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Caldeirão da Bolsa

Ministro da economia alemão defende interligação entre auste

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 22/5/2012 21:40

Monti
Disciplina orçamental sem crescimento "é insustentável"
Económico com Lusa
22/05/12 21:02

A disciplina orçamental por si só, sem crescimento económico, "é insustentável", afirmou hoje o primeiro-ministro italiano, Mario Monti.

"Sem crescimento, a disciplina orçamental é insustentável", afirmou o governante em entrevista à televisão italiana Tg2, citada pela agência France Presse, acrescentando que as conversações da semana passada em Camp David, nos Estados Unidos, enviaram uma mensagem que "a Europa vai ter de considerar".

Segundo Monti, que falava na véspera do encontro informal dos líderes europeus, "o governo italiano pode ter e está a ter uma voz respeitada de autoridade, ao apelar à Europa como um todo [a adoção de] políticas económicas que estejam mais orientadas para o crescimento".

Numa altura em que as tensões aumentam em Itália devido às medidas de austeridade aprovadas por Mario Monti, o primeiro-ministro italiano reitera: "Estou convencido de que os italianos percebem que, sem esta fase de disciplina, o país estaria à beira do precipício."

Os líderes do G8 afirmaram no fim-de-semana, em Camp David, nos Estados Unidos, querer que a Grécia se mantenha na Zona Euro e respeite as imposições para fazer baixar a sua dívida. O presidente norte-americano, Barack Obama, disse que "crescimento e emprego devem ser a principal prioridade".


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por alexandre7ias » 19/5/2012 21:20

20 mil manifestam-se em Frankfurt contra políticas de austeridade

Criticada "austeridade desumana" contra Grécia (Foto: Reuters)
Depois de uma semana de ações do movimento Blockupy, a Alemanha volta a assistir a uma manifestação contra o capitalismo e a austeridade

Mais de 20 mil pessoas manifestaram-se hoje contra a austeridade e contra o capitalismo em Frankfurt (Alemanha), a culminar uma semana de ações do movimento Blockupy (bloquear e ocupar), mais conhecido por movimento dos indignados.O protesto de hoje na meca financeira alemã foi convocado por organizações esquerdistas e sindicatos e pelo movimento antiglobalização ATTAC, e contou também, segundo a imprensa local, com delegações do ATTAC de Portugal, de Espanha e da Grécia.

Num comício perto da sede do Banco Central Europeu (BCE), vários oradores criticaram a política de combate à crise financeira da União Europeia, acusando Bruxelas de ter imposto uma “austeridade desumana" na Grécia, e de ter “roubado a soberania" a este país da moeda única sob intervenção da chamada “troika".

As anteriores manifestações nesta metrópole alemã, entre quarta e sexta-feira foram proibidas pela autarquia local, que receava graves distúrbios, depois de te sido anunciada a presença de grupos anarquistas conhecidos por recorrerem à violência.

Várias estações do metropolitano e do comboio urbano estiveram hoje fechadas, o acesso ao centro da cidade, onde se situam luxuosos estabelecimentos comerciais, foi vedado, e mais de cinco mil polícias vindos de vários pontos do país tentavam manter a ordem.

Nos dias anteriores, a polícia conseguiu impôr a proibição de manifestações e de bloqueios em pontos nevrálgicos, efetuando mais de 600 detenções entre manifestantes que desobedeceram à decisão judicial.

Na quarta-feira, um forte contingente da polícia de intervenção já tinha evacuado, também com base numa ordem dos tribunais, o acampamento de cerca de 200 indignados que estava há sete meses num parque público junto à sede do Banco central Europeu.

Os organizadores dos protestos consideraram a atuação da polícia “exagerada e desnecessária", e nas redes sociais correram mensagens sobre controlos policiais nos acessos a Frankfurt por autoestrada e via-férrea, que geraram grandes atrasos.

“Tivemos de fazer isso porque tínhamos informações de que cerca de dois mil elementos violentos ligados à extrema-esquerda queriam vir à manifestação", disse uma fonte policial.

Um advogado dos manifestantes acusou a polícia, no entanto, de ter amarrado pessoas que se estavam a manifestar pacificamente e de as ter transportado para locais a várias dezenas de quilómetros de Frankfurt, onde ficaram retidas várias horas, sob custódia.

Os receios da presidente da câmara municipal, Petra Roth, que anulou uma viagem à América do Sul, neste fim de semana, para acompanhar de perto a situação, também já tinham sido justificados com os graves confrontos que se verificaram noutra manifestação contra o capitalismo na capital financeira da Alemanha, em finais de março.

Justificando a escolha de Frankfurt, sede do Banco Central Europeu, para levar a cabo os seus protestos, os organizadores do Blockupy afirmaram que pretendiam mostrar resistência, num dos seus locais de origem, “contra um regime de crise que lança milhões de pessoas na miséria em muitos países da Europa".Dinheiro Vivo | Lusa
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por alexandre7ias » 18/5/2012 4:28

Joseph Stieglitz prevê “década perdida para a Europa e Estados Unidos”

17.05.2012 - 20:59

Foto: Nuno Ferreira Santos

Stieglitz: “A austeridade não tem funcionado e não vai funcionar”

O Nobel da Economia Joseph Stieglitz afirmou hoje que as políticas de resposta à crise, em particular a austeridade, estão a falhar e previu “uma década perdida para a Europa e Estados Unidos”.

“A austeridade não tem funcionado e não vai funcionar”, disse Stieglitz num debate temático de alto nível sobre a situação da economia mundial, na Assembleia-Geral das Nações Unidas.

“Nenhuma grande economia alguma vez recuperou com programas de austeridade de um abrandamento ou recessão económica, e muito menos da magnitude que enfrentam hoje a Europa e Estados Unidos. E estas são ambas grandes economias”, adiantou o Nobel da Economia.

Para Stieglitz, as reformas estruturais em curso não vão tirar a Europa da recessão em breve, e quando “mal desenhadas ou aprazadas, podem até exacerbar os problemas”, afectando a procura global, que deveriam estar a estimular.

Na génese da crise, afirmou, esteve a “falha dos mercados”, que levaram a bolhas especulativas, e “hoje os mercados estão a falhar outra vez”.

“É claro que os mercados não estão a usar os nossos recursos bem. E os nossos governos estão a falhar na correcção destes desequilíbrios dos mercados”, afirmou.

“Meia década depois do rebentar da bolha, as economias não estão reparadas e não parece que regressarão ao normal em breve”, sublinhou Stieglitz.

Lembrando os anos 1980 na América Latina, considerada uma década “perdida” devido a uma acumulação de políticas erradas, o economista defendeu que “esta será a década perdida para a Europa e Estados Unidos, como resultado de más políticas”.

No “pico da crise”, há quatro anos Stieglitz presidiu a um grupo de peritos convocado pelo presidente da Assembleia-Geral da ONU, para preparar um relatório com propostas para resposta à crise.

O seguimento destas propostas “não foi tão longe” como deveria, afirmou, no combate à desigualdade e em particular na reforma dos mercados financeiros, que não regressaram a um patamar “estável e sólido”.

Também continua a faltar “acção coletiva a nível global” e é preciso “ir além do G20”, pondo o “G192” no centro.

A melhor forma de o fazer, defendeu, é dar um papel “central” às Nações Unidas na coordenação deste tipo de políticas, através de um “Conselho Global de Coordenação Económica, guiado e informado por grupos de peritos”.

Esta proposta também constava do relatório de há quatro anos e foi “bem recebida”, e apesar de algumas “esperanças” iniciais não teve seguimento.

“A necessidade destas reformas hoje é mais clara ainda. O custo de atrasos será elevado, especialmente numa economia global frágil”, sublinhou.

Na abertura do debate, o ex-presidente da Reserva Federal norte-americana, Paul Volcker, afirmou que instituições como o FMI, Organização Mundial do Comércio, Banco Mundial, G20 e G7 “têm dificuldade em chegar a conclusões firmes” e em assegurar o seu cumprimento pelos Estados.

“Há necessidade de consistência nas abordagens regulatórias, o que é obviamente necessário no mundo da Finança”, afirmou o autor da chamada “regra Volcker”, que visa limitar a exposição do capital dos bancos a investimentos de risco, fortemente contestada pelo sector financeiro norte-americano.

Pontos “óbvios” desta concertação, afirmou, devem ser os requisitos de capital e os padrões contabilísticos, mas “outras restrições em bancos e mercados relevantes” também exigem uma abordagem internacional.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou para o “défice de empregos e de igualdade” global, que está a alimentar a contestação social e deve ser “levado a sério” pelos decisores políticos. “Focando-nos nos défices orçamentais, não percamos de vista o défice de empregos e investimento”, afirmou


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por Pata-Hari » 8/5/2012 14:27

Produção industrial alemã aumenta três vezes mais do que o previsto
08 Maio 2012 | 11:52
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
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A produção da maior economia da Zona Euro cresceu, em Março, três vezes mais do que o esperado pelos economistas, em mais um sinal de que a Alemanha terá evitado a recessão.
A produção subiu 2,8% face a Fevereiro, mês em que tinha caído 0,3%, anunciou hoje o Ministério da Economia em Berlim.

Os economistas consultados pela Bloomberg esperavam um ganho de 0,8%. Em termos homólogos, a produção avançou 1,6%.

A economia alemã caiu no último trimestre de 2011 uma vez que a crise de dívida prejudicou a procura por bens do país.
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Ministro da economia alemão defende interligação entre auste

por Pata-Hari » 8/5/2012 10:12

Ministro da economia alemão defende interligação entre austeridade

08/05/2012

O vice-chanceler e ministro da economia alemão, Philipp Roesler, defendeu hoje uma maior interligação da política de austeridade e da política de crescimento na zona euro, sem mais endividamento, e com o reforço das privatizações.

"É necessário estabilizar a situação financeira e possibilitar crescimento económico em todos os países europeus, mas isso não se pode fazer com novo endividamento, o crescimento não se pode comprar", disse o político liberal à televisão pública ARD.

Em vez de contrair mais dívidas, é possível desenvolver a economia reforçando as privatizações, defendeu Roesler.

O novo Presidente francês, François Hollande, exigiu durante a campanha eleitoral uma maior concentração nas políticas de crescimento, anunciando que pretende renegociar o Tratado Orçamental aprovado por 25 dos 27 países da União Europeia, para uma maior disciplina financeira.

A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou na segunda-feira, no entanto, logo após a vitória de Hollande, que o Tratado Orçamental não pode ser posto em causa.

Roesler corroborou as afirmações da chefe do Governo e disse à ARD que o Tratado, entretanto ratificado em Portugal e na Grécia e agendado para aprovação no Parlamento Alemão a 25 de maio, "já não se pode mudar".

Volker Kauder, líder parlamentar dos democratas cristãos (CDU), o partido de Merkel, disse hoje também na ARD que seria "irresponsável financiar agora programas de apoio à conjuntura na Europa com o dinheiro dos contribuintes.

"Os mercados rejeitaram essa estratégia", advertiu Kauder.
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