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Off-Topic-Portugal e Espanha num só país: Ibéria

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por BearManBull » 14/3/2012 10:11

Vanek Escreveu:O ódio entre Barcelona e Madrid é 1000x pior que "o não gostar" entre Lisboa e Porto. Em Espanha eles odeiam-se mesmo. Chegam ao ponto de vandalizar carros que tenham matriculas diferentes.


Desculpa mas isso é bairrismo. Não acredito que pessoas de bom senso hajam assim.

E se queres falar de diversidade cultural vai para o Brasil por essa ordem de ideias também não era uma nação.

Uma Espanha separada até seria inferior a nós e eles sabem bem isso.
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por Vanek » 13/3/2012 17:14

O ódio entre Barcelona e Madrid é 1000x pior que "o não gostar" entre Lisboa e Porto. Em Espanha eles odeiam-se mesmo. Chegam ao ponto de vandalizar carros que tenham matriculas diferentes.
Eu prefiro um Portugal com todos os seus defeitos que entrar numa "Espanha" manta de retalhos onde ninguem se sente realmente confortável e nem hino tem porque não existe uma identidade espanhola.
 
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por artista1939 » 13/3/2012 16:06

Acho engraçado, como numa década se põe em causa uma estrutura com quase 1000 anos...
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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Re: Off-Topic-Portugal e Espanha num só país: Ibéria

por BearManBull » 13/3/2012 16:00

escada1 Escreveu:
É mais facil um madrileno espancar em plena rua um barcelençe do que um Portugues.Alias, em barcelona, para quem já lá foi (português), e se tentarmos falar "espanhol", já que não conhecemos tanto o catalão, são eles mesmos que pedem para falarmos português, esforçam-se por nos entender.
Eles odeiam-se.



Odeiam-se tanto como um portuense a um lisboeta, sem meter clubes ao barulho. Claro que estou a falar de pessoal de gema, que é também o que acontece com os catalães e castelhanos. Se forem os velhotes das tascas nem se dignam a falar castelhano, mas pessoal mais novo já não têm esses preconceitos tão presentes.

E depois isto é como tudo quando é para defender as tradições são bascos, catalães ou andaluzos, quando querem endividar as câmaras já só são vermelhos e amarelos...
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Re: Off-Topic-Portugal e Espanha num só país: Ibéria

por Pantone » 13/3/2012 15:12

escada1 Escreveu:Este tema é um insulto.
Muito sangue foi derramado, para mantermos a nossa identidade e a nossa cultura.

Nós somos uma das mais antigas nações do mundo.A Espanha, é um conjunto de regiões.E que por acaso, nutrem mais odio umas pelas outras, do que nós por eles.

É mais facil um madrileno espancar em plena rua um barcelençe do que um Portugues.Alias, em barcelona, para quem já lá foi (português), e se tentarmos falar "espanhol", já que não conhecemos tanto o catalão, são eles mesmos que pedem para falarmos português, esforçam-se por nos entender.
Eles odeiam-se.


escada1, insulto é apelidar um habitante de Barcelona de "barcelençe"!

Ah, e ouvi-lo tentar falar castelhano também talvez o possa ser, mas aí...
 
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Re: Off-Topic-Portugal e Espanha num só país: Ibéria

por escada1 » 13/3/2012 14:57

Este tema é um insulto.
Muito sangue foi derramado, para mantermos a nossa identidade e a nossa cultura.

Nós somos uma das mais antigas nações do mundo.A Espanha, é um conjunto de regiões.E que por acaso, nutrem mais odio umas pelas outras, do que nós por eles.

É mais facil um madrileno espancar em plena rua um barcelençe do que um Portugues.Alias, em barcelona, para quem já lá foi (português), e se tentarmos falar "espanhol", já que não conhecemos tanto o catalão, são eles mesmos que pedem para falarmos português, esforçam-se por nos entender.
Eles odeiam-se.



Açor3 Escreveu:É «um absurdo» que os dois países vivam «tão desconhecidos um do outro», explica escritor espanhol.
O escritor Arturo Pérez-Reverte defendeu a existência de uma Ibéria, um país único, sem fronteiras que separem Espanha e Portugal, porque é «um absurdo» que os dois países vivam «tão desconhecidos um do outro».

«Há uma Ibéria indiscutível que está entre os Pirinéus e Gibraltar, com comida, raça, costumes, história em comum e as fronteiras são completamente artificiais», disse o escritor espanhol à agência Lusa, de passagem por Portugal a propósito do lançamento do romance «Um dia de cólera».

Para Pérez-Reverte, essa Ibéria não existe administrativamente, mas «qualquer espanhol que vem a Portugal sente-se em casa e qualquer português que vá a Espanha sente o mesmo».

«Houve dificuldades históricas que nos separaram, mas a Ibéria existe. Náo é um mito de Saramago, nem dos historiadores romanos. É uma realidade incontestável que precisa de um empurrão social e não político para concretizar o projecto», disse.

Ainda assim, disse que «é um absurdo que Portugal e Espanha vivam sempre tão separados, tão desconhecidos um do outro», já que deviam olhar para a Europa como ibéricos, porque o mundo de hoje «é um lugar de grandes mudanças sociais».

«Esse Ocidente pacífico, sereno, poderoso, com uma certa coerência cultural e social do século XX não poderá continuar. O Ocidente como o entendemos está na sua etapa final», disse.

Arturo Pérez-Reverte, 57 anos, é um dos escritores mais populares das letras espanholas da actualidade, com obra traduzida em quase 30 idiomas. Antigo repórter de guerra, dedica-se em exclusivo à escrita desde finais dos anos 1980, tendo editado romances como «O cemitério dos barcos sem nome», «Território Comanche», «O hussardo», «O pintor de batalhas» e os seis romances da série de aventuras «Capitão Alatriste».
 
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comentário

por jotabilo » 13/3/2012 13:17

Caro

E o desenvolvimento económico global...dependerá da regulação a nível global do comércio e dos acordos existentes a esse nível.
A Europa está a esconder o problema inventando modelos pouco funcionais nos países do Sul, mas na realidade existe uma aristocracia de poderosos que estão a beneficiar da desregulamentação a nível global e que vivem vidas fabulosas nos seus gettos no seio de nós.
Querem mamnter o status quo para continuarem, injustamente, a exploração da mão de obra oriental em detrimento dos trabalhadores ocidentais que estão e estarão cada vem mais desempregados enquanto não aceitarem um emprego com os condicionalismos de um oriental.
Tudo isto está errado e só é admissível num ambiente mercantilista....que quer queiramos ou não...está no fim ...por anquilose e pouco adaptado à emergencia dos tempos que aí estão.

cumps
 
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por BearManBull » 13/3/2012 13:11

Pelo menos passávamos a ter mais de 3 medalhas nos jogos olímpicos!

Apesar de me irritar que "nuestros hermanos" nos desprezem completamente não se lhes pode tirar-se o mérito. Eles estão em todas seja no Ténis, no Basket na pintura ou na música. Nós temos Fado eles têm Flamengo. Nós temos Cisa Vieira eles Gaudi.

Nós temos 2 prémios Nobel eles têm 30... Ah tá bem mas Portugal tem melhor café! Prontos sempre dá para fazer umas notícias de vez em quando.

E depois comemos melhor! Talvez nas grandes cidades, mas em zonas tradicionais também têm pratos requintados. O mesmo se pode dizer do azeite e do vinho.

Em suma não temos nada melhor do que os gaijos. Por isso no caso de uma Ibéria era só vantagens para nós. Claro que é impossível, se até a Escócia está para sair do Reino Unido e vai de certeza perder com isso... O orgulho é lixado!
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por Marco Martins » 13/3/2012 8:49

O Eurogrupo aceitou hoje aligeirar o objectivo de redução do défice orçamental espanhol deste ano, para os 5,3% do produto interno bruto (PIB), contra uma previsão inicial de 4,4%, anunciou Jean-Claude Juncker.
O novo objectivo anunciado pelo presidente do Eurogrupo é, ainda assim, ligeiramente inferior ao que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, tinha anunciado a 2 de Março, de 5,8% do PIB.

"O número anunciado anteriormente pelo governo espanhol, de 5,8% [do PIB], está morto", afirmou Juncker, acrescentando que "o que é bastante mais importante é o valor [do défice] de três por cento [do PIB] no final de 2013".

O presidente dos 17 ministros das Finanças dos países do euro referiu que "o governo espanhol disse estar preparado para considerar" este objectivo na finalização das novas propostas orçamentais, em Abril.

Questionado sobre a derrapagem orçamental em Espanha, numa altura em que a Holanda está também a identificar cortes orçamentais da ordem dos 10 a 17.000 milhões de euros para manter as contas públicas em ordem, Juncker disse: "Não estamos a aliviar" as regras orçamentais por que se rege a União Europeia.

A Zona Euro espera que Madrid respeite o seu compromisso de baixar o défice público para os três por cento do PIB em 2013, cumprindo assim o limite máximo permitido pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Normalmente, o não cumprimento deste limite dentro dos prazos acordados em Bruxelas daria origem a uma pesada sanção, ao abrigo das novas leis da zona euro e dos princípios da União Europeia.

O défice de Espanha é um pouco superior ao valor do resgate de Portugal, tendo atingido aos 90.000 milhões de euros no ano passado. Mariano Rajoy já disse que a derrapagem orçamental este ano será praticamente no mesmo montante.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, afirmou que Madrid tem de apresentar "um caminho credível e convincente para a consolidação orçamental ao longo dos próximos dois anos", que será adoptado "em paralelo com reformas económicas que gerem um crescimento sustentável e melhores trabalhos em Espanha".


Embora esta notícia não esteja relacionada com a Ibéria :) está relacionada com a recuperação de Portugal e Espanha.

Parece-me que esta aceitação de Bruxelas sobre o défice Espanhol será positiva no sentido em que Espanha não afundará tanto como seria de esperar.

O único problema poderá acontecer se os mercados não acreditarem em Espanha... mas de qualquer forma isso só acontecerá quando começar a haver uma retoma económica global.
 
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por A330-300 » 11/3/2012 6:59

Em ambos os países há angolanos , brasileiros , e tantas outras nacionalidades a viver em harmonia.São es emigrantes.Se nos incorporássemos a Espanha , seriamos apenas um grande país. Os espanhóis apenas teriam que levar conosco e mais uns angolanos e brasileiros que eles lá tem menos do que nós.

Nós ,se por um lado viveríamos melhor em um país com menos impostos , mais rico ,com mais indústria , por outro corríamos o risco de ser os marroquinos lá do sítio.É que os espanhóis estão em crise , mas mais dia menos dia sairão dela porque tem muita indústria , são empreendedores,produzem, etc.

Os chineses que vivem ambos os países continuariam com as lojinhas e os seus restaurantes e nós seríamos o Joaquim da mercearia com caneta na orelha e tudo.
Viveríamos melhor mas com o orgulho em baixa e baixa auto estima. É que em Portugal somos orgulhosamente o Dr. Joaquim da mercearia , lá seríamos só o Joaquim.

Mas os mais nacionalistas que não percam noites de sono porque nuestros hermanos no son tontos.De todo.

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comentário

por jotabilo » 10/3/2012 23:23

Caros

A crise actual tem como base a problemática de que trata este tópico.
Estamos num tempo em que prevalece um dilema na evolução política e social do homem....ou seja....após o estádio do estado-nação, qual será a forma política a adoptar?......serão os grandes espaços económicos que aparentemente, se apresentam como a linha mais óbvia e de mais fácil adopção......
ou, de outro modo.....regiões autárquicas sedes de um poder político descentralizado.
As novas tecnologias que emergem parecem recomendar a segunda opção como sendo a mais racional à luz de uma nova fé que a fundamenta.
A Ibéria nunca poderá suceder dado que, actualmente, existem lógicas e modelos geopolíticos que impedem tal desiderato.
A Europa é apenas um mito....uma última tentativa de a lógica iluminista ou do mercado, tentar manter uma realidade político-social já vetusta e pouco adequada a um modelo de sociedade imposto pela emergência das novas tecnologias que estão a mudar de uma forma estrutural a forma de organização social que exige uma maior racionalidade e eficácia nas acções do homem.
A Europa é um último estretor do mercado que se quer impor quase como uma lei natural do homem.
O homem persegue dois fins últimos:- Segurança e Bem estar (Com todas a modalidades que esses fins possam conter)......Logo que esses fins gerais não possam ser garantidos pelo poder político ...a mudança verifica-se, inexoravelmente.
O que se está a passar na actualidade tem raízes nessa certeza....se o poder político centralizado no estado nação não consegue garantir a obtenção desses dois fins últimos desejados pelo homem....tenhamos a certeza de que haverá mudanças significativas na forma de como o poder político será exercido.
O pensamento mais hodierno....parece afirmar que caminharemos para comunidades autárquicas, politicamente autónomas e autosuficientes organizadas de uma forma totalmente integrada onde todos os homens têm lugar....não haverá escolas ..nem jardins de infância...nem lares da erceira idade...a energia será descentralizada.....and so on......sim...nem escaravelos de aço que estranhamente se reunam de dia e se espalhem ao cair da tarde...como diria Asimov na sua ficção.....não haverá necessidade de grandes deslocações...tudo será mais eficazmente consumido ....e não haverá curvas de oportunidade...mas sim necessidades racionalmente determinadas e racionalmente satisfeitas.....a heroicidade individual terá um significado mais social do que sucede actualmente e que o iluminismo de Kant proclamou....estamos a mudar depressa e daí a inquietação que se descobre neste tópico.

cumps
 
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por alexandre7ias » 10/3/2012 19:04

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10.MAR.2012  00:00
Eles já não querem ser italianos. E pagam 15 mil milhões pela independência

Sul-tiroleses (Foto: D.R.)
Aquilo a que chamam trapalhada orçamental obrigou Roma a quebrar o acordo de manter na região 90% da receita fiscal cobrada no Tirol do Sul

Há muito que uma grande parte das pessoas do Norte da Itália quer a independência. Agora, a crise do euro está a dar ao movimento separatista um novo impulso, com o Norte rico a não querer sustentar o Sul pobre. Os esforços do primeiro-ministro para controlar a situação poderão estar a piorar as coisas.

O governador adora caçar - gansos, coelhos, raposas, o que for que se atravesse no seu caminho. Luis Durnwalder, o principal caçador do Tirol do Sul, concede licenças de caça como se tivesse direitos senhoriais e, quando os agricultores em Vinschgau se queixam de que os veados estão a destruir os campos, dá uma ordem direta aos caçadores: abatam imediatamente sete veados!

O governo italiano devia ter adivinhado que faria inimigos em Bolzano quando apresentou uma queixa contra a lei estatal de caça no Tirol do Sul ao Tribunal Constitucional italiano. Roma não gosta de o Tirol do Sul não cumprir a época de caça obrigatória para todas as províncias italianas.

Roma não tem nada que ver com isto, diz Durnwalder. E sublinha que a Sicília e o Tirol do Sul são tão diferentes em termos de flora e fauna que não é possível "aplicar a mesma lei desde a passagem de Brenner até à Sicília."

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, discorda. Ele quer provar que a Europa pode confiar na Itália. Para isso, o seu gabinete de tecnocratas apresentou um pacote de reformas que também faz exigências adicionais às cinco regiões italianas com estatuto semiautónomo - indo mesmo ao pormenor legal que regula os danos causados por animais selvagens.

O dinheiro está no centro da disputa. Espera-se que o Tirol do Sul contribua com 120 milhões de euros para pôr em ordem o orçamento público italiano. Para o fazer, terá de aumentar o imposto municipal sobre imóveis, o IVA e o IRS e as taxas pagas pelos agricultores - medidas que violam a promessa de Roma de que 90% dos impostos cobrados no Tirol do Sul permaneceriam na região.

Durnwalder cita parágrafos do pacote de reformas contra o qual tenciona apresentar o seu próprio processo ao Tribunal Constitucional.

Domínio estrangeiro
O que está a acontecer na província mais ao norte e mais rica de Itália espelha o que se passa numa escala maior na crise do euro: o Norte rico não quer pagar pelo Sul pobre. Nas décadas de 50 e 60 do século passado, esta atitude refletiu-se no movimento Longe de Roma que, até recentemente, era considerado tão fora de moda como os preconceitos dos europeus do Norte contra os europeus do Sul que vieram agora à superfície devido à crise.

"Que mais tem de acontecer para que o Tirol do Sul se separe finalmente deste país?", pergunta Eva Klotz, membro do parlamento de estado para o movimento separatista South Tyrolean Freedom. A militante de 60 anos passou metade da sua vida a lutar pela independência, embora nunca tenha sido levada a sério. Mas agora, segundo ela, o momento é propício para pôr fim ao "domínio estrangeiro" de Itália. E acrescenta que as pessoas da sua província não estão dispostas a ser arrastadas com o resto de Itália.

Mas o debate não se limita a grupos marginais. O ministro da Economia do Tirol do Sul, Thomas Widmann, do partido conservador, propõe que a região "compre a sua liberdade" a Itália. O ministro chega a indicar um preço de compra concreto. A dívida de Itália atinge 1,911 biliões de euros, ou 30 mil euros per capita. Para os 500 mil cidadãos do Tirol do Sul, isto equivaleria a 15 mil milhões de euros. Segundo Widmann, se Bolzano pagasse este valor a Roma poderia exigir "autonomia total" em troca. A partir daí, Itália só trataria da política monetária, de negócios estrangeiros e de defesa para o Tirol do Sul.

O partido populista Libertário, de direita, defende o modelo de um estado livre. "Porque temos de ser nós a resgatar a Itália?", pergunta Ulli Mair, de 37 anos e presidente do partido. "Afinal, nós não criámos esta trapalhada." O partido tenciona explicar como o estado livre do Tirol do Sul poderá trabalhar num projeto de constituição que apresentará em breve.

Passageiros de primeira classe
Nas sondagens, é visível que os argumentos separatistas estão a ganhar força, principalmente entre os jovens sul-tiroleses. O número de militantes jovens do partido Libertário e do movimento South Tyrolean Freedom está a crescer significativamente. A província está a sofrer uma mudança geral para a direita, segundo o analista político Günther Pallaver.

Enquanto 90% dos sul-tiroleses se identificavam com um estatuto de autonomia limitada na década de 70 do século passado, atualmente este número baixou para cerca de 60%, diz Pallaver. "Estamos a lidar com conflitos que podem tornar-se ainda mais graves no futuro." De acordo com Pallaver, os eleitores falantes de alemão do Tirol do Sul estão cada vez mais a mudar-se para a direita e é possível que aos legisladores do relativamente tranquilo Partido Popular do Tirol do Sul no parlamento italiano se juntem representantes de partidos menos interessados em harmonia.

Após ter servido 22 anos como governador, Luis Durnwalder, conhecido como "Estado Luis" e "o eterno Durni", acha esta ideia horripilante. "O Tirol do Sul também tem de fazer a sua parte para ultrapassar esta crise", diz, após uma reunião com o primeiro-ministro Monti em Roma. "Ainda estamos no mesmo barco que Itália. A única diferença é que os sul-tiroleses são passageiros de primeira classe."Alexandra Aschbacher/Der Spiegel
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por Pastel » 20/2/2012 10:55

Jooaaoo Escreveu:
Dwer Escreveu:Curiosamente, eu sinto-me mais em casa na Andaluzia que na Galiza.

Mas em geral, sinto-me em casa em Espanha.

...no me acuerdo...



Fica a correcção.... :wink:

Acuerdo = Acordo
Recuerdo = Lembrar


Abraços


Também eu me sinto em casa na Andaluzia (tirando o facto de eles gritarem muito e de terem uma noção diferente de espaço pessoal)

"No me acuerdo" é mesmo não me recordo, fica a correcção à correcção :wink: e usam muito no nosso sentido do não me lembro

Quanto ao tema do tópico, a mim não me faria confusão o conceito de Ibéria, seria muito natural mesmo, e historicamente seria o que deveria ter acontecido..

Mas não há um mínimo de visão de ambos os lados, se houvesse, já há muitos anos que teriamos, por exemplo, uma Liga Ibérica de Futebol (é tão óbvio!!).

De qualquer maneira, como eu vejo as coisas actualmente, a Ibéria nunca acontecerá numa federação de Estados Unidos da Europa, que bem ou mal, terá de ser o futuro da Europa :mrgreen:
 
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por artista1939 » 19/2/2012 22:34

Não concordo com a Ibéria.
E acho muito bem que se resolva o diferendo de Olivença.
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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por Elias » 19/2/2012 21:45

PS reabre polémica de Olivença por causa da Guerra das Laranjas
19.02.2012 - 16:35 Por Luciano Alvarez


Olivença volta a estar sob polémica (Rui Gaudêncio)
O alcaide de Olivença resolveu festejar da anexação do território há 211 anos. O PS não gostou e tenta impedir a festa. A polémica está aberta entre autarquias dos dois países.

http://www.publico.pt/Local/ps-reabre-p ... as-1534448
 
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por Um curioso... » 7/4/2011 17:33

Valete Escreveu:
Temos quase um milénio de história.


Por vezes os equívocos duram uma eternidade...
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por Valete » 6/4/2011 22:40

Tretas. Castela já se vê à rasca para domar todas as nações que tem debaixo da sua asa, que com mais uma nem sabiam para onde se virar.
Temos quase um milénio de história. A Espanha tem um par de séculos.
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por atomez » 6/4/2011 20:14

amsfsma Escreveu:E que língua se sobreporia? O espanhol naturalmente...

"Espanhol" fala-se na América Latina.

Em Espanha fala-se Castelhano e mais uma quantidade de línguas.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Tridion » 6/4/2011 18:59

Julgo que não, tinhas respondido algo semelhante relativamente às legislativas, que se houvesse necessidade ponderarias votar, como ex.: votar contra um partido nacionalista.

Desculpem o off-topic...
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por MarcoAntonio » 6/4/2011 18:53

Tridion Escreveu:MarcoAntonio Já te perguntei isto, mas como não respondeste volto a perguntar, não votas em nenhum tipo de eleições ou votas nas autarquicas, europeias e referendos?


Julguei que tinha respondido. De uma forma geral, não voto em nenhumas mas não é uma posição radical, existe a possibilidade de poder ser motivado (reunirem-se razões) o suficiente para votar...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Tridion » 6/4/2011 18:50

MarcoAntonio Já te perguntei isto, mas como não respondeste volto a perguntar, não votas em nenhum tipo de eleições ou votas nas autarquicas, europeias e referendos?
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por MarcoAntonio » 6/4/2011 18:34

jvasco27 Escreveu:Marco,

Creio que já li comentários seus de que a qualidade dos políticos que temos é um reflexo da sociedade portuguesa. Não poderia estar mais de acordo. Os nossos políticos não vieram de Marte, eles representam o povo português, por muito que nos custe aceitar. Mas, numa extensão desse raciocínio, não significa isso que se melhorarmos como indivíduos e como povo isso acabará por produzir melhores políticos? Se houver mudança, ele será de baixo para cima, não o contrário.


São duas coisas distintas as qualidades do universo dos individuos e as qualidades do modelo em vigor.

Estás a misturar as duas coisas quando elas precisam de ser separadas...

Quer a prestação dos individuos em si quer o conjunto de individuos com potencial para chegar a posições de poder quer a capacidade efectiva do poder exercer (ou corresponder) à vontade popular cumprindo o preceito base dos principios democráticos difere de modelo para modelo.

A democracia não é isto e ponto final. Isto é antes um modelo de democracia e - na minha e na opinião de um número aparentemente crescente de pessoas que vai ganhando cada vez mais essa consciência - um modelo de democracia particularmente inoperacional. Pervertido!

Nós não temos de estar agarrados a este modelo democrático. Ele não é bom e existem alternativas!


jvasco27 Escreveu:Estamos efetivamente subjugados pela partidocracia. Mas não temos instrumentos para mudar isso? O voto, a manifestação, o protesto, o boicote, a revolução, servem pra quê?


O voto não muda nada. As eleições - como existem actualmente - são inclusivamente um dos instrumentos de garantia da continuidade da ditadura dos partidos. Estão formuladas de tal forma que como que o garantem. A oposição a qualquer alteração dos modelos é tremenda e os partidos, que são quem tem o poder para alterar alguma coisa, não a querem!

A solução?

Não é fácil. Não é fácil sair de um qualquer tipo de ditadura, por isso é que perduram. Em Portugal ainda por cima existe aquela coisa que é a tendência "autocolante"...

Revolução?

Bom, tem de partir de uma iniciativa localizada qualquer e é preciso que o sistema esteja já todo fraccionado. As revoluções em Portugal não costumam ser "verdadeiramente populares", o povo cola-se e adere-se em massa depois quando a coisa já está adiantada, quase garantida...

Não é o que acontece hoje em que os partidos nem mexem na constituição (obsoleta!), parece tabu!

Na verdade, nesta matéria, os partidos estão bastante coesos e o sistema não está fragilizado de todo...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por jvasco27 » 6/4/2011 18:10

MarcoAntonio Escreveu:
jvasco27 Escreveu:Já é muito mau estar subjugado a Berlim e Bruxelas. Não creio que estar subjugado a Berlim e Bruxelas via Madri seja melhor.


E estar subjugados à partidocracia que nos governa e domina, não é mau?

Para que fique claro, eu não acho que no imediato uma fusão com a Espanha seja benéfica porque não é natural. É muito forçada e iria criar muitas clivagens e tantos problemas como os que resolve (basta olhar para a sondagem recente, isto não é o tipo de coisa que se faça quando nem sequer metade da população concorda, isto é o tipo de coisa que se faz quando a esmagadora maioria das pessoas concorda). Portanto, de momento, acho que é mais uma não questão do que uma questão.

Mas, voltando ao início, subjugados já estamos nós e a uma coisa tremendamente má para a qual não existem praticamente mecanismos nenhuns para combater!

Subjugado por subjugado...


Marco,

Creio que já li comentários seus de que a qualidade dos políticos que temos é um reflexo da sociedade portuguesa. Não poderia estar mais de acordo. Os nossos políticos não vieram de Marte, eles representam o povo português, por muito que nos custe aceitar. Mas, numa extensão desse raciocínio, não significa isso que se melhorarmos como indivíduos e como povo isso acabará por produzir melhores políticos? Se houver mudança, ele será de baixo para cima, não o contrário.

Estamos efetivamente subjugados pela partidocracia. Mas não temos instrumentos para mudar isso? O voto, a manifestação, o protesto, o boicote, a revolução, servem pra quê?

Acho que a nossa missão na vida é, quando partirmos, deixar este sítio em melhor estado que quando chegamos. Não desisto jamais disso. Se no processo forem cometidas asneiras, que ao menos sejam as asneiras que nós (ou aqueles que elegemos) decidimos cometer, não as asneiras decididas por outros "iluminados" sem identificação de maior com esta terra.

Preferir a anexação a Espanha parece-me uma capitulação e a assunção de um complexo de inferioridade que não tem razão de ser.
 
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Re: Off-Topic-Portugal e Espanha num só país: Ibéria

por mercurius lusitani » 6/4/2011 17:44

Açor3 Escreveu:
Para Pérez-Reverte, essa Ibéria não existe administrativamente, mas «qualquer espanhol que vem a Portugal sente-se em casa e qualquer português que vá a Espanha sente o mesmo».


isto é puramente mentira, penso que nenhum português se sente em casa em Espanha, ou talvez muito poucos, raianos

eu quando vou a Espanha sinto-me completamente estrangeiro, não entendo as pessoas, pareco um deficiente mental a tentar comunicar em castelhano, e tudo é diferente

de resto todo o texto é um disparate completo
 
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por Um curioso... » 6/4/2011 17:08

Conheço praticamente todas as regiões espanholas e sinceramente não sentiria qualquer prurido em fazer parte dum País chamado IBERIA.
A identificação que os dois países sentem é significativa, enquanto que as rivalidades não ultrapassam sequer as pequenas picardias que há entre lisboetas e portuenses.
A proximidade dos portugueses com os galegos ou mesmo os castelhanos, é de certeza bem maior do que aquela que estes têm com os bascos. Aliás o próprio "problema basco" se diluiria com a integração de todos os povos Ibéricos. A União poderia mesmo transformar um conjunto de nacionalidades numa verdadeira Nação, que poderia aumentar o seu potencial em muito mais de 20 ou 25% de território, riqueza e população a que a simples soma dos números nos coduziria.
Se por um lado a reunificação Alemã foi facilitada por uma língua comum, o crescimento duma geração completa em sociedades e regimes políticos completamente antagónicos, poderia ser um obstáculo bem forte à rápida integração.
Portugal e Espanha apesar dum longo período de separação histórica, seguiram sempre políticas e modos de estar muito semelhantes.
No imaginário de alguns de nós ainda pesam as estórias que a História nos contou, em que a Espanha nos era apresentado como o nosso maior inimigo (quando na realidade foi a aliada Inglaterra que ao longo dos séculos XVII-XX, mais se aproveitou da nossa fragilidade e delapidou o nosso património).
A experiência de 1580-1640 (período Filipino), também nos foi inseminada no nosso subconsciente, como um período de desgraça da nossa existência, o que também está longe de corresponder à verdade. Aliás no período de Filipe I de Portugal e II de Espanha, a integração era pacífica (finais do sec.XVI). A decadência do Império Espanhol e a má governação de Filipe III (IV de Espanha) é que conduziu à degradação e perda de parte das colónias portuguesas, fazendo renascer o nacionalismo Luso.

Mas provavelmente muitas vozes se iriam levantar se a mera hipótese académica da IBERIA fosse levantada. Tal como agora, neste canto do cisne do fim de Regime, se clama contra a vinda do FMI...
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