Situação que nos torna Gregos
.Conjuntura
Inflação em Portugal sobe para os 3,6% em fevereiro
Publicado hoje às 10:44
Lusa
A taxa de inflação anual de Portugal subiu em fevereiro para os 3,6 por cento, duas décimas acima do valor registado em janeiro, sendo a terceira mais elevada entre os países da zona euro, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
Os números de hoje do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia reveem em ligeira alta a primeira estimativa rápida para Portugal divulgada a 01 de março, que apontavam para uma taxa de inflação no passado mês de fevereiro de 3,4 por cento, mantendo o valor estimado para a taxa na zona euro (2,7 por cento) e subindo uma décima a estimativa para o conjunto dos 27 (3,0 por cento, em vez de 2,9).
Com o valor de 3,6 por cento, Portugal apresenta-se como o terceiro país do espaço monetário único com uma taxa mais elevada, apenas atrás de Estónia (4,4 por cento) e Eslováquia (4 por cento), e descola da Itália (3,4), mas no conjunto da União a 27 há ainda três países com inflação mais elevada, designadamente Hungria (5,8 por cento), Polónia (4,4) e República Checa (4).
A taxa anual mede a variação dos preços entre o mês atual e o mesmo mês do ano anterior e avalia áreas como transportes, telecomunicações, educação e comércio.
."Se a Europa não se empenhar, Portugal vai ficar no mesmo caminho que a Grécia"
Lusa
13/03/2012 11:47
"Não há países diferentes na Europa. Portugal não é diferente da Grécia porque agora os mercados vêem os países como riscos" com que se pode jogar, explicou o ex-primeiro-ministro grego.
Portugal vai no mesmo caminho que a Grécia se a Europa não fortalecer o mercado e proteger os países dos ataques especulativos da globalização, disse hoje à Lusa Georges Papandreou, ex-primeiro-ministro grego e ainda líder do PASOK, em Atenas.
"Se a Europa não se empenhar, Portugal vai ficar no mesmo caminho que a Grécia", afirmou.
"Não há países diferentes na Europa. Portugal não é diferente da Grécia porque agora os mercados vêem os países como riscos" com que se pode jogar, explicou Papandreou.
Para o ex-primeiro-ministro e líder do PASOK, membro do actual governo de coligação, é preciso acabar com a "psicologia económica" que acaba por afectar países como a Grécia e Portugal.
"Com esta psicologia económica as pessoas não consomem, os bancos não emprestam dinheiro e a economia acaba por sofrer", disse ainda Papandreou, que anunciou no sábado o abandono da liderança do PASOK, dando lugar à candidatura única de Evangelos Venizelos, actual ministro das Finanças.
O Partido Socialista vai realizar eleições para a presidência do partido no dia 18 de Março.
Jerónimo de Sousa: "Não há dinheiro para nada mas ele aparece sempre para a banca"
O secretário-geral do PCP acusou hoje o Banco de Portugal (BP) e o Governo de terem "uma postura subserviente e reverente" em relação à banca, apelando à greve geral de 22 de Março.
"Sim, muitas vezes nós ouvimos dizer, mesmo por gente bem-intencionada, que não há dinheiro para nada, mas ele aparece sempre quando se trata de assegurar os interesses da banca e dos banqueiros e dos grandes grupos económicos", afirmou Jerónimo de Sousa perante um Rivoli esgotado em que muitas vezes se ouviram os gritos de "gatunos". "Só nestes últimos três meses, em duas operações do Banco Central Europeu estima-se que foram entregues à banca nacional cerca de 37 mil milhões de euros, mas num empréstimo a 1% de juros", lembrou o líder do PCP, considerando que apesar desta "injecção de dinheiro" ele não chega à economia porque a banca "prefere empregar esse dinheiro nas actividades especulativas mais rentáveis e o Governo e Banco de Portugal, não fazem nada a não ser ficarem numa postura subserviente e reverente".
Em contraste, Jerónimo de Sousa, que falava num comício comemorativo do 91º aniversário do PCP, lembrou que "o Estado, que por sua vez não se pode financiar directamente no BCE, é financiado pela troika a juros agiotas de cinco por cento e é lhe exigido um programa draconiano".
Para tentar explicar alguns números o secretário-geral lembrou que "os 35 mil milhões a pagar de juros pelo empréstimo da troika é estimativa de toda a receita fiscal para 2012 e daria para pagar todos os salários dos trabalhadores da Administração Pública, seja central local ou regional, durante quatro anos".
Jerónimo de Sousa não esqueceu o caso Lusoponte no seu discurso, afirmando que "bem pode Passos Coelho dizer de forma trapalhona que não sabe o que se passa, mas o certo é que a Lusoponte se alambazou duas vezes com uma verba que é dinheiro dos contribuintes e dos utentes".
A tarde serviu ainda para lembrar a acusação proferida esta semana pelo PCP na Assembleia da República: "Com a redução dos serviços de saúde, com o aumento do preço dos transportes, das taxas moderadoras, da dificuldade de acesso aos exames e às consultas, nós responsabilizamos politicamente o Governo pela morte antecipada de muitos portugueses,
O momento serviu também para o líder do PCP apelar à participação na greve geral convocada pela CGTP para 22 de Março, afirmando que "custa muito perder um dia de salário, mas aquilo que está causa bem mais custa: perder no ano inteiro sete de dias feriados e de férias de horas extraordinárias e a segurança no emprego".
"Todas as greves gerais precisaram de nós mas esta precisa mais", afirmou Jerónimo de Sousa que acusou o Governo e a troika de quererem que Portugal recue aos níveis económicos de "há 40 ou 50 anos, levando-nos ao nível do que vivíamos antes do 25 de Abril de 1974".
.Conjuntura
Crise força corte de gastos alimentares pela primeira vez nos últimos 15 anos
10.03.2012 - 14:54 Ana Rita Faria
Foto: Pedro Martinho/arquivo
Cortes salariais e maior carga fiscal estão a afectar consumo
Recessão acentuou-se no final de 2011, obrigando as famílias a cortar nas despesas alimentares, pela primeira vez desde que há registo. Exportações abrandam, acentuando receios para 2012.
Nos últimos meses do ano passado, a economia portuguesa conseguiu bater vários recordes, todos eles negativos. O consumo privado, os gastos públicos e o investimento apresentaram os maiores recuos desde que há registo estatístico, e a crise chegou mesmo à mesa dos portugueses, com o primeiro recuo dos gastos alimentares dos últimos 15 anos. As exportações - que se espera que sejam o motor da economia - também estão a abrandar, intensificando os receios de que, este ano, a recessão seja pior do que o esperado.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) actualizou ontem os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2011, apontando agora para uma queda homóloga de 2,8% no final do ano passado, a maior desde o segundo trimestre de 2009 - o ano da recessão internacional. Em comparação com o terceiro trimestre de 2011, o PIB contraiu ligeiramente mais do que o INE previa inicialmente (1,3%), sinalizando o acentuar da recessão.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reagiu a estes números dizendo apenas que a contracção da economia em 2011 foi "substancialmente menor do que aquela que estava prevista no nosso programa de ajustamento" - 1,5%, em vez de 2,2%. Mas "esqueceu" o que os números também mostram: uma degradação significativa da actividade económica na fase final do ano, que parece ter afectado o poder de compra dos portugueses até nos bens mais essenciais - os alimentares.
A diminuição do rendimento disponível provocada pelos cortes salariais e pelos aumentos de impostos fez com que, nos últimos dois trimestres de 2011, as famílias tivessem reduzido as despesas com bens alimentares (-0,2% no terceiro trimestre e -1,1% no quarto). É a primeira vez desde 1996 - último ano para o qual o INE tem dados disponíveis - que estes gastos sofrem uma queda. O Banco de Portugal (BdP), que tem séries históricas das componentes do PIB, não tem informação trimestral sobre os gastos alimentares anterior a essa data, mas, a julgar pelos dados anuais, pode ser o pior valor registado em várias décadas. É que, se considerarmos todo o ano de 2011, as despesas com a alimentação estagnaram pela primeira vez desde 1971.
Quedas inéditas
A queda do consumo de bens alimentares no final de 2011 coincide com o período natalício, um momento em que este tipo de gastos aumenta. Por isso, está a ter um impacto significativo neste sector de actividade económica. Esta semana, durante a apresentação de resultados da Jerónimo Martins, o presidente executivo da dona do Pingo Doce, Pedro Soares dos Santos, afirmou que o sector alimentar caiu 1,1% em 2011 e que, só no último trimestre, a queda foi de 3,1%.
"Nunca me lembro de ver o mercado alimentar a decair", dizia o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Luís Reis, no final do ano passado, salientando que, além do impacto nas vendas, a queda do consumo está a obrigar ao encerramento de supermercados, algo inédito nos últimos dez anos.
Reflectindo esta diminuição do consumo alimentar, as despesas com bens não duradouros estão em queda, um comportamento que é pouco habitual, visto que, geralmente, as famílias tendem a cortar primeiro nos gastos com bens duradouros (automóveis ou electrodomésticos). Depois de quatro trimestres em queda, as despesas com bens não duradouros registaram, entre Outubro e Dezembro, a maior diminuição desde que há registos (1979).
O mesmo acontece com os bens duradouros, que acumulam quedas de dois dígitos desde o início de 2011 e recuaram 31,1% na quadra natalícia, também um novo recorde. Tudo somado, o consumo privado - que contribui em 64% para o PIB - contraiu 6,6% no ano passado. Um cenário que tende a manter-se este ano, na sequência das novas medidas de austeridade, como os cortes dos subsídios de férias e Natal a funcionários públicos e pensionistas e o novo agravamento da carga fiscal. Os últimos números do mercado automóvel são já um sinal disso. Nos dois primeiros meses deste ano, as vendas totais de veículos caíram quase para metade (-47,3%).
Além do consumo privado, a economia está a ser penalizada por quebras históricas em dois dos seus outros motores: o consumo público e o investimento. No último trimestre, os gastos públicos retraíram-se 5,7%, a maior descida de que há registo. O mesmo aconteceu com o investimento, que recuou uns históricos 24,3%.
E se o motor pára?
Se o comportamento destas componentes do PIB já era expectável, devido à pesada cura de austeridade e ao ajustamento orçamental, o mesmo não se pode dizer das exportações. O Governo e a troika estão a contar que as vendas ao exterior mantenham um crescimento forte, que puxe pela economia, mas a desaceleração do crescimento mundial e o risco de recessão na zona euro podem comprometer as previsões.
Em 2011, as exportações cresceram a bom ritmo - 7,4% - mas nota-se já uma acentuada desaceleração na recta final do ano. No quarto trimestre, as vendas ao exterior aumentaram 5,8%, o desempenho mais fraco desde a crise económica internacional de 2009, que fez as exportações recuarem 10,9%.
Com mais de 60% das exportações concentradas na zona euro, a economia nacional está seriamente exposta a uma degradação das perspectivas de crescimento nos seus principais parceiros comerciais. A Comissão Europeia está a apontar para uma contracção de 0,3% na zona euro este ano, enquanto o FMI está ligeiramente mais pessimista (-0,5%).
Cientes destes riscos externos, os países europeus, com destaque para a Alemanha, têm demonstrado alguma abertura para proceder a um ajustamento no programa de ajuda nacional. Este poderia passar por um novo resgate, mas também por um alívio das metas do défice e, consequentemente, da austeridade imposta, o que poderia limitar o impacto negativo na economia.
.O governo alemão admite a possibilidade de Portugal necessitar de um segundo empréstimo internacional ainda em 2012, revela o jornal Die Welt.
Citando fontes que não identifica, o jornal escreve que são cada vez mais os receios de que Portugal vai substituir a Grécia como foco de preocupações na Zona Euro.
Este jornal adianta ainda que se a situação se agravar no segundo semestre de 2012, os investidores poderão ter medo de perder de novo os seus investimentos, já que Portugal poderá ter de recorrer a uma reconversão da dívida como sucedeu com a Grécia.
Citado pelo Die Welt, um economista não exclui um agravamento da crise da dívida soberana e afirma que os países em crise só poderão pagar as suas dívidas se houver crescimento, indícios que não existem em nenhum dos países atingidos.
alexandre7ias Escreveu:.Portugal pode ter de reestruturar a sua dívida
Publicado hoje às 10:59
dn.pt
Nouriel Roubini prevê recuperação global lenta
Foto: Reuters
O economista Nouriel Roubini, famoso por prever o colapso de 2008, antevê vida difícil para Portugal, com possibilidade de saída do euro. A Grécia terá de sair da moeda única em 2013.
O economista Nouriel Roubini afirmou numa entrevista à estação de televisão CNBC que Portugal poderá ser o próximo país da zona euro forçado a reestruturar a sua dívida. Famoso por prever a crise financeira de 2008, Roubini falava sobre as perspetivas da economia mundial em tom bastante pessimista.
Na opinião deste perito, a reestruturação grega foi essencialmente "uma boa notícia", prevendo o economista que Atenas abandone o euro, talvez "no início do próximo ano". Roubini espera uma recuperação económica global lenta, devido à recessão na periferia da zona euro, ao petróleo mais caro e ao abrandamento da economia chinesa. Este consultor admite a saída de Portugal da zona euro, tal como prevê para a Grécia.
No início da semana, o economista tinha publicado um influente artigo no Financial Times onde afirmava que era um mito dizer que os credores privados iam perder muito dinheiro na reestruturação da dívida grega. Na sua opinião, o acordo era até muito favorável para estes credores.
Entretnto, numa reação à reestruturação da dívida grega, ontem à noite a agência de notação Moody's considerou que a Grécia entrou em "incumprimento" da sua dívida, mas manteve a notação de C que atribuída a 2 de março.
Esse Nouriel Roubini é um artista!
Economist Nouriel Roubini's Firm Is For Sale
Roubini Global Economics, the economics research firm begun by noted economist Nouriel Roubini, is for sale, according to sources who have been approached by an investment bank conducting an auction for the firm.
RGE, as it's known, has grown quickly since its founding by Roubini, who is its chairman. It has over 85 employees, and is still losing money.
According to people who have seen the offering book for the sale, the firm is projected to have revenues of $14 million this year and it will post a loss of roughly $2 million dollars, and projects eight percent revenue growth into next year followed by 40 percent revenue growth in 2013.
Roubini, who has been in Korea, has not returned calls and a spokesman at the firm declined comment.
Bidders are being told to submit a range of what they would be willing to pay, but it's unclear whether there will be any takers.
The firm has been expanding its research offerings, but people who have seen the offering document tell me many of the firm's clients are corporations, not investors, making it unclear how much new business can be obtained by any buyer of RGE.http://www.cnbc.com/id/44859944
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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.Portugal pode ter de reestruturar a sua dívida
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Nouriel Roubini prevê recuperação global lenta
Foto: Reuters
O economista Nouriel Roubini, famoso por prever o colapso de 2008, antevê vida difícil para Portugal, com possibilidade de saída do euro. A Grécia terá de sair da moeda única em 2013.
O economista Nouriel Roubini afirmou numa entrevista à estação de televisão CNBC que Portugal poderá ser o próximo país da zona euro forçado a reestruturar a sua dívida. Famoso por prever a crise financeira de 2008, Roubini falava sobre as perspetivas da economia mundial em tom bastante pessimista.
Na opinião deste perito, a reestruturação grega foi essencialmente "uma boa notícia", prevendo o economista que Atenas abandone o euro, talvez "no início do próximo ano". Roubini espera uma recuperação económica global lenta, devido à recessão na periferia da zona euro, ao petróleo mais caro e ao abrandamento da economia chinesa. Este consultor admite a saída de Portugal da zona euro, tal como prevê para a Grécia.
No início da semana, o economista tinha publicado um influente artigo no Financial Times onde afirmava que era um mito dizer que os credores privados iam perder muito dinheiro na reestruturação da dívida grega. Na sua opinião, o acordo era até muito favorável para estes credores.
Entretnto, numa reação à reestruturação da dívida grega, ontem à noite a agência de notação Moody's considerou que a Grécia entrou em "incumprimento" da sua dívida, mas manteve a notação de C que atribuída a 2 de março.
JMHP Escreveu:O jeito que dá a Alemanha, pá
A Alemanha dá muito jeito à esquerda portuguesa, sobretudo à boa gente do PS. Enquanto xingam Merkel, os nossos socialistas não precisam de pensar sobre o fracasso que foi a sua governação. Para quê estudar os erros do passado quando se pode cavalgar a onda anti-boche? Para quê admitir a culpa quando se pode criar um inimigo externo que, por artes mágicas, faz desaparecer 15 anos de governação PS? A culpa da crise portuguesa, ora essa, não é interna e socialista. A culpa está no exterior, está na senhora Merkel, que, ainda por cima, é de direita. Não, a culpa não é de Guterres, Cravinho, Constâncio e daquele sujeito que se julga engenheiro. Nada disso. A culpa só pode ser da Alemanha e dos tais mercados (os tais mercados que alimentaram a governação socialista; um pormenor sem importância).
Não há reflexão sobre os erros do passado. Mas será que há reflexão sobre a governação socialista no futuro? Nada. Enquanto demonizam a Alemanha e enquanto relembram Hitler a cada quinze minutos, os socialistas cá do burgo não precisam de olhar para a pergunta-chave que está em cima da mesa do centro esquerda português (e europeu): como governar sem acesso fácil ao crédito? No dia 23 de março, num momento de rara honestidade intelectual da esquerda portuguesa, Teixeira dos Santos fez um discurso histórico que partiu da seguinte premissa: acabou a era do crédito fácil, logo, o paradigma da governação socialista tem de mudar. E convém recordar o que tem sido esse paradigma: pedir dinheiro emprestado lá fora para garantir "investimento público" cá dentro. Acabou a era do alcatrão financiado por agiotas alemães ou holandeses, mas o nosso doce PS recusa enfrentar este facto.
Mas eu, confesso, percebo a fuga para a frente e as ânsias anti-germânicas dos nossos socialistas. Eles estão desnorteados, porque o capitalismo que financiava a sua governação já não existe. O fim da era do crédito fácil também é o fim da esquerda tal como a conhecemos. Por outras palavras, a esquerda tem de ser reinventada. Mas para quê fazer esta reinvenção quando se pode xingar a Alemanha e fingir que a austeridade é uma mera opção ideológica e não o outro nome da realidade? Para quê pensar quando se pode ficar no lento jacuzzi do ódio? Para quê entrar na realidade quando se pode empinar o nariz e colocar a pose de superioridade moral?
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/o-jeito-que-da ... z1oG33uIUm
Quantas vezes já pensei nisso. Quando vejo o Seguro lá a mandar bocas é mesmo nisso que penso. E realmente para ser político há que ser político.
Se eu tivesse no lugar do PM se calhar já tinha dito.- Olhe devia mas é estar caladinho. Se vocês entendessem tanto de governação o país não estava como está. E como quem estragou não sabe consertar , fique calado para não atrapalhar quem está a limpar a merd" que vcs fizeram.
Por isso é que não sou político...
A330
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A cada dia 64 condutores deixaram de pagar o seguro do carro
Em apenas três anos, as autoridades passaram 61375 multas a condutores de automóveis que circulavam sem seguro O maior número destas infrações foi detectado em 2011, o que indicia que há cada vez mais automobilistas a deixar de pagar o seguro.
Os dados facultados ao Dinheiro Vivo pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária mostram ainda que o número de contraordenações motivadas pelo incumprimento do artigo 150º do Códígo da Estrada ("Obrigação de seguro") ascendeu a 23345 o que traduz uma subida de 18% face ao ano anterior.
Conceitos de igualdade, equidade, justiça e valor de mercado
Será que temos noção dos conceitos que por vezes aplicamos?
Igualdade - Todos ganhamos consoante as necessidades; uma visão muito socialista.
Equidade - O que ganhamos está de acordo com critérios de perfomance individual e coletiva
Valor de mercado - O que cada um ganha está relacionado com a oferta e procura.
Justiça - De acordo Valores morais culturais. Poderá ser cada uma das situações acima ou combinação das mesmas.
Quando a professora que questiona o PM porque ganha cerca de € 1.000 e diz que é pouco porque não dá para viver, está numa visão de igualdade e equidade. O que dirá quem ganha € 700.
Quando todo o mundo está a voltar-se para o valor de mercado, as ilhas baseadas na regulamentação da igualdade, equidade e justiça entram em colapso. É o que está a acontecer em Portugal.
Igualdade - Todos ganhamos consoante as necessidades; uma visão muito socialista.
Equidade - O que ganhamos está de acordo com critérios de perfomance individual e coletiva
Valor de mercado - O que cada um ganha está relacionado com a oferta e procura.
Justiça - De acordo Valores morais culturais. Poderá ser cada uma das situações acima ou combinação das mesmas.
Quando a professora que questiona o PM porque ganha cerca de € 1.000 e diz que é pouco porque não dá para viver, está numa visão de igualdade e equidade. O que dirá quem ganha € 700.
Quando todo o mundo está a voltar-se para o valor de mercado, as ilhas baseadas na regulamentação da igualdade, equidade e justiça entram em colapso. É o que está a acontecer em Portugal.
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A contestação é necessária, inevitável na situação atual do país. Julgo que os portugueses até têm sido bastante responsáveis na forma como contestam (se calhar deviam ser um pouco menos)... mas o que se devia contestar não era o fim dos cortes, esses são inevitáveis. O que se devia contestar era a falta de alguns cortes, onde parece que ninguém quer mexer, assim como a falta de igualdade em muita da austeridade!
PS: Já agora vão ao tópido das dúvidas informáticas para ver se me conseguem ajudar!
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Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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O jeito que dá a Alemanha, pá
A Alemanha dá muito jeito à esquerda portuguesa, sobretudo à boa gente do PS. Enquanto xingam Merkel, os nossos socialistas não precisam de pensar sobre o fracasso que foi a sua governação. Para quê estudar os erros do passado quando se pode cavalgar a onda anti-boche? Para quê admitir a culpa quando se pode criar um inimigo externo que, por artes mágicas, faz desaparecer 15 anos de governação PS? A culpa da crise portuguesa, ora essa, não é interna e socialista. A culpa está no exterior, está na senhora Merkel, que, ainda por cima, é de direita. Não, a culpa não é de Guterres, Cravinho, Constâncio e daquele sujeito que se julga engenheiro. Nada disso. A culpa só pode ser da Alemanha e dos tais mercados (os tais mercados que alimentaram a governação socialista; um pormenor sem importância).
Não há reflexão sobre os erros do passado. Mas será que há reflexão sobre a governação socialista no futuro? Nada. Enquanto demonizam a Alemanha e enquanto relembram Hitler a cada quinze minutos, os socialistas cá do burgo não precisam de olhar para a pergunta-chave que está em cima da mesa do centro esquerda português (e europeu): como governar sem acesso fácil ao crédito? No dia 23 de março, num momento de rara honestidade intelectual da esquerda portuguesa, Teixeira dos Santos fez um discurso histórico que partiu da seguinte premissa: acabou a era do crédito fácil, logo, o paradigma da governação socialista tem de mudar. E convém recordar o que tem sido esse paradigma: pedir dinheiro emprestado lá fora para garantir "investimento público" cá dentro. Acabou a era do alcatrão financiado por agiotas alemães ou holandeses, mas o nosso doce PS recusa enfrentar este facto.
Mas eu, confesso, percebo a fuga para a frente e as ânsias anti-germânicas dos nossos socialistas. Eles estão desnorteados, porque o capitalismo que financiava a sua governação já não existe. O fim da era do crédito fácil também é o fim da esquerda tal como a conhecemos. Por outras palavras, a esquerda tem de ser reinventada. Mas para quê fazer esta reinvenção quando se pode xingar a Alemanha e fingir que a austeridade é uma mera opção ideológica e não o outro nome da realidade? Para quê pensar quando se pode ficar no lento jacuzzi do ódio? Para quê entrar na realidade quando se pode empinar o nariz e colocar a pose de superioridade moral?
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/o-jeito-que-da ... z1oG33uIUm
A Alemanha dá muito jeito à esquerda portuguesa, sobretudo à boa gente do PS. Enquanto xingam Merkel, os nossos socialistas não precisam de pensar sobre o fracasso que foi a sua governação. Para quê estudar os erros do passado quando se pode cavalgar a onda anti-boche? Para quê admitir a culpa quando se pode criar um inimigo externo que, por artes mágicas, faz desaparecer 15 anos de governação PS? A culpa da crise portuguesa, ora essa, não é interna e socialista. A culpa está no exterior, está na senhora Merkel, que, ainda por cima, é de direita. Não, a culpa não é de Guterres, Cravinho, Constâncio e daquele sujeito que se julga engenheiro. Nada disso. A culpa só pode ser da Alemanha e dos tais mercados (os tais mercados que alimentaram a governação socialista; um pormenor sem importância).
Não há reflexão sobre os erros do passado. Mas será que há reflexão sobre a governação socialista no futuro? Nada. Enquanto demonizam a Alemanha e enquanto relembram Hitler a cada quinze minutos, os socialistas cá do burgo não precisam de olhar para a pergunta-chave que está em cima da mesa do centro esquerda português (e europeu): como governar sem acesso fácil ao crédito? No dia 23 de março, num momento de rara honestidade intelectual da esquerda portuguesa, Teixeira dos Santos fez um discurso histórico que partiu da seguinte premissa: acabou a era do crédito fácil, logo, o paradigma da governação socialista tem de mudar. E convém recordar o que tem sido esse paradigma: pedir dinheiro emprestado lá fora para garantir "investimento público" cá dentro. Acabou a era do alcatrão financiado por agiotas alemães ou holandeses, mas o nosso doce PS recusa enfrentar este facto.
Mas eu, confesso, percebo a fuga para a frente e as ânsias anti-germânicas dos nossos socialistas. Eles estão desnorteados, porque o capitalismo que financiava a sua governação já não existe. O fim da era do crédito fácil também é o fim da esquerda tal como a conhecemos. Por outras palavras, a esquerda tem de ser reinventada. Mas para quê fazer esta reinvenção quando se pode xingar a Alemanha e fingir que a austeridade é uma mera opção ideológica e não o outro nome da realidade? Para quê pensar quando se pode ficar no lento jacuzzi do ódio? Para quê entrar na realidade quando se pode empinar o nariz e colocar a pose de superioridade moral?
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eh mais de 100 mil pessoas a dever dinheiro ao estado e o estado não vai conseguir recuperar o dinheiro...
quando tem bens, as pessoas passam para nome dos filhos e ou vendem ao melhor amigo a baixo custo e o estado nunca consegue apanhar os bens. em 99% dos casos... é como o isaltino, passou todos os bens para a mulher, divorciou-se, legalmente não tem nada, mas vive com a mulher com quem se separou... é assim... o oliveira e costa the same...
o problema está nos gaps, para se mexer em alguma coisa não é possível sem que durante um período de tempo relativo atinja o desemprego, suba os impostos etc... mesmo que seja temporário, muitas pessoas não vão conseguir aguentar...
ultimo caso, 600 trabalhadores no alfeite à 5 meses sem fazer nada. dinheiro para o lixo literalmente, mas se os atirares para o desemprego vais engrossar o desemprego, e como eles muitos. Em vez de pagares a essas pessoas podias utilizar esse dinheiro para investir em qualquer coisa mais produtiva e competitiva que pudesse empregar, mas durante esse tempo tinhas o gap e esse é um problema...
quando tem bens, as pessoas passam para nome dos filhos e ou vendem ao melhor amigo a baixo custo e o estado nunca consegue apanhar os bens. em 99% dos casos... é como o isaltino, passou todos os bens para a mulher, divorciou-se, legalmente não tem nada, mas vive com a mulher com quem se separou... é assim... o oliveira e costa the same...
o problema está nos gaps, para se mexer em alguma coisa não é possível sem que durante um período de tempo relativo atinja o desemprego, suba os impostos etc... mesmo que seja temporário, muitas pessoas não vão conseguir aguentar...
ultimo caso, 600 trabalhadores no alfeite à 5 meses sem fazer nada. dinheiro para o lixo literalmente, mas se os atirares para o desemprego vais engrossar o desemprego, e como eles muitos. Em vez de pagares a essas pessoas podias utilizar esse dinheiro para investir em qualquer coisa mais produtiva e competitiva que pudesse empregar, mas durante esse tempo tinhas o gap e esse é um problema...
100 Mil Tugas Com Salário Penhorado
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http://www.youtube.com/user/especuladorzen
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http://www.youtube.com/user/especuladorzen
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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Mcmad Escreveu:Ser liberal é mesmo isso. Deixar o mercado funcionar. Eu penso que a maioria acredita ainda que o "desmame" é o melhor caminho. Tenho dúvidas ...
Eu também gostava, mas a bolha insuflou de tal maneira que agora não há mercado nenhum a funcionar.
É pesar as vantagens e desvantagens de passar para o mercado livre de um dia para o outro ou passar gradualmente. Eu, embora seja liberal, prefiro a segunda (embora nalgumas áreas como PPPs, RTPs, TAPs e outrras coisas preferia que a coisa já tivesse andado)
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
ul Escreveu:Futuro euro.
As próximas eleições franceses devem ser olhadas com interesse a Alemanha pode ficar sem par , François Hollande que é dado como vencedor antecipado, nunca fez parte de um governo francês mesmo quando este era socialista .
Mas é o governador desde 2008 da Região de Corrèze que é só a Região mais endividada da França , mesmo assim ofereceu Ipad's aos alunos do liceu da provincia de Corréze!
http://www.lefigaro.fr/politique/2011/0 ... dettee.php
http://ump-questembert.over-blog.org/ar ... 53064.html
Nas eleições anteriores Segolene Royale também era dada como vencedora.
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Futuro euro.
As próximas eleições franceses devem ser olhadas com interesse a Alemanha pode ficar sem par , François Hollande que é dado como vencedor antecipado, nunca fez parte de um governo francês mesmo quando este era socialista .
Mas é o governador desde 2008 da Região de Corrèze que é só a Região mais endividada da França , mesmo assim ofereceu Ipad's aos alunos do liceu da provincia de Corréze!
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As próximas eleições franceses devem ser olhadas com interesse a Alemanha pode ficar sem par , François Hollande que é dado como vencedor antecipado, nunca fez parte de um governo francês mesmo quando este era socialista .
Mas é o governador desde 2008 da Região de Corrèze que é só a Região mais endividada da França , mesmo assim ofereceu Ipad's aos alunos do liceu da provincia de Corréze!
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Mcmad Escreveu:Ajustamento .. Viver dentro possibilidades .. Não viver á custa de outrem ... Acabar com as mordomias ... Produzir - poupar - consumir .. Mais?
É isso que já está a acontecer nalgumas áreas:
Roche suspende vendas a crédito de medicamentos a 23 unidades hospitalares
Podíamos era fazer isso de um dia para o outro. Qual era o problema se de repente não houvesse combustíveis, salários para professores, médicos e polícias ou dinheiro para transportes públicos ?
Uma coisa é ser liberal. Outra é ter consciência da rapidez do ajustamento que se defende.
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AutoMech Escreveu:Mcmad Escreveu:A solução para a crise é a coisa mais simples que pode haver, produção = consumo
Nem me atrevo a perguntar o que é que isso significa...
Ajustamento .. Viver dentro possibilidades .. Não viver á custa de outrem ... Acabar com as mordomias ... Produzir - poupar - consumir .. Mais?
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