1º de Maio / Pingo Doce
Tá tudo louco...
http://economia.publico.pt/Noticia/muit ... ao-1544242
Segundo o que PÚBLICO apurou, na zona de Lisboa há filas nas lojas da rua Tomás Ribeiro, no Largo do Mastro, em S. Apolónia em Alfragide, em Chelas e na Portela de Sintra, onde as filas se prolongavam para lá da porta de entrada. Na loja da rua Carlos Mardel já havia prateleiras vazias.
Na loja do Pingo Doce de Telheiras, uma das maiores da cadeia na zona da grande Lisboa, são milhares os clientes à espera de entrar e há longas filas de trânsito em redor daquela superfície. Muitas prateleiras estão vazias e, às 15h, os clientes chegavam com carrinhos de compras vazios de uma cadeia de supermercados concorrente para se poderem abastecer. Às quatro da manhã havia gente sentada à porta desta loja à espera da hora de abertura.
Por volta das 16 horas a situação era ainda pior. No exterior da loja as filas de trânsito eram agora maiores. No parque de estacionamento ao ar livre a disputa por um lugar para a viatura causava discussões constantes.
No interior da loja era agora difícil circular. Os milhares pessoas com os carros das compras cheios até cima não davam espaço para se passar.
Quem não conseguia carros de compras, optava por soluções imaginativas. Alguns arrastavam pelo chão enormes pedaços de cartão com dezenas de produtos em cima. Outros carregavam dezenas de sacos dos mais variados tamanhos igualmente cheios de produtos.
Pelo chão da enorme superfície comercial havia centenas de produtos abandonados. Pacotes de esparguete, arroz, latas de salsichas, garrafas de vinho partidas, entre outros, dificultavam ainda mais a circulação.
O ambiente era, porém, festivo. As pessoas riam, gritavam. Estavam visivelmente satisfeitas. “Isto havia de ser todos os dias. Acaba logo a crise”, gritava uma mulher para quem a queria ouvir.
Outra cliente revelava aos parceiros de fila que tinha chegado à superfície comercial às 10h e garantia que ninguém a tiraria dali sem as compras.
No Pingo Doce do Rato, em Lisboa, a fila já era grande quando as portas abriram, conta uma funcionária que não quis ser identificada. Às 15 horas estavam a deixar as pessoas entrar à vez. Estariam poucas dezenas à porta, mas havia alguma tensão com os que queriam passar a frente. De dentro saiam carros cheios, arrastados por todo o tipo de pessoas: novos, meia-idade, classe média. Alguns vieram abastecer-se para longas temporadas: houve muitas contas superiores a mil euros. “Há pessoas de restaurantes que estão a aproveitar para fazer as grandes compras”, disse a funcionária.
Logo de manhã, no Pingo Doce de Loures, na secção do peixe havia uma fila de 200 números, quando as funcionárias ainda estavam a atender o 20. Nesta loja, os carrinhos de compras também escassearam - muitos clientes esperavam ao lado das caixas, à espera que outros pagassem, acompanhavam-nos até ao carro para ficarem com o carrinho.
No Pingo Doce do Chão do Loureiro, na Baixa de Lisboa, uma loja inaugurada há menos de um ano, o movimento também era muito acima do normal. Em frente ao supermercado, que nos fins-de-semana e feriados está praticamente vazio, havia dezenas de carros estacionados e centenas de pessoas faziam filas para pagar e saiam carregadas de compras. No Pingo Doce do Cais do Sodré, o movimento também era grande.
A loja do Pingo Doce do Forum Sintra fechou às 11h por causa da quantidade de clientes. A partir de então, os seguranças só deixavam entrar clientes quando outros saiam. Esta situação está a verificar-se em diversas lojas, incluindo numa no centro da Póvoa do Varzim. Na loja do Forum Sintra, há pessoas à espera para pagar desde as 11h e ouvem-se gritos para que as portas daquela superfície comercial abram de novo. O parque de estacionamento está cheio. Em cada caixa, há mais do que dois funcionários para tentar despachar os clientes mais depressa. As pessoas começaram a empurrar-se, a polícia chegou ao local e algumas lojas ao lado decidiram fechar.
No Pingo Doce de Gueifães, na Maia, havia muita confusão à entrada, com muitos carros estacionados em zonas proibidas. Numa confeitaria ao lado, contava-se que havia quem tivesse desistido de ir ao supermercado porque só tinha intenção de fazer pequenas compras.
No Pingo Doce de Alfornelos, Colina do Sol, há polícias à porta para impedir que os clientes entrem todos ao mesmo tempo. No interior, há filas enormes para pagar.
O PÚBLICO contactou a direcção de comunicação da Jerónimo Martins mas, para já, não obteve resposta.
http://economia.publico.pt/Noticia/muit ... ao-1544242
Segundo o que PÚBLICO apurou, na zona de Lisboa há filas nas lojas da rua Tomás Ribeiro, no Largo do Mastro, em S. Apolónia em Alfragide, em Chelas e na Portela de Sintra, onde as filas se prolongavam para lá da porta de entrada. Na loja da rua Carlos Mardel já havia prateleiras vazias.
Na loja do Pingo Doce de Telheiras, uma das maiores da cadeia na zona da grande Lisboa, são milhares os clientes à espera de entrar e há longas filas de trânsito em redor daquela superfície. Muitas prateleiras estão vazias e, às 15h, os clientes chegavam com carrinhos de compras vazios de uma cadeia de supermercados concorrente para se poderem abastecer. Às quatro da manhã havia gente sentada à porta desta loja à espera da hora de abertura.
Por volta das 16 horas a situação era ainda pior. No exterior da loja as filas de trânsito eram agora maiores. No parque de estacionamento ao ar livre a disputa por um lugar para a viatura causava discussões constantes.
No interior da loja era agora difícil circular. Os milhares pessoas com os carros das compras cheios até cima não davam espaço para se passar.
Quem não conseguia carros de compras, optava por soluções imaginativas. Alguns arrastavam pelo chão enormes pedaços de cartão com dezenas de produtos em cima. Outros carregavam dezenas de sacos dos mais variados tamanhos igualmente cheios de produtos.
Pelo chão da enorme superfície comercial havia centenas de produtos abandonados. Pacotes de esparguete, arroz, latas de salsichas, garrafas de vinho partidas, entre outros, dificultavam ainda mais a circulação.
O ambiente era, porém, festivo. As pessoas riam, gritavam. Estavam visivelmente satisfeitas. “Isto havia de ser todos os dias. Acaba logo a crise”, gritava uma mulher para quem a queria ouvir.
Outra cliente revelava aos parceiros de fila que tinha chegado à superfície comercial às 10h e garantia que ninguém a tiraria dali sem as compras.
No Pingo Doce do Rato, em Lisboa, a fila já era grande quando as portas abriram, conta uma funcionária que não quis ser identificada. Às 15 horas estavam a deixar as pessoas entrar à vez. Estariam poucas dezenas à porta, mas havia alguma tensão com os que queriam passar a frente. De dentro saiam carros cheios, arrastados por todo o tipo de pessoas: novos, meia-idade, classe média. Alguns vieram abastecer-se para longas temporadas: houve muitas contas superiores a mil euros. “Há pessoas de restaurantes que estão a aproveitar para fazer as grandes compras”, disse a funcionária.
Logo de manhã, no Pingo Doce de Loures, na secção do peixe havia uma fila de 200 números, quando as funcionárias ainda estavam a atender o 20. Nesta loja, os carrinhos de compras também escassearam - muitos clientes esperavam ao lado das caixas, à espera que outros pagassem, acompanhavam-nos até ao carro para ficarem com o carrinho.
No Pingo Doce do Chão do Loureiro, na Baixa de Lisboa, uma loja inaugurada há menos de um ano, o movimento também era muito acima do normal. Em frente ao supermercado, que nos fins-de-semana e feriados está praticamente vazio, havia dezenas de carros estacionados e centenas de pessoas faziam filas para pagar e saiam carregadas de compras. No Pingo Doce do Cais do Sodré, o movimento também era grande.
A loja do Pingo Doce do Forum Sintra fechou às 11h por causa da quantidade de clientes. A partir de então, os seguranças só deixavam entrar clientes quando outros saiam. Esta situação está a verificar-se em diversas lojas, incluindo numa no centro da Póvoa do Varzim. Na loja do Forum Sintra, há pessoas à espera para pagar desde as 11h e ouvem-se gritos para que as portas daquela superfície comercial abram de novo. O parque de estacionamento está cheio. Em cada caixa, há mais do que dois funcionários para tentar despachar os clientes mais depressa. As pessoas começaram a empurrar-se, a polícia chegou ao local e algumas lojas ao lado decidiram fechar.
No Pingo Doce de Gueifães, na Maia, havia muita confusão à entrada, com muitos carros estacionados em zonas proibidas. Numa confeitaria ao lado, contava-se que havia quem tivesse desistido de ir ao supermercado porque só tinha intenção de fazer pequenas compras.
No Pingo Doce de Alfornelos, Colina do Sol, há polícias à porta para impedir que os clientes entrem todos ao mesmo tempo. No interior, há filas enormes para pagar.
O PÚBLICO contactou a direcção de comunicação da Jerónimo Martins mas, para já, não obteve resposta.
Bons negocios,
arnie
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Re: 1º Maio !
pvg80713 Escreveu:estou a ver quase todos os canais nacionais !
Há para aí meia dúzia de pessoas nas manifestações !
Grande falhanço de toda as CGTs UGTs etc
eu acho que infelizmente.
O grande falhanço não é dos sindicatos. O grande falhanço é do povo. Esse é que perde. Acho incrível a falta de reação das pessoas.
Não condeno a austeridade em si porque há uma dívida e tem que ser paga , condeno é que as pessoas não exijam a austeridade também para o poder público , reforma da justiça ,equidade no direito às reformas, etc.
Pobre rebanho de ovelhas , que ao não fazer nada ,na verdade está a causar dois males. O primeiro é não exigir reformas que melhorariam o país e o segundo é dizer explicitamente aos governantes: Façam o que quiserem , roubem o que quiserem que a gente manda umas bocas mas não faz nada.
Não há futuro à vista.E mesmo aqueles que acham que estão bem hoje um dia ficarão mal , porque a tendência é piorar.
A330
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richardj Escreveu:PMACS Escreveu:A contribuir para a falta de gente nas manifs, deve estar a campanha de 50% de desconto em compras do Pingo Doce!
pelo que ouço tem sido a loucura das vendas, 3 horas para conseguir fazer as compras, mais de 1 hora só para arranjar carrinho...
Grande portuga!
O que nós fazemos para pouparmos 50 euros em comida para podermos comprar o ultimo telemóvel topo de gama que saiu, para podermos ter uma noite de copos com os amigos mais descontraída, para podermos ir a mais um jogo do nosso clube...
Quanto ao 1º Maio... é um feriado como outro qualquer. É dia de descanso para uns, dia de trabalho para outros.
Sindicatos e afins... quero que eles todos vão para um sitio que eu cá sei.
Bons negocios,
arnie
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1º de Maio / Pingo Doce
estou a ver quase todos os canais nacionais !
Há para aí meia dúzia de pessoas nas manifestações !
Grande falhanço de toda as CGTs UGTs etc
eu acho que infelizmente.
Há para aí meia dúzia de pessoas nas manifestações !
Grande falhanço de toda as CGTs UGTs etc
eu acho que infelizmente.
Editado pela última vez por pvg80713 em 2/5/2012 8:07, num total de 1 vez.
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