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Caldeirão da Bolsa

Portugal faz leilão de dívida a 18 meses

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por djovarius » 4/4/2012 13:34

Uma correção:

O título Espanhol que referi era a 4 anos e não a 5 anos, o que torna a coisa mais negativa, até porque a Alemanha "pagou" hoje 0,8% por uma emissão a 5 anos.

Lembrem-se da regra de ouro: quando a diferença chega aos 400 pontos base... Kaput !!!

dj
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por richardj » 4/4/2012 12:52

JMHP Escreveu:
djovarius Escreveu:O verdadeiro teste veio da Espanha hoje de manhã, que já pagou pelo título a 5 anos um juro de 4,32%. Muito mau em qualquer caso não é, mas é negativo, porque o juro de referência (alemão, neste caso) é muito inferior.


Totalmente de acordo, neste momento o maior foco de instabilidade que ameaça a recuperação e estabilidade europeia é a Espanha, que estar á beira do caos social e muito longe de convencer os mercados sobre a sua capacidade de superar os seus desiquilíbrios orçamental e das finanças publicas.


com taxa de desemprego nos 22% é uma bomba relógio...

não sei quantos são os de longa duração, mas...

já no caso português o desemprego vai explodir ate ao final do ano se não se fizer nada. Segundo as associações do comercio local e da construção estão em causa 100 mil postos nos restaurantes e 50 mil na construção civil... são 150 mil pessoas, mais 3%
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por VirtuaGod » 4/4/2012 12:47

Ulisses Pereira Escreveu:a um prazo que superava o do programa de apoio financeiro


Por enquanto :twisted: :twisted: :twisted:
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por JMHP » 4/4/2012 12:47

djovarius Escreveu:O verdadeiro teste veio da Espanha hoje de manhã, que já pagou pelo título a 5 anos um juro de 4,32%. Muito mau em qualquer caso não é, mas é negativo, porque o juro de referência (alemão, neste caso) é muito inferior.


Totalmente de acordo, neste momento o maior foco de instabilidade que ameaça a recuperação e estabilidade europeia é a Espanha, que estar á beira do caos social e muito longe de convencer os mercados sobre a sua capacidade de superar os seus desiquilíbrios orçamental e das finanças publicas.
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por Lion_Heart » 4/4/2012 12:43

E não se esqueçam que estamos a falar de BT´s e não OT´s.

Que eu saiba os BT´s não costumam levar os haircuts.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por djovarius » 4/4/2012 12:32

Eu também concordo que se deviam manter os prazos entre os 3 e os 12 meses com juros mais baixos, rolando a dívida posteriormente, provavelmente em melhores condições.
Isto não é um teste a sério porque é a Banca / investidores nacionais que adquirem estes títulos, sabendo que o rendimento é bom e que o risco de incomprimento não é assim tão mau nestes prazos.
Não adiante andar a pagar juros por vezes mais elevados do que os da assistência da Troika só para fazer testes.

O verdadeiro teste veio da Espanha hoje de manhã, que já pagou pelo título a 5 anos um juro de 4,32%. Muito mau em qualquer caso não é, mas é negativo, porque o juro de referência (alemão, neste caso) é muito inferior.

É a saga dos "porrrquinhos" :evil:

dj
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por Ulisses Pereira » 4/4/2012 12:22

Pocoyo, o Estado tinha que testar qual a reacção dos mercados a um prazo que superava o do programa de apoio financeiro. E, a meu ver, foi um excelente sinal que o mercado deu em relação a Portugal.

Um abraço,
Ulisses
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por pocoyo » 4/4/2012 11:28

Pagou 4,5% a 18 meses.

Porque é que o estado não emitiu divida a 6 meses pagando uma taxa de 2,9%?

Não basta voltar aos mercados (a 18 meses) é preciso tambem olhar pelos interesses de Portugal.

Ou o estado está a prever algo de muito mau nos proximos tempos e por isso quanto mais arrecadar melhor.
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por sete7 » 4/4/2012 11:19

 
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por nook » 4/4/2012 11:19

Portugal paga 4,5% por dívida a 18 meses e afunda custos na emissão a seis meses
04 Abril 2012 | 11:03
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt


O IGCP obteve a totalidade dos 1.500 milhões de euros pretendidos numa dupla emissão de bilhetes do Tesouro. Mil milhões foram colocados através de dívida a 18 meses, com juro de 4,537%. Custos afundaram no leilão a seis meses.


Portugal obteve 1.000 milhões de euros através da emissão de bilhetes do Tesouro a 18 meses, pagando uma taxa implícita de 4,537%. A taxa ficou em linha com as estimativas dos analistas e também em linha com o custo que o Estado irá suportar, em média, ao longo do actual programa de assistência financeira.

Emitir bilhetes do Tesouro com prazo superior a 12 meses passou em Fevereiro a ser legalmente possível, depois de aprovação em Conselho de Ministros.

No leilão de dívida, o IGCP financiou-se em mais 500 milhões de euros com a emissão de bilhetes do Tesouro a seis meses. Os custos baixaram de 4,332% para 2,9%.

Em ambas as linhas, o IGCP registou uma procura confortável. Na linha a seis meses, a procura superou em cinco vezes os 500 milhões de euros efectivamente colocados e no prazo a 18 meses o rácio de cobertura foi de 2,6 vezes.

O alívio recente da percepção de risco sobre Portugal reflecte-se nas taxas das obrigações (longo prazo) no mercado secundário, mas também nos custos cada vez mais baixos suportados nos sucessivos leilões de bilhetes do Tesouro.

Bancos nacionais terão assegurado maior parte dos títulos a 18 meses

Ainda que nos últimos leilões se tenha registado um aumento da participação de bancos estrangeiros, a banca nacional continua a assegurar a absorção da maior parte da dívida emitida pelo IGCP. Os títulos são utilizados como garantia (colateral) na obtenção de financiamento junto do BCE, a uma taxa muito mais baixa.

O vencimento dos títulos de mais longo prazo dá-se em Outubro de 2013, depois do reembolso de cerca de 10 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro. Essa obrigação está a negociar com taxas de cerca de 10%, no mercado secundário, reflectindo ainda algum receio por parte dos investidores de que Portugal entre numa situação de incumprimento.

Apesar de atingirem a maturidade mais tarde, os bilhetes do Tesouro têm um estatuto diferente. Tal como aconteceu na Grécia, estes títulos ficam "imunes" a eventuais processos de renegociação da dívida pública, pelo que os juros exigidos pelos investidores são mais reduzidos reflectindo o menor risco associado.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=549255
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Re: Portugal faz leilão de dívida a 18 meses

por artista_ » 4/4/2012 11:18

The Mechanic Escreveu:Estou para ver no que vái dar isto hoje . Se correr bem , é sinal que os Mercados começam a confirmar a crença em Portugal , como sendo capaz de "sair desta" .

Isso era importante para a Banca ( aposto que um bom resultado, virava a mesa hoje , no que toca a quedas ) e para o resto do Mercado no imediato, e um bom dinal para o futuro do país .

Os Espanhois já colocaram divida hoje ( e não correu bem para aqueles lados ) ,e pareceu-me ver que Portugal era às 10h30 ( JNO), mas ainda não "apanhei" nada.


Um abraço ,

The Mechanic


Também fico curioso em relação a este leilão, mas duvido que isso tenha alguma influência no curto prazo na banca, se tiver as indicações os sinais parecem inexistentes!
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Portugal faz leilão de dívida a 18 meses

por The Mechanic » 4/4/2012 11:12

Portugal faz leilão de dívida a 18 meses na quarta-feira
29 Março 2012 Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt


O IGCP acaba de anunciar a realização de um leilão de bilhetes do Tesouro a 18 meses, confirmando as indicações dadas recentemente pelo organismo de que "há procura no mercado" por dívida com essa maturidade.
O instituto que gere o crédito público português agendou para a próxima quarta-feira, 4 de Abril, um leilão duplo de bilhetes do Tesouro.

Além do lançamento de uma nova linha de financiamento a seis meses, o IGCP vai financiar-se a 18 meses. A possibilidade de emitir bilhetes do Tesouro com maturidade superior a 12 meses foi aprovada em Fevereiro e Alberto Soares, o ainda presidente do IGCP, já havia dito que um leilão a 18 meses era “uma possibilidade”, acrescentando que “há procura por parte de investidores”.

O montante objectivo, comum às duas linhas, vai de 1.250 a 1.500 milhões de euros.

A nova linha a 18 meses atingirá a maturidade em 18 de Outubro de 2013, ou seja, já depois de o Estado ter de reembolsar cerca de 10 mil milhões de euros de uma linha de Obrigações do Tesouro. É essa linha de dívida que se vence em Setembro de 2013 que tem sentido maior alívio nas taxas no mercado secundário.

As taxas caíram de 21% em Janeiro para a casa dos 9% nos últimos dias, com os investidores a verem cada vez menor risco de "sobressaltos" no reembolso dessa dívida.

IGCP vai emitir até 4.500 milhões de euros em bilhetes do Tesouro no segundo trimestre
O organismo acabou também de divulgar as "linhas de actuação" no financiamento do Estado para o segundo trimestre, que se inicia na próxima semana.

Incluindo os dois leilões agendados para 4 de Abril, o IGCP deverá financiar-se em entre 3.750 milhões e 4.500 milhões de euros através da emissão de bilhetes do Tesouro.

"O IGCP acompanhará activamente a evolução das condições de mercado, salvaguardando-se

a possibilidade de efectuar alterações ao programa supra indicado", escreve o IGCP no programa de financiamento para o segundo trimestre.


Estou para ver no que vái dar isto hoje . Se correr bem , é sinal que os Mercados começam a confirmar a crença em Portugal , como sendo capaz de "sair desta" .

Isso era importante para a Banca ( aposto que um bom resultado, virava a mesa hoje , no que toca a quedas ) e para o resto do Mercado no imediato, e um bom dinal para o futuro do país .

Os Espanhois já colocaram divida hoje ( e não correu bem para aqueles lados ) ,e pareceu-me ver que Portugal era às 10h30 ( JNO), mas ainda não "apanhei" nada.


Um abraço ,

The Mechanic
" Os que hesitam , são atropelados pela retaguarda" - Stendhal
"É óptimo não se exercer qualquer profissão, pois um homem livre não deve viver para servir outro "
- Aristoteles

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