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Caldeirão da Bolsa

1º de Maio / Pingo Doce

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Automech » 8/5/2012 0:38

Convém recolocar o post do Alexandre porque, pelos visto, nem ele percebe o que escreve, nem o Mcmad se dá o trabalho de ler:

alexandre7ias Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:Nao fossem os sindicatos e ninguém recebia nada-:) maioria nem as leis sabe

Isso é verdade. Graças aos sindicatos é que a JM foi forçada a pagar 500% em vez dos legais 200%.



Isto só demonstra duas coisas!!!

Uma é que quando os funcionários são bem pagas a produtividade aumenta mesmo muito, para nº nunca vistos.


A outra coisa é que foi preciso pagar 2,5 mais do que a lei e isso quer dizer mais duas coisas..Ou os funcionários não queriam trabalhar nesse dia ou ganham tão mal que toca a aproveitar.


Vai sempre alguém dizer que eles foram trabalhar por amor ao Pingo Doce e que o Pingo Doce pagou assim por amor aos funcionários.


Portanto:
1. Eu falo no pagamento dos 500% do dia feriado
2. O Alexandre vem associar isso à produtividade

Ou seja, o PD pagou 500% e a produtividade dos funcionários aumentou. Presumo que devem ter andado a chamar os clientes na rua e a telefonarem para virem fazer compras.

É incrível (ou talvez não) como o Alexandre não consegue perceber que, mesmo que o PD tivesse pago metade do salário diário aos funcionários, a produtividade média deles também tinha subido dado o afluxo de clientes. A remuneração pode influenciar a produtividade, de facto, mas foi logo escolher o pior exemplo possível.
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por migluso » 8/5/2012 0:26

alexandre7ias Escreveu:
AutoMech Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:produtividade
nome feminino
1. qualidade daquilo que é produtivo
2. eficiência na produção de alguma coisa; rendimento
3. ECONOMIA relação entre uma dada quantidade produzida e um ou vários fatores necessários para a obter
(Deprodutivo+-i-+-dade).

A produtividade está ligada ao trabalhador e nunca ao cliente.


LOL, deixa lá Alexandre. Já percebemos que se em vez de pagar 500% a JM pagasse 2000% ainda era mais produtiva. Os clientes não têm nada a ver com isso. Aliás, só dão mesmo é trabalho.
:lol:
.

Claro! Pela tua lógica quando não há clientes e os empregados da caixa não trabalham não são produtivos!

Então isso quer dizer que muitas vezes a falta de produtividade não é culpa do trabalhador!

Temos que fazer então um novo estudo para ver se somos ou não mais produtivos que os restantes da zona euro..isto porque são mais ricos, logo tem mais €, logo compram mais, logo aumentam a produtividade dos funcionários dos super.


É óbvio que o trabalhador não é produtivo quando não há clientes, a não ser que esteja a produzir para stock para ser vendido mais tarde.

Mas claro que também é óbvio que produtividade reduzida ou nula, neste caso, é tudo menos culpa do trabalhador.

O mais certo é os os bens ou serviços que a empresa para quem trabalha não estejam a ter a preferência dos consumidores. O empregado pouco pode fazer neste caso.

Compete ao empresário criar novos produtos, inovar, procurar novos mercados, etc, etc...

Por fim, na minha opinião, a principal causa para a reduzida produtividade dos trabalhadores em Portugal é a reduzida base de bens de capital no nosso tecido económico, pelo que concluo ser de todo o interesse do trabalhador defender políticas que atraiam investimento real (para diferenciar das OPA e OPV), como o da Nokia/Siemens, de forma à economia gerar bens de maior valor acrescentado, aumentando assim a produtividade do trabalho e assim retribuí-lo melhor.
Editado pela última vez por migluso em 8/5/2012 0:41, num total de 1 vez.
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por Mcmad » 8/5/2012 0:04

alexandre7ias Escreveu:
AutoMech Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:produtividade
nome feminino
1. qualidade daquilo que é produtivo
2. eficiência na produção de alguma coisa; rendimento
3. ECONOMIA relação entre uma dada quantidade produzida e um ou vários fatores necessários para a obter
(Deprodutivo+-i-+-dade).

A produtividade está ligada ao trabalhador e nunca ao cliente.


LOL, deixa lá Alexandre. Já percebemos que se em vez de pagar 500% a JM pagasse 2000% ainda era mais produtiva. Os clientes não têm nada a ver com isso. Aliás, só dão mesmo é trabalho.
:lol:
.

Claro! Pela tua lógica quando não há clientes e os empregados da caixa não trabalham não são produtivos!

Então isso quer dizer que muitas vezes a falta de produtividade não é culpa do trabalhador!

Temos que fazer então um novo estudo para ver se somos ou não mais produtivos que os restantes da zona euro..isto porque são mais ricos, logo tem mais €, logo compram mais, logo aumentam a produtividade dos funcionários dos super.


Não te chateies Alexandre. :mrgreen:

A maioria mede a produtividade a olho, assim tipo economistas de TV... :)
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por L.S.S » 7/5/2012 23:58

Eu também não acredito muito nos jornaleiros tugas..

Muitos deles são uns pasquins autênticos!

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por Mcmad » 7/5/2012 23:54

tugadaytrader Escreveu:
Mcmad Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:Nao fossem os sindicatos e ninguém recebia nada-:) maioria nem as leis sabe

Isso é verdade. Graças aos sindicatos é que a JM foi forçada a pagar 500% em vez dos legais 200%.


Explica lá isso sff?!


Pelos vistos o Alexandre acredita que foi o esforço dos sindicatos que fez com que os funcionários do PD recebessem 500% em vez dos legais 200%. Mas cada um acredita no que quer.


Onde está que pagaram 500%?



Trabalhadores do Pingo Doce vão receber a 500% pelo feriado
Publicado às 17.11
VIRGÍNIA ALVES



No interior das lojas do Pingo Doce há um documento a anunciar aos trabalhadores que o feriado do 1º de Maio será pago a 500% e que todos os empregados serão abrangidos pela campanha de descontos de 50% que decorrerá de 7 a 12, para os funcionários.


Imagem[url]http://www.jn.pt

/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2488527[/url]


Deve ser o Pai Natal que chegou mais cedo. LOL

Acredita quem quiser, eu só acredito vendo os recibos. :mrgreen:

Sendo assim o preço abaixo do custo ainda é superior :mrgreen:
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por L.S.S » 7/5/2012 23:44

Mcmad Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:Nao fossem os sindicatos e ninguém recebia nada-:) maioria nem as leis sabe

Isso é verdade. Graças aos sindicatos é que a JM foi forçada a pagar 500% em vez dos legais 200%.


Explica lá isso sff?!


Pelos vistos o Alexandre acredita que foi o esforço dos sindicatos que fez com que os funcionários do PD recebessem 500% em vez dos legais 200%. Mas cada um acredita no que quer.


Onde está que pagaram 500%?



Trabalhadores do Pingo Doce vão receber a 500% pelo feriado
Publicado às 17.11
VIRGÍNIA ALVES



No interior das lojas do Pingo Doce há um documento a anunciar aos trabalhadores que o feriado do 1º de Maio será pago a 500% e que todos os empregados serão abrangidos pela campanha de descontos de 50% que decorrerá de 7 a 12, para os funcionários.


Imagemhttp://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2488527
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por Mcmad » 7/5/2012 23:39

AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:Nao fossem os sindicatos e ninguém recebia nada-:) maioria nem as leis sabe

Isso é verdade. Graças aos sindicatos é que a JM foi forçada a pagar 500% em vez dos legais 200%.


Explica lá isso sff?!


Pelos vistos o Alexandre acredita que foi o esforço dos sindicatos que fez com que os funcionários do PD recebessem 500% em vez dos legais 200%. Mas cada um acredita no que quer.


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por migluso » 7/5/2012 22:55

MarcoAntonio Escreveu:...na prática não existem mercados perfeitos onde a entrada de novos operadores se dá de forma fluída e pronta sempre que se regista uma qualquer ineficiência.


Se alguma vez leste eu afirmar que os mercados são perfeitos, reconheço já aqui o erro.

Uma coisa tenho a certeza que já escrevi várias vezes no Cdb e volto a repetir:

Os mercados não são perfeitos. Como poderiam ser se são compostos por homens?

O que eu defendo é que as ineficiências dos mercados são mais eficientemente corrigidas, passe a redundância, quantos menos entraves e limites a essa correcção existirem.
Uma ineficiência é uma oportunidade. E todos os dias há milhões de ambas.

Por outro lado, há quem pense que a legislação e a intervenção é o milagre de correcção das ineficiências.

Cada um que decida, consoante o seu pensamento e visão da história, qual das duas estará mais desfasada da realidade, no sentido do bem estar das pessoas.

Camisa, obrigado pelo texto.
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por alexandre7ias » 7/5/2012 22:48

tugadaytrader Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:Temos que fazer então um novo estudo para ver se somos ou não mais produtivos que os restantes da zona euro..




Ganhamos demais para o que produzimos. O que falha?

Mesmo assim, salários dos portugueses estão 12% abaixo da média europeia. Nas funções mais baixas, diferenças chegam aos 40%

Os portugueses ganham demais para aquilo que produzem. Recebem em média mais 0,5% do que o valor que acrescentam em termos de produtividade, adianta um estudo da consultora de gestão Hay Group. Mesmo assim, os nossos salários ficam bem longe da média europeia.

A remuneração dos trabalhadores nacionais está 12% abaixo do que ganham os europeus. Nas chamadas funções operacionais, de nível de qualificação inferior, a diferença chega aos 40%. E, para piorar o cenário, por cá a produtividade caiu 6% nos últimos 15 anos. É precisamente por causa da dela (ou melhor, da falta dela e porque sem ela não há competitividade) que a troika recomentou na quarta-feira ao Governo uma redução de salários também no sector privado.

Porque é que existem estas discrepâncias? Os salários têm sido indexados à inflação, mais do que ao reconhecimento do mérito. E o caminho não devia ser esse, explicou à Agência Financeira Luís Sitima, partner da Hay Group.

Vamos primeiro às causas, depois às soluções: primeiro, o país tem vindo a focar-se «fundamentalmente» em bens não transaccionáveis, quando devia apostar também nos bens transaccionáveis, virando-se para o exterior.

Depois, «houve esforços na avaliação de desempenho e no reconhecimento do mérito mas, no global, não tiveram o impacto desejado ao nível da produtividade, porque os salários são muito mais indexados à inflação».

Outro factor ainda é que «ainda temos muitas PME que, à escala mundial, são na verdade microempresas».

As soluções

«Para ganhar escala, é preciso que as empresas se fundam ou cooperem». Dando o melhor de cada uma, poderão competir no mercado internacional. Poderão exportar a sério. «Países como a Suécia, Suíça e Holanda têm marcas globais». Esse é o desafio que se coloca a Portugal. E aqui está em causa a «produtividade de cada negócio, não só de cada trabalhador».

Será mesmo preciso cortar salários? «Percebo a solução do ponto de vista do curto prazo, mas não é sustentável a médio e longo prazo. Se formos exclusivamente pela via do custo de trabalho, corremos o risco da perda de talentos». Esses profissionais de topo competem de igual para igual lá fora. Os seus salários estão em linha com os da média europeia.

«Reduzir salários é sempre uma forma de respirar um bocadinho». Como explicou o partner da Hay Group, eles representam 30% a 40% dos custos totais, mas cortar não é uma solução. «Fazê-lo para competir é estar a adiar o problema. Faz sentido, quando muito, fazê-lo num muito curto espaço de tempo, para depois recuperar».

Se já «como um todo não somos produtivos», a medida teria «um impacto muito significativo na moral das pessoas e na sua produtividade, na fuga de talentos». De qualquer modo, reconheceu, «a maior parte das pessoas prefere reduzir o salário a ser despedida».

O caminho, a bem da economia, é outro: «Transformar salários indexados à produtividade, reconhecer o mérito, premiar as pessoas em função do desempenho». Se houver «um corte transversal de salários no sector privado, não é por o ser que é mais justo». Há que ter «cuidado com os abusos». Há empresas que não precisam, «de todo», de o fazer.

Cortar, cortar... Mas quando poderão os salários vir, pelo contrário, a aumentar? «Fazer futurologias a três ou quatro anos é complicado». Antes de podermos ter a carteira mais cheia é preciso pôr o país a crescer, através do investimento externo em Portugal - «e este é um óptimo momento para as empresas investirem cá». As nossas precisam de se modernizar e as pessoas têm de ser mais produtivas.

Isso «não significa trabalharem mais mas dar mais valor em cada hora de trabalho». «São as pessoas que fazem a economia crescer, não as previsões. Estamos a estancar a hemorragia agora, mas depois é preciso apostar na cura e retomar crescimento». Se fizermos isso, afirma, lá para 2013 ou 2014 poderemos estar melhor e ver depois os salários engordar.
.


"O ministro da Economia mostrou disponibilidade para discutir o assunto na concertação social, agora vamos ver até que ponto essa disponibilidade vai mais longe", afirmou aos jornalistas Arménio Carlos, à saída de uma reunião com Álvaro Santos Pereira, no Ministério da Economia.

De acordo com o secretário-geral da CGTP, o "ministro reconheceu" que Portugal está "numa situação em que é fundamental dinamizar o mercado interno", o que passa, entre outras coisas, pela melhoria dos salários e das pensões de reforma.

"Exigimos que haja da parte do Governo as medidas adequadas para rapidamente aumentar o SMN em um euro por dia e também os restantes salários. Se não o fizer, vamos verificar que estas políticas estão a levar a classe média para a pobreza, os pobres para a miséria e os miseráveis a ficarem fora das estatísticas", argumentou.

Arménio Carlos disse que, em Portugal, existem cerca de 400 mil trabalhadores com 432 euros de salário líquido, "abaixo do limiar da pobreza, que são 434 euros".

O secretário-geral da CGTP recordou que a proposta de aumento do SMN da central sindical inclui também uma redução dos preços da energia, dos combustíveis e das telecomunicações para as famílias e para as empresas e a abertura de uma linha de crédito, pela via da Caixa Geral de Depósitos, para facilitar o financiamento das micro e pequenas empresas.

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, não prestou declarações aos jornalistas no final do encontro.
.


Mas que culpa tem o trabalhador do pingo doce não fazer a campanha todos os dias e assim não ser produtivo?
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por alexandre7ias » 7/5/2012 22:45

CGTP condena descontos do Pingo Doce só para quem trabalhou no 1.º de Maio
Publicado hoje às 20:35

O secretário-geral da CGTP condenou o facto de só os funcionários do Pingo Doce que trabalharam no 1.º de Maio poderem usufruir da campanha de descontos de 50% em compras acima dos 100 euros.
"Estamos perante uma situação inadmissível, desde logo porque põe em causa o direito à greve. Os trabalhadores, pelo facto de exercerem o direito à greve, não podem ser penalizados", afirmou aos jornalistas Arménio Carlos, no final de uma reunião com o ministro Álvaro Santos Pereira, no Ministério da Economia.

O secretário-geral da CGTP disse ainda que, se se confirmar que só os trabalhadores do Pingo Doce que laboraram no 1.º de Maio é que vão poder usufruir da campanha de descontos, fica demonstrado que Soares dos Santos "abomina mesmo o 1.º de Maio" e "não se tratou de um ato casual e casuístico", mas sim de uma medida premeditada.

Arménio Carlos apelou ainda aos trabalhadores do Pingo Doce para que não se deixem "subjugar a este tipo de atitude fascistoide e deem a resposta merecida", porque "não pode haver discriminação".

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) enviou à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) uma queixa contra a Jerónimo Martins por considerar que existe "discriminação" entre os trabalhadores do Pingo Doce.

Segundo fonte sindical, em causa está o facto de apenas os trabalhadores que estiveram a laborar no 1.º de Maio poderem usufruir da campanha de descontos de 50% em compras acima dos 100 euros, que decorre esta semana para os funcionários da rede de supermercados Pingo Doce.
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por L.S.S » 7/5/2012 22:42

alexandre7ias Escreveu:Temos que fazer então um novo estudo para ver se somos ou não mais produtivos que os restantes da zona euro..




Ganhamos demais para o que produzimos. O que falha?

Mesmo assim, salários dos portugueses estão 12% abaixo da média europeia. Nas funções mais baixas, diferenças chegam aos 40%

Os portugueses ganham demais para aquilo que produzem. Recebem em média mais 0,5% do que o valor que acrescentam em termos de produtividade, adianta um estudo da consultora de gestão Hay Group. Mesmo assim, os nossos salários ficam bem longe da média europeia.

A remuneração dos trabalhadores nacionais está 12% abaixo do que ganham os europeus. Nas chamadas funções operacionais, de nível de qualificação inferior, a diferença chega aos 40%. E, para piorar o cenário, por cá a produtividade caiu 6% nos últimos 15 anos. É precisamente por causa da dela (ou melhor, da falta dela e porque sem ela não há competitividade) que a troika recomentou na quarta-feira ao Governo uma redução de salários também no sector privado.

Porque é que existem estas discrepâncias? Os salários têm sido indexados à inflação, mais do que ao reconhecimento do mérito. E o caminho não devia ser esse, explicou à Agência Financeira Luís Sitima, partner da Hay Group.

Vamos primeiro às causas, depois às soluções: primeiro, o país tem vindo a focar-se «fundamentalmente» em bens não transaccionáveis, quando devia apostar também nos bens transaccionáveis, virando-se para o exterior.

Depois, «houve esforços na avaliação de desempenho e no reconhecimento do mérito mas, no global, não tiveram o impacto desejado ao nível da produtividade, porque os salários são muito mais indexados à inflação».

Outro factor ainda é que «ainda temos muitas PME que, à escala mundial, são na verdade microempresas».

As soluções

«Para ganhar escala, é preciso que as empresas se fundam ou cooperem». Dando o melhor de cada uma, poderão competir no mercado internacional. Poderão exportar a sério. «Países como a Suécia, Suíça e Holanda têm marcas globais». Esse é o desafio que se coloca a Portugal. E aqui está em causa a «produtividade de cada negócio, não só de cada trabalhador».

Será mesmo preciso cortar salários? «Percebo a solução do ponto de vista do curto prazo, mas não é sustentável a médio e longo prazo. Se formos exclusivamente pela via do custo de trabalho, corremos o risco da perda de talentos». Esses profissionais de topo competem de igual para igual lá fora. Os seus salários estão em linha com os da média europeia.

«Reduzir salários é sempre uma forma de respirar um bocadinho». Como explicou o partner da Hay Group, eles representam 30% a 40% dos custos totais, mas cortar não é uma solução. «Fazê-lo para competir é estar a adiar o problema. Faz sentido, quando muito, fazê-lo num muito curto espaço de tempo, para depois recuperar».

Se já «como um todo não somos produtivos», a medida teria «um impacto muito significativo na moral das pessoas e na sua produtividade, na fuga de talentos». De qualquer modo, reconheceu, «a maior parte das pessoas prefere reduzir o salário a ser despedida».

O caminho, a bem da economia, é outro: «Transformar salários indexados à produtividade, reconhecer o mérito, premiar as pessoas em função do desempenho». Se houver «um corte transversal de salários no sector privado, não é por o ser que é mais justo». Há que ter «cuidado com os abusos». Há empresas que não precisam, «de todo», de o fazer.

Cortar, cortar... Mas quando poderão os salários vir, pelo contrário, a aumentar? «Fazer futurologias a três ou quatro anos é complicado». Antes de podermos ter a carteira mais cheia é preciso pôr o país a crescer, através do investimento externo em Portugal - «e este é um óptimo momento para as empresas investirem cá». As nossas precisam de se modernizar e as pessoas têm de ser mais produtivas.

Isso «não significa trabalharem mais mas dar mais valor em cada hora de trabalho». «São as pessoas que fazem a economia crescer, não as previsões. Estamos a estancar a hemorragia agora, mas depois é preciso apostar na cura e retomar crescimento». Se fizermos isso, afirma, lá para 2013 ou 2014 poderemos estar melhor e ver depois os salários engordar.
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por alexandre7ias » 7/5/2012 22:14

carf2007 Escreveu:Acho piada à CGTP que queria que os funcionarios que fizeram greve (alguns nem sequer devem ter "ido ao 1º de maio", se calhar ficaram a dormir) tivessem as mesmas regalias que os que tiveram aquele "dia negro" em termos de trabalho.
.

O que eu acho que a CGTP quer é isto, mas posso estar enganado.

O novo Código de Trabalho atenta, em muitos aspectos, contra direitos adquiridos dos trabalhadores. No entanto, na questão da luta contra a discriminação, foi dado um forte passo, em virtude da obrigatoriedade de transposição da Directiva 2000/78/CE. Assim:

1) a não discriminação tornou-se um princípio geral do Código - ninguém pode discriminar ninguém.

2) a não discriminação com base na orientação sexual está explicíta no Código - é proibido discriminá-lo/a pela sua homossexualidade (mesmo quando está a concorrer a um emprego).

3) as noções de discriminação directa e indirecta (anteriormente existentes em Decreto avulso) estão agora integradas no corpo sistemático do Código e, apesar de não terem sido ainda regulamentadas, devem ser interpretadas de acordo com a Directiva [a legislação de transposição deve ser sempre interpretada de acordo com a respectiva Directiva - alerte o seu advogado para este factor]. Estas proibições de discriminar estão totalmente em vigor (veja em baixo em que consistem). É proibido tratá-lo/a de forma diferente do que tratam outra pessoa na mesma situação. É proibido que a sua homossexualidade seja uma desvantagem para si no seu emprego.

4) um conceito de assédio mais alargado está agora em vigor - qualquer comportamento indesejado dos outros que, injustificadamente, o/a humilhe ou intimide, como por ex. gozarem com a sua homossexualidade, é proibido.

5) você não tem que provar que houve discriminação; quem tem que provar que não houve discriminação é o empregador (o que já vigorava, mas agora vigora para todo o tipo de discriminações)


Novo Código de Trabalho

Subsecção III
Igualdade e Não Discriminação

Divisão I
Disposições Gerais

Artigo 22º
(Direito à igualdade no acesso ao emprego e no trabalho)
1. Todos os trabalhadores têm direito à igualdade de oportunidades e de tratamento no que se refere ao acesso ao emprego, à formação e promoção profissionais e às condições de trabalho.
2. Nenhum trabalhador ou candidato a emprego pode ser previligiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito, ou isento de qualquer dever em razão, nomeadamente, de ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado civil, situação familiar, património genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência, doença crónica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções políticas ou ideológicas e filiação sindical.

Artigo 23º
(Proibição de discriminação)
1. O empregador não pode praticar qualquer discriminação, directa ou indirecta, baseada, nomeadamente, na ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado civil, situação familiar, património genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência, doença crónica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções políticas ou ideológicas e filiação sindical.
2. Não constitui discriminação o comportamento baseado num dos factores indicados no nº anterior, sempre que, em virtude da natureza das actividades profissionais em causa ou do contexto da sua execução, esse factor constitua um requisito justificável e determinante para o exercício da actividade profissional, devendo o objectivo ser legítimo e o requisito proporcional.
3. Cabe a quem alegar a discriminação fundamentá-la, indicando o trabalhador ou trabalhadores em relação aos quais se considera discriminado, incumbindo ao empregador provar que as diferenças de condições de trabalho não assentam em nenhum dos factores indicados no nº 1.
.
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por alexandre7ias » 7/5/2012 22:05

AutoMech Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:produtividade
nome feminino
1. qualidade daquilo que é produtivo
2. eficiência na produção de alguma coisa; rendimento
3. ECONOMIA relação entre uma dada quantidade produzida e um ou vários fatores necessários para a obter
(Deprodutivo+-i-+-dade).

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LOL, deixa lá Alexandre. Já percebemos que se em vez de pagar 500% a JM pagasse 2000% ainda era mais produtiva. Os clientes não têm nada a ver com isso. Aliás, só dão mesmo é trabalho.
:lol:
.

Claro! Pela tua lógica quando não há clientes e os empregados da caixa não trabalham não são produtivos!

Então isso quer dizer que muitas vezes a falta de produtividade não é culpa do trabalhador!

Temos que fazer então um novo estudo para ver se somos ou não mais produtivos que os restantes da zona euro..isto porque são mais ricos, logo tem mais €, logo compram mais, logo aumentam a produtividade dos funcionários dos super.
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por carf2007 » 7/5/2012 21:57

Acho piada à CGTP que queria que os funcionarios que fizeram greve (alguns nem sequer devem ter "ido ao 1º de maio", se calhar ficaram a dormir) tivessem as mesmas regalias que os que tiveram aquele "dia negro" em termos de trabalho.
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por migluso » 7/5/2012 21:41

AutoMech Escreveu:
migluso Escreveu:AM, eu disse nos posts atras que nao me choca legislaçao relativa a este assunto, em especial aquela que defenda o consumidor.

OK. Durante a discussão fiquei com a sensação que a tua posição era de que, neste aspecto, o consumidor não precisaria de protecção uma vez que o marcado se encarregaria de fazer o melhor por ele. :wink:


AM,

Os exemplos dados, desde corrupção, fraude ou homicídio não são comparáveis a uma cartelização implícita, motivada pelo próprio mercado.

De resto, não me choca a existência de legislação anti-cartel estabelecido de forma explícita, apesar de em certos casos ser benéfico, como no caso das quotas do peixe (ainda assim porque não existe propriedade privada no mar).

Aliás, que eu saiba todos os cartéis explícitos são acordos entre Estados.

Mas faça-se uma limpeza à regulação proteccionista primeiro, pois é muito mais prejudicial do que a regulação anti-cartel pode ser benéfica.
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LOL

por bboniek33 » 7/5/2012 20:53

500% !!! LOL !!!

Isto ee mesmo fazer bem aos pobrezinhos e ganhar um lugar ao lado do Pai.

LOL

A estes empresaarios soo lhes falta a Vergonha. Mas isso era pedir demais... :mrgreen:
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por Automech » 7/5/2012 20:43

alexandre7ias Escreveu:produtividade
nome feminino
1. qualidade daquilo que é produtivo
2. eficiência na produção de alguma coisa; rendimento
3. ECONOMIA relação entre uma dada quantidade produzida e um ou vários fatores necessários para a obter
(Deprodutivo+-i-+-dade).

A produtividade está ligada ao trabalhador e nunca ao cliente.


LOL, deixa lá Alexandre. Já percebemos que se em vez de pagar 500% a JM pagasse 2000% ainda era mais produtiva. Os clientes não têm nada a ver com isso. Aliás, só dão mesmo é trabalho.
:lol:
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por alexandre7ias » 7/5/2012 20:42

AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:Nao fossem os sindicatos e ninguém recebia nada-:) maioria nem as leis sabe

Isso é verdade. Graças aos sindicatos é que a JM foi forçada a pagar 500% em vez dos legais 200%.


Explica lá isso sff?!


Pelos vistos o Alexandre acredita que foi o esforço dos sindicatos que fez com que os funcionários do PD recebessem 500% em vez dos legais 200%. Mas cada um acredita no que quer.
.



Quem? Eu só disse que talvez os restantes trabalhadores tenham direito a campanha dos 50% a custa dos sindicatos! Os tais que não foram trabalhar por algum motivo, seja ele qual for.
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por alexandre7ias » 7/5/2012 20:38

AutoMech Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:Estas a falar de que? Música as 5 da tarde...não gosto muito.

Então qual foi (onde foi) a produtividade que aumentou "mesmo muito". Explica lá devagarinho que eu não sou muito inteligente.
.


produtividade
nome feminino
1. qualidade daquilo que é produtivo
2. eficiência na produção de alguma coisa; rendimento
3. ECONOMIA relação entre uma dada quantidade produzida e um ou vários fatores necessários para a obter
(Deprodutivo+-i-+-dade).

A produtividade está ligada ao trabalhador e nunca ao cliente.
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por Automech » 7/5/2012 20:33

Mcmad Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:Nao fossem os sindicatos e ninguém recebia nada-:) maioria nem as leis sabe

Isso é verdade. Graças aos sindicatos é que a JM foi forçada a pagar 500% em vez dos legais 200%.


Explica lá isso sff?!


Pelos vistos o Alexandre acredita que foi o esforço dos sindicatos que fez com que os funcionários do PD recebessem 500% em vez dos legais 200%. Mas cada um acredita no que quer.
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por Mcmad » 7/5/2012 19:29

AutoMech Escreveu:
Mcmad Escreveu:Nao fossem os sindicatos e ninguém recebia nada-:) maioria nem as leis sabe

Isso é verdade. Graças aos sindicatos é que a JM foi forçada a pagar 500% em vez dos legais 200%.


Explica lá isso sff?!
Confira as minhas opiniões

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por L.S.S » 7/5/2012 18:26

alexandre7ias Escreveu:Estas a falar de que? Música as 5 da tarde...não gosto muito.


Vais gostar desta Alex... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

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por Automech » 7/5/2012 18:17

alexandre7ias Escreveu:Estas a falar de que? Música as 5 da tarde...não gosto muito.

Então qual foi (onde foi) a produtividade que aumentou "mesmo muito". Explica lá devagarinho que eu não sou muito inteligente.
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por Pata-Hari » 7/5/2012 17:51

era uma figura de estilo, era ironia... O continente não fechou apesar de só pagar o que é de lei.
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por dancar1981 » 7/5/2012 17:47

AutoMech,
O Continente fechou onde? Aqui na margem sul não, e olha que isto é um dos últimos bastiões Comunista.
 
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