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Caldeirão da Bolsa

Olha, os gastadores afinal somos nós....

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Blue Epsilon » 6/2/2012 19:00

Hmmm... Então e os privados também não podem trabalhar numa empresa que vai à falência ou declara insolvência? O Estado nunca deu lucro que eu saiba.
Além disso para ajudar a nossa falência temos sempre uns buracões que beneficiam os grandes lobbies deste país. Temos também as PPP e BPNs, etc.

A única fonte de receita do estado são os impostos. Por isso há que aumentá-los.

Mas espera aí, então como é que vamos aumentar o investimento estrangeiro se eles pagam menos impostos por exemplo na Irlanda... Que chatice, temos de dizer aos gajos que aqui temos uns salários baixos e tal...

Essa comparação é infeliz. Só agora é que a MFL sabe que o Estado está falido?
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
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por Pata-Hari » 6/2/2012 18:41

Olha, bem a propósito:

Ferreira Leite
"Funcionários públicos são pessoas com a pouca sorte de trabalhar numa empresa falida"
02 Fevereiro 2012 | 20:50
Ana Laranjeiro - alaranjeiro@negocios.pt


Manuela Ferreira Leite disse que é preciso desconstruir a ideia que se tem dos funcionários públicos e que para que a saúde e a educação sejam tendencialmente gratuitos é necessário que o país produza riqueza. Veja aqui o vídeo.
Manuela Ferreira Leite defendeu esta quinta-feira que é necessário desconstruir uma certa imagem dos funcionários públicos. É preciso pensar que os funcionários públicos são também médicos, professores e enfermeiros, defendeu a ex-ministra, apontando mesmo que os “funcionários públicos são as pessoas com a pouca sorte de trabalhar numa empresa falida”.

Quando à questão de manter serviços como os de saúde e da educação tendencialmente gratuitos, como está inscrito na Constituição, Ferreira Leite defende que para isso “é preciso que o país produza riqueza”.

“Quando assim não é, acontece aquilo que provavelmente está a acontecer neste momento” ou seja, “queremos um sistema [público gratuito], mas, em compensação, não temos dinheiro para termos um sistema gratuito e com boa qualidade.”

A ex-ministra disse ainda que a redução dos salários para estes funcionários tem como resultado que estes profissionais vão saindo do sistema. “Saem do sistema público e vão para outros sistemas onde lhes pagam melhor”, frisou.

Para Manuela Ferreira Leite as pessoas que mais precisam de sistema de saúde público são as pessoas que têm rendimentos mais baixos, dado que as pessoas com rendimentos mais elevados podem recorrer a sistemas alternativos de saúde. “Ser gratuito e mau só prejudica as pessoas com recursos mais baixos” afirmou.
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Re: A propósito dos reformados

por migluso » 6/2/2012 13:57

oscar.coelho Escreveu:
migluso Escreveu:Pois eu penso exactamente o contrário, que quanto menos o Estado se intrometer na relação social que as pessoas empreendem todos os dias, melhor para elas. Mais genuíno, mais voluntário e menos coercivo, no fundo, mais livre se torna o contrato social que as pessoas todos os dias estabelecem.


Migluso, mas tu acreditas mesmo no que estás a dizer?
A acreditar no indivíduo desta forma também os sistemas igualitários teriam triunfado.

um abraço
oscar


Claro que sim, caro Óscar.

Basta estudar um bocadinho do período da história que teve na origem de grandes avanços ao nível dos direitos civis.

Já na altura, o objectivo era defender os cidadãos do poder excessivo e arbitrário do Estado e da igreja.

Já depois dos pensadores da época das luzes terem espalhado as suas ideias, houve algumas experiências em que o Estado voltou a exercer sobre a sociedade um poder atroz, refiro-me ao fascismo e ao comunismo.
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por atomez » 6/2/2012 4:52

A "direita" diz -- "esta é a tenda da prosperidade, mas só cá entra quem nós deixarmos"

A "esquerda" diz -- "esta é a tenda da prosperidade, vamos lá entrar todos, nem que seja à porrada" (e depois dão cabo dela)

Eu prefiro dizer -- esta é a tenda da prosperidade, todos são benvindos, mas para cá ficarem têm de contribuir de alguma maneira
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por A330-300 » 6/2/2012 4:32

Esquece isso de homem social.Somos mais homem animal.Entendo que isso é bonito , mas é uma utopia.

Não discordo das boas reformas , ou chorudas como gostam de chamar, se se tiver descontado para isso. Não funciona com os bancos quando fazemos um PPR ? E olha que ainda há margem para o lucro dos bancos.

Essa margem , mais aquela que se geraria com a morte prematura das pessoas seria o suficiente para sustentar aqueles que não tem mesmo nada ou que ficaram inválidos (realmente inválidos). E ponto.Se não há para mais , paciência.

De resto as pessoas tem é que se precaver e ir juntando algum dinheiro para os azares da vida e não viver acima das suas possibilidades , que efetivamente muitas vezes é o que ocorre.

Alguém poderia dizer que os salários são baixos para se fazer poupanças.Não é por aí. Quem ganha 1000 euros tem que saber que há gente que vive com 800 e por essa linha de pensamento já pode começar a juntar 200 por mês, para um eventual desemprego , doença , etc.

Isso mudaria muita coisa . A criação da mentalidade da poupança , faria todo o sistema de um modo geral muito mais equilibrado.Na verdade é um pouco viver com a contenção com que viviam os nossos pais e avós.

Além disso ter dinheiro de parte poderia vir inclusive a mudar as condições laborais.Na minha opinião , ter dinheiro não significa poder comprar bens , mas ter liberdade. Quem tem dinheiro não está preocupado que lhe descontem um dia de salário se forem à greve. Ter dinheiro de parte muda a postura do trabalhador. Em vez de se aproximar do patronato com os olhos em baixo e mão estendida , pode olhar para ele ao mesmo nível , ciente da troca comercial que é o trabalho remunerado.

A330
 
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Re: A propósito dos reformados

por oscar.coelho » 6/2/2012 1:52

migluso Escreveu:Pois eu penso exactamente o contrário, que quanto menos o Estado se intrometer na relação social que as pessoas empreendem todos os dias, melhor para elas. Mais genuíno, mais voluntário e menos coercivo, no fundo, mais livre se torna o contrato social que as pessoas todos os dias estabelecem.


Migluso, mas tu acreditas mesmo no que estás a dizer?
A acreditar no indivíduo desta forma também os sistemas igualitários teriam triunfado.

um abraço
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Re: A propósito dos reformados

por oscar.coelho » 6/2/2012 1:39

Pata-Hari Escreveu:
oscar.coelho Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:... e muitos (todos) recebem mais do que contribuíram.


Não sei se quando fazes esta afirmação sobre os reformados tens em conta que a entidade patronal também contribuiu para a formação da reforma, mas isso também não interessa nada agora para o que quero dizer, até porque, mesmo somadas todas as contribuições não chegam para cobrir tudo o que se recebe se não se morrer cedo.

De qualquer forma não te parece...

- que se for para receber só o que se descontou ninguém quererá fazer descontos? Basta guardar o dinheiro e pronto! E que este sistema pode ser aplicado a todos os restantes serviços prestados pelo estado (escolas, saúde, segurança, estradas)? Um sistema em que cada um só descontasse para o que recebe ou utiliza é o sistema do "cada um por si" e em última análise o fim da organização social.

- que aquilo que o actual reformado realizou na vida activa tem reflexo no modo de vida de já usufruis e que vais usufruir por muitos mais anos do que ele e que por isso ele tem direito a uma contrapartida da tua parte?

Um abraço
oscar


Oscar, a beleza disso é que há uma parte que, em média, nunca chega a ser devolvida ao agente poupador e que serve exactamente para garantir uma almofada que permite redistribuir aos mais necessitados, podendo mesmo haver uma percentagem que serve para isso mesmo à partida. A grande questão é que em sistemas insustentáveis porque não tens crescimento nem de produtividade nem de população, tens que ajustar o pouco que tens com alguma equidade. Sendo que equidade funciona das duas maneiras: tem que ser justo para quem contribui muito, para que continue a contribuir e não a fugir, para que quem contribui sinta que receber de volta e de modo a que se possa ter uma almofada para ajudar quem verdadeiramente precisa e não conseguiu acumular muito (esse valor tem necessariamente que ser função do que existe e não do que alguém decide que é razoável para não se ser pobre. "Não se ser pobre" é um conceito que varia de lugar para lugar, de ano para ano e mesmo de pessoa para pessoa.)


O teu segundo argumento não entendo. Peço desculpa. Claro que gozamos de coisas que foram feitas pelos actuais idosos mas eu também contribuo diariamente para o bem estar dessas pessoas com o que produzo hoje. Por isso não entendo onde queres chegar.


Quero dizer que quanto chegaste a este mundo de imediato começaste a tirar partido daquilo que os que vão à tua frente já realizaram, enquanto que os mais velhos pouco tempo terão para beneficiar daquilo que tu vais produzir e por isso pergunto se não têm direito a uma compensação da tua parte. É uma questão temporal.

Um abraço
oscar
 
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por MPC_finance » 6/2/2012 1:13

keijas Escreveu:
Passos Coelho: "Já estamos pobres. Alguns é que não deram conta disso"


parece que o 1º ministro também ainda não viu isso ou então faz que não vê

afinal é ele ou não o responsável pelas decisões dos seus ministros?

o sr. Miguel Relvas, ministro do quintal, contrata um motorista rico, sim, qualquer motorista pobre aceitava o lugar por um vencimento anual igual a 2 meses do vencimento que este sortudo vai receber

isto é o caso dum ministro que ainda não assumiu que somos pobres e para quê mais um se já tinha 3 motoristas?



Imagem


.



Se não estou em erro este "escândalo" é durante três anos e a quantia é em bruto...o que por mês dá uma quantia de mil e poucos euros.

Quanto é que acham que deve ganhar o motorista de um ministro?

Para mim existem escândalos bem maiores. Por exemplo a reforma do Emídio Rangel (vinha no Correio da Manhã), módica quantia de 27 mil euros/mês. Dizia também no jornal que para a reforma contaram os melhores 10 anos dos últimos 15. Agora passa o resto da vida com 27 mil euros/mês.

Cumps
 
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Re: A propósito dos reformados

por migluso » 5/2/2012 23:22

AutoMech Escreveu:Com uma agravante. Ao passo que o liberalismo não impede as pessoas de praticarem o socialismo que bem entenderem ou mesmo organizarem-se em comunas, já o socialismo e o comunismo não admite a existência da liberdade de escolha de ninguém, impondo tudo contra a vontade dos próprios. Mas os liberais é que são maus, claro.


Uma diferença absolutamente fundamental.
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Re: A propósito dos reformados

por Automech » 5/2/2012 22:59

migluso Escreveu:Desculpa-me a franqueza, mas este discurso revela o típico chauvinismo que existe nos ideais socialistas e comunistas.

Com uma agravante. Ao passo que o liberalismo não impede as pessoas de praticarem o socialismo que bem entenderem ou mesmo organizarem-se em comunas, já o socialismo e o comunismo não admite a existência da liberdade de escolha de ninguém, impondo tudo contra a vontade dos próprios. Mas os liberais é que são maus, claro.
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Re: A propósito dos reformados

por migluso » 5/2/2012 22:46

oscar.coelho Escreveu:De qualquer forma não te parece...

- que se for para receber só o que se descontou ninguém quererá fazer descontos?

Um abraço
oscar


Tens noção de que todos receberam mais do que descontaram só é possível num esquema ponzi? Conheces as consequências?

RandomWalk Escreveu:A sua miopia não permite atingir que o homem é um ser social, que o seu sucesso depende do sucesso de TODA a comunidade.
Julgo que não é por desconhecimento da historia, que nos ensina que um regime que aceita desigualdades acentuadas no acesso aos seus recursos tende para o colapso, conflito civil, até se estabelecer um compromisso social.


De acordo. Mas não penses que é por existir essa figura que tu tanto idolatras - o Estado - que o Homem é um ser social.

A história mostra-nos que é precisamente o contrário. E o presente também.

RandomWalk Escreveu:O motivo que leva esta gente a odiar tanto o papel redistributivo do Estado, é tão só serem personagens menos sociais (não queria dizer menores), que se vêm a si proprias como o centro do mundo, para onde tudo deve convergir, nada divergir (neste caso os rendimentos).


Dado que o nosso Estado nunca na história teve um papel tão activo na redistribuição da riqueza como teve nas últimas décadas, a conclusão a que chego é que Estado é o principal responsável pelas desigualdades chocantes que existem na nossa sociedade.

Desculpa-me a franqueza, mas este discurso revela o típico chauvinismo que existe nos ideais socialistas e comunistas.

Pensas mesmo que o homem é um ser social por causa do papel que o Estado desempenha, na medida em que, quanto mais o Estado intervir mais social o Homem se torna?

Pois eu penso exactamente o contrário, que quanto menos o Estado se intrometer na relação social que as pessoas empreendem todos os dias, melhor para elas. Mais genuíno, mais voluntário e menos coercivo, no fundo, mais livre se torna o contrato social que as pessoas todos os dias estabelecem.
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por Pata-Hari » 5/2/2012 22:14

Random, tens que ser mais claro. Eu, pelo menos, não percebi qual a tua ideia exacta por detrás do comentário ou a quem te referes.

Se te estás a referir a pessoal que hoje em dia aufere reformas que nunca poderia ter se houvesse relação entre o que descontou e o que recebe ou se houvesse equidade entre gerações, concordo contigo.

E como sei que és um gajo dos números, sei que sabes que a multiplicação dos pãezinhos não existe e que se tem que gerir o melhor que se pode o (pouco) que se tem e de modo a que esse valor seja o maior possível para que sobre mais para distribuir por mais.

"Explica-te-me" lá melhor.
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Re: A propósito dos reformados

por Pata-Hari » 5/2/2012 22:00

oscar.coelho Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:... e muitos (todos) recebem mais do que contribuíram.


Não sei se quando fazes esta afirmação sobre os reformados tens em conta que a entidade patronal também contribuiu para a formação da reforma, mas isso também não interessa nada agora para o que quero dizer, até porque, mesmo somadas todas as contribuições não chegam para cobrir tudo o que se recebe se não se morrer cedo.

De qualquer forma não te parece...

- que se for para receber só o que se descontou ninguém quererá fazer descontos? Basta guardar o dinheiro e pronto! E que este sistema pode ser aplicado a todos os restantes serviços prestados pelo estado (escolas, saúde, segurança, estradas)? Um sistema em que cada um só descontasse para o que recebe ou utiliza é o sistema do "cada um por si" e em última análise o fim da organização social.

- que aquilo que o actual reformado realizou na vida activa tem reflexo no modo de vida de já usufruis e que vais usufruir por muitos mais anos do que ele e que por isso ele tem direito a uma contrapartida da tua parte?

Um abraço
oscar


Oscar, a beleza disso é que há uma parte que, em média, nunca chega a ser devolvida ao agente poupador e que serve exactamente para garantir uma almofada que permite redistribuir aos mais necessitados, podendo mesmo haver uma percentagem que serve para isso mesmo à partida. A grande questão é que em sistemas insustentáveis porque não tens crescimento nem de produtividade nem de população, tens que ajustar o pouco que tens com alguma equidade. Sendo que equidade funciona das duas maneiras: tem que ser justo para quem contribui muito, para que continue a contribuir e não a fugir, para que quem contribui sinta que receber de volta e de modo a que se possa ter uma almofada para ajudar quem verdadeiramente precisa e não conseguiu acumular muito (esse valor tem necessariamente que ser função do que existe e não do que alguém decide que é razoável para não se ser pobre. "Não se ser pobre" é um conceito que varia de lugar para lugar, de ano para ano e mesmo de pessoa para pessoa.)


O teu segundo argumento não entendo. Peço desculpa. Claro que gozamos de coisas que foram feitas pelos actuais idosos mas eu também contribuo diariamente para o bem estar dessas pessoas com o que produzo hoje. Por isso não entendo onde queres chegar.
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por Lion_Heart » 5/2/2012 21:52

RandomWalk Escreveu:Por vezes adorava ver alguns cidadãos na sarjeta.

Sim, cada vez mais me convenço que só passando por elas, é que entenderiam alguns problemas.

Para alguns é muito difícil envonlverem-se emocionalmente com os problemas dos outros ( pimenta no (*) dos desgraçados é refresco para eles).

Por isso sentem-se extremamente incomodados quando o ESTADO papão, vai aos SEUS bolsos usurpar aquilo que penosamente ganharam a custo de muito (ou pouco, que isso não interessa para nada) trabalho.

A sua miopia não permite atingir que o homem é um ser social, que o seu sucesso depende do sucesso de TODA a comunidade.
Julgo que não é por desconhecimento da historia, que nos ensina que um regime que aceita desigualdades acentuadas no acesso aos seus recursos tende para o colapso, conflito civil, até se estabelecer um compromisso social.

Mas esse compromisso é sempre alcançado à custa de muitos milhares/milhoes de vidas! Demasiado caro portanto. Muito mais caro do que os impostos que me obrigam a pagar (digo eu)!

O motivo que leva esta gente a odiar tanto o papel redistributivo do Estado, é tão só serem personagens menos sociais (não queria dizer menores), que se vêm a si proprias como o centro do mundo, para onde tudo deve convergir, nada divergir (neste caso os rendimentos).

O problema é que a especie humana, constituida por gente deste calibre, tenderia para o fim, não fossem elas uma minoria (espero eu) que ainda assim faz estragos sempre que passa pelas cadeiras do poder.

É por isso que eu, cidadão que se considera pro social, prefira beber "Tea" numa "party" sem excluídos.


:clap: :clap:

Concordo com a primeira parte, com a segunda ja não. O Estado distribui mal , e cobra demasiado para viver bem.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por RandomWalk » 5/2/2012 20:23

Por vezes adorava ver alguns cidadãos na sarjeta.

Sim, cada vez mais me convenço que só passando por elas, é que entenderiam alguns problemas.

Para alguns é muito difícil envonlverem-se emocionalmente com os problemas dos outros ( pimenta no (*) dos desgraçados é refresco para eles).

Por isso sentem-se extremamente incomodados quando o ESTADO papão, vai aos SEUS bolsos usurpar aquilo que penosamente ganharam a custo de muito (ou pouco, que isso não interessa para nada) trabalho.

A sua miopia não permite atingir que o homem é um ser social, que o seu sucesso depende do sucesso de TODA a comunidade.
Julgo que não é por desconhecimento da historia, que nos ensina que um regime que aceita desigualdades acentuadas no acesso aos seus recursos tende para o colapso, conflito civil, até se estabelecer um compromisso social.

Mas esse compromisso é sempre alcançado à custa de muitos milhares/milhoes de vidas! Demasiado caro portanto. Muito mais caro do que os impostos que me obrigam a pagar (digo eu)!

O motivo que leva esta gente a odiar tanto o papel redistributivo do Estado, é tão só serem personagens menos sociais (não queria dizer menores), que se vêm a si proprias como o centro do mundo, para onde tudo deve convergir, nada divergir (neste caso os rendimentos).

O problema é que a especie humana, constituida por gente deste calibre, tenderia para o fim, não fossem elas uma minoria (espero eu) que ainda assim faz estragos sempre que passa pelas cadeiras do poder.

É por isso que eu, cidadão que se considera pro social, prefira beber "Tea" numa "party" sem excluídos.
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Re: A propósito dos reformados

por Aries15 » 5/2/2012 18:08

oscar.coelho Escreveu:- que aquilo que o actual reformado realizou na vida activa tem reflexo no modo de vida de já usufruis e que vais usufruir por muitos mais anos do que ele e que por isso ele tem direito a uma contrapartida da tua parte?


Ora aqui está um facto que muitos se esquecem e que é extremamente importante. Não cheguei aqui só por meu mérito, é demasiada presunção pensar-se o contrário.

Na minha opinião, a solução passa pelo que o HU disse aqui em cima. A solidariedade e responsabilidade social devem existir e deve-se considerar chegar a um mínimo mensal que permita viver condignamente. Apesar de este ser relativo, é perfeitamente possível chegar a um valor minimamente justo. Fossem esses todos os problemas.

Mais, a aplicar-se um sistema onde recebem na reforma aquilo que descontaram no activo (e vejamos que existe sempre uma classe social a descontar muito pouco mesmo, daí a tal condignidade), temos de aceitar que a malta dos 30s e 40s não serão nem carne nem peixe, uns saem a perder, outros a ganhar.

No meu ver, o grande problema para não se reorganizar esta treta toda é mesmo este, aqueles que estão actualmente bem sabem que se a realidade mudar, eles vão ficar piores, é isto que os média (que de média têm pouco) referem quando falam de "vontade política". A bem ou a mal, quando se mudar (e vai-se mudar garantidamente), muita gente vai sair financeiramente dorida...

MB
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A propósito dos reformados

por oscar.coelho » 5/2/2012 14:04

Pata-Hari Escreveu:... e muitos (todos) recebem mais do que contribuíram.


Não sei se quando fazes esta afirmação sobre os reformados tens em conta que a entidade patronal também contribuiu para a formação da reforma, mas isso também não interessa nada agora para o que quero dizer, até porque, mesmo somadas todas as contribuições não chegam para cobrir tudo o que se recebe se não se morrer cedo.

De qualquer forma não te parece...

- que se for para receber só o que se descontou ninguém quererá fazer descontos? Basta guardar o dinheiro e pronto! E que este sistema pode ser aplicado a todos os restantes serviços prestados pelo estado (escolas, saúde, segurança, estradas)? Um sistema em que cada um só descontasse para o que recebe ou utiliza é o sistema do "cada um por si" e em última análise o fim da organização social.

- que aquilo que o actual reformado realizou na vida activa tem reflexo no modo de vida de já usufruis e que vais usufruir por muitos mais anos do que ele e que por isso ele tem direito a uma contrapartida da tua parte?

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por mapaman » 5/2/2012 13:43

Agora também há as sisters
Aos boys e girls do partido no poder juntam-se agora as sisters. A ministra Assunção Cristas - que dirige o mega MAMAOT - nomeou Maria Manuel von Hafe Teixeira da Cruz, irmã da atual ministra da Justiça (Paula Teixeira da Cruz) para subdiretora do recém-fundido Instituto do Território. Na nota curricular que o Ministério fez chegar às redações, a arquiteta é apresentada simplesmente como Maria Manuel da Cruz. Curiosamente, se googlarmos o seu nome, Maria Manuel nunca esquece o "Teixeira da Cruz". É caso para dizer: "Gato escondido com rabo de fora."


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/agora-tambem-h ... z1lVidAnIa

Tão diferentes que eles são :mrgreen:

A familia Teixeira da Cruz está em grande,um verdadeiro caso de sucesso tanto no publico como no privado.
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
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por A330-300 » 5/2/2012 12:17

Não sei se é cara de pau dessa gente ou não tem mesmo noção da realidade.

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por keijas » 4/2/2012 23:58

Passos Coelho: "Já estamos pobres. Alguns é que não deram conta disso"


parece que o 1º ministro também ainda não viu isso ou então faz que não vê

afinal é ele ou não o responsável pelas decisões dos seus ministros?

o sr. Miguel Relvas, ministro do quintal, contrata um motorista rico, sim, qualquer motorista pobre aceitava o lugar por um vencimento anual igual a 2 meses do vencimento que este sortudo vai receber

isto é o caso dum ministro que ainda não assumiu que somos pobres e para quê mais um se já tinha 3 motoristas?



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por Pata-Hari » 4/2/2012 23:01

HU Escreveu:Bem...! Eu não sugeri que cortassem as pensões, dei só um exemplo do que não resolveria o problema.

Só dois reparos:

1) Concordo que uma parte das pensões seja resultado das contribuições ao longo da vida activa e daí a minha referência ao plafonamento, com o qual concordo. Contudo,há um mínimo de pensão que deve resultar da solidariedade intergeracional (qual mínimo ? o necessário para pagar as despesas de um pensionista com 65 ou 70 anos) e embora dependendo em certa medida da carreira contributiva e dos descontos feitos, não seja o resultado matemático dos mesmos. No entanto tem que preservar um período de transição para um novo modelo.

2) O que o Estado faz com o "teu" dinheiro é também pagar a "tua" saúde, a "tua"escola, a "tua" segurança, a "tua" etc.... Mas atenção, não podemos ver apenas as questões na nossa óptica, senão também eu posso querer que o Estado só pague com o "meu" dinheiro os "teus" custos na medida em que o "teus" impostos cheguem para cobrir os "teus" custos com a "tua" saúde, a "tua "educação, a "tua" segurança. Ou há dois pesos e duas medidas conforme o que nos é mais conveniente ? Nesse caso o Estado que calcule quanto da minha contribuição em impostos e contribuições eu gastei e me devolva o resto...!
Ou seja, cada um por si e "todos"por ninguém !


Que o Estado tenha que rever a sua estrutura de gastos, de acordo. Que o tenha que fazer aonde há desperdício, também de acordo, mas não estou de acordo com uma visão "Tea Party" da sociedade.

Nota: Não sou pensionista nem penso vir a ser nos tempos(anos) mais próximos.


O problema das pensões está em que muitos precisam do que tu consideras razoável (num país onde somos pobres, é um facto, produzimos pouco para o nível de vida que achamos decente) e muitos (todos) recebem mais do que contribuíram. O teu conceito de razoável é uma coisa absolutamente relativa. Queres-te comparar com quem? tens que te comparar com a riqueza gerada e com o bolo a distribuir. É a dura realidade. Todos gostaríamos que todos tivéssemos muito. Mas a vida não é assim e o nosso país não é rico.

Quanto ao teu ponto dois, mais me ajudas. Para a carga fiscal que eu tenho, daria necessariamente que ter escolas boas à borla, saúde boa à borla, etc, etc. Basta olhar para os escandinavos que não pagam efectivamente mais impostos que eu mas que têm tudo isso. Eu pago tudo via impostos e depois pago seguros privados, escolas privadas, seguranças privados para guardar o prédio, parques privados. A diferença é que lá, todos pagam e como todos produzem mais, s\ao mais a pagar "bastante".
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por Laribau » 4/2/2012 20:29

Bem...! Eu não sugeri que cortassem as pensões, dei só um exemplo do que não resolveria o problema.

Só dois reparos:

1) Concordo que uma parte das pensões seja resultado das contribuições ao longo da vida activa e daí a minha referência ao plafonamento, com o qual concordo. Contudo,há um mínimo de pensão que deve resultar da solidariedade intergeracional (qual mínimo ? o necessário para pagar as despesas de um pensionista com 65 ou 70 anos) e embora dependendo em certa medida da carreira contributiva e dos descontos feitos, não seja o resultado matemático dos mesmos. No entanto tem que preservar um período de transição para um novo modelo.

2) O que o Estado faz com o "teu" dinheiro é também pagar a "tua" saúde, a "tua"escola, a "tua" segurança, a "tua" etc.... Mas atenção, não podemos ver apenas as questões na nossa óptica, senão também eu posso querer que o Estado só pague com o "meu" dinheiro os "teus" custos na medida em que o "teus" impostos cheguem para cobrir os "teus" custos com a "tua" saúde, a "tua "educação, a "tua" segurança. Ou há dois pesos e duas medidas conforme o que nos é mais conveniente ? Nesse caso o Estado que calcule quanto da minha contribuição em impostos e contribuições eu gastei e me devolva o resto...!
Ou seja, cada um por si e "todos"por ninguém !


Que o Estado tenha que rever a sua estrutura de gastos, de acordo. Que o tenha que fazer aonde há desperdício, também de acordo, mas não estou de acordo com uma visão "Tea Party" da sociedade.

Nota: Não sou pensionista nem penso vir a ser nos tempos(anos) mais próximos.
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por BearManBull » 4/2/2012 20:18

Pior é que no meio desta história toda ainda se fala em levar o TGV para a frente e mais injecção de capital em BPNs...
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por Wallstreetrader » 4/2/2012 20:11

Que culpa têm os portugueses de o BPN ter de ser nacionalizado ?

Que culpa têm os portugueses de andarem este anos todos a serem "roubados" pois tantos impostos e estamos na penúria ?

Que culpa têm os portugueses para ficarem ainda mais pobres que o já eram e ainda lhes pedem mais sacrifícios para não falar na frieza em que lhes são impostos ?

Acreditarei na politica no dia em que começar a ver políticos "presos", a sentar-se nos bancos dos réus pelos erros e crimes cometidos, pois a paciência começa a esgotar-se !
 
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por morinni » 4/2/2012 19:41

O mercado automóvel Português pode dar uma imagem traiçoeira em termos comparativos com os países do norte da Europa.
Senão vejamos: temos uma oferta de viaturas de ocasião espantosa, sendo que num intervalo de 15.000/20.000€ é possível comprar uma viatura de cilindrada superior, a qual dará um aparato relativamente a qualquer outra que se tivesse comprado nova com o mesmo valor. E esse mesmo carro, comprado usado, será raramente usado para grandes viagens.
Acresce a isto a grande importância que um português dá ao carro em detrimento de outros aspectos que os nórdicos possivelmente valorizam, desde viajar, cultura, etc...
Mas também tenho consciência de que muita gente endivida-se até ao pescoço para manter um certo status...
 
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