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Caldeirão da Bolsa

Portagens nas SCUT

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Pois !

por bboniek33 » 11/4/2012 21:22

Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Elias Escreveu:Um bom sistema é o suíço: paga-se uma taxa anual (cerca de 35 CHF, se não me engano) que permite circular sem limite nas auto-estradas de todo o país.

Eu prefiro a cobrança ad-hoc como diz o Lion. Quem consome mais paga mais. E para um país turístico como o nosso penso que é mais correcto para não honerar o visitante ocasional que vem de Espanha ou que aluga um carro.


O melhor é legislar que para os turistas é tudo de borla, não só as portagens nas SCUT mas também as das outras auto-estradas e já agora os combustíveis, assim atraí-se mais turistas :twisted:


Porque ee que os sacan.as nao veem de aviao ou TGV ?
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por Elias » 11/4/2012 21:13

AutoMech Escreveu:
Elias Escreveu:Um bom sistema é o suíço: paga-se uma taxa anual (cerca de 35 CHF, se não me engano) que permite circular sem limite nas auto-estradas de todo o país.

Eu prefiro a cobrança ad-hoc como diz o Lion. Quem consome mais paga mais. E para um país turístico como o nosso penso que é mais correcto para não honerar o visitante ocasional que vem de Espanha ou que aluga um carro.


O melhor é legislar que para os turistas é tudo de borla, não só as portagens nas SCUT mas também as das outras auto-estradas e já agora os combustíveis, assim atraí-se mais turistas :twisted:
 
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Alternativas folclooricas.

por bboniek33 » 11/4/2012 21:11

Ele ha a Avenida 125... ee tao giro !

Os espanhoois devem achar aquilo lindiissimo. E, se nao gostarem... AaLA !
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por Automech » 11/4/2012 21:07

Elias Escreveu:Um bom sistema é o suíço: paga-se uma taxa anual (cerca de 35 CHF, se não me engano) que permite circular sem limite nas auto-estradas de todo o país.

Eu prefiro a cobrança ad-hoc como diz o Lion. Quem consome mais paga mais. E para um país turístico como o nosso penso que é mais correcto para não honerar o visitante ocasional que vem de Espanha ou que aluga um carro.
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por Automech » 11/4/2012 21:01

djovarius Escreveu:Mas porque é que o turista (será que alguém no Governo sabe o que isso é???) se há-de ter de preocupar com essas coisas ???
Ele está de férias, ele vem de (repito) FÉRIAS, não vem aqui para ter chatices, nem para burocracias e planeamentos estratégicos de uma viagem de férias.

Ele sabe lá se e quantas vezes utilizará a A22 durante a sua estadia. Muitas vezes, ele nem sabe à partida quanto durará a estadia, se vai usar um carro alugado ou não.
Muitas vezes, isso são decisões que se tomam "last minute" tal como assim se comprou o voo barato ou a dormida barata. Há quem chegue a um Aeroporto algures na Europa, só decidindo para onde vai conforme as ofertas.

E aqui chegados, muitas vezes acabam por correr o Algarve todo, ou parte dele, ou ficar o tempo todo numa piscina de Hotel. Ou ter só um alojamento, ou vários em locais diferentes.

Ou pode ser alguém que está do outro lado da fronteira e que pensou em ir a Santa Luzia de Tavira jantar um Polvo.


O que aflige é que os nossos governantes não vejam isto que o djovarius acabou de descrever que é algo evidente e de simples bom senso.
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por Lion_Heart » 11/4/2012 19:51

Elias Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:A solução ja foi encontrada, e muito tempo atras: chama-se Portagem e costuma ter umas barreiras com cobradores Humanos ou como em Portugal maquinas de trocos.


As máquinas de trocos apareceram em Portugal há um ou dois anos, mas não são uma inovação portuguesa, bem pelo contrário. Em França vi disso em 1986.


Eu como não vou a Países "finos" , onde costumam andar o Líders Socialistas escondidos , perdão, a viver a grande , vou aqui aos nossos pobres vizinhos Espanhois vejo 90% de Portageiras/os Humanos e 10% em Via verde , alias como nas bombas de combustivel vejo o famoso homem da bomba . Aqui homens na bomba ja raramente temos (e o preço sempre a subir) , a nas portagens temos 80% maquinas , via verde e numa ou outra la aparece um coitado de um Portageira/o.
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Fartei-me de avisar...

por bboniek33 » 11/4/2012 19:41

...com tanto teecnico por aii que tem soluc,oes baasicas para aquela marmelada que poos os nuestros-hermanos lixados, foram logo meter no governo uma equipa de artolas atratar destas questoes avanc,adas...

Vocees imponham-se !!! :mrgreen:
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por Elias » 11/4/2012 19:37

Lion_Heart Escreveu:A solução ja foi encontrada, e muito tempo atras: chama-se Portagem e costuma ter umas barreiras com cobradores Humanos ou como em Portugal maquinas de trocos.


As máquinas de trocos apareceram em Portugal há um ou dois anos, mas não são uma inovação portuguesa, bem pelo contrário. Em França vi disso em 1986.
 
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por Lion_Heart » 11/4/2012 19:33

A solução ja foi encontrada, e muito tempo atras: chama-se Portagem e costuma ter umas barreiras com cobradores Humanos ou como em Portugal maquinas de trocos.

E Voila, o que é antigo costuma funcionar melhor!
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por Elias » 11/4/2012 18:40

Um bom sistema é o suíço: paga-se uma taxa anual (cerca de 35 CHF, se não me engano) que permite circular sem limite nas auto-estradas de todo o país.

Para quem usa muitas vezes, é barato, para quem só use uma vez é caro.

Este sistema foi introduzido na Suíça (onde as AE eram gratuitas) por causa dos camiões que vinham de França para Itália e que atravessavam a Suíça para poupar nas portagens - pretendou-se assim onerar quem só passava de vez em quando, sem castigar demasiado os residentes.

Claro que cá este sistema é impraticável, porque rebentava com as 'rendas' dos amigalhaços...
 
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por djovarius » 11/4/2012 18:37

Mas que palhaçada !!! :x :x :x
Só me apetece é ganir !!!!!!

Mas porque é que o turista (será que alguém no Governo sabe o que isso é???) se há-de ter de preocupar com essas coisas ???
Ele está de férias, ele vem de (repito) FÉRIAS, não vem aqui para ter chatices, nem para burocracias e planeamentos estratégicos de uma viagem de férias.

Ele sabe lá se e quantas vezes utilizará a A22 durante a sua estadia. Muitas vezes, ele nem sabe à partida quanto durará a estadia, se vai usar um carro alugado ou não.
Muitas vezes, isso são decisões que se tomam "last minute" tal como assim se comprou o voo barato ou a dormida barata. Há quem chegue a um Aeroporto algures na Europa, só decidindo para onde vai conforme as ofertas.

E aqui chegados, muitas vezes acabam por correr o Algarve todo, ou parte dele, ou ficar o tempo todo numa piscina de Hotel. Ou ter só um alojamento, ou vários em locais diferentes.

Ou pode ser alguém que está do outro lado da fronteira e que pensou em ir a Santa Luzia de Tavira jantar um Polvo.

Ou seja, portagens para carros estrangeiros, é um erro. Cobradas assim, uma aberração.

E penso que se alguém quisesse levar umas lições sobre o que é o Turismo hoje, penso que eu e muitos outros teríamos muito a dizer.

E mais: se algum investidor quisesse investir numa zona com SCUT? A introdução de portagens é também um desincentivo ao dito investimento pelo próprio aumento da estrutura de custos.

Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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por Elias » 11/4/2012 18:26

Tanta trapalhada era desnecessária... mais valia assumirem de uma vez por todas que os veículos estrangeiros não precisam de pagar portagem...
 
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por alexandre7ias » 11/4/2012 17:33

Estrangeiros vão ser informados sobre pagamento de portagens na Net
Publicado hoje às 17:11

A Estradas de Portugal (EP) anunciou, esta quarta-feira, a intenção de informar os estrangeiros que queiram vir a Portugal de que podem pagar na Internet as portagens das ex-SCUT, mas vai também colocar mais máquinas de pagamento nas fronteiras.
Em declarações à Lusa, o diretor de Relações Públicas, Mário Fernandes, reconheceu que a empresa quer evitar, no futuro, filas idênticas às que se formaram na quarta e na quinta-feira da Semana Santa na antiga fronteira do Algarve para pagar portagens na ex-SCUT (estrada Sem Custos para o Utilizador) A22 (Via do Infante), que liga Vila Real de Santo António a Lagos.

"Temos que reforçar a mensagem de que o pagamento pode ser feito comodamente em casa, antes da viagem", disse, sublinhando que o pagamento no único terminal agora existente na antiga fronteira "nunca pretendeu ser uma solução, mas apenas um último recurso para mais os incautos".

Mesmo assim, para evitar filas, a empresa quer instalar outra máquina nas praças da fronteira de Vila Real de Santo António (A22) e Vilar Formoso (A25), disse a mesma fonte, sublinhando que Cerveira (A28) não tem movimento que justifique um novo terminal.

Por outro lado, a empresa já adquiriu vários terminais de pagamento automático (TPA), dedicados em exclusivo ao custeamento de portagens, que pretende instalar em zonas ainda a determinar, nomeadamente áreas de serviço.

Segundo Mário Fernandes, a EP pondera mesmo a instalação de máquinas TPA em Espanha, sobretudo em zonas que antecedem as fronteiras.

O diretor de Relações Públicas reforçou que esta solução se destina apenas a veículos de matrícula estrangeira e aconselhou os cidadãos com carros de matrícula portuguesa, mesmo que residam no estrangeiro, a pagar as viagens, a posteriori, num dos 900 postos de correios (CTT) do país ou numa loja payshop.

A EP pondera também a produção de mais produtos além daqueles que estão disponíveis neste momento, quer nos terminais automáticos, quer online, que se resumem a três possibilidades: vendas avulso, "passe" para três dias e pré-comprado para cinco dias.
.
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por MarcoAntonio » 9/4/2012 23:02

Elias Escreveu:O país não é atractivo para as empresas, mas não limitemos a questão à carga fiscal.


Nem tão pouco eu pretendo limitar de forma alguma a questão à componente fiscal (aliás, o meu argumento neste tópico é sobre custos energéticos e de mobilidade em geral e esses custos não se circunscrevem a custos de tributação).

Portugal seguramente não é um país fiscalmente atractivo para as empresas pelo que não vejo a utilidade para estar a destacar a diferenciação que já existe.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 9/4/2012 22:41

Lion_Heart Escreveu:- e os lobbies que distorcem o mercado


Isso enquadra-se num problema mais vasto: a corrupção.
 
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por Lion_Heart » 9/4/2012 22:39

Elias Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Obviamente, não são suficientes e seguramente, se há coisa que Portugal não é, é um país fiscalmente atractivo para as empresas.


O país não é atractivo para as empresas, mas não limitemos a questão à carga fiscal. Há dois problemas associados que tornam o país realmente pouco atractivo para investir:

- a falta de estabilidade fiscal
- a ineficiência na justiça


- e os lobbies que distorcem o mercado
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por Elias » 9/4/2012 22:36

MarcoAntonio Escreveu:Obviamente, não são suficientes e seguramente, se há coisa que Portugal não é, é um país fiscalmente atractivo para as empresas.


O país não é atractivo para as empresas, mas não limitemos a questão à carga fiscal. Há dois problemas associados que tornam o país realmente pouco atractivo para investir:

- a falta de estabilidade fiscal
- a ineficiência na justiça
 
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por MarcoAntonio » 9/4/2012 22:33

Elias Escreveu:Pois é, mas nesse caso que ninguém pague portagens e pagamos todos enquanto contribuintes.

O que não me parece correcto nem justo é eu ter de pagar as minhas portagens e as isenções dos outros.


Elias, a discussão no abstracto para mim não faz sentido. No abstracto não é justo nem deixa de ser.




Elias Escreveu:Eu tenho dificuldade em aceitar qualquer isenção de portagens para pesados, uma vez que eles já têm uma data de benefícios fiscais (...):


Obviamente, não são suficientes e seguramente, se há coisa que Portugal não é, é um país fiscalmente atractivo para as empresas.


Elias Escreveu:A questão é pois esta: quanto é que se pode / deve exigir aos contribuintes que paguem para aumentar a competitividade das empresas?


Não, a questão para mim era mais saber o quanto já estou a pagar por um conjunto amontoado de medidas cegas num abordagem de crescimento económico, bem como quando eu iria passar a pagar menos uma vez introduzidas essas medidas.
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por MPC_finance » 9/4/2012 22:29

MarcoAntonio Escreveu:Na minha opinião faz. O ponto é este Elias: os contribuintes são onerados na mesma mas de outras formas indirectas, com uma série de efeitos colaterais negativos pelo caminho...

Tu pagas as portagens dos pesados quando adquires os produtos no supermercado. E ainda pagas os subsídios de desemprego numa economia ineficiente onde as empresas (enfrentando custos energéticos e de mobilidade elevados) não são competitivas ou sustentáveis, quando fazes o teu desconto para a segurança social.

A minha abordagem é precisamente estar menos obcecado com a receita e despesa prevista mas centrar a prioridade no crescimento económico (gerando empresas mais competitivas, produtos e serviços mais baratos e menos desemprego), ie, atacar o problema na origem em lugar de aplicar uma sucessão interminável de pensos curativos que passam por aumentar a receita (introduzir mais impostos e taxas) e diminuir a despesa (cortar em todo o lado, até no subsídio de desemprego quando ele é mais preciso).



Estou certo que qualquer governo analisa os factores todos, e mediante isso toma uma decisão.

Por acaso não estou certo se as ”portagens” estão directa ou indirectamente no memorando.

Mas, se queres saber qual seria a minha opinião, não te posso dizer, porque não tenho todas as variáveis em causa.
Apenas quero crer que o governo optou pelas portagens porque as respectivas PPP’s seriam muito onerosas para o estado/contribuinte.

Se gostarias de saber o que faria se tivesse em posição de decidir, posso-te dizer que em primeiro lugar renegociaria as PPP’s e depois tentaria chegar a um equilíbrio onde o preço das portagens não fosse um impeditivo ao crescimento. Mas isto são ses.. e a situação actual não se compadece com ses.
 
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por Elias » 9/4/2012 22:21

MarcoAntonio Escreveu:Na minha opinião faz. O ponto é este Elias: os contribuintes são onerados na mesma mas de outras formas indirectas, com uma série de efeitos colaterais negativos pelo caminho...


Pois é, mas nesse caso que ninguém pague portagens e pagamos todos enquanto contribuintes.

O que não me parece correcto nem justo é eu ter de pagar as minhas portagens e as isenções dos outros.

MarcoAntonio Escreveu:Tu pagas as portagens dos pesados quando adquires os produtos no supermercado.


Sim e não.

Sim, porque é verdade que o preço do produto final reflecte o somatório de custos ao longo da cadeia de valor.

Não, porque o preço final se vai ajustar àquilo que o comprador está disposto a pagar e a margem de lucro vai depender bastante dessa parte.

Eu tenho dificuldade em aceitar qualquer isenção de portagens para pesados, uma vez que eles já têm uma data de benefícios fiscais de que o contribuinte singular não beneficia, a saber:

- pagam menos ISP no gasóleo (embora muitos particulares também usem gasóleo actualmente)
- podem deduzir a despesa do combustível no IRC como custos (o particular não pode, mesmo quando o combustível é gasto exclusivamente para ir trabalhar)
- podem recuperar o IVA referente ao combustível (também aqui o particular não pode, mesmo quando o combustível é gasto exclusivamente para ir trabalhar)

Ou seja, as transportadoras já têm uma série de benefícios fiscais que ajuda à sua competitividade dar-lhes isenção de portagem é mais um benefício, à custa do chamado Zé Pagante. Acresce que os pesados são quem mais desgaste causa nas auto-estradas; mais tráfego de pesados significa mais desgaste, logo mais encargos de conservação que alguém (o Zé) terá de pagar.

A questão é pois esta: quanto é que se pode / deve exigir aos contribuintes que paguem para aumentar a competitividade das empresas?
 
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por MarcoAntonio » 9/4/2012 22:18

MPC_finance Escreveu:
Marco
È necessário fazer o trade off entre os custos e os benefícios como já tive ocasião de dizer.

Cumps


Eu estava a perguntar qual era a tua opinião, uma vez que não ficou nada claro. Acabei por não saber ao certo com que é que não estavas a concordar: se não concordavas com a opção de (o que é matéria de opinião) ou se não concordavas com o facto de ser tornada artificialmente competitiva à custa dos restantes consumidores) e era isso que eu estava a tentar que clarificasses.


A minha opinião, neste ponto sobre a Solar, é esta: o trade off é obviamente negativo. O benefício é irrelevante face aos custos exorbitantes desta solução, extremamente pouco competitiva...

As únicas situações onde consigo conceber a utilização da energia solar (no actual contexto económico e técnico) são os cenários onde outras alternativas económicas não estão disponíveis (satélites, por exemplo) ou em situações onde a aplicação ocorre em locais isolados e requerem autonomia (por exemplo, um posto SOS numa zona remota desabitada, onde não existe rede convencional instalada).

Agora, uma (tentativa) de massificação desta solução como foi a subsidiação de aplicações domésticas foi mais uma das variadas barbaridades cometidas em matéria de política energética que agora estamos todos a pagar.
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por MarcoAntonio » 9/4/2012 22:09

Na minha opinião faz. O ponto é este Elias: os contribuintes são onerados na mesma mas de outras formas indirectas, com uma série de efeitos colaterais negativos pelo caminho...

Tu pagas as portagens dos pesados quando adquires os produtos no supermercado. E ainda pagas os subsídios de desemprego numa economia ineficiente onde as empresas (enfrentando custos energéticos e de mobilidade elevados) não são competitivas ou sustentáveis, quando fazes o teu desconto para a segurança social.

A minha abordagem é precisamente estar menos obcecado com a receita e despesa prevista mas centrar a prioridade no crescimento económico (gerando empresas mais competitivas, produtos e serviços mais baratos e menos desemprego), ie, atacar o problema na origem em lugar de aplicar uma sucessão interminável de pensos curativos que passam por aumentar a receita (introduzir mais impostos e taxas) e diminuir a despesa (cortar em todo o lado, até no subsídio de desemprego quando ele é mais preciso).
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por MPC_finance » 9/4/2012 22:06

MarcoAntonio Escreveu:O que pretendias transmitir é que não concordas com a opção de torná-la artificialmente competitiva à custa dos restantes contribuintes, é isso?


Marco
È necessário fazer o trade off entre os custos e os benefícios como já tive ocasião de dizer.

Cumps
 
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por Elias » 9/4/2012 22:00

MarcoAntonio Escreveu:O Estado pode financiar a despesa (a mesma) das mais variadas formas. Queres um exemplo: os pesados não pagam portagem (a receita pode ser obtida de forma diluida no IVA ou nas portagens dos ligeiros).


A questão é se faz sentido onerar os contribuintes e serem estes a suportar o facto de alguns (os pesados) não pagarem portagem.
 
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por MarcoAntonio » 9/4/2012 21:47

O que pretendias transmitir é que não concordas com a opção de torná-la artificialmente competitiva à custa dos restantes contribuintes, é isso?
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