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Caldeirão da Bolsa

Um país à venda

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por EuroVerde » 12/4/2012 13:27

AC Investor Blog Escreveu:Parabéns Mechanic, muito boa a tua visão real dos factos..... Portugal deixará de ser dos Portugueses muito em breve.... :(


Eu não concordo que Portugal deixa de ser dos portugueses agora ou no futuro, nem posso aceitar essa ideia sequer, ainda por mais vindo de alguém com ideias que não é de esquerda e que apoia o modelo do mercado aberto desregulado e agora vem para aqui lamentar-se. Mas que raio pá! Choramingar de que Portugal está à venda???

É o país mais antigo da Europa e não há nem pode haver interessados em ficar com este país senão e apenas os portugueses.

Quer dizer que assim já apoiam a ideia do Otelo Saraiva de Carvalho, os limites já foram ultrapassados?

Não percebo, não percebo, não percebo. Vale mais nem escrever artigo nenhum do que entrar em contradições.
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por artista_ » 12/4/2012 12:00

Elias Escreveu:
artista Escreveu:Eu apenas estava a referir-me às diferentes e aceitáveis reações das pessoas ao mesmo assunto! :wink:



Eu percebi artista.

Mas nota o seguinte: qualquer acção, de qualquer natureza pode ser 'julgada' em dois planos distintos: no plano legal e no plano moral.

No plano legal, o que conta é a lei, independentemente da opinião / sensibilidade de cada um. Isto é: uma acção é legal ou é ilegal. Nas situações em que existe uma lei a observar (exemplo, "fuga ao fisco"), então a classificação de uma situação como crime é feita independentemente do referencial de cada um. Eu posso achar que entrar num supermercado e roubar um pacote de rebuçados "não é grave", mas não é por isso que deixa de ser crime. Se eu for a falar ao telemóvel a conduzir, eu posso achar que "não estou a fazer mal a ninguém", mas não é por isso que deixa de ser uma contra-ordenação, punível com coima.

No plano moral, as coisas são totalmente diferentes. Não existe um referencial comum e cada um tem o seu referencial. Ora, para as situações em que a questão legal não se coloque (por exemplo, "chegar atrasado"), o 'ajuizamento' é feito apenas no plano moral, exactamente de acordo com o referencial de cada um. Estamos agora no domínio da total arbitrariedade. Aquilo que eu "acho" é diferente daquilo que tu "achas" e a lei não é para aqui chamada.

O meu ponto é este: a lei, o melhor, o conceito de "Estado de Direito" tem por objectivo criar um referencial comum que possa ser usado por todos, precisamente para eliminar, ou pelo menos atenuar, a margem para o livre arbítrio.´

A lei é, ou deveria ser, igual para todos.

Isto em teoria, claro. Na prática sabemos que as coisas não funcionam assim tão bem, nomeadamente em Portugal. A corrupção, o compadrio, o tratamento de favor, acabam por distorcer o princípio de base e introduzem algum grau de arbitrariedade que não deveria existir.


Concordo, no caso parece-me claramente que são valores morais que estão em causa... pelo menos para muitos, para os tais que se sentiram indignados! :)
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por fproenca » 12/4/2012 11:37

Aqui no Norte, ainda temos o Porto de Leixões e o Aeroporto Sá Carneiro ... e ... o FCP :-)
"Os simples conselhos, recomendações ou informações não responsabilizam quem os dá, ainda que haja negligência da sua parte" (Art. 485º do Código Civil)
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por richardj » 12/4/2012 9:26

e já vamos com sorte, quando uma pessoa pede um empréstimo a um banco e não paga eles vem-te buscar a casa o carro whatever... quando um estado não paga as dividas já vamos com sorte se não nos vierem buscar as terras e os edifícios xD
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por Lion_Heart » 12/4/2012 4:12

alexandre7ias Escreveu:Já alguém reparou que o dinheiro para Portugal pagar as dividas também já não é Português!!!

Mas desse ninguém se queixa, é sempre bem vindo.


E o dos salarios e pensoes.
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por alexandre7ias » 12/4/2012 4:01

Já alguém reparou que o dinheiro para Portugal pagar as dividas também já não é Português!!!

Mas desse ninguém se queixa, é sempre bem vindo.
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por Lion_Heart » 12/4/2012 3:11

....
Editado pela última vez por Lion_Heart em 12/4/2012 3:15, num total de 1 vez.
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por Lion_Heart » 12/4/2012 3:11

...
Editado pela última vez por Lion_Heart em 12/4/2012 3:15, num total de 1 vez.
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por Lion_Heart » 12/4/2012 3:11

Existe uma coisa que passou ao lado de toda a gente mas é interessante.

7,5% da barragem em cahora bassa foi vendido a REN! Cahora Bassa: REN compra participação de 7,5% por 38,4 milhões de euros

Mas vendido directamente! isto é que irrita , nunca se ve concursos! as "privatizações" agora também são assim!
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por Elias » 12/4/2012 1:04

artista Escreveu:Eu apenas estava a referir-me às diferentes e aceitáveis reações das pessoas ao mesmo assunto! :wink:



Eu percebi artista.

Mas nota o seguinte: qualquer acção, de qualquer natureza pode ser 'julgada' em dois planos distintos: no plano legal e no plano moral.

No plano legal, o que conta é a lei, independentemente da opinião / sensibilidade de cada um. Isto é: uma acção é legal ou é ilegal. Nas situações em que existe uma lei a observar (exemplo, "fuga ao fisco"), então a classificação de uma situação como crime é feita independentemente do referencial de cada um. Eu posso achar que entrar num supermercado e roubar um pacote de rebuçados "não é grave", mas não é por isso que deixa de ser crime. Se eu for a falar ao telemóvel a conduzir, eu posso achar que "não estou a fazer mal a ninguém", mas não é por isso que deixa de ser uma contra-ordenação, punível com coima.

No plano moral, as coisas são totalmente diferentes. Não existe um referencial comum e cada um tem o seu referencial. Ora, para as situações em que a questão legal não se coloque (por exemplo, "chegar atrasado"), o 'ajuizamento' é feito apenas no plano moral, exactamente de acordo com o referencial de cada um. Estamos agora no domínio da total arbitrariedade. Aquilo que eu "acho" é diferente daquilo que tu "achas" e a lei não é para aqui chamada.

O meu ponto é este: a lei, o melhor, o conceito de "Estado de Direito" tem por objectivo criar um referencial comum que possa ser usado por todos, precisamente para eliminar, ou pelo menos atenuar, a margem para o livre arbítrio.´

A lei é, ou deveria ser, igual para todos.

Isto em teoria, claro. Na prática sabemos que as coisas não funcionam assim tão bem, nomeadamente em Portugal. A corrupção, o compadrio, o tratamento de favor, acabam por distorcer o princípio de base e introduzem algum grau de arbitrariedade que não deveria existir.
 
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por A330-300 » 11/4/2012 23:41

A delapidação do patrimònio do país é equivalente àquelas pessoas que vendem os seus pertences em ouro.Por três razões.
A primeira porque é o último recurso material que possuem.
A segunda porque é um recurso que atinge bens de valor sentimental.
E a terceira e pior razão: É um recurso inútil , já que as medidas que deveriam estar a ser tomadas paralelamente a estas atitudes não estão a ser tomadas de forma a evitar que este último recurso seja apenas um último respirar antes de ir ao fundo.
Tão mau quanto tudo isso é que as pessoas intimamente já o sabem quando estão a vender os seus artigos em ouro ou o resto do património que resta ao país.

As medidas que agora tomamos são necessárias no curto prazo , para evitar o calote e suas consequências , mas as medidas de longo prazo , que era uma reforma da justiça de modo a evitar que continuemos a ser saqueados no longo prazo não estão a ser tomadas.

Estamos a vender o ouro , as empresas do país e no futuro continuaremos na miséria a sustentar aqueles que não tem pejo nenhum em continuar a viver à grande.

Não há luz no fim do túnel , pelo menos por enquanto.

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por artista_ » 11/4/2012 23:01

Elias Escreveu:
artista Escreveu:A questão já foi aqui mais que debatida, não vale a pena estar a repetir tudo de novo... reafirmo que é uma questão pessoal! Se alguém chega atrasado a um encontro de amigos, há sempre uns que não se importam, outros que ficam chateados e outros que ficam muito chateados, ou seja, nem todos reagem da mesma maneira... independentemente de poder haver fatores que podem justificar, mais ou menos, o atraso!


Com uma diferença: chegar atrasado não é crime, roubar e fugir ao fisco é crime.


Eu apenas estava a referir-me às diferentes e aceitáveis reações das pessoas ao mesmo assunto! :wink:

O estado roubar rouba todos, ainda esta semana me roubou de uma forma que não imaginava, se calhar ainda escrevo sobre isso amanhã ou depois, quando tiver mais tempo!
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por silviosilva2 » 11/4/2012 22:14

portugal é o campeão dos negocios, mas não se aposta na produção nacional, como já não temos nada para vender la fora vamos vender o que temos cá dentro para manter o nivel elevado que estamos habituados e para o qual a nossa produção é insuficiente é uma especie de "vamos entregar as casas aos bancos para eles nos darem mais dinheiro".
 
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por Elias » 11/4/2012 22:05

artista Escreveu:A questão já foi aqui mais que debatida, não vale a pena estar a repetir tudo de novo... reafirmo que é uma questão pessoal! Se alguém chega atrasado a um encontro de amigos, há sempre uns que não se importam, outros que ficam chateados e outros que ficam muito chateados, ou seja, nem todos reagem da mesma maneira... independentemente de poder haver fatores que podem justificar, mais ou menos, o atraso!


Com uma diferença: chegar atrasado não é crime, roubar e fugir ao fisco é crime.
 
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por artista_ » 11/4/2012 22:02

Elias Escreveu:
artista Escreveu:
Elias Escreveu:
The Mechanic Escreveu:Mas estão a escapar ao Fisco ( à dupla tributação, neste caso ).É legal, mas estão a escapar .


Quem nunca pagou trabalhos "sem recibo", que atire a primeira pedra.


Isso já foi mais que debatido aqui, parece-me que é uma questão de consciência pessoal, cada um tem o direito a ficar indignado com a atitude dele... ou a não ficar! :wink:


artista,

Um roubo é um roubo, seja de um euro ou de um milhão.

Da mesma forma, uma fuga ao fisco é uma fuga ao fisco, seja de uns trocos em IVA ou de um milhão.

A questão é pois esta: condenamos a fuga ao fisco em absoluto, ou apenas acima de determinados montantes, e se forem só uns trocados, nesse caso "não faz mal"?


A questão já foi aqui mais que debatida, não vale a pena estar a repetir tudo de novo... reafirmo que é uma questão pessoal! Se alguém chega atrasado a um encontro de amigos, há sempre uns que não se importam, outros que ficam chateados e outros que ficam muito chateados, ou seja, nem todos reagem da mesma maneira... independentemente de poder haver fatores que podem justificar, mais ou menos, o atraso!
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por AC Investor Blog » 11/4/2012 21:29

Parabéns Mechanic, muito boa a tua visão real dos factos..... Portugal deixará de ser dos Portugueses muito em breve.... :(
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por Pata-Hari » 11/4/2012 21:22

É verdade. Somado à falta de coragem política porque corrigir isto é altamente impopular (tal como foi popular quando os benefícios foram dados).
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por JMHP » 11/4/2012 16:02

richardj Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Mech, o problema da fiscalidade da JMT não é nos lucros gerados cá. O problema tem a ver com a fiscalidade doslucros gerados fora. E aí é que a holanda é muito mais benéfica. Mais, ou estou muito enganada, ou a JMT já gera muito mais lá fora do que cá dentro. E se não somos capazes de atrair as sedes fiscais de negócios feitos no estrangeiro a serem taxados cá, é porque somos idiotas.

Outra questão: Angola. As empresas foram obrigadas a vender parte do seu negócio como condição de permanecerem lá. Nada teve a ver com a questão de necessidade de entrada de capital estrangeiro nesse negócio que até é neste momento a única cash cow.


no fundo o que se está a dizer é que quando as empresas nacionais começam a tornar-se internacionais, a nossa legislação é tão má que elas tem de ir para fora. E ainda dizem que se está a incentivar a exportação, a internacionalização, a entrada para novos mercados etc... :)


O problema e a encruzilhada do Estado é que as despesas sociais comem completamente as receitas e nada sobra para investimento ou de incentivo á economia. Logo não existe praticamente nada onde curtar sem tocar nas despesas sociais.

O estado atualmente é prisioneiro do "monstro social" que ele próprio criou e alimentou durante décadas. Hoje assistimos a um drama de completa loucura em que o Estado se vê impotente de se corrigir a ele próprio.
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por Pata-Hari » 11/4/2012 15:50

Exacto, o nosso sistema fiscal é mau para quem tem lucros lá fora (comparativamente mau).
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por richardj » 11/4/2012 15:45

Pata-Hari Escreveu:Mech, o problema da fiscalidade da JMT não é nos lucros gerados cá. O problema tem a ver com a fiscalidade doslucros gerados fora. E aí é que a holanda é muito mais benéfica. Mais, ou estou muito enganada, ou a JMT já gera muito mais lá fora do que cá dentro. E se não somos capazes de atrair as sedes fiscais de negócios feitos no estrangeiro a serem taxados cá, é porque somos idiotas.

Outra questão: Angola. As empresas foram obrigadas a vender parte do seu negócio como condição de permanecerem lá. Nada teve a ver com a questão de necessidade de entrada de capital estrangeiro nesse negócio que até é neste momento a única cash cow.


no fundo o que se está a dizer é que quando as empresas nacionais começam a tornar-se internacionais, a nossa legislação é tão má que elas tem de ir para fora. E ainda dizem que se está a incentivar a exportação, a internacionalização, a entrada para novos mercados etc... :)
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por JMHP » 11/4/2012 15:31

The Mechanic Escreveu:JMHP
No fundo os teus desabafos refletem a mentalidade que sempre dominou entre nós durante décadas, que em Portugal infelizmente a democracia e liberdade é só quando nos apetece e nos interessa.


O que tem a ver a " Democracia e a Liberdade" com a protecção dos nossos interesses ?!?! Não sejas demagogo .
Lá por poder votar e "ser livre" , não quer dizer que tenha de aceitar que os outros fiquem com o que é meu !
Achas que a China , Angola , Estados Unidos , Brasil , Holanda, não tem medidas protectoras que cuidam dos interesses das empresas deles no seu país e no mundo ?!
E por as terem , são Ditaduras e vivem sem Liberdade ?!
Não confundas as coisas .
.


Democracia e liberdade não é exclusivo das pessoas, são conceitos e valores que se estendem ás empresas e mercados também.

Esses países que mencionas defendem os seus interesses dentro dos limites permitidos tal como Portugal ou as nossas empresas fazem de acordo com as regras do mercados internacionais.

Portugal está aberto ao capital estrangeiro assim como é permitido ás nossas empresas expandir os seus negócios além fronteiras que é bastante benéfico para o crescimento e desenvolvimento da nossa economia, mas que por outro lado expõem o país á forte concorrência internacional e aos interesses do capital alheio.

Compreendo que fiques preocupado e inquietado com a venda dos ativos das nossas empresas, mas isso não é culpa do capital estrangeiro nem de quem agora se vé obrigado a tomar essas decisões. O mal já vem de trás e poderia ter sido evitado ou diminuído se na altura Portugal e os portugueses tivessem estado atentos aos sucessivos alertas internos e externos que foram emitidos ao longo das ultimas duas décadas.

Como de Bruxelas chovia dinheiro, fomos elegendo e ouvindo verdadeiros palhaços políticos e dado que sempre fomos um povo desejoso de luxos, regalias e subsidiados, cometemos a loucura tal como os Gregos de arrastar o pais para uma situação extrema gravidade... Sim, não foram os extraterrestres que nos colocaram na penúria a vender ao desbarato os anéis, fomos nós raça nobre lusitana a escrever o nosso destino.

Como já dizia o "Outro"... Habituem-se!
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por tava3 » 11/4/2012 14:46

E daqueles gregos que aldrabaram a europa com ajuda de uma agencia americana, ainda não se sabe nada, não? Acho que até estão na frente para proximas eleições.
Por cá, começa a ser hora de contar espingardas, antes que nos vendam as mães.
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por mcarvalho » 11/4/2012 14:07

Antigo ministro grego preso por corrupção

11/04/2012

A brigada anti-fraude do Ministério das Finanças da Grécia prendeu Akis Tsochatzopoulos, 72 anos, à porta de sua casa em Atenas, antes de o apresentar perante um procurador.

Tsochatzopoulos foi um político próximo do antigo primeiro-ministro grego Andreas Papandreou, que morreu em 1996 e liderou por duas vezes o governo da Grécia, entre 1981 e 1989 e entre 1993 e 1996.

O antigo ministro tutelou, entre outras, a pasta da Defesa e do Desenvolvimento.

As autoridades começaram a investigar, em 2010, os bens e as contas bancárias de Akis Tsochatzopoulos, depois de a imprensa ter levantado suspeitas sobre os impostos que o antigo ministro pagou, bem como sobre a compra da sua casa, num dos melhores bairros da capital grega.

A prisão de Tsochatzopoulos acontece poucas horas antes do primeiro-ministro Lucas Papademos pedir a demissão e a dissolução do parlamento, que dará início ao processo de culminará nas eleições do próximo mês.

© 2010 BPI. Todos
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por Pata-Hari » 11/4/2012 14:05

Mech, o problema da fiscalidade da JMT não é nos lucros gerados cá. O problema tem a ver com a fiscalidade doslucros gerados fora. E aí é que a holanda é muito mais benéfica. Mais, ou estou muito enganada, ou a JMT já gera muito mais lá fora do que cá dentro. E se não somos capazes de atrair as sedes fiscais de negócios feitos no estrangeiro a serem taxados cá, é porque somos idiotas.

Outra questão: Angola. As empresas foram obrigadas a vender parte do seu negócio como condição de permanecerem lá. Nada teve a ver com a questão de necessidade de entrada de capital estrangeiro nesse negócio que até é neste momento a única cash cow.
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por Elias » 11/4/2012 13:56

lfhm Escreveu:Depende da injustiça social causada! O sistema é em muitas situações insuportável e torna os negócios inviáveis

É normal que muitas empresas fujam ao fisco para sobreviverem porque os impostos estão simplesmente em sobre-dose.

Será assim tão injusto manter um negócio parcialmente "ilegal" mesmo que isso crie emprego?

Há muita lei errada. A aplicação de bom senso vale mais de qualquer lei.


Não gosto, nunca gostei, da expressão "bom senso". Presta-se demasiado a arbitrariedades.
 
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