
Assunc,ao-Cristas e Mota-Soares aspirantes a Liberais, num caminho de aprendizagem mas prometedor.
Cabral-Portas, Assunc,ao-Cristas e Aguiar-Branco sao Democratas-Cristaos num estado quase puro, singulares na Europa desde De Gasperi.
Por essa ordem de ideias, este deve ser nazi, praí... não?!

http://www.time.com/time/specials/packa ... 99,00.html

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Storgoff Escreveu:MERCADOS: A Alemanha financiou-se hoje nos mercados em €4.032 mil milhões, menos um milhão que o que tinha previsto, através da emissão de obrigações do tesouro a 5 anos. A taxa de juro média implícita exigida foi de 0.56%, e a procura excedeu a oferta disponível em 44%.
Notem, taxas de juro real negativas !!!
Fantástico.
Os credores pagam à Alemanha para ela se financiar…
È por estas e por outras que a Alemanha se está bem a borrifar para a agenda do crescimento e o suavizar da austeridade.
E já fala em deixar cair a Grécia.
Caso para dizer que com o mal dos outros vivo eu muito bem.
A situação actual está a ser um verdadeiro maná. A armadilha do euro (leia-se marco com outra roupagem) permitiu à Alemanha sorver recursos dos outros países membros e agora no auge da crise ainda os põe a financiar a dívida alemã .
Sim porque a culpa dos discursos radicais de esquerda na grecia é da alemanha.

A divida alemã serve de refugio para os problemas que podem surgir da grecia sair da zona euro.
No pior das hipoteses são pagos em marcos.
MERCADOS: A Alemanha financiou-se hoje nos mercados em €4.032 mil milhões, menos um milhão que o que tinha previsto, através da emissão de obrigações do tesouro a 5 anos. A taxa de juro média implícita exigida foi de 0.56%, e a procura excedeu a oferta disponível em 44%.
Notem, taxas de juro real negativas !!!
Fantástico.
Os credores pagam à Alemanha para ela se financiar…
È por estas e por outras que a Alemanha se está bem a borrifar para a agenda do crescimento e o suavizar da austeridade.
E já fala em deixar cair a Grécia.
Caso para dizer que com o mal dos outros vivo eu muito bem.
A situação actual está a ser um verdadeiro maná. A armadilha do euro (leia-se marco com outra roupagem) permitiu à Alemanha sorver recursos dos outros países membros e agora no auge da crise ainda os põe a financiar a dívida alemã .
- Mensagens: 1932
- Registado: 21/5/2009 18:43
Eu nao gosto de citar nomes...
AutoMech Escreveu:mapaman Escreveu:Onde estão os actuais governos liberais ?
Não sei. Pergunta ao tavaver e ao bboniek00. Eles é que os vêem todos os dias.
...porque depois dizem isto aquilo e aqueloutro.
Mas, reconhecidamente, a tripla: Passos-Coelho, Santos-Pereira e Rabac,a-Gaspar sao 3 refinados Liberais.
Assunc,ao-Cristas e Mota-Soares aspirantes a Liberais, num caminho de aprendizagem mas prometedor.
Cabral-Portas, Assunc,ao-Cristas e Aguiar-Branco sao Democratas-Cristaos num estado quase puro, singulares na Europa desde De Gasperi.
Arrobas-Crato, Macedo-e-Silva e Paulo-Macedo (aka Paulo Macedo) sao tecnocratas.
Teixeira-da-Cruz (aka Maria von Hafe) ee uma Idealista (ler escritos de Marinho-Pinto sobre esta mateeria).
Miranda-Relvas ee O Ideoologo do regime, um mentor de Comunicac,ao, um filoosofo da poliitica, um criativo.
Portanto trata-se de um Executivo ecleetico, heterogeeneo e, logo, difiicil de caracterizar.
Dir-se-aa conteuudo, pela proeminencia dos 3 mais influentes elementos do Gabinete de primeiro-niivel, que se trata de um governo Liberal com interessantes salpicos de populismo-indepentento-cristao, coisa nunca vista no Mundo Ocidental.
Viva Portugal.

- Mensagens: 2713
- Registado: 22/4/2003 23:12
AutoMech Escreveu:mapaman Escreveu:Onde estão os actuais governos liberais ?
Não sei. Pergunta ao tavaver e ao bboniek00. Eles é que os vêem todos os dias.
O que queria mesmo era saber em que países é que actualmente existem governos liberais no teu entendimento?
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
Vualaa !
tavaverquenao2 Escreveu:Quanto mais guincham os liberais, mais acho que estamos no caminho certo, a esquerda, não o governo.
bboniek00, pareces o ministro das finanças hoje, na comissão parlamentar, onde apresentou em cima do joelho um documento em inglês, que já tinha sido enviado para a europa.![]()
P.S. Desculpa se te ofendi ao comparar-te com o governo.
Aquilo foi em inglees para poder ser lido pela xansseler da Europa.
Nao fiquei nada ofendido ! Ser comparado com artistas de alta envergadura, gente que diz uma coisa e faz outra sem que isso levante um sarrabulho do camandros, ee, nao diria um elogio, mas deixa-nos a pensar se este povinho manso e sereno nao merece ser bandarilhado assim, com umas revoleras que atiram o bicho para um lado enquanto o valente, apoos a finta, o espeta no cachac,o.
Deve ser lembrado que, jaa quase no fim dos trabalhos, o artista VG retirou uma colecc,ao dos documentos traduzida para a liigua de Camoes (digo, de Caetano Veloso!), e a entregou ao controlador da comissao.
Aquele elemento (VG) com umas peninhas coladas nos bracinhos curtos e com um empurraozinho levantava voo como o homem voador do Corcovado. E sem motor: soo movido a vigarice que, como todos sabemos, ee uma energia "verde".

- Mensagens: 2713
- Registado: 22/4/2003 23:12
AutoMech Escreveu:tavaverquenao2 Escreveu:Quanto mais guincham os liberais, mais acho que estamos no caminho certo, a esquerda, não o governo.
Os liberais hão-de guinchar sempre porque nunca haverá um governo liberal em Portugal. Estamos limitados a socialistas ou a socialistas/comunistas.
Onde estão os actuais governos liberais ?
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
E é porque o governo era liberal, como dizem alguns. Agora imaginem como vai ser daqui para a frente. Vale a pena ler, de tão bizarro que é.
Why France Has So Many 49-Employee Companies
By Gregory Viscusi and Mark Deen on May 03, 2012
Here’s a curious fact about the French economy: The country has 2.4 times as many companies with 49 employees as with 50. What difference does one employee make? Plenty, according to the French labor code. Once a company has at least 50 employees inside France, management must create three worker councils, introduce profit sharing, and submit restructuring plans to the councils if the company decides to fire workers for economic reasons.
French businesspeople often skirt these restraints by creating new companies rather than expanding existing ones. “I can’t tell you how many times when I was Minister I’d meet an entrepreneur who would tell me about his companies,” Thierry Breton, chief executive officer of consulting firm Atos and Minister of Finance from 2005 to 2007, said at a Paris conference on April 4. “I’d ask, ‘Why companies?’ He’d say, ‘Oh, I have several so that I can keep [the workforce] under 50.’ We have to review our labor code.”
While polls show job creation and the economic crisis are the top issues for voters in the May 5 second-round vote for president, neither President Nicolas Sarkozy nor Socialist challenger François Hollande are focusing on Breton’s concern. Companies say the biggest obstacle to hiring is the 102-year-old Code du Travail, a 3,200-page rule book that dictates everything from job classifications to the ability to fire workers. Many of these rules kick in after a company’s French payroll creeps beyond 49.
Tired of delays in getting orders filled, Pierrick Haan, CEO of Dupont Medical (not to be confused with chemical company DuPont (DD)), decided last year to return production of some wheelchairs and medical equipment to France. The 150-year-old company, based in Frouard in eastern France, created 20 jobs making custom devices at a French plant—and will stop there. Faced with France’s stifling labor code, Haan probably will send any additional production of standard equipment to what he calls “Near France”—Tunisia, Bulgaria, or Romania. “The cost of labor isn’t the main problem, it’s the rigidities,” Haan says. “If you make a mistake in your hiring plans, you can’t correct it.”
There are now 2.9 million people out of work in France, almost 10 percent of the workforce and the most in 12 years. “For the 100 employees we have in France, we have 10 employee representatives, for whom we have to organize weekly meetings even when there is nothing to discuss,” Haan says. “Every time a social security contribution changes, which is frequently, we have to update software and send our HR people for training. We can’t fire anyone without exorbitant costs.”
The code sets hurdles for any company that seeks to shed jobs when it’s turning a profit. It also grants judges the authority to reverse staff cuts years after they’re initiated if companies don’t follow the rules. The courts even deem some violations of the code a criminal offense that could send executives to jail.
Software maker Viveo Group, an arm of Geneva-based Temenos Group, began the required talks with the workers’ council in February 2010 because it wanted to cut about a third of its 180-member staff, according to court records. Viveo offered employees a voluntary departure plan in June of that year as the council dragged its feet on evaluating the earlier proposal, court records show. The workers’ council then went to court to block the cuts. It won a ruling against the original plan in January 2011 on the grounds that Viveo was forecasting an 18 percent increase in sales, meaning its future didn’t depend on the layoffs. France’s highest appeals court is reviewing the decision and is expected to rule on May 3. “What holds back hiring in France is the lack of clarity on how to legally cut jobs,” says Déborah David, a labor lawyer at Jeantet Associés in Paris who has followed the case. If the decision is upheld, Viveo will have to take back the workers and hand over two and a half years in back pay, she says.
When courts don’t intervene, politicians often do. After the owners of the Lejaby lingerie factory in Yssingeaux won court approval in January to fire about half their 450 employees in France and shift production to Tunisia, the company found itself thrust into the center of this year’s campaign. Sent by Hollande to visit the plant, Socialist legislator Arnaud Montebourg told the workers they “symbolized the situation of the country.” He promised his party would work to bring back jobs that have gone abroad over the past decade if it won the election. Sarkozy vowed to save the plant and took credit for orchestrating its takeover by LVMH Möet Hennessy Louis Vuitton (MC), which is converting it to leather goods production.
Hollande makes no mention of labor regulations in his platform, which seeks to generate jobs through tax incentives and government hiring, such as creating 60,000 new teacher posts. He said on April 25 that if elected he would act to counter “a parade of firings” expected after the election: Companies may be holding back job cuts until then to avoid drawing political heat.
Worker groups say the code itself isn’t the issue. “If the code is complicated, it’s because our society is complicated,” says Bernard Vivier, director of the Higher Institute of Labor in Paris, which studies labor relations for unions and companies. “Cars are much more complicated today than they were 40 years ago. Why shouldn’t the labor code be?”
The bottom line: With 2.9 million people out of work—the worst joblessness in 12 years—France may need to overhaul its rigid labor laws.
Viscusi is a reporter for Bloomberg News in Paris. Deen is a reporter for Bloomberg News in Paris.
http://www.businessweek.com/articles/20 ... -companies
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
"...Enquanto a escassez na Europa era administrada com economia planificada, Erhard apostava nas forças do livre mercado...."
"Em 20 de junho de 1948, entrou em vigor a reforma monetária na Alemanha destruída pela Segunda Guerra Mundial. A nova moeda (marco alemão) foi distribuída nos guichês onde se apanhavam as senhas para adquirir alimentos.
'Nova moeda, novos preços', anunciavam os cartazes em 1948
Centenas de caminhões militares, com escolta fortemente armada, rodaram nos dias 16 e 17 de junho de 1948 pela Alemanha destruída ou, para ser mais exato, pelas três zonas de ocupação dos aliados ocidentais: Estados Unidos, Reino Unido e França.
Os norte-americanos, ingleses e franceses distribuíram 23 mil caixotes de madeiras pelo país, com o inocente indicativo "doorknobs" (maçanetas). Mas o conteúdo era fantástico: novo dinheiro para os alemães, em cédulas impressas nos Estados Unidos. Eram exatamente 10 bilhões 701 milhões e 720 mil marcos alemães (Deutsche Mark), como se chamava a nova moeda do pós-guerra. Os alemães precisavam de uma nova moeda, após o desacreditado Reichsmark.
A Alemanha estava destruída e a penúria imperava por toda parte. Havia dinheiro suficiente, mas não se podia comprar nada. A escassez era administrada com senhas de distribuição, o comércio de troca fazia parte do cotidiano e cigarro era a moeda clandestina. Assim, nenhuma economia podia florir. O dinheiro tinha que readquirir valor real e poder aquisitivo. E tudo aconteceu inesperadamente.
Na sexta-feira, 18 de junho de 1948, os alemães ouviram no rádio: "A primeira lei da reforma do sistema financeiro alemão foi anunciada pelos governos militares do Reino Unido, Estados Unidos e França, a entrar em vigor em 20 de junho. A moeda alemã válida até hoje será tirada de circulação por essa lei. O novo dinheiro se chama marco alemão".
Todos igualmente ricos ou pobres
Moedas de marco e pfennig alemão
No domingo, 20 de junho, foi distribuído o novo numerário nos guichês onde as pessoas apanhavam as senhas para adquirir alimentos. Naquele dia memorável, cada cidadão alemão recebeu 40 marcos, e um mês depois, mais 20 marcos. Todos eram igualmente ricos ou pobres.
Persistiam várias interrogações: O que aconteceria na segunda-feira? Como os alemães iriam lidar com o novo dinheiro? Como seriam os preços e, principalmente: a nova moeda faria os produtos aparecerem nas lojas, de repente?
De fato, na segunda-feira e nos dias seguintes, as lojas se encheram de mercadorias. De repente, podia-se comprar quase tudo.
O noticiário das telas de cinema anunciava: "A câmera fez um giro pela feira livre durante a semana e filmou imagens que, até há pouco tempo, seriam uma miragem, verduras em abundância e mercadorias da melhor qualidade. Pergunta-se pelo preço, compra-se e vai-se satisfeito para casa. O dinheiro agora é novamente tudo. As prateleiras estão cheias".
Havia muitas explicações para o milagre de abundância. As empresas produziram muito para o "dia D", mas retiveram suas mercadorias, a fim de não receber a velha moeda sem valor algum e sim a nova, cobiçada.
Milagre econômico
O milagre econômico gerado pela reforma monetária não se deveu só às potências aliadas de ocupação, mas também a Ludwig Erhard. Como diretor de economia da zona dupla norte-americana e britânica, esse alemão declarou a invalidez da senha de racionamento simultaneamente à reforma monetária. Foi uma ousadia colossal. Enquanto a escassez na Europa era administrada com economia planificada, Erhard apostava nas forças do livre mercado. Em meio à escassez, os preços deveriam estimular a produção para garantir o abastecimento de mercadorias.
Moeda única se impôs na Europa a partir de 2002
Os críticos prognosticaram o fracasso da política de Erhard, que mais tarde foi ministro da Economia e tornou-se o segundo chanceler federal alemão do pós-guerra. Sua estratégia funcionou. A economia alemã cresceu de 10% a 12% por trimestre, com taxas moderadas de inflação e produção crescente. Isso dava margem para aumento de salários e novo poder aquisitivo.
No final dos anos 60, já havia emprego pleno na Alemanha. O comércio exterior floria, porque o marco alemão, altamente desvalorizado nos primeiros anos, permitia a colocação dos produtos alemães a preços baixos no mercado mundial. Pôde assim surgir uma forte indústria de exportação e com ela, o marco se valorizou e tornou-se uma das reservas monetárias mais cobiçadas do mundo e uma âncora de estabilidade na Europa.
Não é de se admirar, portanto, que muitos alemães tenham visto com tristeza a substituição do marco alemão pela moeda comum europeia, o euro, em primeiro de janeiro de 2002."
"Em 20 de junho de 1948, entrou em vigor a reforma monetária na Alemanha destruída pela Segunda Guerra Mundial. A nova moeda (marco alemão) foi distribuída nos guichês onde se apanhavam as senhas para adquirir alimentos.
'Nova moeda, novos preços', anunciavam os cartazes em 1948
Centenas de caminhões militares, com escolta fortemente armada, rodaram nos dias 16 e 17 de junho de 1948 pela Alemanha destruída ou, para ser mais exato, pelas três zonas de ocupação dos aliados ocidentais: Estados Unidos, Reino Unido e França.
Os norte-americanos, ingleses e franceses distribuíram 23 mil caixotes de madeiras pelo país, com o inocente indicativo "doorknobs" (maçanetas). Mas o conteúdo era fantástico: novo dinheiro para os alemães, em cédulas impressas nos Estados Unidos. Eram exatamente 10 bilhões 701 milhões e 720 mil marcos alemães (Deutsche Mark), como se chamava a nova moeda do pós-guerra. Os alemães precisavam de uma nova moeda, após o desacreditado Reichsmark.
A Alemanha estava destruída e a penúria imperava por toda parte. Havia dinheiro suficiente, mas não se podia comprar nada. A escassez era administrada com senhas de distribuição, o comércio de troca fazia parte do cotidiano e cigarro era a moeda clandestina. Assim, nenhuma economia podia florir. O dinheiro tinha que readquirir valor real e poder aquisitivo. E tudo aconteceu inesperadamente.
Na sexta-feira, 18 de junho de 1948, os alemães ouviram no rádio: "A primeira lei da reforma do sistema financeiro alemão foi anunciada pelos governos militares do Reino Unido, Estados Unidos e França, a entrar em vigor em 20 de junho. A moeda alemã válida até hoje será tirada de circulação por essa lei. O novo dinheiro se chama marco alemão".
Todos igualmente ricos ou pobres
Moedas de marco e pfennig alemão
No domingo, 20 de junho, foi distribuído o novo numerário nos guichês onde as pessoas apanhavam as senhas para adquirir alimentos. Naquele dia memorável, cada cidadão alemão recebeu 40 marcos, e um mês depois, mais 20 marcos. Todos eram igualmente ricos ou pobres.
Persistiam várias interrogações: O que aconteceria na segunda-feira? Como os alemães iriam lidar com o novo dinheiro? Como seriam os preços e, principalmente: a nova moeda faria os produtos aparecerem nas lojas, de repente?
De fato, na segunda-feira e nos dias seguintes, as lojas se encheram de mercadorias. De repente, podia-se comprar quase tudo.
O noticiário das telas de cinema anunciava: "A câmera fez um giro pela feira livre durante a semana e filmou imagens que, até há pouco tempo, seriam uma miragem, verduras em abundância e mercadorias da melhor qualidade. Pergunta-se pelo preço, compra-se e vai-se satisfeito para casa. O dinheiro agora é novamente tudo. As prateleiras estão cheias".
Havia muitas explicações para o milagre de abundância. As empresas produziram muito para o "dia D", mas retiveram suas mercadorias, a fim de não receber a velha moeda sem valor algum e sim a nova, cobiçada.
Milagre econômico
O milagre econômico gerado pela reforma monetária não se deveu só às potências aliadas de ocupação, mas também a Ludwig Erhard. Como diretor de economia da zona dupla norte-americana e britânica, esse alemão declarou a invalidez da senha de racionamento simultaneamente à reforma monetária. Foi uma ousadia colossal. Enquanto a escassez na Europa era administrada com economia planificada, Erhard apostava nas forças do livre mercado. Em meio à escassez, os preços deveriam estimular a produção para garantir o abastecimento de mercadorias.
Moeda única se impôs na Europa a partir de 2002
Os críticos prognosticaram o fracasso da política de Erhard, que mais tarde foi ministro da Economia e tornou-se o segundo chanceler federal alemão do pós-guerra. Sua estratégia funcionou. A economia alemã cresceu de 10% a 12% por trimestre, com taxas moderadas de inflação e produção crescente. Isso dava margem para aumento de salários e novo poder aquisitivo.
No final dos anos 60, já havia emprego pleno na Alemanha. O comércio exterior floria, porque o marco alemão, altamente desvalorizado nos primeiros anos, permitia a colocação dos produtos alemães a preços baixos no mercado mundial. Pôde assim surgir uma forte indústria de exportação e com ela, o marco se valorizou e tornou-se uma das reservas monetárias mais cobiçadas do mundo e uma âncora de estabilidade na Europa.
Não é de se admirar, portanto, que muitos alemães tenham visto com tristeza a substituição do marco alemão pela moeda comum europeia, o euro, em primeiro de janeiro de 2002."
- Mensagens: 4581
- Registado: 14/3/2009 0:19
- Localização: 16
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: aaugustobb_69, Bar38, Google [Bot], Google Feedfetcher, PAULOJOAO, smog63 e 201 visitantes