Portugal’s Debt Efforts May Be Warning for Greece
MiamiBlueHeart Escreveu:MPC_finance Escreveu:Dizem alguns que a Alemanha ganha com esta crise, discordo, a mim parece-me que os únicos a ganhar com esta crise são os EUA.
Meu caro,
Discrodo completamente.
Um dos problemas de Portugal é o euro ser demasiado forte para a nossa economia, já no caso da Alemanha acontece precisamente o contrário.
Temos valores de IRS e IRC completamente dispares, num mercado que se diz único, por isso, obviamente o investimento foge de Portugal.
E a saga continua..
Depois, relativamente à Alemanha, compara as políticas económicas da Alemanha com a americana.
Verifica como está a situação económica na Europa e na América..
E depois, e cada vez mais consensual, austeridade em cima de austeridade, deixa de ser um remédio para se tornar um veneno e com as atuais políticas Alemãs para a Europa, então é o Game Over.
Eu faço uma perguna simples: Portugal cumpre 100% do plano, até mais, mas com as atuais políticas europeias, consideras que Portugal não vai precisar de mais um Plano (que vai trazer nova austeridade.. já parecemos a grécia!!) ou ter que entrar que entrar em default??
P.S.Para não haver confusões, eu considero que o país precisa de mudar e isos implica austeridade, mas nunca nem período tão curto.. isso é matar a economia.. Matemáticamente pode ser possível 8são umas fórmulas) mas na realidade estamos a destruir empresas viáveis.. por isso.. fantástico plano da Troika..
A realidade Americana é diferente da Europeia, tal como disse percebo pouco de economia.
Mas consigo perceber que para eles é muito mais fácil imprimir dinheiro logo numa primeira abordagem ao problema.
O problema da austeridade num período curto. Como vamos financiar as empresas se não temos crédito? Esta austeridade está-nos a ser imposta, não pelos governantes nacionais nem da UE.
Mais ainda, o problema do financiamento, quando se financia uma economia este resultado é tanto melhor quanto mais competitivas forem essas empresas.
Em alternativa ao plano da troika, temos o quê?
Não será melhor, ser "bom aluno" que seguir os passos da grécia e definitivamente acabar com este projecto.
Quanto a Portugal cumprir ou não o acordado, acho que agora não é a altura ideal para discutir isso, ou querem dizer já aos nosso credores: "Meus caros não pagamos nem mais um tusto". E eles: então não veêm nem mais um tostão.
Depois com a nossa alma Lusa e com uma credibilidade Grega como vamos convencer os mercados a emprestarem-nos mais dinheiro.
Estava-mos condenados a viver isolados.
E novamente a situação Americana no meu ponto de vista não é tão boa como parece.Certamente que ficará melhor com o desmantelamento da UE.
Quanto a esse IRC e IRS completamente dispares, també estou de acordo e para resolver essa questão que soluções?
Emagrecer o estado. Só estou a ver essa hipótese.
Agora esse emagrecimento deveria ser escrutinado pelos cidadãos.
Cumps
- Mensagens: 358
- Registado: 23/12/2011 1:41
Pata-Hari Escreveu:Aproveito para citar o PSG no que concerne o desemprego, no artigo de hoje:Quase um terço dos desempregados tem mais de 45 anos: têm dívidas, têm filhos e têm portas fechadas ao seu regresso. Pior: dois terços dos desempregados têm no máximo nove anos de escolaridade. Vítor Bento (quando não é Silva Lopes, é quase sempre Vítor Bento...) disse-o há um ano: os velhos empregadores dos poucos qualificados não voltarão, e os novos empregadores, quando os houver, não os quererão.
É este o problema dos apenas 1.5% de perda de PIB.
Pode ser que a proporção seja essa mas também há dezenas de milhares de qualificados no desemprego (pessoalmente, conheço muitos - basta ir pesquisar nas redes sociais para se perceber a dimensão do problema). Depois de termos contribuido para educação e valorização académica de muitos jovens, milhares deles estão a deixar país, equanto os mais experientes, com conhecimentos e know-how são considerados velhos para trabalhar a partir dos 40 anos, o que revela uma mentalidade atrasada e discriminatória dos nossos empresários face aos de outros países. Infelizmente, a competência, a experiência, a maturidade e o "saber fazer" deixaram de ser consideradas mais-valias neste rectângulo à beira mar plantado. Enquanto existirem gestores de topo que preferem andar em grandes almoços, que só comunicam com os pilares que eles próprios elegeram para lhes filtrar (deturpar) toda a comunicação e não levantam o rabinho do gabinete para ir ver o que realamente se passa no "terreno", não há nada a fazer.
- Mensagens: 707
- Registado: 29/11/2007 2:08
- Localização: Damaia
MPC_finance Escreveu:Dizem alguns que a Alemanha ganha com esta crise, discordo, a mim parece-me que os únicos a ganhar com esta crise são os EUA.
Meu caro,
Discrodo completamente.
Um dos problemas de Portugal é o euro ser demasiado forte para a nossa economia, já no caso da Alemanha acontece precisamente o contrário.
Temos valores de IRS e IRC completamente dispares, num mercado que se diz único, por isso, obviamente o investimento foge de Portugal.
E a saga continua..
Depois, relativamente à Alemanha, compara as políticas económicas da Alemanha com a americana.
Verifica como está a situação económica na Europa e na América..
E depois, e cada vez mais consensual, austeridade em cima de austeridade, deixa de ser um remédio para se tornar um veneno e com as atuais políticas Alemãs para a Europa, então é o Game Over.
Eu faço uma perguna simples: Portugal cumpre 100% do plano, até mais, mas com as atuais políticas europeias, consideras que Portugal não vai precisar de mais um Plano (que vai trazer nova austeridade.. já parecemos a grécia!!) ou ter que entrar que entrar em default??
P.S.Para não haver confusões, eu considero que o país precisa de mudar e isos implica austeridade, mas nunca nem período tão curto.. isso é matar a economia.. Matemáticamente pode ser possível 8são umas fórmulas) mas na realidade estamos a destruir empresas viáveis.. por isso.. fantástico plano da Troika..
- Mensagens: 1399
- Registado: 17/10/2010 19:32
- Localização: 14
MPC_finance Escreveu:Amigo Coração Azul de Miami
Com todo o respeito e em tom de brincadeira, essas medidas iriam resolver a no imediato a crise existencial dos sunitas e xiitas na Lua.![]()
Porugal e a UE vivem uma crise que é a das dívidas soberanas e antes de qualquer medida, urge estancar esta hemorragia que ameaça ruir a UE e lançar a discórdia entre Países da UE.
Reformas na educação e na justiça não resolveriam nada no curto prazo. A fiscalidade, não se pode harmonizar de um dia para o outro como sabemos.
Julgo que princípio da EU seria criar um espaço livre de circulação de pessoas e bens e ao mesmo tempo caminhar para uma harmonização económica e social. E para isso julgo que são distribuídos fundos estruturais que deveriam ser bem aplicados pelos estados soberanos, precisamente para caminhar no sentido dessa tal harmonização. Mas não, é mais fácil correr no sentido de garantir votos nas próximas eleições para garantir o Poder.
Dizem alguns que a Alemanha ganha com esta crise, discordo, a mim parece-me que os únicos a ganhar com esta crise são os EUA.
Por isso quando perguntei que medidas tomavam, era no sentido de “cura rápida” e para isso só me lembro de duas medidas base. Ou injecção de moeda ou criação de Eurobonds que para mim na prática o efeito seria o mesmo.
Ou então, antes da criação das Eurobonds, que a Alemanha já se mostrou disponível, deveria ser feito um reajuste das economias periféricas. De forma a garantir que esse dinheiro não entrasse num “buraco negro”. Julgo ser o que está a ser feito e tenho essas expectativas.
(Atenção que eu percebo pouco de economia, a minha formação não é essa, por isso prezo as respostas de todos mas em especial de quem tem formação na área, tais como a Pata ou o caça russo português Mig Luso)
E quando se fala “Claro, é preferível continuar a manter uma moeda única sem a correspondente harmonização fiscal e a centralização do risco das dívidas soberanas. Assim a Alemanha beneficia da parte boa sem ter que participar na má e até beneficia”
1º A Alemanha já se mostrou disponível em criar Eurobonds mas para isso claro que tem que ter alguma coisa a dizer na economia de cada um dos estados membros.
2º São os que mais contribuem para a UE (dinheiro dos seus contribuintes)
3ºObviamente que temos muito mais ajudas dentro do que fora da UE.
Cumps
De facto, ainda que não perceba muito de economia, percebo o minimo para ter certeza de que a economia dos estados membros só chegou ao estado em que está devido às politicas erradas que implementaram nos últimos anos com o alto patrocinio da CE, politicas essas que a Alemanha apoiou fortemente, nomeadamente quando tinham a percepção de que as mesmas lhes podiam ser benéficas.
De salientar ainda que, enquanto forem implementadas medidas de austeridade que promovam o desemprego, a concentração do rendimento e a desestruturação social, que correspondem exactamente ao inverso daquelas que permitiram à Alemanha e à Europa recuperar da destruição causada pela II Grande Guerra, nem a Alemanha, nem nenhum outro país verão sinais de recuperação nas respectivas economias.
Neste momento, os grandes contributos para os défices dos desigandos piigs são justamente os encargos e os juros com os empréstimos em níveis irrealistas, justamente porque os mercados não acreditam na unidade da CE para resolver os desiquilibrios regionais. Antes pelo contrário, a unidade só existe quando serve para retirar beneficios à custa do empobrecimento das regiões mais pobres.
Ainda não consegui encontrar uma fonte de informação em que Alemanha mostrasse qualquer tipo de disponibilidade para apoiar uma gestão centralizada da dívida, com o BCE a funcionar como um verdadeiro banco central e com a emissão de eurobonds. Onde é que posso obter informação sobre essa disponibilidade por parte da Alemanha?
Mesmo que os americanos estejam a beneficiar com a situação a que a Europa chegou, não precisaram de se esforçar nada para isso. As agências de rating têm-se portado mal mas a Europa tem-se esforçado bastante para que venham a ter razão.
- Mensagens: 707
- Registado: 29/11/2007 2:08
- Localização: Damaia
Aproveito para citar o PSG no que concerne o desemprego, no artigo de hoje:
É este o problema dos apenas 1.5% de perda de PIB.
Quase um terço dos desempregados tem mais de 45 anos: têm dívidas, têm filhos e têm portas fechadas ao seu regresso. Pior: dois terços dos desempregados têm no máximo nove anos de escolaridade. Vítor Bento (quando não é Silva Lopes, é quase sempre Vítor Bento...) disse-o há um ano: os velhos empregadores dos poucos qualificados não voltarão, e os novos empregadores, quando os houver, não os quererão.
É este o problema dos apenas 1.5% de perda de PIB.
Amigo Coração Azul de Miami
Com todo o respeito e em tom de brincadeira, essas medidas iriam resolver a no imediato a crise existencial dos sunitas e xiitas na Lua.
Porugal e a UE vivem uma crise que é a das dívidas soberanas e antes de qualquer medida, urge estancar esta hemorragia que ameaça ruir a UE e lançar a discórdia entre Países da UE.
Reformas na educação e na justiça não resolveriam nada no curto prazo. A fiscalidade, não se pode harmonizar de um dia para o outro como sabemos.
Julgo que princípio da EU seria criar um espaço livre de circulação de pessoas e bens e ao mesmo tempo caminhar para uma harmonização económica e social. E para isso julgo que são distribuídos fundos estruturais que deveriam ser bem aplicados pelos estados soberanos, precisamente para caminhar no sentido dessa tal harmonização. Mas não, é mais fácil correr no sentido de garantir votos nas próximas eleições para garantir o Poder.
Dizem alguns que a Alemanha ganha com esta crise, discordo, a mim parece-me que os únicos a ganhar com esta crise são os EUA.
Por isso quando perguntei que medidas tomavam, era no sentido de “cura rápida” e para isso só me lembro de duas medidas base. Ou injecção de moeda ou criação de Eurobonds que para mim na prática o efeito seria o mesmo.
Ou então, antes da criação das Eurobonds, que a Alemanha já se mostrou disponível, deveria ser feito um reajuste das economias periféricas. De forma a garantir que esse dinheiro não entrasse num “buraco negro”. Julgo ser o que está a ser feito e tenho essas expectativas.
(Atenção que eu percebo pouco de economia, a minha formação não é essa, por isso prezo as respostas de todos mas em especial de quem tem formação na área, tais como a Pata ou o caça russo português Mig Luso)
E quando se fala “Claro, é preferível continuar a manter uma moeda única sem a correspondente harmonização fiscal e a centralização do risco das dívidas soberanas. Assim a Alemanha beneficia da parte boa sem ter que participar na má e até beneficia”
1º A Alemanha já se mostrou disponível em criar Eurobonds mas para isso claro que tem que ter alguma coisa a dizer na economia de cada um dos estados membros.
2º São os que mais contribuem para a UE (dinheiro dos seus contribuintes)
3ºObviamente que temos muito mais ajudas dentro do que fora da UE.
Cumps
Com todo o respeito e em tom de brincadeira, essas medidas iriam resolver a no imediato a crise existencial dos sunitas e xiitas na Lua.

Porugal e a UE vivem uma crise que é a das dívidas soberanas e antes de qualquer medida, urge estancar esta hemorragia que ameaça ruir a UE e lançar a discórdia entre Países da UE.
Reformas na educação e na justiça não resolveriam nada no curto prazo. A fiscalidade, não se pode harmonizar de um dia para o outro como sabemos.
Julgo que princípio da EU seria criar um espaço livre de circulação de pessoas e bens e ao mesmo tempo caminhar para uma harmonização económica e social. E para isso julgo que são distribuídos fundos estruturais que deveriam ser bem aplicados pelos estados soberanos, precisamente para caminhar no sentido dessa tal harmonização. Mas não, é mais fácil correr no sentido de garantir votos nas próximas eleições para garantir o Poder.
Dizem alguns que a Alemanha ganha com esta crise, discordo, a mim parece-me que os únicos a ganhar com esta crise são os EUA.
Por isso quando perguntei que medidas tomavam, era no sentido de “cura rápida” e para isso só me lembro de duas medidas base. Ou injecção de moeda ou criação de Eurobonds que para mim na prática o efeito seria o mesmo.
Ou então, antes da criação das Eurobonds, que a Alemanha já se mostrou disponível, deveria ser feito um reajuste das economias periféricas. De forma a garantir que esse dinheiro não entrasse num “buraco negro”. Julgo ser o que está a ser feito e tenho essas expectativas.
(Atenção que eu percebo pouco de economia, a minha formação não é essa, por isso prezo as respostas de todos mas em especial de quem tem formação na área, tais como a Pata ou o caça russo português Mig Luso)
E quando se fala “Claro, é preferível continuar a manter uma moeda única sem a correspondente harmonização fiscal e a centralização do risco das dívidas soberanas. Assim a Alemanha beneficia da parte boa sem ter que participar na má e até beneficia”
1º A Alemanha já se mostrou disponível em criar Eurobonds mas para isso claro que tem que ter alguma coisa a dizer na economia de cada um dos estados membros.
2º São os que mais contribuem para a UE (dinheiro dos seus contribuintes)
3ºObviamente que temos muito mais ajudas dentro do que fora da UE.
Cumps
- Mensagens: 358
- Registado: 23/12/2011 1:41
migluso Escreveu:Implosão de crescimento? Porquê? Porque retrocedemos 1,5%? Nada de especial quando temos que desalavancar de forma tão abrupta.
O grande flagelo é o desemprego. Mas, infelizmente, andámos os 10 últimos anos a fazer de conta, a adiar o necessário ajustamento.
Estamos a mudar o nosso paradigma de crescimento, o nosso modelo económico com a espada encostada à garganta porque não quisemos fazê-lo por vontade própria em devido tempo.
Não fomos astutos para antecipar os problemas. Aliás, ainda em 2009 escolhemos continuar em passo largo para o abismo.
Agora dói muito mais. Não há varinhas mágicas nem o Estado pode inventar obras públicas para dar emprego indirecto temporário.
Como já escrevi, não me chocaria nada que em 2014/15/16 Portugal incorresse num default controlado.
Mas fazê-lo já, sem sequer fazer um esforço para cumprir um programa de ajustamento, sem sequer lutar, não aceito. Seria um acto próprio dos fracos, dos vencidos.
EDIT - Inserir gráfico
Completamente de acordo, a elevada taxa de desemprego que assistimos hoje é motivada pelo desiquilíbrio estrutural da nossa economia que foi agravado a partir de meados e finais da década de 90 que resultou mais tarde por ausência completa do crescimento da economia há mais de uma década.
A taxa de desemprego sempre foi um indicador com influencia decisiva de politicas e decisões ocorridas no passado, no presente é quase impossível alterar ou influenciar a tendencia da taxa de desemprego, salvo um acontecimento milagroso ou extraordinário de grande dimensão.
Os números de hoje são danos colaterais de politicas erradas e insustentáveis do passado, que só pecam por tardios dado que a nossa economia sempre se desenvolveu de forma lenta e conservadora.
Observando o gráfico acima e atendendo ao passado e comportamento da nossa economia, a leitura é simples de fazer:
- 4% de desemprego em 2002, são resultado da bolha vivida durante a década de 90.
- Durante a década inicial deste seculo a taxa manteve-se estável artificialmente entre os 6~8% com aumento da divida publica e privada dado que a economia não crescia e o país mergulhava em défices sucessivos. Uma década perdida e que provavelmente vai figurar nos capítulos mais negros e vergonhosos da nossa história.
- 2010 foi o ano que marcou o despertar do país para a realidade, por muitos é o momento que apelidamos de forma figurada "bater na parede".
Por ultimo, é bom lembrar que Portugal ainda não completou 1 ano desde que assumiu compromissos com a Troika depois do pedido de ajuda e que apesar dos sacrifícios e objetivos serem duros e parecerem impossíveis de suportar atualmente, Portugal ainda está só a iniciar a sua saída do marasmo que viveu durante décadas perdidas.
Se nos próximos 2 anos a taxa de desemprego aproximar-se ou atingir mesmo os 20%... Só será surpresa para os mais desatentos ou os que ainda não despertaram do sonho que vivem amarrados á décadas.
assunoadr Escreveu:MPC_finance Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:E o mais importante, a política da Sr.ª Merkel não atacam os problemas estruturais da UE..
A sr.ª Merkel não ataca os problemas estruturais, porquê e de que forma?![]()
Tens alguma ideia do que deverias fazer se estivesses no lugar dela?
Eurobonds (com os contribuintes da alemanha a pagar)?
Injectavas dinheiro na economia de Portugal Grécia e Irlanda (com os contribuintes da alemanha a pagar)?
Ou ao invés disso, tentar que os Países endividados se restruturarem fazendo uma "limpeza de balneário" e, depois então pensar em eurobonds ou em imprimir notas.
Cumps
Claro, é preferivel continuar a manter uma moeda única sem a correspondente harmonização fiscal e a centralização do risco das dívidas soberanas. Assim a Alemanha beneficia da parte boa sem ter que participar na má e até beneficia. Até já consegue ter juros negativos em algumas maturidades por estar a aproveitar a fuga de capitais das economias mais fragilizadas por anos de politicas europeias erradas. É evidente que os países, individualmente considerados, têm as suas responsabilidades (a corrupção, o clientelismo e o favorecimento de determinados sectores e grupos económicos em detrimento das pequenas e médias empresas em sectores em que podiam fazer a diferença, a destruição do sistema produtivo em áreas essenciais, substituindo a produção por importações de países do norte da Europa e outros desvaíros, muitos deles patrocinados pela própra CE, etc.) mas muito do que está a acontecer foi resultado de politicas europeias erradas que se destinaram a favorecer sempre os mesmos. .
Concordo totalmente.
Apesar de todos os nossos erros, asneiras e crimes estamos a ser gravemente afectados por aspectso completamente alheios a Portugal.
Mas poucos conseguem ver isso, ao invès, é só auto-flagelação. Parece que temos e merecemos arrasar o país para expurar os nossos erros e merecermos melhorar.
P.S. Existe muito desemprego que está a ser ausado por decisões políticas.. Ex. os 23% da restauração.. Duvido que dê mais um euro de imposto e está a destruir centenas de empregos.
- Mensagens: 1399
- Registado: 17/10/2010 19:32
- Localização: 14
MPC_finance Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:E o mais importante, a política da Sr.ª Merkel não atacam os problemas estruturais da UE..
A sr.ª Merkel não ataca os problemas estruturais, porquê e de que forma?![]()
Tens alguma ideia do que deverias fazer se estivesses no lugar dela?
Eurobonds (com os contribuintes da alemanha a pagar)?
Injectavas dinheiro na economia de Portugal Grécia e Irlanda (com os contribuintes da alemanha a pagar)?
Ou ao invés disso, tentar que os Países endividados se restruturarem fazendo uma "limpeza de balneário" e, depois então pensar em eurobonds ou em imprimir notas.
Cumps
Claro, é preferivel continuar a manter uma moeda única sem a correspondente harmonização fiscal e a centralização do risco das dívidas soberanas. Assim a Alemanha beneficia da parte boa sem ter que participar na má e até beneficia. Até já consegue ter juros negativos em algumas maturidades por estar a aproveitar a fuga de capitais das economias mais fragilizadas por anos de politicas europeias erradas. É evidente que os países, individualmente considerados, têm as suas responsabilidades (a corrupção, o clientelismo e o favorecimento de determinados sectores e grupos económicos em detrimento das pequenas e médias empresas em sectores em que podiam fazer a diferença, a destruição do sistema produtivo em áreas essenciais, substituindo a produção por importações de países do norte da Europa e outros desvaíros, muitos deles patrocinados pela própra CE, etc.) mas muito do que está a acontecer foi resultado de politicas europeias erradas que se destinaram a favorecer sempre os mesmos.
Já agora, ontem vi uma noticia em que alegadamente a Alemanha deve mais de 90 mil milhões de € à Grécia devido à destruição que infligiram na II Guerra. A ser verdade, considero uam autentica vergonha que já não tivessem pago ou que, nem sequer, equacionem pagar.
- Mensagens: 707
- Registado: 29/11/2007 2:08
- Localização: Damaia
MPC_finance Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:E o mais importante, a política da Sr.ª Merkel não atacam os problemas estruturais da UE..
A sr.ª Merkel não ataca os problemas estruturais, porquê e de que forma?![]()
Tens alguma ideia do que deverias fazer se estivesses no lugar dela?
Eurobonds (com os contribuintes da alemanha a pagar)?
Injectavas dinheiro na economia de Portugal Grécia e Irlanda (com os contribuintes da alemanha a pagar)?
Ou ao invés disso, tentar que os Países endividados se restruturarem fazendo uma "limpeza de balneário" e, depois então pensar em eurobonds ou em imprimir notas.
Cumps
Faço minha as palavras pa Pata-Hari...
Pata-Hari Escreveu:Os estruturais estão na educação, na justiça e na fiscalidade. Ou seja, implicam perda de soberania para poderem ser corrigidos e a criação (de maior) concorrência dentro da própria Europa. E implicam perder a borla que é o financiamento a custo negativo actual.
São áreas chave em que numa moeda única, não pode haver desiquilibrios abismais como acontece atualmente.
Acrescento a ainda a temática da morte lenta da industria pesada na Europa, com o permamente aumento de leis, impostos, etc..
E termino, com a frase que me acompanha á algum tempo, enquanto andarmos a bajular a Sr.ª Merkel não vamos a lado nenhum. A crise Grega já vai no 3 anos, e agora até já temos a UE em recessão!! Só este facto deveria obrigar as pessoas a pensar..
- Mensagens: 1399
- Registado: 17/10/2010 19:32
- Localização: 14
MiamiBlueHeart Escreveu:E o mais importante, a política da Sr.ª Merkel não atacam os problemas estruturais da UE..
A sr.ª Merkel não ataca os problemas estruturais, porquê e de que forma?

Tens alguma ideia do que deverias fazer se estivesses no lugar dela?
Eurobonds (com os contribuintes da alemanha a pagar)?
Injectavas dinheiro na economia de Portugal Grécia e Irlanda (com os contribuintes da alemanha a pagar)?
Ou ao invés disso, tentar que os Países endividados se restruturarem fazendo uma "limpeza de balneário" e, depois então pensar em eurobonds ou em imprimir notas.
Cumps
- Mensagens: 358
- Registado: 23/12/2011 1:41
Pata-Hari Escreveu:Isto é importante porque começa a ser a imagem que regularmente os jornais estão a passar de Portugal. Estamos a cumprir, implementámos, e no entanto não estamos a conseguir os resultados que deveríamos, demonstrando que o plano é demasiado ambicioso e precisará de um ajuste.
Ainda não percebi porque se diz que não estamos a conseguir atingir os resultados previstos no programa.
Até podemos nem vir a atingir os objectivos, mas penso que neste momento essa afirmação é prematura.
O programa da troika não previa crescimento para 2011 nem prevê para 2012. Penso até que a taxa de crescimento de 2011 foi menos negativa que a prevista pela troika.
Infelizmente, os dados do desemprego foram muito maus. O bust silencioso da grande bolha da construção civil e obras públicas está em curso acelerado. É muito provável que os empregos no retalho também tenham sofrido uma quebra, assim como os empregos no turismo (talvez motivado por menos turismo doméstico?).
É o resultado da diminuição da procura interna. Mas sem essa redução não será possível equilibrar a balança de transacções correntes, pois é impossível chegar ao equilíbrio apenas pelo lado das exportações.
É impossível hoje, mas há 10 anos não era, digo eu...
Basicamente, a razão da minha intervenção foi para dizer que, na minha opinião, ainda é cedo para tirar conclusões. Julgo que o timing indicado é o 3.º trimestre deste ano. A não ser que ocorra uma qualquer situação excepcional, tipo com a Grécia por exemplo, considero que rever o programa não é uma boa decisão.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
MarcoAntonio Escreveu:Portugal tem (pelo menos com o actual governo) cultivado a imagem do "bom aluno" e para dor de cabeça forte já basta a Grécia.
O reflexo desse comportamento são artigos como este nos dois sentidos: na imagem de Portugal e no resto do conteúdo (ie, a forte retracção na economia é ela própria tb em grande parte reflexo da austeridade intransigente a que nos estamos a submeter). O que por sua vez tem reflexos nas taxas de juros a que acabamos sujeitos...
A imagem (de "bom aluno") só por si vale pouco, o que conta mesmo é o "graveto" e para já não temos e o que nos emprestam, pagamos bem caro por ele.
Os juros e custos de capital em geral são de resto já a grande razão do déficit neste momento...
![]()
Em relação à Grécia, o (nosso) ponto de partida também não era tão mau: a situação grega já se destacava pela negativa desde o início porque era aquele desde logo que já apresentava o ratio débito versus pib muito, muito mau.
Marco,
O que interessa ser o bom aluno, se estamos a percorrer exactamente o caminho da Grécia?? Nada..
Enquanto o Plano de Austeridade não for alterado.
Enquanto os líderes europeus andarem a reboque da Sr.ª Merkel, que está a levar a Europa para a recessão, o caminho de Portugal está traçado.
É possível Portugal recuperar com a UE em recessão??Obviamente que não, basta olhar para para o destino das nossas exportações..
E o mais importante, a política da Sr.ª Merkel não atacam os problemas estruturais da UE..
- Mensagens: 1399
- Registado: 17/10/2010 19:32
- Localização: 14
Pata-Hari Escreveu:Bem, o desemprego é a consequência directa desses míseros 1.5%... tu é que disseste que não era nada de especial.
Então explica-me estes gráficos.
Eu não quero dizer que estás errada. Mas não creio que seja a razão de fundo que explique o desemprego.
- Anexos
-
- Gráfico Taxa Crescimento Portugal.png (15.44 KiB) Visualizado 1773 vezes
-
- Gráfico Desemprego Portugal II.png (16.47 KiB) Visualizado 1776 vezes
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Implosão de crescimento? Porquê? Porque retrocedemos 1,5%? Nada de especial quando temos que desalavancar de forma tão abrupta.
O grande flagelo é o desemprego. Mas, infelizmente, andámos os 10 últimos anos a fazer de conta, a adiar o necessário ajustamento.
Estamos a mudar o nosso paradigma de crescimento, o nosso modelo económico com a espada encostada à garganta porque não quisemos fazê-lo por vontade própria em devido tempo.
Não fomos astutos para antecipar os problemas. Aliás, ainda em 2009 escolhemos continuar em passo largo para o abismo.
Agora dói muito mais. Não há varinhas mágicas nem o Estado pode inventar obras públicas para dar emprego indirecto temporário.
Como já escrevi, não me chocaria nada que em 2014/15/16 Portugal incorresse num default controlado.
Mas fazê-lo já, sem sequer fazer um esforço para cumprir um programa de ajustamento, sem sequer lutar, não aceito. Seria um acto próprio dos fracos, dos vencidos.
EDIT - Inserir gráfico
O grande flagelo é o desemprego. Mas, infelizmente, andámos os 10 últimos anos a fazer de conta, a adiar o necessário ajustamento.
Estamos a mudar o nosso paradigma de crescimento, o nosso modelo económico com a espada encostada à garganta porque não quisemos fazê-lo por vontade própria em devido tempo.
Não fomos astutos para antecipar os problemas. Aliás, ainda em 2009 escolhemos continuar em passo largo para o abismo.
Agora dói muito mais. Não há varinhas mágicas nem o Estado pode inventar obras públicas para dar emprego indirecto temporário.
Como já escrevi, não me chocaria nada que em 2014/15/16 Portugal incorresse num default controlado.
Mas fazê-lo já, sem sequer fazer um esforço para cumprir um programa de ajustamento, sem sequer lutar, não aceito. Seria um acto próprio dos fracos, dos vencidos.
EDIT - Inserir gráfico
- Anexos
-
- Gráfico Desemprego Portugal.png (17.16 KiB) Visualizado 1809 vezes
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Continuo a achar que o problema não é da austeridade nas de onde ela é aplicada. Há que canalizar dinheiro para as áreas que geram crescimento económico. Quando vejo noticias que vão empregar mais 4mil militares pergunto-me onde está a austeridade? Não é que o budget em questão até seja alarmante mas é todos os dias com noticias destas.
Políticas como as do Brazil que têm taxas abusivas sobre produtos estrangeiros acho que resolviam parte do problema, desde que não aplicadas a tecnologias/serviços necessárias para fomentar a produção e exportação.
Sinceramente até agora também não se viram grandes cortes na despesa os ordenados e reformas das classes mais altas têm de baixar mais o que era importante é deixar-mos de depender tanto do mercado interno e acabar com o défice importações/exportações.
Políticas como as do Brazil que têm taxas abusivas sobre produtos estrangeiros acho que resolviam parte do problema, desde que não aplicadas a tecnologias/serviços necessárias para fomentar a produção e exportação.
Sinceramente até agora também não se viram grandes cortes na despesa os ordenados e reformas das classes mais altas têm de baixar mais o que era importante é deixar-mos de depender tanto do mercado interno e acabar com o défice importações/exportações.
Portugal tem (pelo menos com o actual governo) cultivado a imagem do "bom aluno" e para dor de cabeça forte já basta a Grécia.
O reflexo desse comportamento são artigos como este nos dois sentidos: na imagem de Portugal e no resto do conteúdo (ie, a forte retracção na economia é ela própria tb em grande parte reflexo da austeridade intransigente a que nos estamos a submeter). O que por sua vez tem reflexos nas taxas de juros a que acabamos sujeitos...
A imagem (de "bom aluno") só por si vale pouco, o que conta mesmo é o "graveto" e para já não temos e o que nos emprestam, pagamos bem caro por ele.
Os juros e custos de capital em geral são de resto já a grande razão do déficit neste momento...
Em relação à Grécia, o (nosso) ponto de partida também não era tão mau: a situação grega já se destacava pela negativa desde o início porque era aquele desde logo que já apresentava o ratio débito versus pib muito, muito mau.
O reflexo desse comportamento são artigos como este nos dois sentidos: na imagem de Portugal e no resto do conteúdo (ie, a forte retracção na economia é ela própria tb em grande parte reflexo da austeridade intransigente a que nos estamos a submeter). O que por sua vez tem reflexos nas taxas de juros a que acabamos sujeitos...
A imagem (de "bom aluno") só por si vale pouco, o que conta mesmo é o "graveto" e para já não temos e o que nos emprestam, pagamos bem caro por ele.
Os juros e custos de capital em geral são de resto já a grande razão do déficit neste momento...

Em relação à Grécia, o (nosso) ponto de partida também não era tão mau: a situação grega já se destacava pela negativa desde o início porque era aquele desde logo que já apresentava o ratio débito versus pib muito, muito mau.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Isto é importante porque começa a ser a imagem que regularmente os jornais estão a passar de Portugal. Estamos a cumprir, implementámos, e no entanto não estamos a conseguir os resultados que deveríamos, demonstrando que o plano é demasiado ambicioso e precisará de um ajuste.
Curioso igualmente como o Victor Gaspar aparece sempre com referências extremamente abonatórias e positivas, igualmente. Claramente tem sido a estrela absoluta na representação de Portugal durante esta crise e face ao mundo inteiro.
Curioso igualmente como o Victor Gaspar aparece sempre com referências extremamente abonatórias e positivas, igualmente. Claramente tem sido a estrela absoluta na representação de Portugal durante esta crise e face ao mundo inteiro.
Portugal’s Debt Efforts May Be Warning for Greece
Porque não abundam os artigos sobre Portugal.
http://www.nytimes.com/2012/02/15/busin ... l?_r=1&hpw
News Analysis
Portugal’s Debt Efforts May Be Warning for Greece
Jose Manuel Ribeiro/Reuters
By LANDON THOMAS Jr.
Published: February 14, 2012
LISBON — As debt-plagued Greece struggles to meet Europe’s strict terms for receiving its next round of bailout money, the lesson of Portugal might bear watching.
Portugal swiftly curbed its budget when it accepted international aid, but now the nation is struggling to pay its debts.
“We have delivered, and our adjustment program stands out in the euro area,” said Vitor Gaspar, Portugal's finance minister.
The Portuguese public so far has generally gone along with the government’s policies, but it is starting to lose patience. Above, a protest against austerity measures last week in Lisbon.
The New York Times
Unlike Greece, Portugal is a debtor nation that has done everything that the European Union and the International Monetary Fund have asked it to, in exchange for the 78 billion euro (about $103 billion) bailout Lisbon received last May.
And yet, by the broadest measure of a country’s ability to repay its debts, Portugal is going deeper into the hole.
The ratio of Portugal’s debt to its overall economy, or gross domestic product, was 107 percent when it received the bailout. But the ratio has grown since then, and by next year is expected to reach 118 percent.
That’s not necessarily because Portugal’s overall debt is growing, but because its economy is shrinking. And economists say the same vicious circle could be taking hold elsewhere in Europe.
Two other closely watched countries on the debt list, Spain and Italy, also have rising debt-to-G.D.P. ratios — even though they, like Portugal, have adopted the budget-slashing and tax-raising measures that the European officials and the I.M.F. continue to prescribe.
And on Tuesday, new figures showed that the Greek economy shrank even more than expected last year, as Greece struggles under ever heavier austerity demands by its European lenders.
Without growth, reducing debt levels becomes nearly impossible. It is akin to trying to pay down a large credit card balance after taking a pay cut. You can slash expenses, but with lower earnings it is hard to set aside money to pay off debt.
Vitor Gaspar, the Portuguese finance minister who came to power as part of a new government last summer, is highly regarded by European economic and finance officials. He has reduced the government’s budget deficit by more than one-third so far, through tough measures that include cuts in spending and wages, pension rollbacks and tax increases.
But many economists say those moves are also a reason Portugal’s economy shrank by 1.5 percent in 2011 and is expected to contract by 3 percent this year.
“Portugal’s debt is just not sustainable,” said David Bencek, an analyst at the Kiel Institute for the World Economy, a research organization in Germany. “The real economy does not have the structure to grow in the future and thus will not be able to pay back its debt in the long run.”
The Portuguese public has so far has generally gone along with the government’s policies without the violent demonstrations that have rocked Greece, but it is starting to lose patience.
On Saturday, more than 100,000 people assembled peacefully in Lisbon’s sprawling Palace Square to rally against the austerity measures and the nation’s 13 percent unemployment, while chanting “I.M.F. doesn’t call the shots here!” The head of Portugal’s largest labor union vowed to hold additional protest rallies around the country.
The I.M.F., for its part, predicts that Portugal will eventually grow enough to cut its debt to a manageable level. But even the I.M.F. warns in its recent economic review that if growth were to disappoint, Portugal’s debt “would not be sustainable.”
The finance minister, Mr. Gaspar, an economist who is a former research director at the European Central Bank and a disciple of the bank’s austerity-focused philosophy, insists that his country’s debt is manageable. And he has no plans to ease up. This year he intends to slash government pension payments by 1.2 billion euros (close to $1.6 billion) and cut the bonus payouts that public sector workers in this country have long earned.
In discussing his record, Mr. Gaspar prefers to focus on the effect his efforts have had on Portugal’s budget deficit — the difference between what it spends and what it takes in — which has fallen to 5.6 percent last year, from 9.1 percent in 2010. For this year, Mr. Gaspar forecasts a decline to 4.5 percent.
“We have delivered, and our adjustment program stands out in the euro area,” he said during an interview on Friday in the ornate surroundings of the finance ministry here.
Once Portugal’s budget reforms take hold, Mr. Gaspar predicts, the country’s economy will grow by more than 2 percent from 2014 on, and the debt will fall accordingly.
Mr. Gaspar has won plaudits from Europe’s leadership and the I.M.F., which are eager to champion an exemplar of economic revamping in contrast to Greece’s unspooling disaster. In fact, Portugal is deemed such a model of reform that the Europe Union and I.M.F. are widely expected to come up with more money for Portugal next year if necessary — as was suggested in an overheard exchange between Mr. Gaspar and the German finance minister at a meeting last week in Brussels.
But as Portugal’s slowly rising debt-to-G.D.P. ratio indicates, being Europe’s model debt patient does not necessarily make it easier to get out of debt. Others might find it even tougher.
Spain, whose debt-to-G.D.P. ratio was 36 percent before the debt crisis began, is projected to be more than double that — 84 percent — by 2013. Italy, whose ratio was already at 105 percent in 2009, is expected to reach 126 percent by next year.
Greece’s number is even worse — nearly 160 percent by the most recent measure. And that calculation was made last week by Europe’s official Eurostat research organization, before the Greek government on Tuesday released its latest economic figures showing that its economy shrank by 7 percent in the fourth quarter and by 6.8 percent for all of 2011 — even worse than the full-year contraction of 6 percent Athens had expected. Even if Greece receives all the bailout money it has been promised — a sum sure to exceed 200 billion euros — its debt-to-G.D.P. ratio is still expected to be onerous, 120 percent, in the year 2020. That grim outlook even factors in the big write-down of its debt that Greece is now trying to negotiate with its private creditors and the European Central Bank.
If Portugal and other European debtors find it increasingly difficult to pay off their creditors because of slow or no growth, some experts predict they, too, might eventually need to negotiate debt write-downs. That was how things played out in Latin America in the 1980s, once it became clear that the I.M.F.’s relentless austerity push was impeding the growth that countries needed to pay down debt.
Charles Wyplosz, an international economist, argues that until economic activity resumes in debt-burdened countries like Greece, Portugal and Italy, it is pointless to punish citizens with growth-sapping policies.
“It’s all pseudo-science,” he said. “That is why I think Portugal will have to default on its debt, and you can argue that Italy will have to restructure as well.”
Mr. Gaspar, though, contends that once his country’s reforms take hold, “we will put our debt-to-G.D.P. ratio on a sustainable path again.” And he is adamant that Portugal will not try to renegotiate its debt obligations, because of the permanent damage it might do to Lisbon’s reputation as a borrower.
“That possibility is completely excluded,” he said, adding that George Washington believed one of a country’s most precious assets was its ability to borrow in the bond market.
Economists accept that during the initial stage of a major spending adjustment program, the debt-to-G.D.P. ratio will spike as economic growth suffers. The bet, however, is that over time the economy will pick up enough that the country starts to generate a primary surplus — that is, a budget in the black, once debt payments are excluded.
But there are many who believe that just as Greece’s debt picture is fundamentally untenable, so is Portugal’s.
According to the calculation of Mr. Bencek, the economist, Portugal would need to produce a primary surplus of about 10 percent of G.D.P. in the coming years to reduce its debt ratio to a permanently serviceable level. That, he said, would require a degree of cuts in spending far beyond what Mr. Gaspar and his team have already been able to achieve.
As even the current cuts bite ever deeper, many Portuguese are asking if it might not be better for their government to try to negotiate easier terms with its lenders.
“Portugal would save 3 billion euros a year if it restructured its debt,” said Pedro Lains, an economic historian and a blogger at the University of Lisbon.
Mr. Lains spoke not only as a theorist. He feels austerity firsthand. Because his salary at the government-run university has been slashed by 30 percent in the last year, his family has needed to dip into its savings.
He said that wage contraction throughout the country was prompting increasing numbers of Portuguese to leave the country, even as their government labors to prove it is worthy to remain part of the euro zone.
Why, Mr. Lains asks, should he and his fellow citizens suffer while the bondholders get their money back? “It’s not the fault of the Portuguese people,” he said. “The fault lies with the structure of the euro.”
http://www.nytimes.com/2012/02/15/busin ... l?_r=1&hpw
News Analysis
Portugal’s Debt Efforts May Be Warning for Greece
Jose Manuel Ribeiro/Reuters
By LANDON THOMAS Jr.
Published: February 14, 2012
LISBON — As debt-plagued Greece struggles to meet Europe’s strict terms for receiving its next round of bailout money, the lesson of Portugal might bear watching.
Portugal swiftly curbed its budget when it accepted international aid, but now the nation is struggling to pay its debts.
“We have delivered, and our adjustment program stands out in the euro area,” said Vitor Gaspar, Portugal's finance minister.
The Portuguese public so far has generally gone along with the government’s policies, but it is starting to lose patience. Above, a protest against austerity measures last week in Lisbon.
The New York Times
Unlike Greece, Portugal is a debtor nation that has done everything that the European Union and the International Monetary Fund have asked it to, in exchange for the 78 billion euro (about $103 billion) bailout Lisbon received last May.
And yet, by the broadest measure of a country’s ability to repay its debts, Portugal is going deeper into the hole.
The ratio of Portugal’s debt to its overall economy, or gross domestic product, was 107 percent when it received the bailout. But the ratio has grown since then, and by next year is expected to reach 118 percent.
That’s not necessarily because Portugal’s overall debt is growing, but because its economy is shrinking. And economists say the same vicious circle could be taking hold elsewhere in Europe.
Two other closely watched countries on the debt list, Spain and Italy, also have rising debt-to-G.D.P. ratios — even though they, like Portugal, have adopted the budget-slashing and tax-raising measures that the European officials and the I.M.F. continue to prescribe.
And on Tuesday, new figures showed that the Greek economy shrank even more than expected last year, as Greece struggles under ever heavier austerity demands by its European lenders.
Without growth, reducing debt levels becomes nearly impossible. It is akin to trying to pay down a large credit card balance after taking a pay cut. You can slash expenses, but with lower earnings it is hard to set aside money to pay off debt.
Vitor Gaspar, the Portuguese finance minister who came to power as part of a new government last summer, is highly regarded by European economic and finance officials. He has reduced the government’s budget deficit by more than one-third so far, through tough measures that include cuts in spending and wages, pension rollbacks and tax increases.
But many economists say those moves are also a reason Portugal’s economy shrank by 1.5 percent in 2011 and is expected to contract by 3 percent this year.
“Portugal’s debt is just not sustainable,” said David Bencek, an analyst at the Kiel Institute for the World Economy, a research organization in Germany. “The real economy does not have the structure to grow in the future and thus will not be able to pay back its debt in the long run.”
The Portuguese public has so far has generally gone along with the government’s policies without the violent demonstrations that have rocked Greece, but it is starting to lose patience.
On Saturday, more than 100,000 people assembled peacefully in Lisbon’s sprawling Palace Square to rally against the austerity measures and the nation’s 13 percent unemployment, while chanting “I.M.F. doesn’t call the shots here!” The head of Portugal’s largest labor union vowed to hold additional protest rallies around the country.
The I.M.F., for its part, predicts that Portugal will eventually grow enough to cut its debt to a manageable level. But even the I.M.F. warns in its recent economic review that if growth were to disappoint, Portugal’s debt “would not be sustainable.”
The finance minister, Mr. Gaspar, an economist who is a former research director at the European Central Bank and a disciple of the bank’s austerity-focused philosophy, insists that his country’s debt is manageable. And he has no plans to ease up. This year he intends to slash government pension payments by 1.2 billion euros (close to $1.6 billion) and cut the bonus payouts that public sector workers in this country have long earned.
In discussing his record, Mr. Gaspar prefers to focus on the effect his efforts have had on Portugal’s budget deficit — the difference between what it spends and what it takes in — which has fallen to 5.6 percent last year, from 9.1 percent in 2010. For this year, Mr. Gaspar forecasts a decline to 4.5 percent.
“We have delivered, and our adjustment program stands out in the euro area,” he said during an interview on Friday in the ornate surroundings of the finance ministry here.
Once Portugal’s budget reforms take hold, Mr. Gaspar predicts, the country’s economy will grow by more than 2 percent from 2014 on, and the debt will fall accordingly.
Mr. Gaspar has won plaudits from Europe’s leadership and the I.M.F., which are eager to champion an exemplar of economic revamping in contrast to Greece’s unspooling disaster. In fact, Portugal is deemed such a model of reform that the Europe Union and I.M.F. are widely expected to come up with more money for Portugal next year if necessary — as was suggested in an overheard exchange between Mr. Gaspar and the German finance minister at a meeting last week in Brussels.
But as Portugal’s slowly rising debt-to-G.D.P. ratio indicates, being Europe’s model debt patient does not necessarily make it easier to get out of debt. Others might find it even tougher.
Spain, whose debt-to-G.D.P. ratio was 36 percent before the debt crisis began, is projected to be more than double that — 84 percent — by 2013. Italy, whose ratio was already at 105 percent in 2009, is expected to reach 126 percent by next year.
Greece’s number is even worse — nearly 160 percent by the most recent measure. And that calculation was made last week by Europe’s official Eurostat research organization, before the Greek government on Tuesday released its latest economic figures showing that its economy shrank by 7 percent in the fourth quarter and by 6.8 percent for all of 2011 — even worse than the full-year contraction of 6 percent Athens had expected. Even if Greece receives all the bailout money it has been promised — a sum sure to exceed 200 billion euros — its debt-to-G.D.P. ratio is still expected to be onerous, 120 percent, in the year 2020. That grim outlook even factors in the big write-down of its debt that Greece is now trying to negotiate with its private creditors and the European Central Bank.
If Portugal and other European debtors find it increasingly difficult to pay off their creditors because of slow or no growth, some experts predict they, too, might eventually need to negotiate debt write-downs. That was how things played out in Latin America in the 1980s, once it became clear that the I.M.F.’s relentless austerity push was impeding the growth that countries needed to pay down debt.
Charles Wyplosz, an international economist, argues that until economic activity resumes in debt-burdened countries like Greece, Portugal and Italy, it is pointless to punish citizens with growth-sapping policies.
“It’s all pseudo-science,” he said. “That is why I think Portugal will have to default on its debt, and you can argue that Italy will have to restructure as well.”
Mr. Gaspar, though, contends that once his country’s reforms take hold, “we will put our debt-to-G.D.P. ratio on a sustainable path again.” And he is adamant that Portugal will not try to renegotiate its debt obligations, because of the permanent damage it might do to Lisbon’s reputation as a borrower.
“That possibility is completely excluded,” he said, adding that George Washington believed one of a country’s most precious assets was its ability to borrow in the bond market.
Economists accept that during the initial stage of a major spending adjustment program, the debt-to-G.D.P. ratio will spike as economic growth suffers. The bet, however, is that over time the economy will pick up enough that the country starts to generate a primary surplus — that is, a budget in the black, once debt payments are excluded.
But there are many who believe that just as Greece’s debt picture is fundamentally untenable, so is Portugal’s.
According to the calculation of Mr. Bencek, the economist, Portugal would need to produce a primary surplus of about 10 percent of G.D.P. in the coming years to reduce its debt ratio to a permanently serviceable level. That, he said, would require a degree of cuts in spending far beyond what Mr. Gaspar and his team have already been able to achieve.
As even the current cuts bite ever deeper, many Portuguese are asking if it might not be better for their government to try to negotiate easier terms with its lenders.
“Portugal would save 3 billion euros a year if it restructured its debt,” said Pedro Lains, an economic historian and a blogger at the University of Lisbon.
Mr. Lains spoke not only as a theorist. He feels austerity firsthand. Because his salary at the government-run university has been slashed by 30 percent in the last year, his family has needed to dip into its savings.
He said that wage contraction throughout the country was prompting increasing numbers of Portuguese to leave the country, even as their government labors to prove it is worthy to remain part of the euro zone.
Why, Mr. Lains asks, should he and his fellow citizens suffer while the bondholders get their money back? “It’s not the fault of the Portuguese people,” he said. “The fault lies with the structure of the euro.”
- Mensagens: 848
- Registado: 4/1/2004 22:32
- Localização: lx
Quem está ligado: