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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho diz que é preciso compreeender melhor o que se

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Dom_Quixote » 12/5/2012 18:25

ferradura Escreveu:REVOLUÇÃO JÁ.


Já, já, não. Agora, não me dá muito jeito.

Falo por mim, claro...
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por ferradura » 12/5/2012 18:06

Estar no desempre é bom.
É só vantagens.
Penso que está no hora de uma verdadeira revolução em Portugal.

Está na hora de o exercito e fazer um golpe de estado.
Homens como este são uma infamia.Dizer-se que é bom estar desempegado e que é uma oportunidade.
É bom é para os amigos dele.E para as PPP

Mas sabem por que anda esse animal a dizer isso ?, é para distrair as atenções das secretas sobre os amigos dele.

REVOLUÇÃO JÁ.

DERRUBAR JÁ o GOVERNO !
 
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por tava3 » 12/5/2012 16:33

Ao jeronimo nunca deve ter passado pelo estreito a cerelac, digo eu. :) Comparares percurso do js com o pc parece-me esticado.
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por Automech » 12/5/2012 16:20

tavaverquenao2 Escreveu:Claro que não podia, a ração deste menino era cerelac de certeza, ele sabe lá o que é querer e não ter, ele sabe lá o que é desemprego, e já agora, ele sabe lé o que é governar o que quer que seja com pouco dinheiro.

Já reparaste que as tuas palavras se aplicam na perfeição ao Jerónimo de Sousa a partir do 25 de Abril, excepção feita ao Cerelac que presumo que já não comia aos 27 anos, quando se tornou deputado ?
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por tava3 » 12/5/2012 14:28

Claro que não podia, a ração deste menino era cerelac de certeza, ele sabe lá o que é querer e não ter, ele sabe lá o que é desemprego, e já agora, ele sabe lé o que é governar o que quer que seja com pouco dinheiro.
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Re: Teoria... e Muita Ignorancia.

por Automech » 12/5/2012 14:15

bboniek00 Escreveu: Entao o mou amigo acha que ele nao fez nada ? Bem actualmente as criancinhas nao podem trabalhar com essa idade porque lhes faz escoliose


Elá ! Eu não disse que o homem não trabalhou. Ele de facto até fez alguma coisa dos 14 aos 27 anos. Depois ? Bom, depois é o que sabemos. Provavelmente deve ter tido a tal escoliose e teve de se dedicar à política. Na linha, aliás, dos colegas sindicalistas que não põem os pés no local de trabalho há várias décadas.

Como vês estão um para o outro. A diferença é que o PPC não tem a lata de dizer ao Jerónimo que ele não sabe o que é a vida. Mas podia.
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Mais guito que os ladroes foram muitos.

por bboniek33 » 12/5/2012 13:46

tavaverquenao2 Escreveu:Hoje no dn, estado arrisca pagar ainda mais 1050 milhões em ordenados e pensões, esse sorvedouro de guita. :)

"Estado arrisca pagar ainda mais 1050 milhões pelo BPN"

http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.asp ... ia&page=-1

Afinal não, é para o bpn mesmo, ladrões. :twisted:
P.S. O fim está próximo!


As ligac,oes tiipicas do BPN deixam alguma gente da vida puublica em maus lenc,ois. Impossiivel nao estabelecer uma ligac,ao entre grupos poliiticos e financeiros que, em compadrio criminoso, se apoderaram de fundos do BPN.

Se estiveessemos na Islandia... alguns tinham malhado com o focinho numa barra de tribunal onde teriam que explicar a proveniencia de proventos obtidos de forma duubia. Haveriam certamente alguns mandados de captura internacional e arresto de bens.

Como ee na Repuublica das Bananas... anda tudo a viver aa conta do dinheiro do Ze Povinho.

E ainda veem estes iluminados dar orientac,oes quando fazem parte do bando que chafurdou na corrupc,ao. Ainda falam eles dos caciques de Angola...
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por Expat » 12/5/2012 13:40

So para relembrar um pouco de historia, vale a pena ver o video Os Donos de Portugal
http://www.youtube.com/watch?v=IVGvU0Lbxvw

O problema ja vem de ha muitas decadas. Ha neste video memorias que sao realmente impressionantes tal o nivel de golpismo, jogos de interesses e sei la mais o que.
Nao e so em Portugal que acontece, mas aqui parece ser um mal estrutural.
A vantagem da Troika e que pelo menos (e suposto ) nao alinha com isto, mas infelizmente a nossa base de partida para os sacrificios adicionais exigidos ja nao tem tinha margem de manobra e agora e o que se ve..!
Editado pela última vez por Expat em 12/5/2012 14:23, num total de 1 vez.
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por tava3 » 12/5/2012 13:37

Hoje no dn, estado arrisca pagar ainda mais 1050 milhões em ordenados e pensões, esse sorvedouro de guita. :)

"Estado arrisca pagar ainda mais 1050 milhões pelo BPN"

http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.asp ... ia&page=-1

Afinal não, é para o bpn mesmo, ladrões. :twisted:





P.S. O fim está próximo!
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Re: Teoria... e Muita Ignorancia.

por bboniek33 » 12/5/2012 13:29

AutoMech Escreveu:
bboniek00 Escreveu:"Você sabe lá o que é a vida, ..."

em 14 Outubro 2011,
Jeronimo de Sousa, dirigindo-se na AR a Passos Coelho.


LOL. Vem isto dum tipo que no 25 de Abril tinha 27 anos e a partir daí tem este curriculum:

Filho de António de Sousa e de Olímpia Jorge Carvalho[1], Jerónimo de Sousa frequentou o antigo Curso Industrial e começou a trabalhar aos catorze anos, como afinador de máquinas na MEC - Fábrica de Aparelhagem Industrial. Foi delegado sindical nessa fábrica, chegando à Direcção do Sindicato dos Metalúrgicos de Lisboa, em 1973. Aderiu ao PCP em 1974, na sequência da Revolução dos Cravos, e chegou ao Comité Central em 1979. Foi deputado à Assembleia Constituinte, de 1975 a 1976, e várias vezes eleito para a Assembleia da República, entre 1976 e 1992 e, de novo, em 2002, pelo Círculo de Setúbal. Em 1996 foi candidato a Presidente da República, tendo desistido a favor do candidato socialista, Jorge Sampaio. É secretário-geral do Partido Comunista Português, desde 27 de Novembro de 2004.


É um gajo que está farto de trabalhar.



Sobre Jeronimo de Sousa:
"...e começou a trabalhar aos catorze anos, como afinador de máquinas na MEC - Fábrica de Aparelhagem Industrial."

Entao o mou amigo acha que ele nao fez nada ? Bem actualmente as criancinhas nao podem trabalhar com essa idade porque lhes faz escoliose e depois ficam a m.amar aa conta dos papaas atee aos 40. Eis um caso dum autentico farsolas, um homem sem passado de vida, Passos Coelho, o quase-nada que fez foi obtido por apadrinhamento. Um verdadeiro "jotinha", um pendura da poliitica que nada sabe fazer. Aqui vai um estrato e o link para que possas ler a CV deste artista da poliitica.

Sobre Passos Coelho in
http://en.wikipedia.org/wiki/Pedro_Passos_Coelho#Personal_life

Passos Coelho moved to Africa at five years old, and studied in basic schools of the cities of Silva Porto and later Luanda, in the former Portuguese territory of Angola, until the age of 10. His parents went to the Portuguese African territory of Angola to work there among the native rural populations who were plagued by tropical diseases such as tuberculosis. Firstly, Pedro studied in a nun-run Catholic school, then in the public school, and again in another Catholic school run by the Maristas. Then, after the Carnation Revolution in 1974, and the dismantling of the Portuguese Overseas Empire in Africa, he returned to Europe, settling in his grandparents estate, in Valnogueiras, near the city of Vila Real, Norte Region, Portugal. In order to attend a secondary education institution in Vila Real, the Liceu Nacional Camilo Castelo-Branco (Camilo Castelo-Branco National High School), he moved to the city.[4] His father only rejoined the family in 1975, the year that Angola became an independent territory known as the People's Republic of Angola. At the age of 19, Passos Coelho went to Lisbon in order to study mathematics at the University of Lisbon. This course was his second option after medicine at the same university, however he did not reach by a fraction the extremely high marks needed to be admitted in the Lisbon Medical School. Meanwhile he had taught mathemathics at the Escola Secundária de Vila Pouca de Aguiar high school for a year (1982/1983). In Lisbon, he made a living by working as a part-time private mathematics tutor, and continued to develop his political career as a promising figure of the PSD youth branch (JSD). He was elected vice-president of JSD in 1987, and president in 1991. However, Pedro did not graduate in mathematics by the University of Lisbon. He had his first child when he was 24 years old (1988), just before he was married for the first time to Fátima Padinha, former member of girl band Doce.[5] After dropping out the University of Lisbon he would enroll in 1999 for the Lusíada University from where he would be awarded a degree in economics in 2001, when he was 37 years old, and had already been member of the parliament between 1991–1999, among other attributions (he worked in a public relations capacity during the late 1980s in Qimibro, a metals broker and trading firm founded by José Manuel Bento dos Santos and Eduardo Catroga,[6] after invitation by a cousin who worked there).[7]
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por jjmm » 12/5/2012 3:36

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por Lion_Heart » 12/5/2012 2:51

Desemprego Vs Empreendedorismo

Cada vez me apetece mais de mudar de País com declarações deste tipo.

Portugal é um País a caminho do Socialismo é o que esta na Constituição e sempre foi aplicado desde as escolas aos sindicalistas.

Todos odeiam os empreendedores , uns porque temem uma sociedade desenvolvida que os ponha na ordem (ou seja na cadeia) , que lhes acabem com os tachos e com a "m*a*m*a". Outros que se lhes acabe o emprego.

Mesmo os nossos "capitalistas" não gostam de empreendedores pq lhes podem acabar com o negocio que sempre conseguiram manter controlado atraves dos "amigos" na politica.

Até a banca não gosta deles pois significa um risco e eles não gostam de correr riscos.

Portanto Portugal é um País que odeia o empreendedor ainda mais se este for honesto.


E como o odeia faz tudo para que ele não vá longe. E como o Marco diz : Porque vou ser o A se posso ser o B? O A é que se trama sempre a grande. O B é que tem os direitos.


A pssoa honesta que quis criar uma empresa para melhorar a sua vida a da sua familia e criar alguns empregos (ou seja ajudar outros e desenvolver o País), se o negocio lhe corre mal (e é o mais certo) fica entalado para o resto da vida e ainda acaba a dormir na rua. E o Estado que o incentivou a isso é o primeiro na lista dos credores.

O Estado que tanto apregoa o estado social e da casa a muita gente sem condições e a outros com condições é o primeiro a penhorar a casa a um pequeno empreendedor a quem as coisas não correram bem.

Ser empreendedor para que? Para pagar impostos? Mais vale viver do rsi!


Como o Estado trata o empreendedor (a armadilha é perfeita) : tornou facil criar uma empresa so para o enganar. Porque criar é facil , fechar é que vai ser mais dificil. O empreendedor ainda nem começou a trabalhar e ja tem uma série de impostos a pagar, despesas fixas e outras não fixas. Ou seja ainda nao produziu ou vendeu nada mas ja esta com um saldo bem negativo. Ah , e o mais certo e qe um mês ou dois depois os impostos aumentem , a luz aumente, o gaz aumente, a renda aumenta, as multas aumentem , os prazos aumentem,etc, e que a sua margem de lucro diminua, mas ele continua a ter que pagar, e sem bufar.

E depois vem o PPC falar em criar empregos pelo empreendedorismo. LOL
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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Re: Teoria... e Muita Ignorancia.

por Automech » 12/5/2012 2:13

bboniek00 Escreveu:"Você sabe lá o que é a vida, ..."

em 14 Outubro 2011,
Jeronimo de Sousa, dirigindo-se na AR a Passos Coelho.


LOL. Vem isto dum tipo que no 25 de Abril tinha 27 anos e a partir daí tem este curriculum:

Filho de António de Sousa e de Olímpia Jorge Carvalho[1], Jerónimo de Sousa frequentou o antigo Curso Industrial e começou a trabalhar aos catorze anos, como afinador de máquinas na MEC - Fábrica de Aparelhagem Industrial. Foi delegado sindical nessa fábrica, chegando à Direcção do Sindicato dos Metalúrgicos de Lisboa, em 1973. Aderiu ao PCP em 1974, na sequência da Revolução dos Cravos, e chegou ao Comité Central em 1979. Foi deputado à Assembleia Constituinte, de 1975 a 1976, e várias vezes eleito para a Assembleia da República, entre 1976 e 1992 e, de novo, em 2002, pelo Círculo de Setúbal. Em 1996 foi candidato a Presidente da República, tendo desistido a favor do candidato socialista, Jorge Sampaio. É secretário-geral do Partido Comunista Português, desde 27 de Novembro de 2004.


É um gajo que está farto de trabalhar.
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Teoria... e Muita Ignorancia.

por bboniek33 » 11/5/2012 22:09

"Você sabe lá o que é a vida, ..."

em 14 Outubro 2011,
Jeronimo de Sousa, dirigindo-se na AR a Passos Coelho.
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por Valete » 11/5/2012 21:53

MarcoAntonio Escreveu:[tinha colocado isto inadvertidamente noutro tópico mas entretanto removi que a intenção era colocar neste]




Passos: "Estar desempregado não pode ser um sinal negativo" tem de "representar também uma oportunidade"


11 Maio 2012 | 13:54
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O primeiro-ministro defendeu hoje que estar desempregado tem de "representar também uma oportunidade para mudar de vida. Tem de representar uma livre escolha, uma mobilidade da própria sociedade". Veja aqui o vídeo.

“Estar desemprego não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida. Tem de representar uma livre escolha, uma mobilidade da própria sociedade”, afirmou Pedro Passos Coelho na apresentação do programa +E+I.

O primeiro-ministro sustentou que em Portugal “a cultura média é a da adversão ao risco” e que “a generalidade dos nossos jovens licenciados, que têm hoje um nível de qualificações muitíssimo mais elevado do que alguma vez aconteceu na história portuguesa, preferem ser trabalhadores por conta de outrem do que serem empreendedores”. Algo que na visão de Passos Coelho “tem de ser alterado”.

Desistir à primeira contrariedade é também algo que os portugueses não devem fazer. O primeiro-ministro lembrou que “o sucesso também se faz com o insucesso”. Contudo, “os erros são limitados. Não podemos estar sempre a cometer nos mesmos erros”. E é neste sentido que Passos sustenta que “estar desemprego não pode ser um sinal negativo”, não tem de ser “um estigma”.

Tem, por outro lado, de representar uma oportunidade para “mudar de vida”. Isto porque “nós não temos emprego para a vida inteira, como não temos empresas para a eternidade”. Ainda assim “nós precisamos de introduzir maior dinamismo e uma cultura de risco e de responsabilidade”.



Eu não costumo andar a comentar todos os dias o que dizem políticos (só aqui e ali) mas dado que se abriu este tópico gostaria de comentar algumas coisas em relação a estas declarações.

Estas declarações são todas muito bonitas na teoria e fora do contexto actual. No contexto actual e expecífico da economia portuguesa praticamente não fazem qualquer sentido.




Em primeiro lugar, o desemprego como oportunidade. O desemprego enquanto oportunidade compreende-se quando este se encontra em níveis baixos, saudáveis, de relativamente fácil empregabilidade (ou de perspectivas económicas que permitam a viabilização de novos negócios).

Isto não faz qualquer sentido contudo quando estamos com um desemprego galopante, em níveis record, onde a empregabilidade é extremamente difícil e onde não existem condições para lançar um novo negócio na esmagadora maioria dos casos (pois se os já existentes, com custos amortizados têm dificuldade em subsistir e estão a desempregar!...).

Portanto, no contexto actual o desemprego não é - 9 em cada 10 vezes - uma oportunidade mas um drama.

A segunda questão tem que ver com o emprego próprio, que o PPC aqui também está a promover. Ora, Portugal não é um país apetecível para lançar negócios, os empreendedores são perseguidos de uma série de formas, nomeadamente em termos de risco. Ele fala em aversão ao risco mas a aversão ao risco faz todo o sentido e é o Estado que a promove. Basta pensar nisto:

O fulano A cria uma empresa e emprega o fulano B. O fulano A não consegue tornar a empresa rentável mas tem ainda assim de pagar impostos sobre rendimentos que não tem, quantas vezes inclusivamente adiantar IVA e ficar credor de IVA ao estado (IVA que o Estado desincentiva a que se tente obter de volta) e se a empresa vai à falência o Estado é credor prioritário e vai sobre os bens do fulano A. Se este não pagar, o Estado vai penhora-lhe a casa, o carro e o que mais houver. O fulano B claro que fica desempregado mas nada lhe é penhorado pelo insucesso de negócio, o pior que lhe pode acontecer é não ter direito a subsídio de desemprego mas tendo, não só o Estado não vai sobre ele como ainda lhe paga um subsídio pelo facto de ter perdido o desemprego.

Isto tudo o que descrevi não está necessariamente errado (umas coisas estarão, outras eventualmente não) até porque em termos de risco/retorno se o negócio correr bem o fulano A tem vantagens que o fulano B pode não ter.

Mas interessa expor esta comparação para compreender a racionalidade das opções A e B em determinados contextos, nomeadamente no contexto português em que é o Estado desde logo que promove a aversão ao empreendorismo (porque há ali coisas que estão substancialmente erradas). A diferença como o Estado trata aqui o empreendedor A e o trabalhador por conta de outrém B é astronomicamente diferente e é perfeitamente óbvio que o Estado é um óbice ele próprio ao empreendorismo.







Portanto, para finalizar e sintetizar:

O desemprego não é uma oportunidade por decreto, portanto neste momento é escusado o PPC alegar que o desemprego devia ser uma oportunidade. No estágio actual ele é um drama.

O empreendorismo até pode ser promovido por decreto, mas o que o Estado decreta na verdade em Portugal é a despromoção do empreendorismo, o que se faz é decretar a aversão ao risco que PPC alega que não deveria existir. Portanto neste momento é escusado o PPC alegar que o português devia ter menos aversão ao risco, antes devia decretar por forma a que as condições de aversão ao risco fossem menores para efectivamente promover o desejado empreendorismo.


Estas palavras são facilmente entendíveis porquanto provêem de um politico.
Eles nunca sentiram na pele o conceito de estar desempregado.
Desde as jotas que existe sempre um padrinho, qual anjo da guarda, que zela para que nunca lhes falte trabalhinho.

Como bem dizes: é só teoria.
In God we trust, all others bring data.
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Bonieko : Prefere um beijinho na boca ou um murro nos dentes

por MPC_finance » 11/5/2012 21:33

Diga-me uma coisa, caro leitor: prefere comer bem ou passar fome? Prefere receber um aumento de ordenado ou um corte no subsídio de Natal? Prefere comprar uma casa nova ou ir viver para debaixo da ponte? Prefere ganhar músculo ou que lhe cortem uma perna?

Prefere um beijinho na boca ou um murro nos dentes? Se estas perguntas lhe parecem um bocado parvas, deixe-me então fazer-lhe uma outra, com igual nível de sofisticação: prefere crescimento ou austeridade?

Eu diria que o primeiro passo para termos uma sociedade melhor e mais justa, ou para ao menos aprendermos alguma coisa com esta crise desgraçada, é pedir aos políticos que nos governam, e sobretudo aos políticos que se opõem aos que nos governam, para não se comportarem no espaço público como se todos fôssemos atrasados mentais. Enquanto o combate político entre PS e PSD se fizer ao nível do "eu quero crescimento e tu queres austeridade" nós não vamos a lado nenhum.

Os portugueses não são estúpidos. Muito antes de Mário Soares andar para aí a aconselhar o PS a rasgar o acordo que assinou há um ano para fugir à bancarrota já os eleitores lhe tinham dado 14% nas presidenciais de 2006. As elites políticas e jornalísticas podem achar que o homem ainda diz coisa com coisa. O portuga que vai ao Pingo Doce mandou-o há seis anos para casa aproveitar a reforma. Não, os portugueses não são estúpidos. E por isso sabem que nenhum político sério pode colocar de um lado a austeridade e do outro lado o crescimento. Não são nem antónimos, nem alternativas. E quem disser o contrário é uma de três coisas: ignorante, senil ou mentiroso. O leitor que escolha.
João Miguel Tavare


Ponham osjolhos aqui seus Bolcheviques :mrgreen:
 
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por MarcoAntonio » 11/5/2012 21:26

[tinha colocado isto inadvertidamente noutro tópico mas entretanto removi que a intenção era colocar neste]




Passos: "Estar desempregado não pode ser um sinal negativo" tem de "representar também uma oportunidade"


11 Maio 2012 | 13:54
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O primeiro-ministro defendeu hoje que estar desempregado tem de "representar também uma oportunidade para mudar de vida. Tem de representar uma livre escolha, uma mobilidade da própria sociedade". Veja aqui o vídeo.

“Estar desemprego não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida. Tem de representar uma livre escolha, uma mobilidade da própria sociedade”, afirmou Pedro Passos Coelho na apresentação do programa +E+I.

O primeiro-ministro sustentou que em Portugal “a cultura média é a da adversão ao risco” e que “a generalidade dos nossos jovens licenciados, que têm hoje um nível de qualificações muitíssimo mais elevado do que alguma vez aconteceu na história portuguesa, preferem ser trabalhadores por conta de outrem do que serem empreendedores”. Algo que na visão de Passos Coelho “tem de ser alterado”.

Desistir à primeira contrariedade é também algo que os portugueses não devem fazer. O primeiro-ministro lembrou que “o sucesso também se faz com o insucesso”. Contudo, “os erros são limitados. Não podemos estar sempre a cometer nos mesmos erros”. E é neste sentido que Passos sustenta que “estar desemprego não pode ser um sinal negativo”, não tem de ser “um estigma”.

Tem, por outro lado, de representar uma oportunidade para “mudar de vida”. Isto porque “nós não temos emprego para a vida inteira, como não temos empresas para a eternidade”. Ainda assim “nós precisamos de introduzir maior dinamismo e uma cultura de risco e de responsabilidade”.



Eu não costumo andar a comentar todos os dias o que dizem políticos (só aqui e ali) mas dado que se abriu este tópico gostaria de comentar algumas coisas em relação a estas declarações.

Estas declarações são todas muito bonitas na teoria e fora do contexto actual. No contexto actual e expecífico da economia portuguesa praticamente não fazem qualquer sentido.




Em primeiro lugar, o desemprego como oportunidade. O desemprego enquanto oportunidade compreende-se quando este se encontra em níveis baixos, saudáveis, de relativamente fácil empregabilidade (ou de perspectivas económicas que permitam a viabilização de novos negócios).

Isto não faz qualquer sentido contudo quando estamos com um desemprego galopante, em níveis record, onde a empregabilidade é extremamente difícil e onde não existem condições para lançar um novo negócio na esmagadora maioria dos casos (pois se os já existentes, com custos amortizados têm dificuldade em subsistir e estão a desempregar!...).

Portanto, no contexto actual o desemprego não é - 9 em cada 10 vezes - uma oportunidade mas um drama.

A segunda questão tem que ver com o emprego próprio, que o PPC aqui também está a promover. Ora, Portugal não é um país apetecível para lançar negócios, os empreendedores são perseguidos de uma série de formas, nomeadamente em termos de risco. Ele fala em aversão ao risco mas a aversão ao risco faz todo o sentido e é o Estado que a promove. Basta pensar nisto:

O fulano A cria uma empresa e emprega o fulano B. O fulano A não consegue tornar a empresa rentável mas tem ainda assim de pagar impostos sobre rendimentos que não tem, quantas vezes inclusivamente adiantar IVA e ficar credor de IVA ao estado (IVA que o Estado desincentiva a que se tente obter de volta) e se a empresa vai à falência o Estado é credor prioritário e vai sobre os bens do fulano A. Se este não pagar, o Estado vai penhora-lhe a casa, o carro e o que mais houver. O fulano B claro que fica desempregado mas nada lhe é penhorado pelo insucesso de negócio, o pior que lhe pode acontecer é não ter direito a subsídio de desemprego mas tendo, não só o Estado não vai sobre ele como ainda lhe paga um subsídio pelo facto de ter perdido o desemprego.

Isto tudo o que descrevi não está necessariamente errado (umas coisas estarão, outras eventualmente não) até porque em termos de risco/retorno se o negócio correr bem o fulano A tem vantagens que o fulano B pode não ter.

Mas interessa expor esta comparação para compreender a racionalidade das opções A e B em determinados contextos, nomeadamente no contexto português em que é o Estado desde logo que promove a aversão ao empreendorismo (porque há ali coisas que estão substancialmente erradas). A diferença como o Estado trata aqui o empreendedor A e o trabalhador por conta de outrém B é astronomicamente diferente e é perfeitamente óbvio que o Estado é um óbice ele próprio ao empreendorismo.







Portanto, para finalizar e sintetizar:

O desemprego não é uma oportunidade por decreto, portanto neste momento é escusado o PPC alegar que o desemprego devia ser uma oportunidade. No estágio actual ele é um drama.

O empreendorismo até pode ser promovido por decreto, mas o que o Estado decreta na verdade em Portugal é a despromoção do empreendorismo, o que se faz é decretar a aversão ao risco que PPC alega que não deveria existir. Portanto neste momento é escusado o PPC alegar que o português devia ter menos aversão ao risco, antes devia decretar por forma a que as condições de aversão ao risco fossem menores para efectivamente promover o desejado empreendorismo.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por tava3 » 11/5/2012 21:17

Quico, que confusão vai nessa. Socras, zapatero andaram a cumprir o que se decidia na europa, e não o contrário. Já a grécia é outra conversa, quem rebentou com as contas foi a direita com a ajuda dos "buches" da america. :)
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por Quico » 11/5/2012 21:09

Que confusão que vai nessas cabeças!

Tavaver: Sócrates, Sapatero e quem quer que andou a aldrabar contas na Grécia são "esta gente". Queres que voltem, portanto... Mas pensas que temos memória de galinha?! :lol:
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Quico !!!

por bboniek33 » 11/5/2012 20:53

Quico Escreveu:Vá lá! Finalmente não confundes conservadores com liberais. :roll:


Atee prefiro um Conservador do que estes (o que eu lutei para nao usar o termo...) neo-liberais. Lembro o texto que aqui postaste do Paul Ron e o que laa se dizia destes liberais de pacotilha que andam aas cavalitas do Estado... falam contra o Estado, dizem querer menos e melhor, mas, vai-se ver melhor o passado das criaturas, e andaram todos a aviar favores puublicos, no gardanho de mordomias e, muitas vezes, nada demonstraram como empreendedores.

Sao esse "liberais" que eles importaram aa pressa para formar um executivo de lacaios.

Ee soo barraca: impostos a resvalar, falencias em barda, desemprego, a economia estagnada, moribunda e os papagaios (Medina dixit) agora atee fogem aas perguntas, sonegam os nuumeros. Estao todos aa rasca quando verificarem que o IVA (dia 15 pp), vai ser uma martelada do caneco.

Incompetentes. Porque nao um governo tecnocraatico apontado por BRU como foi feito em Italia e na Grecia ?

Esta gente nao presta.
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por tava3 » 11/5/2012 20:49

Ao menos a esquerda tem as costas largas e ainda bem, porque vai ter de ser a esquerda na europa a limpar a porcaria que esta gente tem feito. Apontem aí para não se esquecerem. 8-)
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por flugufrelsarinn » 11/5/2012 20:43

Quico Escreveu:Vá lá! Finalmente não confundes conservadores com liberais. :roll:


Mas olha que o problema não é português nessa confusão.
Ainda há pouco estive de férias até fora de Europa e confunde-se bastante(graças à comunicação social e esquerda) os dois conceitos
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por Quico » 11/5/2012 20:36

Vá lá! Finalmente não confundes conservadores com liberais. :roll:
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Ai nao ?

por bboniek33 » 11/5/2012 20:05

AutoMech Escreveu:
Quico Escreveu:Oh, não! Mais um tópico ao estilo...

Não está mau. Duas páginas e ainda não martelaram os liberais. 8-)


Estes tecnocratas-conservadores que nem uma poliitica Liberal sabem delinear, meteram Portugal num buraco, a que, pomposamente chamam: "O Bom Caminho".

Toca a correr com esta cambada.

(gostaste AutoMech ???) :mrgreen:
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por tava3 » 11/5/2012 17:08

Não te estiques. :wink:
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