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Caldeirão da Bolsa

«Minha pátria é a língua portuguesa»

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por L.S.S » 2/3/2012 13:39

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Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam . Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros . Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas . É um fato que não se pronunciam . Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ? O que estão lá a fazer ? Aliás, o qe estão lá a fazer ? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade . Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra . Porqe é qe “assunção” se escreve com “ç” e “ascensão” se escreve com “s” ? Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o “ç” . Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o “ç” e o substitua por um simples “s” o qual passaria a ter um único som . Como consequência, também os “ss” deixariam de ser nesesários já qe um “s” se pasará a ler sempre e apenas “s” . Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, “uzar”, é isso mesmo, se o “s” pasar a ter sempre o som de “s” o som “z” pasará a ser sempre reprezentado por um “z” . Simples não é? se o som é “s”, escreve-se sempre com s. Se o som é “z” escreve-se sempre com “z” . Quanto ao “c” (que se diz “cê” mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de “q”) pode, com vantagem, ser substituído pelo “q”. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de “k” .Ponha um q. Não pensem qe me esqesi do som “ch” . O som “ch” será reprezentado pela letra “x”. Alguém dix “csix” para dezinar o “x”? Ninguém, pois não ? O “x” xama-se “xis”. Poix é iso mexmo qe fiqa . Qomo podem ver, já eliminámox o “c”, o “h”, o “p” e o “u” inúteix, a tripla leitura da letra “s” e também a tripla leitura da letra “x” . Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex . Não, não leiam “simpléqs”, leiam simplex . O som “qs” pasa a ser exqrito “qs” u qe é muito maix qonforme à leitura natural . No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente . Vejamox o qaso do som “j” . Umax vezex excrevemox exte som qom “j” outrax vezex qom “g”- ixtu é lójiqu? Para qê qomplicar ? ! ? Se uzarmox sempre o “j” para o som “j” não presizamox do “u” a segir à letra “g” poix exta terá, sempre, o som “g” e nunqa o som “j” . Serto ? Maix uma letra mud a qe eliminamox . É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem ! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ? Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam ! Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox . A qextão a qoloqar é: á alternativa ? Se não ouver alternativa, pasiênsia. É o qazo da letra “a” . Umax vezex lê-se “á”, aberto, outrax vezex lê-se “â”, fexado . Nada a fazer. Max, em outrox qazos, á alternativax . Vejamox o “o”: umax vezex lê-se “ó”, outrax lê-se “u” e outrax, lê-se “ô” . Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso ! qe é qe temux o “u” ? Se u som “u” pasar a ser sempre reprezentado pela letra “u” fiqa tudo tão maix fásil ! Pur seu lado, u “o” pasa a suar sempre “ó”, tornandu até dexnesesáriu u asentu. Já nu qazu da letra “e”, também pudemux fazer alguma qoiza : quandu soa “é”, abertu, pudemux usar u “e” . U mexmu para u som “ê” . Max quandu u “e” se lê “i”, deverá ser subxtituídu pelu “i” . I naqelex qazux em qe u “e” se lê “â” deve ser subxtituidu pelu “a” . Sempre. Simplex i sem qompliqasõex . Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u “til” subxtituindu, nus ditongux, “ão” pur “aum”, “ães” – ou melhor “ãix” - pur “ainx” i “õix” pur “oinx” . Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux. Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu . Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum ?


esse senhor JORNALEIRO copiou isso deste blogue

http://abibliotecadejacinto.blogspot.co ... ro-da.html



Ou foi o blogue que copiou do senhor jornaleiro?

Cumprimentos


é só veres a data dos 2

http://www.facebook.com/permalink.php?s ... 6899992587

http://abibliotecadejacinto.blogspot.co ... ro-da.html

Para ser correcto, o senhor Jornaleiro colocava a fonte


Se foi o jornaleiro devia ter colocado fonte sim senhor.

cumprimentos
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por TRSM86 » 2/3/2012 13:34

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Ou foi o blogue que copiou do senhor jornaleiro?

Cumprimentos


é só veres a data dos 2

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Para ser correcto, o senhor Jornaleiro colocava a fonte
uma passagem para a outra margem

http://trsm87.blogspot.pt/
 
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por Heisenberg » 2/3/2012 12:50

LSVA Escreveu:
elreidom Escreveu:
LSVA Escreveu:Por isso é que todos os que estão contra o acordo ortográfico continuam a escrever "Pharmacia".

Meus senhores, as línguas evoluem. As únicas estáticas são as mortas, tipo latim.

Cumprimentos


Desculpe, mas estamos a falar da revisão ortográfica de 1911 ou do acordo ortográfico de 1990?


Estamos a falar de um acordo ortográfico, que tal como o anterior causou muito celeuma.

Por exemplo, em 1911 suprimiu-se muitos "h" mudos, por exemplo "prohibir", "hontem", "Sarah" e os "ph" substituidos por "f" em "phrase", "philosofia", "pharol". Foram abolidos os "k", "w", "y".

Acha que os fundamentalistas ficaram satisfeitos? Claro que não.

Daqui a 50-100 anos as pessoas vão olhar para o português actual da mesma forma que olhamos para o português pré-1911.


Não tem razão. Em 1911 suprimiu-se letras que em nada influenciavam a forma como se pronunciava, ou, quando o faziam, foram substituídas por uma grafia que permitia manter a pronúncia. Não é o que acontece neste acordo.
Mais: em 1911 fixou-se alterações que, em grande parte, já eram de uso comum. Não é o que acontece agora.

Sobre o futuro, a única coisa que posso afirmar é que não tenho dúvidas que as alterações que se pretende efectuar vão alterar de forma grave a pronúncia. Tal como aconteceu após a supressão do trema em 1945. Temos esse exemplo do passado, que deveria servir para não repetir as asneiras.

Entretanto, não se pode esquecer que as diferenças ortográficas que existem foram consagradas no Brasil no seguimento dos movimentos modernistas da primeira metade do século, com o objectivo de afirmar a individualidade brasileira e de aproximar a escrita da forma como lá se fala, em oposição manifesta a uma escrita ligada à pronúncia portuguesa. Procurar agora adoptar, em Portugal, uma ortografia que foi criada em manifesta oposição à pronúncia portuguesa, é algo que não faz qualquer sentido.
 
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por LSVA » 2/3/2012 12:17

elreidom Escreveu:
LSVA Escreveu:Por isso é que todos os que estão contra o acordo ortográfico continuam a escrever "Pharmacia".

Meus senhores, as línguas evoluem. As únicas estáticas são as mortas, tipo latim.

Cumprimentos


Desculpe, mas estamos a falar da revisão ortográfica de 1911 ou do acordo ortográfico de 1990?


Estamos a falar de um acordo ortográfico, que tal como o anterior causou muito celeuma.

Por exemplo, em 1911 suprimiu-se muitos "h" mudos, por exemplo "prohibir", "hontem", "Sarah" e os "ph" substituidos por "f" em "phrase", "philosofia", "pharol". Foram abolidos os "k", "w", "y".

Acha que os fundamentalistas ficaram satisfeitos? Claro que não.

Daqui a 50-100 anos as pessoas vão olhar para o português actual da mesma forma que olhamos para o português pré-1911.
 
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por nuuuuno » 2/3/2012 12:01

LSVA Escreveu:Por isso é que todos os que estão contra o acordo ortográfico continuam a escrever "Pharmacia".

Meus senhores, as línguas evoluem. As únicas estáticas são as mortas, tipo latim.

Cumprimentos


mais 1 vez muito assertivo...
 
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por artista_ » 2/3/2012 11:57

artista1939 Escreveu:Eu digo "faquetual" e escrevo "factual". Agora vou ter de dizer "fatual" para escrever "fatual"?

Sou só eu, ou há palavras que vão perder sentido?


Se dizes "faquetual" dizes mal! :wink:
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por Heisenberg » 2/3/2012 11:55

LSVA Escreveu:Por isso é que todos os que estão contra o acordo ortográfico continuam a escrever "Pharmacia".

Meus senhores, as línguas evoluem. As únicas estáticas são as mortas, tipo latim.

Cumprimentos


Desculpe, mas estamos a falar da revisão ortográfica de 1911 ou do acordo ortográfico de 1990?
 
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por Heisenberg » 2/3/2012 11:54

tugadaytrader Escreveu:Então se não conseguem uniformizar, qual foi o objectivo de abrasileirar a forma como nos escrevemos?


Boa pergunta.
 
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por LSVA » 2/3/2012 11:49

Por isso é que todos os que estão contra o acordo ortográfico continuam a escrever "Pharmacia".

Meus senhores, as línguas evoluem. As únicas estáticas são as mortas, tipo latim.

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por L.S.S » 2/3/2012 11:38

elreidom Escreveu:
artista1939 Escreveu:Na palavra "Facto" eu leio o C. Se as consoantes mudas desaparecem, desaparecer esta não faz sentido e "Fato" deveria ser apenas roupa!

Eu digo "faquetual" e escrevo "factual". Agora vou ter de dizer "fatual" para escrever "fatual"?

Sou só eu, ou há palavras que vão perder sentido?


Essa palavra não é alterada em Portugal, é daquelas que tem duas grafias. E é uma das provas de que a uniformização, o principal objectivo do acordo, nunca poderá acontecer.

Então se não conseguem uniformizar, qual foi o objectivo de abrasileirar a forma como nos escrevemos?
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por Heisenberg » 2/3/2012 11:33

artista1939 Escreveu:Na palavra "Facto" eu leio o C. Se as consoantes mudas desaparecem, desaparecer esta não faz sentido e "Fato" deveria ser apenas roupa!

Eu digo "faquetual" e escrevo "factual". Agora vou ter de dizer "fatual" para escrever "fatual"?

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Essa palavra não é alterada em Portugal, é daquelas que tem duas grafias. E é uma das provas de que a uniformização, o principal objectivo do acordo, nunca poderá acontecer.
 
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por artista1939 » 2/3/2012 11:26

Na palavra "Facto" eu leio o C. Se as consoantes mudas desaparecem, desaparecer esta não faz sentido e "Fato" deveria ser apenas roupa!

Eu digo "faquetual" e escrevo "factual". Agora vou ter de dizer "fatual" para escrever "fatual"?

Sou só eu, ou há palavras que vão perder sentido?
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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por L.S.S » 2/3/2012 11:22

Ti Salvador Mano Escreveu:
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Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam . Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros . Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas . É um fato que não se pronunciam . Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ? O que estão lá a fazer ? Aliás, o qe estão lá a fazer ? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade . Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra . Porqe é qe “assunção” se escreve com “ç” e “ascensão” se escreve com “s” ? Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o “ç” . Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o “ç” e o substitua por um simples “s” o qual passaria a ter um único som . Como consequência, também os “ss” deixariam de ser nesesários já qe um “s” se pasará a ler sempre e apenas “s” . Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, “uzar”, é isso mesmo, se o “s” pasar a ter sempre o som de “s” o som “z” pasará a ser sempre reprezentado por um “z” . Simples não é? se o som é “s”, escreve-se sempre com s. Se o som é “z” escreve-se sempre com “z” . Quanto ao “c” (que se diz “cê” mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de “q”) pode, com vantagem, ser substituído pelo “q”. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de “k” .Ponha um q. Não pensem qe me esqesi do som “ch” . O som “ch” será reprezentado pela letra “x”. Alguém dix “csix” para dezinar o “x”? Ninguém, pois não ? O “x” xama-se “xis”. Poix é iso mexmo qe fiqa . Qomo podem ver, já eliminámox o “c”, o “h”, o “p” e o “u” inúteix, a tripla leitura da letra “s” e também a tripla leitura da letra “x” . Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex . Não, não leiam “simpléqs”, leiam simplex . O som “qs” pasa a ser exqrito “qs” u qe é muito maix qonforme à leitura natural . No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente . Vejamox o qaso do som “j” . Umax vezex excrevemox exte som qom “j” outrax vezex qom “g”- ixtu é lójiqu? Para qê qomplicar ? ! ? Se uzarmox sempre o “j” para o som “j” não presizamox do “u” a segir à letra “g” poix exta terá, sempre, o som “g” e nunqa o som “j” . Serto ? Maix uma letra mud a qe eliminamox . É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem ! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ? Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam ! Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox . A qextão a qoloqar é: á alternativa ? Se não ouver alternativa, pasiênsia. É o qazo da letra “a” . Umax vezex lê-se “á”, aberto, outrax vezex lê-se “â”, fexado . Nada a fazer. Max, em outrox qazos, á alternativax . Vejamox o “o”: umax vezex lê-se “ó”, outrax lê-se “u” e outrax, lê-se “ô” . Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso ! qe é qe temux o “u” ? Se u som “u” pasar a ser sempre reprezentado pela letra “u” fiqa tudo tão maix fásil ! Pur seu lado, u “o” pasa a suar sempre “ó”, tornandu até dexnesesáriu u asentu. Já nu qazu da letra “e”, também pudemux fazer alguma qoiza : quandu soa “é”, abertu, pudemux usar u “e” . U mexmu para u som “ê” . Max quandu u “e” se lê “i”, deverá ser subxtituídu pelu “i” . I naqelex qazux em qe u “e” se lê “â” deve ser subxtituidu pelu “a” . Sempre. Simplex i sem qompliqasõex . Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u “til” subxtituindu, nus ditongux, “ão” pur “aum”, “ães” – ou melhor “ãix” - pur “ainx” i “õix” pur “oinx” . Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux. Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu . Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum ?


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por Heisenberg » 2/3/2012 11:08

nuuuno Escreveu:de acordo...é a intrinseca caracteristica do portugues resistir e reclamar de qualquer mudança, seja ela boa ou má, grande ou pequena...


Já agora, acha mesmo que houve muita resistência a este acordo? Da comunicação social, que podia fazer a diferença, apenas um jornal nacional tem mantido a grafia pré-acordo e afirma que a manterá. Mesmo aqueles que se manifestaram contra, baixaram a cabeça e aplicaram diligentemente o acordo. As próprias universidades têm estado em silêncio, umas, e outras obrigam os alunos a aplicar o acordo - quando o que mais falta ao acordo é rigor científico e facilmente as universidades o poderiam recusar, e tinham a obrigação de o fazer. A própria Microsoft actualizou automaticamente os seus programas - com alterações que, lembro, não estão legalmente em vigor -, pelo que grande parte dos portugueses, contra ou a favor, têm escolhido o caminho mais fácil de aceitar o corrector ortográfico do seu computador.
Onde está a resistência? Ela existe, mas não é definitivamente uma característica "instrínseca" do português.
 
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por TRSM86 » 2/3/2012 11:04

Pata-Hari Escreveu:
Manuel Fernandes


Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam . Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros . Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas . É um fato que não se pronunciam . Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ? O que estão lá a fazer ? Aliás, o qe estão lá a fazer ? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade . Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra . Porqe é qe “assunção” se escreve com “ç” e “ascensão” se escreve com “s” ? Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o “ç” . Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o “ç” e o substitua por um simples “s” o qual passaria a ter um único som . Como consequência, também os “ss” deixariam de ser nesesários já qe um “s” se pasará a ler sempre e apenas “s” . Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, “uzar”, é isso mesmo, se o “s” pasar a ter sempre o som de “s” o som “z” pasará a ser sempre reprezentado por um “z” . Simples não é? se o som é “s”, escreve-se sempre com s. Se o som é “z” escreve-se sempre com “z” . Quanto ao “c” (que se diz “cê” mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de “q”) pode, com vantagem, ser substituído pelo “q”. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de “k” .Ponha um q. Não pensem qe me esqesi do som “ch” . O som “ch” será reprezentado pela letra “x”. Alguém dix “csix” para dezinar o “x”? Ninguém, pois não ? O “x” xama-se “xis”. Poix é iso mexmo qe fiqa . Qomo podem ver, já eliminámox o “c”, o “h”, o “p” e o “u” inúteix, a tripla leitura da letra “s” e também a tripla leitura da letra “x” . Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex . Não, não leiam “simpléqs”, leiam simplex . O som “qs” pasa a ser exqrito “qs” u qe é muito maix qonforme à leitura natural . No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente . Vejamox o qaso do som “j” . Umax vezex excrevemox exte som qom “j” outrax vezex qom “g”- ixtu é lójiqu? Para qê qomplicar ? ! ? Se uzarmox sempre o “j” para o som “j” não presizamox do “u” a segir à letra “g” poix exta terá, sempre, o som “g” e nunqa o som “j” . Serto ? Maix uma letra mud a qe eliminamox . É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem ! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ? Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam ! Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox . A qextão a qoloqar é: á alternativa ? Se não ouver alternativa, pasiênsia. É o qazo da letra “a” . Umax vezex lê-se “á”, aberto, outrax vezex lê-se “â”, fexado . Nada a fazer. Max, em outrox qazos, á alternativax . Vejamox o “o”: umax vezex lê-se “ó”, outrax lê-se “u” e outrax, lê-se “ô” . Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso ! qe é qe temux o “u” ? Se u som “u” pasar a ser sempre reprezentado pela letra “u” fiqa tudo tão maix fásil ! Pur seu lado, u “o” pasa a suar sempre “ó”, tornandu até dexnesesáriu u asentu. Já nu qazu da letra “e”, também pudemux fazer alguma qoiza : quandu soa “é”, abertu, pudemux usar u “e” . U mexmu para u som “ê” . Max quandu u “e” se lê “i”, deverá ser subxtituídu pelu “i” . I naqelex qazux em qe u “e” se lê “â” deve ser subxtituidu pelu “a” . Sempre. Simplex i sem qompliqasõex . Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u “til” subxtituindu, nus ditongux, “ão” pur “aum”, “ães” – ou melhor “ãix” - pur “ainx” i “õix” pur “oinx” . Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux. Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu . Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum ?


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por TRSM86 » 2/3/2012 11:02

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14 Agosto 2009
O acordo ortográfico e o futuro da língua portuguesa
Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam. Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.

Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.
É um fato que não se pronunciam. Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se? O que estão lá a fazer? Aliás, o qe estão lá a fazer? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.

Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.
Porqe é qe “assunção” se escreve com “ç” e “ascensão” se escreve com “s”?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o “ç”.
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o “ç” e o substitua por um simples “s” o qual passaria a ter um único som.

Como consequência, também os “ss” deixariam de ser nesesários já qe um “s” se pasará a ler sempre e apenas “s”.
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, “uzar”, é isso mesmo, se o “s” pasar a ter sempre o som de “s” o som “z” pasará a ser sempre reprezentado por um “z”.
Simples não é? se o som é “s”, escreve-se sempre com s. Se o som é “z” escreve-se sempre com “z”.

Quanto ao “c” (que se diz “cê” mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de “q”) pode, com vantagem, ser substituído pelo “q”. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de “k”.

Não pensem qe me esqesi do som “ch”.
O som “ch” pasa a ser reprezentado pela letra “x”. Alguém dix “csix” para dezinar o “x”? Ninguém, pois não? O “x” xama-se “xis”. Poix é iso mexmo qe fiqa.

Qomo podem ver, já eliminámox o “c”, o “h”, o “p” e o “u” inúteix, a tripla leitura da letra “s” e também a tripla leitura da letra “x”.

Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex. Não, não leiam “simpléqs”, leiam simplex. O som “qs” pasa a ser exqrito “qs” u qe é muito maix qonforme à leitura natural.

No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.

Vejamox o qaso do som “j”. Umax vezex excrevemox exte som qom “j” outrax vezex qom “g”. Para qê qomplicar?!?
Se uzarmox sempre o “j” para o som “j” não presizamox do “u” a segir à letra “g” poix exta terá, sempre, o som “g” e nunqa o som “j”. Serto? Maix uma letra muda qe eliminamox.

É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade?

Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam!
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.

A qextão a qoloqar é: á alternativa? Se não ouver alternativa, pasiênsia.

É o qazo da letra “a”. Umax vezex lê-se “á”, aberto, outrax vezex lê-se “â”, fexado. Nada a fazer.

Max, em outrox qazos, á alternativax.
Vejamox o “o”: umax vezex lê-se “ó”, outrax vezex lê-se “u” e outrax, ainda, lê-se “ô”. Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso! Para qe é qe temux o “u”? Para u uzar, não? Se u som “u” pasar a ser sempre reprezentado pela letra “u” fiqa tudo tão maix fásil! Pur seu lado, u “o” pasa a suar sempre “ó”, tornandu até dexnesesáriu u asentu.

Já nu qazu da letra “e”, também pudemux fazer alguma qoiza: quandu soa “é”, abertu, pudemux usar u “e”. U mexmu para u som “ê”. Max quandu u “e” se lê “i”, deverá ser subxtituídu pelu “i”. I naqelex qazux em qe u “e” se lê “â” deve ser subxtituidu pelu “a”.
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.

Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u “til” subxtituindu, nus ditongux, “ão” pur “aum”, “ães” – ou melhor “ãix” - pur “ainx” i “õix” pur “oinx”.
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.

Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu.

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum?
uma passagem para a outra margem

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por Heisenberg » 2/3/2012 10:59

nuuuno Escreveu:acham mesmo que ter uma lingua dificilima de falar e escrever é o caminho? pensam que o mandarim (como alguns dizem) será a lingua do futuro? ou o alemao?? ou o japones?? sao linguas dificilimas de falar e entender e por muito que as economias do pais sejam fortissimas nunca serao lingua oficial no mundo global!


Acha sinceramente que o português algum dia será "língua oficial do mundo global?" E que terá maior peso do que as línguas que refere? Estarão os alemães a discutir os problemas que a sua língua lhes coloca na afirmação do seu país no mundo? Tem algum interesse sequer sonhar com uma língua única mundial? Tem isso alguma relação com o Acordo Ortográfico em questão?

A minha resposta para tudo é não, mas gostava de saber a sua.
 
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por Heisenberg » 2/3/2012 10:54

GALBA Escreveu:O problema , é que que os Brasileiros são 200 milhões , e são eles os verdadeiros "donos" da língua , a uniformização é um passo fundamental , para aumentar a sua importância no mundo globalizado dos negócios .
Os velhos do restelo continuam , e ainda falam do antigo regime , que pelo vistos até eram mais abertos ás mudanças .

É o velho provincianismo tacanho , até o velho Salazar iria concordar com este acordo , porque é algo inevitável ...


Só lhe falta dizer que o acordo não uniformiza nada daquilo que anuncia uniformizar. Há inúmeras palavras que se escreviam de forma igual em Portugal e Brasil e agora passam a escrever-se de forma diferente. Portanto o acordo morre logo ao não cumprir sequer os objectivos que anuncia.
Para além de que nunca nenhum texto será igual em português de Portugal e do Brasil, porque há muitas diferenças gramaticais, sintácticas, semânticas, etc. que nunca poderão ser uniformizadas. Muitíssimas diferenças, mesmo, como sabe qualquer pessoa que esteja habituada a ler textos dos dois países.

Basta ler o título deste tópico:
- "Minha Pátria..." português do Brasil;
- "A minha Pátria..." português de Portugal.

E, já agora, que importância tem o português naquilo que denomina como "mundo globalizado dos negócios"? Acha que esse peso vai mudar, agora que algumas grafias foram uniformizadas, outras se tornaram diferentes quando eram iguais e muitas mais passam a ter duas grafias opcionais (!)? Só porque se mudou apenas a ortografia, um único de muitos aspectos que diferenciam as duas variantes da língua?

Para não repetir argumentos já expostos noutro tópico, deixo aqui os links do que escrevi, para quem estiver interessado.

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &start=140

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &start=158
 
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por nuuuuno » 2/3/2012 10:45

GALBA Escreveu:O problema , é que que os Brasileiros são 200 milhões , e são eles os verdadeiros "donos" da língua , a uniformização é um passo fundamental , para aumentar a sua importância no mundo globalizado dos negócios .
Os velhos do restelo continuam , e ainda falam do antigo regime , que pelo vistos até eram mais abertos ás mudanças .

É o velho provincianismo tacanho , até o velho Salazar iria concordar com este acordo , porque é algo inevitável ...


de acordo...é a intrinseca caracteristica do portugues resistir e reclamar de qualquer mudança, seja ela boa ou má, grande ou pequena...enfim...uma lingua acessivel e facil de compreender abre muitas portas! acham mesmo que ter uma lingua dificilima de falar e escrever é o caminho? pensam que o mandarim (como alguns dizem) será a lingua do futuro? ou o alemao?? ou o japones?? sao linguas dificilimas de falar e entender e por muito que as economias do pais sejam fortissimas nunca serao lingua oficial no mundo global!
 
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por GALBA » 2/3/2012 10:11

O problema , é que que os Brasileiros são 200 milhões , e são eles os verdadeiros "donos" da língua , a uniformização é um passo fundamental , para aumentar a sua importância no mundo globalizado dos negócios .
Os velhos do restelo continuam , e ainda falam do antigo regime , que pelo vistos até eram mais abertos ás mudanças .

É o velho provincianismo tacanho , até o velho Salazar iria concordar com este acordo , porque é algo inevitável ...
 
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por A330-300 » 2/3/2012 6:28

Se acham mau este acordo imaginem o resultado daquele que será feito pelos adolescentes de hoje e muito usado nos chats de internet e sms.

É deleitar se com este enquanto os adolescentes não se tornam adultos com poder de decisão.

A nosso favor temos o desemprego dos jovens.
Há males que vem para bem..


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por L.S.S » 2/3/2012 0:53

artista Escreveu:
tugadaytrader Escreveu:Em tempos de austeridade "tornavase" mais económico.. :)


Querias dizer "turnavase"! :mrgreen:


Isso mesmo Artista, já corregi.. ;)

Bem haja
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por atomez » 2/3/2012 0:51

Em Inglaterra também se discute o mesmo...

The European Union commissioners have announced that agreement has been reached to adopt English as the preferred language for European communications, rather than German, which was the other possibility.

As part of the negotiations, Her Majesty's Government conceded that English spelling had some room for improvement and has accepted a five-year phased plan for what will be known as EuroEnglish [Euro for short].

In the first year, 's' will be used instead of the soft 'c'. Sertainly, sivil servants will reseive this news with joy. Also, the hard 'c' will be replased with 'k'. Not only will this klear up konfusion, but keyboards kan have one less letter.

There will be growing publik enthusiasm in the sekond year, when the troublesome 'ph' will be replased by 'f'. This will make words like 'fotograf' 20 persent shorter.

In the third year, publik akseptanse of the new spelling kan be expekted to reach the stage where more komplikated changes are possible. Governments will enkorage the removal of double letters, which have always ben a deternent to akurate speling. Also, al wil agre that the horible mes of silent 'e' in the languaj is disgrasful, and they would go.

By the forth uer, peopl wil be receptiv to steps such as replasing the 'th' by 'z' and the 'w' by 'v'. During the fifz uer, ze unesesary 'o' kan be dropd from vords kontaining 'ou', and similar changes vud of kors be splid to ozeer kombinations of leters. After zis fifz yer, ve vil hav a reli senisbl riten styl. Zer vil be no mor tubls or difikultis and avrivun vil find it ezi tu understand ech ozer.

Ze drem vil finali kum tru.
Editado pela última vez por atomez em 2/3/2012 1:05, num total de 1 vez.
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por artista_ » 2/3/2012 0:44

tugadaytrader Escreveu:Em tempos de austeridade "tornavase" mais económico.. :)


Querias dizer "turnavase"! :mrgreen:
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por artista_ » 2/3/2012 0:43

Cinco estrelas Pata!! Para ganhar claramente o prémio da citação do ano!!! :wink:

Mesmo sendo eu, mais ou menos, pró-acordo! :)
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