A carta dos Doze e o Sr. Heinrich Brüning
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Re: A carta dos Doze e o Sr. Heinrich Brüning
Viclion Escreveu:Espanha, Inglaterra, Itália, Holanda, Suécia, Finlândia e outros cinco países, pedem expressamente àqueles senhores, alegadamente autoridades máximas da União Europeia, para intervirem no sentido de que sejam implementadas medidas para o crescimento e emprego.
Parece um grupo europeu insuspeito e heterogéneo, dado que há países com dificuldades orçamentais e outros com as finanças saudáveis. Mas todos com a mesma preocupação económica – a Europa não vai lá por este caminho. Sobretudo, se for só por este caminho.
Segundo consta, Portugal não faz parte da lista dos remetentes, convém referir, para que esta notícia fique completa.
Não é assim tão simples. Trata-se de um marcar de posição de um grupo de países em contraponto ao eixo franco-alemão. E o grupo Merkozy não gosta, claro. Portugal tem de ficar de bico calado porque não pode estar a fazer ondas...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Re: A carta dos Doze e o Sr. Heinrich Brüning
Viclion Escreveu:Lê-se na imprensa de hoje que os Primeiros Ministros de 12 países europeus enviaram uma carta aos senhores Von Ronpuy e Durão Barroso, respectivamente Presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia.
Espanha, Inglaterra, Itália, Holanda, Suécia, Finlândia e outros cinco países, pedem expressamente àqueles senhores, alegadamente autoridades máximas da União Europeia, para intervirem no sentido de que sejam implementadas medidas para o crescimento e emprego.
Parece um grupo europeu insuspeito e heterogéneo, dado que há países com dificuldades orçamentais e outros com as finanças saudáveis. Mas todos com a mesma preocupação económica – a Europa não vai lá por este caminho. Sobretudo, se for só por este caminho.
Segundo consta, Portugal não faz parte da lista dos remetentes, convém referir, para que esta notícia fique completa.
Chegados aqui, importa rever uma figura pouco badalada nos dias de hoje – a do senhor Heinrich Brüning.
Quem foi Heinrich Brüning?
Foi Chanceler da Alemanha entre 1930 e 1932, por conseguinte no período que se seguiu à Grande Depressão de 1929 nos EUA, e antecessor de Hitler.
Economista de formação, cometeu, segundo historiadores da área económica, um erro trágico com sua política brutalmente deflacionista, consequência do seu único objectivo – eliminar o défice e instaurar um orçamento equilibrado, no cenário depressivo como foi referido acima.
Empurrou o país para as profundezas de uma recessão brutal, provocou desemprego em massa e é tido como uma das sementes do Nazismo.
Muitos discordaram de Brüning, e alegam que, em vez de asfixiar a economia, deveria ter injetado liquidez, mesmo aumentando os gastos para dinamiza-la. Outros apoiam porque ainda tinham na memória e o receio da inflacção de 1923.
A mim parece-me, e não sou economista, que ambas as visões são extremas e com resultados negativos. Mas aqui fica para possível discussão.
O certo é que a história teve um desfecho trágico. Mundialmente trágico. Que começou a desenhar-se com a dissolução do Parlamento Alemão pelo Presidente da República dada a dificuldade em fazer aprovar mais medidas brutais do senhor Heinrich Brüning. A ascensão de Hitler foi a seguir…
O resto da história já todos sabemos.
Viclion
http://otraderdescodificado.wordpress.com/
A ascensão do Hitler foi negociada, e antes dele ainda por lá passaram o Franz von Papen e o Kurt von Schleicher.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
A carta dos Doze e o Sr. Heinrich Brüning
Lê-se na imprensa de hoje que os Primeiros Ministros de 12 países europeus enviaram uma carta aos senhores Von Ronpuy e Durão Barroso, respectivamente Presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia.
Espanha, Inglaterra, Itália, Holanda, Suécia, Finlândia e outros cinco países, pedem expressamente àqueles senhores, alegadamente autoridades máximas da União Europeia, para intervirem no sentido de que sejam implementadas medidas para o crescimento e emprego.
Parece um grupo europeu insuspeito e heterogéneo, dado que há países com dificuldades orçamentais e outros com as finanças saudáveis. Mas todos com a mesma preocupação económica – a Europa não vai lá por este caminho. Sobretudo, se for só por este caminho.
Segundo consta, Portugal não faz parte da lista dos remetentes, convém referir, para que esta notícia fique completa.
Chegados aqui, importa rever uma figura pouco badalada nos dias de hoje – a do senhor Heinrich Brüning.
Quem foi Heinrich Brüning?
Foi Chanceler da Alemanha entre 1930 e 1932, por conseguinte no período que se seguiu à Grande Depressão de 1929 nos EUA, e antecessor de Hitler.
Economista de formação, cometeu, segundo historiadores da área económica, um erro trágico com sua política brutalmente deflacionista, consequência do seu único objectivo – eliminar o défice e instaurar um orçamento equilibrado, no cenário depressivo como foi referido acima.
Empurrou o país para as profundezas de uma recessão brutal, provocou desemprego em massa e é tido como uma das sementes do Nazismo.
Muitos discordaram de Brüning, e alegam que, em vez de asfixiar a economia, deveria ter injetado liquidez, mesmo aumentando os gastos para dinamiza-la. Outros apoiam porque ainda tinham na memória e o receio da inflacção de 1923.
A mim parece-me, e não sou economista, que ambas as visões são extremas e com resultados negativos. Mas aqui fica para possível discussão.
O certo é que a história teve um desfecho trágico. Mundialmente trágico. Que começou a desenhar-se com a dissolução do Parlamento Alemão pelo Presidente da República dada a dificuldade em fazer aprovar mais medidas brutais do senhor Heinrich Brüning. A ascensão de Hitler foi a seguir…
O resto da história já todos sabemos.
Viclion
http://otraderdescodificado.wordpress.com/
Espanha, Inglaterra, Itália, Holanda, Suécia, Finlândia e outros cinco países, pedem expressamente àqueles senhores, alegadamente autoridades máximas da União Europeia, para intervirem no sentido de que sejam implementadas medidas para o crescimento e emprego.
Parece um grupo europeu insuspeito e heterogéneo, dado que há países com dificuldades orçamentais e outros com as finanças saudáveis. Mas todos com a mesma preocupação económica – a Europa não vai lá por este caminho. Sobretudo, se for só por este caminho.
Segundo consta, Portugal não faz parte da lista dos remetentes, convém referir, para que esta notícia fique completa.
Chegados aqui, importa rever uma figura pouco badalada nos dias de hoje – a do senhor Heinrich Brüning.
Quem foi Heinrich Brüning?
Foi Chanceler da Alemanha entre 1930 e 1932, por conseguinte no período que se seguiu à Grande Depressão de 1929 nos EUA, e antecessor de Hitler.
Economista de formação, cometeu, segundo historiadores da área económica, um erro trágico com sua política brutalmente deflacionista, consequência do seu único objectivo – eliminar o défice e instaurar um orçamento equilibrado, no cenário depressivo como foi referido acima.
Empurrou o país para as profundezas de uma recessão brutal, provocou desemprego em massa e é tido como uma das sementes do Nazismo.
Muitos discordaram de Brüning, e alegam que, em vez de asfixiar a economia, deveria ter injetado liquidez, mesmo aumentando os gastos para dinamiza-la. Outros apoiam porque ainda tinham na memória e o receio da inflacção de 1923.
A mim parece-me, e não sou economista, que ambas as visões são extremas e com resultados negativos. Mas aqui fica para possível discussão.
O certo é que a história teve um desfecho trágico. Mundialmente trágico. Que começou a desenhar-se com a dissolução do Parlamento Alemão pelo Presidente da República dada a dificuldade em fazer aprovar mais medidas brutais do senhor Heinrich Brüning. A ascensão de Hitler foi a seguir…
O resto da história já todos sabemos.
Viclion
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