Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Off topic - Cigarros, a moeda internacional mais estável

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por PMACS » 24/9/2012 17:59

Maço de tabaco deve passar a custar mais de 5 euros

Passos mostrou-se receptivo a agravar a tributação sobre o tabaco em 30%, o que elevaria o preço de um maço para cima de 5 euros.

O primeiro-ministro mostrou-se receptivo a agravar a tributação sobre o tabaco em 30%, uma proposta da CIP que, a confirmar-se, vai levar o preço de um maço para cima de cinco euros.

"O aumento dos PVP dos cigarros decorrente de um aumento da fiscalidade nessa ordem de grandeza seria, em média, equivalente a cerca de € 1,20/maço", adiantou fonte do sector ao Económico em reacção à proposta da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) de compensar a redução de receitas da Segurança Social com um aumento do imposto sobre o tabaco em 30%.

Deste modo, se a proposta da CIP for adoptada a maioria dos maços de tabaco vão passar a custar mais de cinco euros em 2013. Malboro e SG Gigante, por exemplo, custam actualmente 4,20 euros. Com um preço ligeiramente inferior, o SG Ventil e Filtro são comercializados hoje a 4,10 euros e o LM a 4 euros.

"A ideia foi bem acolhida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pelo ministro das Finanças, Vitor Gaspar, que prometeram analisar o montante envolvido e os benefícios que daí poderão advir", disse hoje António Saraiva no final da reunião de concertação social. O presidente da CIP já fez as contas e diz que esta medida geraria uma receita adicional de 485 milhões de euros.

Com contas bem diferentes, fonte da indústria tabaqueira assegura que um agravamento da fiscalidade sobre os cigarros vai traduzir-se numa quebra de receita fiscal de cerca de 200 milhões de euros. "Esta medida ocasionaria um acréscimo muito significativo do contrabando (vendas transfronteiriças designadamente a partir de Espanha) e da contrafacção", bem como das transferências dos fumadores de cigarros para produtos de tabaco menos tributados, como é o caso do tabaco de corte fino, do tabaco de cachimbo usado para enrolar cigarros e das cigarrilhas, nomeadamente as com filtro", assegurou.

Para sustentar esta teoria a mesma fonte lembra que em "Portugal se tem vindo a assistir a uma redução do consumo legal de cigarros desde há meia dúzia de anos, em particular em resultado de fortes aumentos da fiscalidade/preços entre 2005 e 2008. Portugal tem uma das mais elevadas incidências fiscais totais sobre os cigarros da União Europeia (UE) e um dos níveis de preços relativos dos cigarros (descontados pelas paridades de poder de compra) mais oneroso da UE".

Apesar desta medida ter agradado ao Governo, não é só a indústria que está contra. O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, afirmou hoje, que está contra. O aumento do preço do tabaco "para nós não é solução, nomeadamente, porque poderá levar a um aumento da evasão fiscal", disse Vieira Lopes, alertando que um novo aumento deste imposto pode conduzir a uma quebra do consumo e, consequentemente, a uma descida das receitas conseguidas por esta via.

Segundo os dados da execução orçamental de 2011, a receita de impostos com o tabaco atingiu os 1.446,7 milhões de euros. De acordo com a proposta da CIP, caso a tributação aumente 30%, ficando tudo o resto constante, o aumento de receita seria de 434 milhões de euros. No entanto, já em 2012 houve um aumento da tributação do tabaco que está a fazer com que a receita, em vez de crescer, esteja a cair. Nos primeiros sete meses do ano (hoje serão conhecidos os oito primeiros meses) a receita do Imposto sobre o Tabaco foi de 615,9 milhões de euros face aos 705,1 milhões em igual período do ano passado, ou seja, uma quebra de 12,7%.
http://economico.sapo.pt/noticias/maco- ... 52432.html
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1045
Registado: 30/9/2009 12:27
Localização: Savana Alentejana

por sargotrons » 6/3/2012 3:18

Em 95 conheci um "trader" desses bens numa viagem de comboio a atravessar a Roménia, ele vinha da ex-Jugoslávia (acho que Macedónia) e ia para Rússia ou Ucrânia com duas malas cheias. O estereotipo de contrabandista de leste era exacto!

Nunca eu fumei tanto cigarro de tantas marcas, pois ele fazia questão que experimentasse todos enquanto me contava histórias na maioria na linguagem gestual e qualquer coisa estilo esperanto. Aprendi muita coisa inclusive que os cigarros valiam muito, ele achou muita piada aos pequenos SG Ventil!
Não faz mal!...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 983
Registado: 5/9/2007 15:53
Localização: Estoi

Off topic - Cigarros, a moeda internacional mais estável

por lfn.neves » 6/3/2012 0:26

The way to a corrupt official’s heart is through his lungs. Or at least his smokes.

Cartons of Good Cat brand cigarettes are selling for as much as RMB5,600 (US$890) per carton in the city of Xi’an, in the Chinese province of Shaanxi. The suspicion, according to reports last week, is that they are being used to bribe officials.

In China, where giving and sharing cigarettes is customary and a large percentage of people smoke, luxury cigarettes have become a common currency for bribery. “Because of corruption, you cannot do business, in effect, you can do nothing, if you don’t send gifts to those in power,” says an editorial from Xinhua News Agency.

The latest smokes-for-sway news may be setting off an uproar on the Chinese Internet, but this is far from the only time, or the only country, where cigarettes have acted as money when cash would be too obvious—just look at U.S. prisons.

In jail, “a pack of cigarettes costs enough to be a meaningful object of exchange that has a fairly standardized value compared to other items that could be bought in a commissary, [for example, a] candy bar, toilettes, food,” says Stephen Lankenau, a sociologist and associate professor at Drexel University’s School of Public Health in Philadelphia. (Though the 2004 ban on smoking in federal prisons has rendered cigarettes virtually worthless as a parallel currency. They’ve largely been replaced by stamps in that capacity.)

Jails are not the only place where cigarettes have been as good as cash. In poverty-stricken areas, certain brands can carry enormous cachet, especially since they are not subject to devaluation and are an accessible (and legal) form of payment. In Romania in the 1980s, Kent cigarettes (no other brand would do) were reportedly used to bribe doctors to treat sick children, skip in line, get a better cut of meat, and obtain rare or elite products and services. The cigarettes would circulate for so long that they went stale—but they were never meant to be smoked in the first place.

When Germany’s currency, the Reichsmark, was weakened after World War II, cigarettes were commonly used in barters for a couple of years, particularly between Allied soldiers and Germans, Peter Senn wrote in a 1951 report, “Cigarettes as Currency,” in the Journal of Finance. “Allied soldiers and civilians in Germany indulged in black market practices to a surprising extent,” he wrote.

One might say those were simpler times. In smoking-averse American cities today, a lit cigarette will prevent you from getting indoors in many places. So what earns the support of a Chinese official will not get a person so far in Wall Street or Washington.

Wong is a lifestyle and real estate reporter for Bloomberg Businessweek.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 19
Registado: 31/8/2009 11:59
Localização: Figueira da Foz


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Artur Jorge, Carrancho_, iniciado1, latbal, m-m, malakas, MR32, nunorpsilva, PAULOJOAO, Shimazaki_2 e 334 visitantes