Argentina expropria YFP à espanhola Repsol
tavaverquenao2 Escreveu:e ainda pagar dividendos do ano anterior, onde é que eu já vi isto?
epa essa dos dividendos que andou (e pelos vistos ainda anda) a circular aí na boca do demagogo louçã e de vários jornalistas burros que nem uma porta já cheira mal!
toda a gente sabe que por lei os dividendos são atribuídos a quem precisamente na data X detiver as acções, MAS QUAL A DÚVIDA QUE RESTA RELATIVAMENTE A ISTO?

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tavaverquenao2 Escreveu:AutoMech Escreveu:Parece que a Pfizer não chega a acordo com o Ministério da Saúde sobre o medicamento. Estando em causa a qualidade e a duração de vida de muitas pessoas, presumo que se deva nacionalizar a Pfizer, certo ?
AutoMech, está a brincar não estás?Eu por vezes tenho dificuldade em perceber.
Não estou, não. Parece-me que o caso configura as duas situações que o Lion comentou: O regulador e o ministério não conseguem forçar um acordo e há interesse nacional (vidas de pessoas portuguesas) em causa. Presumo que se deva nacionalizar.
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Já agora, aqui fica o resumo da história de privatização (1993) e subsequente aquisição pela Repsol (1999):
http://en.wikipedia.org/wiki/YPF
Decline and privatisation
Perón's return to Argentina and to the presidency in 1973 was followed by the addition of nearly 20,000 employees (YPF employed 53,000 by 1976).[15] It also coincided with the 1973 oil shock, however, and the US$470 million in added oil import costs combined with larger payrolls to erase profits in 1974, while production declined slightly.[13] The dictatorship installed in a March 1976 coup initially presided over a revitalization and streamlining of YPF. Output increased by 20% and its finances were returned to profitability following a wave of layoffs that returned employment levels to around 35,000 by 1979.[15] The death in a helicopter crash of the firm's director, Raúl Ondarts, and the appointment of General Guillermo Suárez Mason in 1981 was followed by a period of severe mismanagement, however. Powerful as head of the First Army Corps (which committed many of the "Dirty War" atrocities), Suárez Mason installed many of his hard-line Army Intelligence colleagues in managerial posts at YPF.[19] They in turn diverted large quantities of fuel into the director's newly established company Sol Petróleo, a dummy corporation used by Suárez Mason and his appointees for embezzlement as well as to divert funds to the Contras[20] and the fascist organization P2 (to which the director belonged).[21]
Suárez Mason had YPF borrow heavily not only to cover such asset stripping but also at the behest of Economy Minister José Alfredo Martínez de Hoz, whose bid for currency strength and policy of financial deregulation required a sharp rise in foreign debt to maintain.[22] YPF debts thus rose by 142 times during Suárez Mason's tenure,[21] at the end of which in 1983 the company recorded a US$6 billion loss (the largest in the world at the time).[23]
President Carlos Menem initiated the privatization of many of the firm's refineries, filling stations, pipelines, and oil fields in 1991, netting US$1.5 billion by 1993. Employment was slashed to under 13,000 (65%), while losses remained in the order of US$200 million yearly;[24] with revenues of US$3.9 billion in 1992, YPF nevertheless remained the 365th largest firm in the world.[25] An 80% stake in YPF itself was sold in July 1993 for US$3 billion in cash, plus US$2 billion in debt retirement. The national and provincial governments retained a 25% share (including the golden share, held by the former).[25] The new CEO, José Estenssoro, further streamlined the company while expanding its reach outside Argentina, acquiring Maxus Energy Corporation of Dallas for US$740 million in 1995. Estenssoro died in a plane crash in Ecuador, where Maxus maintained wells, in May of that year.[26] His policy of high exploration investments was maintained by his successor, Nells León, and production rose from 109 million barrels in 1994 to a record 158 million in 1998; of the latter total, 30 million were produced by Maxus operations in Ecuador and elsewhere.[27]
Repsol acquisition
Spanish multinational corporation Repsol purchased 98% YPF in 1999 in two stages: a 15% share sold by the national government for US$2 billion, and a further 83% for over US$13 billion including all remaining public sector shares (10%, equally divided between the nation and the provinces) as well most of the outstanding investor shares.[25] The union of the two companies took on the name Repsol YPF; YPF would represent 40% of the new firm's reserves and over 50% of its production.[28]
The Petersen Group (property of the Eskenazi family of Buenos Aires) entered into a partnership with Repsol in 2007 by acquiring a 15% stake in YPF; the group bought another 10% of the company for US$1.3 billion on 4 May 2011. A majority of the firm's shares (58%) remained under the control of Repsol, while 16% remained in private portfolios; the Argentine Government retained the golden share.[29]
http://en.wikipedia.org/wiki/YPF
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
AutoMech Escreveu:Parece que a Pfizer não chega a acordo com o Ministério da Saúde sobre o medicamento. Estando em causa a qualidade e a duração de vida de muitas pessoas, presumo que se deva nacionalizar a Pfizer, certo ?
AutoMech, está a brincar não estás?


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dancar1981 Escreveu:Não estou a perceber essa parte do ler noticias, mas adiante.
O que sei é que a Repsol diz que é 10b$ e a Argentina diz que é 5b$.
Mais uma vez, estás equivocado. A Repsol não alega que investiu 10b$ mas bem mais do que isso. O que a Repsol exigiu foi uma indemnização de pelo menos esse valor...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Mas se há pagamento não é roubo. O caso é se nacionalizar sem pagar será roubo ou não. Depende do que terá sido acordado, depende se a estragia da empresa está a lesar o estado, que é o que me parece neste caso. Num sector estratégico é que um estado deve salvaguardar os seus próprios interesses, os do país, não os do governo. Não é vender à maluca e ainda pagar dividendos do ano anterior, onde é que eu já vi isto? 

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Gostava de ouvir a opiniião do Lion sobre esta notícia:
Medicamento para a doença dos pezinhos pode estar disponível no final deste mês
Parece que a Pfizer não chega a acordo com o Ministério da Saúde sobre o medicamento. Estando em causa a qualidade e a duração de vida de muitas pessoas, presumo que se deva nacionalizar a Pfizer, certo ?
Medicamento para a doença dos pezinhos pode estar disponível no final deste mês
Parece que a Pfizer não chega a acordo com o Ministério da Saúde sobre o medicamento. Estando em causa a qualidade e a duração de vida de muitas pessoas, presumo que se deva nacionalizar a Pfizer, certo ?
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Valete Escreveu:Como contribuinte: que influencia teria isso no Estado para o qual contribuo?
Quanto á Repsol, pelo que tenho lido, o cidadão espanhol passa ao lado disto. Preocupante será se existir por lá um BPN para nacionalizar.
Mesmo que os dividendos não sejam repatriados (e mesmo que sejam provavelmente nem pagam impostos em Portugal por causa das sedes em praças estrangeiras), penso que qualquer empresa portuguesa com investimento no estrangeiro será sempre melhor do que se tiver apenas investimento em Portugal, ou não ?
No limite até pode falir uma empresa nacional, que pagava impostos na operação portuguesa, se for roubada no estrangeiro.
Algumas empresas nacionais de construção iriam hoje à vida se Angola decidisse nacionalizá-las. E nesse sentido já sofres como contribuinte.

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Não estou a perceber essa parte do ler noticias, mas adiante.
O que sei é que a Repsol diz que é 10b$ e a Argentina diz que é 5b$. Mas ainda não vi ninguém independente avaliar o investimento e retorno que a Repsol teve.
Depois da avaliação feita e da indemnização paga se verá.
Na minha opinião os recursos dos países pertencem-lhes, se a Argentina os quer de volta acho que está no seu direito.
Em Portugal a generalidade das pessoas concorda em se acabar com as "rendas" ditas excessivas, acho que a Argentina está a passar pelo mesmo.
Acho que a Respol está a fazer o seu papel de tentar aumentar a indemnização e a Argentina o seu de baixar a indemnização.
O que sei é que a Repsol diz que é 10b$ e a Argentina diz que é 5b$. Mas ainda não vi ninguém independente avaliar o investimento e retorno que a Repsol teve.
Depois da avaliação feita e da indemnização paga se verá.
Na minha opinião os recursos dos países pertencem-lhes, se a Argentina os quer de volta acho que está no seu direito.
Em Portugal a generalidade das pessoas concorda em se acabar com as "rendas" ditas excessivas, acho que a Argentina está a passar pelo mesmo.
Acho que a Respol está a fazer o seu papel de tentar aumentar a indemnização e a Argentina o seu de baixar a indemnização.
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Mas tu não estás a ler as notícias, pois não?
A Argentina não pretende pagar o valor que a Repsol lá investiu e já o afirmou, através do seu Ministro da Economia!
A Argentina não pretende pagar o valor que a Repsol lá investiu e já o afirmou, através do seu Ministro da Economia!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Dancar1981, estás a basear-te em concepções completamente equívocas. A Argentina não está a ser sugada coisa nenhuma, as empresas pagaram para ali estar e além de terem pago, investiram para explorar (sendo que também muito desse investimento fica na própria argentina, nomeadamente em recursos humanos).
O Estado da Argentina começa por vender e depois vai e rouba de volta o investimento e trabalho desenvolvido pelos privados, o filme é este e não o que estás a contar!
O Estado da Argentina começa por vender e depois vai e rouba de volta o investimento e trabalho desenvolvido pelos privados, o filme é este e não o que estás a contar!
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 19/4/2012 13:38, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Acho que estão a confundir recursos naturais de um Estado (petrol) com serviços que é o que a TAP e a PT fazem.
Na estou de acordo com a expropriação a custos ridículos, mas a Argentina tem todo o direito de chamar a si os recursos do pais, com o pagamento da devida indemnização a repsol que no mínimo deverá receber o que investiu nas infraestruturas e pesquisa (investigação) e se assim for não vejo problema nenhum.
Não se pode pedir a um povo que passa mal, e que os seus políticos se encheram e ofereceram a companhias privadas a exploração, que fique a ver o pais a ser sugado sem entrar nada para o próprio pais.
Na estou de acordo com a expropriação a custos ridículos, mas a Argentina tem todo o direito de chamar a si os recursos do pais, com o pagamento da devida indemnização a repsol que no mínimo deverá receber o que investiu nas infraestruturas e pesquisa (investigação) e se assim for não vejo problema nenhum.
Não se pode pedir a um povo que passa mal, e que os seus políticos se encheram e ofereceram a companhias privadas a exploração, que fique a ver o pais a ser sugado sem entrar nada para o próprio pais.
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Valete Escreveu:Camisa Roxa Escreveu:a PT encaixou 7,5 mil milhões pela venda da Vivo brasileira
gostava de saber se a malta aqui ia ficar muito feliz se o Brasil tivesse nacionalizado a Vivo e a PT tivesse ficado a arder...
Como contribuinte: que influencia teria isso no Estado para o qual contribuo?
Quanto á Repsol, pelo que tenho lido, o cidadão espanhol passa ao lado disto. Preocupante será se existir por lá um BPN para nacionalizar.
Ok em vez de PT poe a Estamo ou a Parpublica, ou até mesmo a TAP com as suas operações internacionais a serem nacionalizadas por países terceiros?
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Camisa Roxa Escreveu:a PT encaixou 7,5 mil milhões pela venda da Vivo brasileira
gostava de saber se a malta aqui ia ficar muito feliz se o Brasil tivesse nacionalizado a Vivo e a PT tivesse ficado a arder...
Como contribuinte: que influencia teria isso no Estado para o qual contribuo?
Quanto á Repsol, pelo que tenho lido, o cidadão espanhol passa ao lado disto. Preocupante será se existir por lá um BPN para nacionalizar.
In God we trust, all others bring data.
Pata-Hari Escreveu:Entretanto a Argentina é já considerada o terceiro país mais perigoso do mundo para investidores. E o que tem mais graça é que estão à procura de investidores internacionais para investir na empresa! é lindo! acham que os chineses são boas oportunidades.
Não se ponham finos, ainda acabam nacionalizados... pela China.

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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Camisa Roxa Escreveu:a PT encaixou 7,5 mil milhões pela venda da Vivo brasileira
gostava de saber se a malta aqui ia ficar muito feliz se o Brasil tivesse nacionalizado a Vivo e a PT tivesse ficado a arder...
teríamos engolido esse sapo, porque aqui portugal nunca é capaz de fazer nada e impor a sua vontade. Não o conseguiu nos descobrimentos e não o conseguiu em África no século XIX
a PT encaixou 7,5 mil milhões pela venda da Vivo brasileira
gostava de saber se a malta aqui ia ficar muito feliz se o Brasil tivesse nacionalizado a Vivo e a PT tivesse ficado a arder...
gostava de saber se a malta aqui ia ficar muito feliz se o Brasil tivesse nacionalizado a Vivo e a PT tivesse ficado a arder...

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Óbviamente que é importante que existam mecanismos que permitam a retoma de posse de uma empresa caso o contrato de privatização não seja cumprido. Penso que aqui todos estão de acordo com isso! É importante, portanto, que se clarifique exactamente quais pontos do contrato é que não foram cumpridos pela Repsol.
O governo argentino alega falta de investimentos, mas a Repsol rebate afirmando que o investimento foi crescente nos últimos anos.
O mal foi feito e a empresa já foi nacionalizada, resta saber como é que a Argentina sairá dessa confusão. Fortalecida por ter feito o melhor, ou enfraquecida perante o mundo por ter tomado uma medida de cunho puramente "populista barato"?
O governo argentino alega falta de investimentos, mas a Repsol rebate afirmando que o investimento foi crescente nos últimos anos.
O mal foi feito e a empresa já foi nacionalizada, resta saber como é que a Argentina sairá dessa confusão. Fortalecida por ter feito o melhor, ou enfraquecida perante o mundo por ter tomado uma medida de cunho puramente "populista barato"?
"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian
Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
Cartago Technical Analysis - Blog
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Lion_Heart Escreveu:Portanto conforme a politica la da terra ou ca o "roubo" pde ser menos "roubo".
Definir roubo é relativo, depende de quem rouba e de quem é roubado, seja lá ou cá ou em qualquer parte do mundo, o resto é treta.
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já começou!
Madrid corta importação de biocombustíveis argentinos
A patronal espanhola CEOE defende também o bloqueio dos consumo de azeite de soja e carne argentina, em retaliação pela expropriação da Repsol.
O governo de Mariano Rajoy está a ultimar a primeira represália a Buenos Aires pela expropriação de 51% da petrolífera YPF, detida pela espanhola Repsol. Nos próximos dias, Madrid vai assinar uma norma que dê prioridade à compra de biocombustíveis europeus face aos argentinos. Com esta medida, Espanha não só inicia a retaliação para com o país presidido por Cristina Kirchner, como ataca a rubrica que mais pesa no défice comercial espanhol com a Argentina - nos últimos anos as importações de biodiesel passaram de 68 para 610 milhões de euros.
"Que se acabe com o consumo de azeite de soja e carnes [as maiores exportações argentinas], não pode ser de outra maneira", disse ontem Arturo Fernández, vice-presidente da patronal CEOE, que defende medidas mais duras.
A batalha pela YPF, tal como antecipava o presidente da Repsol Antonio Brufau, promete ser longa não só no capítulo diplomático, como jurídico. Buenos Aires garante que não pagará os oito mil milhões de euros pedidos pela participação de 57,43% que a Repsol detém na YPF. E Rajoy pretende avançar com queixas junto da OMC, FMI, Banco Mundial e G20. Em 48 processos, a Argentina só teve três decisões desfavoráveis e até ao momento ainda não pagou as indemnizações devidas. "Os tribunais não são susceptíveis à demagogia", disse Brufau, confiante de que receberá o valor da sua avaliação.
Amanhã o Parlamento Europeu vai votar uma resolução contra a nacionalização da petrolífera. "O PE vai ser extremamente firme a condenar esta situação", disse o eurodeputado do PSD, Paulo Rangel. "É uma medida inaceitável, que é vista como um ataque à Europa", precisou o eurodeputado socialista Correia de Campos. A indignação da Eurocâmara contrasta com as reservas da Comissão. Os técnicos europeus afastam "uma guerra comercial", descartam uma decisão consensual dos 27 e acreditam que mesmo, a nível espanhol, será complicado tendo em conta os interesses de outras empresas espanholas na Argentina. Com grande exposição ao mercado argentino, Telefónica, Santander e BBVA, por exemplo, têm optado pelo silêncio neste dossier.
Império espanhol na Argentina
- Telefónica: a operadora tem 21,9 milhões de clientes no mercado argentino e uma quota de 29,8%. No passado dia 2, a Telefónica foi responsável por um ‘apagão' da rede fixa e móvel que atingiu 16 milhões de pessoas. O episódio foi recordado pela presidente Kirchner durante o anúncio da nacionalização para estender o aviso às empresas estrangeiras, sobretudo "telefónicas ou bancos".
- Santander: O banco Santander Rio é o maior privado do país com 385 balcões, mais de 6.700 funcionários e 2,5 milhões de clientes. O mercado representa 3% dos lucros do Santander.
- BBVA: o banco espanhol, com 4.844 funcionários, controla 76% do BBVA Banco Francés. Em 2011 teve resultados de 315 milhões.
- Endesa: desde Abril de 2011 que a interconexão entre Brasil e Argentina está a receber uma remuneração regulada. O resultado operacional da filial atingiu 118 milhões em 2011.
- DIA: a Argentina é o quarto maior mercado para o grupo de distribuição, representando 7,4% das vendas da cadeia ou 870 milhões de euros.
in economico
Madrid corta importação de biocombustíveis argentinos
A patronal espanhola CEOE defende também o bloqueio dos consumo de azeite de soja e carne argentina, em retaliação pela expropriação da Repsol.
O governo de Mariano Rajoy está a ultimar a primeira represália a Buenos Aires pela expropriação de 51% da petrolífera YPF, detida pela espanhola Repsol. Nos próximos dias, Madrid vai assinar uma norma que dê prioridade à compra de biocombustíveis europeus face aos argentinos. Com esta medida, Espanha não só inicia a retaliação para com o país presidido por Cristina Kirchner, como ataca a rubrica que mais pesa no défice comercial espanhol com a Argentina - nos últimos anos as importações de biodiesel passaram de 68 para 610 milhões de euros.
"Que se acabe com o consumo de azeite de soja e carnes [as maiores exportações argentinas], não pode ser de outra maneira", disse ontem Arturo Fernández, vice-presidente da patronal CEOE, que defende medidas mais duras.
A batalha pela YPF, tal como antecipava o presidente da Repsol Antonio Brufau, promete ser longa não só no capítulo diplomático, como jurídico. Buenos Aires garante que não pagará os oito mil milhões de euros pedidos pela participação de 57,43% que a Repsol detém na YPF. E Rajoy pretende avançar com queixas junto da OMC, FMI, Banco Mundial e G20. Em 48 processos, a Argentina só teve três decisões desfavoráveis e até ao momento ainda não pagou as indemnizações devidas. "Os tribunais não são susceptíveis à demagogia", disse Brufau, confiante de que receberá o valor da sua avaliação.
Amanhã o Parlamento Europeu vai votar uma resolução contra a nacionalização da petrolífera. "O PE vai ser extremamente firme a condenar esta situação", disse o eurodeputado do PSD, Paulo Rangel. "É uma medida inaceitável, que é vista como um ataque à Europa", precisou o eurodeputado socialista Correia de Campos. A indignação da Eurocâmara contrasta com as reservas da Comissão. Os técnicos europeus afastam "uma guerra comercial", descartam uma decisão consensual dos 27 e acreditam que mesmo, a nível espanhol, será complicado tendo em conta os interesses de outras empresas espanholas na Argentina. Com grande exposição ao mercado argentino, Telefónica, Santander e BBVA, por exemplo, têm optado pelo silêncio neste dossier.
Império espanhol na Argentina
- Telefónica: a operadora tem 21,9 milhões de clientes no mercado argentino e uma quota de 29,8%. No passado dia 2, a Telefónica foi responsável por um ‘apagão' da rede fixa e móvel que atingiu 16 milhões de pessoas. O episódio foi recordado pela presidente Kirchner durante o anúncio da nacionalização para estender o aviso às empresas estrangeiras, sobretudo "telefónicas ou bancos".
- Santander: O banco Santander Rio é o maior privado do país com 385 balcões, mais de 6.700 funcionários e 2,5 milhões de clientes. O mercado representa 3% dos lucros do Santander.
- BBVA: o banco espanhol, com 4.844 funcionários, controla 76% do BBVA Banco Francés. Em 2011 teve resultados de 315 milhões.
- Endesa: desde Abril de 2011 que a interconexão entre Brasil e Argentina está a receber uma remuneração regulada. O resultado operacional da filial atingiu 118 milhões em 2011.
- DIA: a Argentina é o quarto maior mercado para o grupo de distribuição, representando 7,4% das vendas da cadeia ou 870 milhões de euros.
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Lion_Heart Escreveu:Ah, então Angola pode fazer porque é politica comum lá na terra. Mas não era , o BPI tinha 100% e não queria vender , penso que o BES foi igual.
E na Argentina tb não era, mas agora pode começar a ser.
Em Portugal não era, foi (25 de Abril) , deixou de ser e voltou com o BPN (mais valia nao ter voltado).
Nos EUA nunca foi até 2008.
Portanto conforme a politica la da terra ou ca o "roubo" pde ser menos "roubo".
Querido, conseguimos que dissesses e que concluísses o interessante: é roubo.
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