Situação na Grécia - Tópico Geral
lfhm Escreveu:Governo alemão confirma: Berlim quer ocupar Atenas e talvez LisboaO número dois do governo alemão defendeu ontem que se os gregos não cumprirem os objectivos, então terá de ser imposta de fora uma liderança, a partir da União Europeia. Na véspera da cimeira europeia, Philipp Roesler tornou-se no primeiro membro do governo alemão a assumir a paternidade da ideia segundo a qual a troco de um segundo programa da troika, um comissário europeu do orçamento seria investido de funções governativas em Atenas, retirando ao governo legítimo funções essenciais.
Numa entrevista ao jornal “Bild”, o número dois de Merkel afirma: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.
O governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica--se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e zona euro em particular”.
O documento que defende a ocupação de Atenas foi divulgado pelo “Financial Times”. Está lá escrito que para ter acesso ao segundo programa de resgate, a Grécia terá de ser obrigada “a transferir a soberania nacional para a União Europeia, em matéria de orçamento, durante algum tempo”. O texto sugere que “um novo comissário do orçamento nomeado pelo eurogrupo ajudará a implementar reformas”. “O comissário terá largas competências sobre a despesa pública e um direito de veto contra decisões orçamentais que não estejam em linha com os objectivos orçamentais e a regra de dar total prioridade ao serviço da dívida”.
Segundo a Reuters, esta tentativa alemã de governar Atenas pode ser estendida a outros países, como Portugal. Uma fonte do governo alemão disse à agência que esta proposta não se destina apenas à Grécia, mas a outros países da zona euro em dificuldades que recebem ajuda financeira e não são capazes de atingir os objectivos que acordaram.
A verdade é que Angela Merkel chega hoje à cimeira em Bruxelas com uma crescente pressão interna para não continuar a emprestar à Grécia o dinheiro dos contribuintes alemães. A proposta para ocupar Atenas é vista como uma resposta à cada vez maior resistência dentro do seu partido ao financiamento da crise do euro. “Se os gregos não avançarem com o programa de reformas, não pode haver mais ajuda”, disse Horst Seehofer, o líder bávaro da CSU, parceiro da CDU de Merkel.
Ontem, o deputado europeu Paulo Rangel admitiu que em Portugal todos os riscos são possíveis. “Quando vemos os sinais de alarme crescerem, o que eles documentam não é tanto a ideia de que Portugal pode entrar em bancarrota, é mais profundo do que isso. Se não houver uma solução sistémica para a zona euro, os países mais vulneráveis, entre os quais Portugal, vão sofrer e pode-se gerar uma situação de descontrolo”, disse. Rangel reagiu violentamente à “ideia de propôr a nomeação de um comissário para tratar das matérias orçamentais da Grécia”. “Seria o princípio do fim, e insustentável para a democracia europeia, a nomeação de um governador para um território do império, como fez Napoleão”, disse. Rangel defendeu o avanço para o federalismo: “Precisamos de caminhar para uma federação que trate os Estados em paridade, porque o que temos hoje é uma constituição aristocrática, de uns países com mais peso do que outros”.
Se não perderem a soberania com a qualidade de políticos que têm em casa, só comparáveis aos nossos, nunca vão resolver nada. Mas afinal qual é o problema desta gente? Que me interessa a mim a soberania se não contribui para uma melhor qualidade de vida.
Continuo a sonhar com uma Federação Europeia com impostos uniformes e distribuição de riqueza proporcional.
Por vezes poderemos pensar que a saída descontrolada de um país da zona euro, será bom... o problema é que se poderão criar condições para criar brechas na união entre todos e o colapso do Euro. Motivos:
- fragilização da confiança comum (após tanto tempo e tantas anunciadas ajudas, deixam um dos membros cair)
- criação de ambiente de revolta
- ressuscitação de "fantasmas" antigos greco-anti-alemanha
- possível associação estratégica da Grécia com outras facções anti-europa (coreia, turquia (embora europeia, não é aceite pela europa), venezuela, irão, russia, etc, etc )
- influencia natural sobre os outros estados, nomeadamente Portugal, pois o sentimento de que ele será o próximo a ser especulado, será imediato.
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Vejamos:
Se a titulo de um qq pretexto, viessem dizer que os Espanhois iriam tomar conta de Portugal, acham que nós não iriamos tomar isso como uma atitude de guerra ?
Não se esqueçam que a Grecia esteve ocupada durante muitos anos (2ª guerra), pelos alemães e que estes mesmos cometeram grandes atrocidades.
Nunca os Gregos irão aceitar isso, e nenhum politico vai aceitar, isso estou 100% certo.
Se a titulo de um qq pretexto, viessem dizer que os Espanhois iriam tomar conta de Portugal, acham que nós não iriamos tomar isso como uma atitude de guerra ?
Não se esqueçam que a Grecia esteve ocupada durante muitos anos (2ª guerra), pelos alemães e que estes mesmos cometeram grandes atrocidades.
Nunca os Gregos irão aceitar isso, e nenhum politico vai aceitar, isso estou 100% certo.
AutoMech Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Concordo. O alivio é temporário.
Os Gregos não são estúpidos, eles também sabem isso, toda a gente sabe isso... nao me parecem que queiram fazer esse suicídio
O povo é bem capaz de o querer, simplesmente por não saber os que os espera. Devem achar que a partir do momento em que tiverem impressoras para fazer dracmas a coisa fica resolvida.
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Governo alemão confirma: Berlim quer ocupar Atenas e talvez Lisboa
O número dois do governo alemão defendeu ontem que se os gregos não cumprirem os objectivos, então terá de ser imposta de fora uma liderança, a partir da União Europeia. Na véspera da cimeira europeia, Philipp Roesler tornou-se no primeiro membro do governo alemão a assumir a paternidade da ideia segundo a qual a troco de um segundo programa da troika, um comissário europeu do orçamento seria investido de funções governativas em Atenas, retirando ao governo legítimo funções essenciais.
Numa entrevista ao jornal “Bild”, o número dois de Merkel afirma: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.
O governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica--se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e zona euro em particular”.
O documento que defende a ocupação de Atenas foi divulgado pelo “Financial Times”. Está lá escrito que para ter acesso ao segundo programa de resgate, a Grécia terá de ser obrigada “a transferir a soberania nacional para a União Europeia, em matéria de orçamento, durante algum tempo”. O texto sugere que “um novo comissário do orçamento nomeado pelo eurogrupo ajudará a implementar reformas”. “O comissário terá largas competências sobre a despesa pública e um direito de veto contra decisões orçamentais que não estejam em linha com os objectivos orçamentais e a regra de dar total prioridade ao serviço da dívida”.
Segundo a Reuters, esta tentativa alemã de governar Atenas pode ser estendida a outros países, como Portugal. Uma fonte do governo alemão disse à agência que esta proposta não se destina apenas à Grécia, mas a outros países da zona euro em dificuldades que recebem ajuda financeira e não são capazes de atingir os objectivos que acordaram.
A verdade é que Angela Merkel chega hoje à cimeira em Bruxelas com uma crescente pressão interna para não continuar a emprestar à Grécia o dinheiro dos contribuintes alemães. A proposta para ocupar Atenas é vista como uma resposta à cada vez maior resistência dentro do seu partido ao financiamento da crise do euro. “Se os gregos não avançarem com o programa de reformas, não pode haver mais ajuda”, disse Horst Seehofer, o líder bávaro da CSU, parceiro da CDU de Merkel.
Ontem, o deputado europeu Paulo Rangel admitiu que em Portugal todos os riscos são possíveis. “Quando vemos os sinais de alarme crescerem, o que eles documentam não é tanto a ideia de que Portugal pode entrar em bancarrota, é mais profundo do que isso. Se não houver uma solução sistémica para a zona euro, os países mais vulneráveis, entre os quais Portugal, vão sofrer e pode-se gerar uma situação de descontrolo”, disse. Rangel reagiu violentamente à “ideia de propôr a nomeação de um comissário para tratar das matérias orçamentais da Grécia”. “Seria o princípio do fim, e insustentável para a democracia europeia, a nomeação de um governador para um território do império, como fez Napoleão”, disse. Rangel defendeu o avanço para o federalismo: “Precisamos de caminhar para uma federação que trate os Estados em paridade, porque o que temos hoje é uma constituição aristocrática, de uns países com mais peso do que outros”.
Se não perderem a soberania com a qualidade de políticos que têm em casa, só comparáveis aos nossos, nunca vão resolver nada. Mas afinal qual é o problema desta gente? Que me interessa a mim a soberania se não contribui para uma melhor qualidade de vida.
Continuo a sonhar com uma Federação Europeia com impostos uniformes e distribuição de riqueza proporcional.
Sr_SNiper Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Concordo. O alivio é temporário.
Os Gregos não são estúpidos, eles também sabem isso, toda a gente sabe isso... nao me parecem que queiram fazer esse suicídio
O povo é bem capaz de o querer, simplesmente por não saber os que os espera. Devem achar que a partir do momento em que tiverem impressoras para fazer dracmas a coisa fica resolvida.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Reunião entre governo grego e banca privada termina sem acor
Reunião entre governo grego e banca privada termina sem acordo final
A reunião entre o governo grego e a banca privada para negociar a dívida do país terminou sem qualquer acordo final, disseram à Associated Press (AP) responsáveis ligados ao processo.
No encontro estiveram presentes o primeiro-ministro, Lucas Papademos, e o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, da parte do governo grego, enquanto do lado da banca marcaram presença Charles Dallara e Jean Lemierre, os quais não fizeram qualquer comentário após o fim da reunião.
Os responsáveis ligados ao processo, que segundo a AP pediram o anonimato por não estarem autorizados a falar publicamente, adiantaram que são esperadas mais negociações no domingo.
O governo grego deve cerca de 206 mil milhões de euros aos bancos internacionais e instituições de crédito.
O objectivo da Grécia nestas negociações é conseguir taxas de juro mais baixas e uma maior maturidade da dívida, face às condições actuais.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=534541
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
Não faz sentido nenhum um país, como a Alemanha, fazer propostas que já se sabe que terão uma resposta negativa. Por pior que um país esteja, este não quer perder a sua soberania.
Grécia recusa ceder soberania orçamental
Governo grego considera que a competência em matéria orçamental pertence à soberania nacional, rejeitando a exigência da Alemanha.
13:17 Sábado, 28 de janeiro de 201
A Grécia recusa ceder a sua soberania em matéria orçamental, como foi proposto pela Alemanha à Zona Euro, indicaram à agência France Presse (AFP) fontes governamentais gregas.
"A Grécia não discute essa eventualidade. Está fora de questão que nós aceitemos. Essas competências pertencem à soberania nacional", disse uma das fontes, após confirmar a existência de uma proposta, apresentada ao Eurogrupo, para um controlo europeu permanente do orçamento da Grécia.
Já hoje, uma fonte europeia em Frankfurt confirmara a notícia, avançada na sexta-feira pelo Financial Times, de que uma proposta desse género partira de um grupo de países, incluindo a Alemanha.
As fontes gregas acrescentaram que uma proposta semelhante tinha sido apresentada no ano passado por um dirigente holandês num encontro com o jornal "Financial Times".
Um controlo orçamental grego como o que é proposto obrigaria a "mudanças nos tratados" europeus, afirmaram as fontes gregas citadas pela AFP.
"Comissário do Orçamento" da zona euro
Segundo a notícia do "Financial Times", a Alemanha quer que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, transferindo-a para um 'comissário do Orçamento' da Zona Euro. Esta seria uma condição para que Atenas receba um segundo resgate.
O jornal económico, que cita no seu sítio na Internet uma cópia de uma proposta de Berlim a que diz ter acedido, afirma que, desta forma, "o novo comissário [da Zona Euro] teria o poder de vetar decisões orçamentais tomadas pelo governo grego se não estivessem em linha com os objetivos estabelecidos pelos credores internacionais".
O novo responsável, que seria nomeado pelos restantes ministros das Finanças do espaço do euro, teria a responsabilidade de supervisionar "todos os grandes blocos de despesas" do governo de Atenas.
O plano alemão evidencia a falta de confiança dos credores europeus em relação à Grécia.
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/grecia-recusa- ... z1klPEOxdC
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Se isto fôr para a frente vai haver pancadaria da grande em Atenas!
Alemanha quer comissário europeu a controlar Orçamento da Grécia
Berlim quer que Atenas abdique da soberania orçamental para receber novo resgate. O novo comissário teria o poder de vetar decisões orçamentais tomadas pelo governo grego.
A Alemanha quer que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, transferindo-a para um ‘comissário do Orçamento’ da Zona Euro, para que Atenas receba um segundo resgate de 130 mil milhões de euros, adianta o Financial Times.O jornal económico, que cita no seu sítio na Internet uma cópia de uma proposta de Berlim a que diz ter acedido, afirma que, desta forma, “o novo comissário [da Zona Euro] teria o poder de vetar decisões orçamentais tomadas pelo governo grego se não estivessem em linha com os objectivos estabelecidos pelos credores internacionais”.
O novo responsável, que seria nomeado pelos restantes ministros das Finanças do espaço do euro, teria a responsabilidade de supervisionar “todos os grandes blocos de despesas” do governo de Atenas.
“A consolidação orçamental tem de ser colocada sob orientação e sistema de controlo rigorosos. Tendo em conta o cumprimento decepcionante até agora, a Grécia tem de aceitar transferir a soberania orçamental para um nível europeu por um determinado período de tempo”, lê-se na proposta, avançada pelo Financial Times.
De acordo com este plano, Atenas ficaria também obrigada a dotar uma lei, de carácter permanente, que garantisse que as receitas do Estado seriam canalizadas para os serviços de dívida “em primeiro lugar”.
O plano alemão evidencia a falta de confiança dos credores europeus em relação à Grécia: “Se a futura tranche [do resgate financeiro] falhar, a Grécia não pode ameaçar os seus credores com um incumprimento. Em vez disso, vai ter de aceitar mais cortes nas despesas primárias como única consequência de qualquer não pagamento”, refere a proposta de Berlim.
O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, assegurou hoje que a Grécia está “a um passo” de obter um acordo com a banca sobre o perdão de pelo menos 100 mil milhões de euros da sua dívida, reconhecendo que há ainda “uma série de difíceis questões para iniciar o novo programa” (de empréstimo).
Após mais um encontro em Atenas com os representantes da ‘troika’, que integra o Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE), que antecedeu o recomeço das negociações com o Instituto Internacional das Finanças (IIF), que representa os interesses dos grandes bancos, o ministro referiu-se, em comunicado, a “negociações muito difíceis e delicadas”, mas garantiu que o processo se encontra “a um passo” de ser completado.
O FMI e a UE pretendem que o país reduza a sua dívida antes de aprovarem um novo empréstimo de 130 mil milhões de euros, necessário para que Atenas não declare insolvência.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=534521
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
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Portugrécia
Art Cashin, of UBS ... And how much of a concern is Portugal. "They can get short-term funding," says Cashin. "They probably have a year to a year-and-a-half till it gets bad
Fonte: http://www.cnbc.com/id/15840232/?video= ... 496&play=1
Nouriel Roubini, the New York University economist who predicted the financial crisis, said Greece will probably leave Europe’s single currency within 12 months and could soon be followed by Portugal.
Fonte: http://mobile.businessweek.com/news/201 ... -year.html
Fonte: http://www.cnbc.com/id/15840232/?video= ... 496&play=1
Nouriel Roubini, the New York University economist who predicted the financial crisis, said Greece will probably leave Europe’s single currency within 12 months and could soon be followed by Portugal.
Fonte: http://mobile.businessweek.com/news/201 ... -year.html
El Ibex se dispara ante un acuerdo por la quita de Grecia, con los bonos al 3,75%
26/01/2012 - 11:07
El Ibex 35 sube con fuerza y supera el 1% de avance tras llegar al mercado la noticia de un acuerdo inminente entre Grecia y sus acreedores. Según los términos que maneja la prensa griega, los bonos a 30 años para el 30% que si cobrarán los acreedores tendrán un interés del 3,75%. El Gobierno heleno ofrecía el 3,5% y los bonistas querian un 4%, por lo que el acuerdo supone un punto intermedio.
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Greek Default: Why Europe Thinks It May Not Be So Bad
"European leaders are beginning to accept the idea that Greece will be forced to default on its debt, causing a long-feared "credit event" that triggers billions of dollars of credit default swaps.
Financial markets have been worried for months about such an event, fearing that it would spark another financial crisis similar to the one that was triggered by the collapse of Lehman Brothers in 2008.
But European leaders are becoming less worried about the impact such an event would have on the global financial system. There are two reasons for this: an involuntary Greek default would not come as a surprise to financial markets, and the amount of money involved would be relatively small.
Back in September 2008, almost no one believed the government would allow Lehman to fail, and when it did, it took market participants by surprise. Greece on the other hand has been a train wreck in slow motion.
That's significant, because as a default becomes increasingly likely, more and more credit default swaps-insurance politices that pay out if there's an involuntary Greek default-have to be collateralized.
The International Swaps and Derivatives Association says the total net exposure of market participants who have sold CDS credit protection on Greek sovereign debt was about $3.7 billion as of Oct. 21, 2011. At this point, the group estimates that more than 90 percent of Greek CDSs have been collateralized. In other words, most of the insurance has already been paid.
In a first-on CNBC interview on Tuesday, the lead negotiatior for private-sector Greek debt holders, Charles Dallara, raised the possibility of a credit event in the case of Greek debt.
"We remain committed to a voluntary accord," said Dallara, head of the Institute of International Finance. But "I am not entirely clear at this point all parties are committed to a voluntary accord and I hope that is not the case."
Talks have broken down with private Greek debt holders and Euro Zone finance ministers over how much of a "haircut"-or loss-the debt holders must take to restructure Greece's debt. Even if a "voluntary" deal is struck soon, not all bondholders may participate, which could trigger an "involuntary" default.
Standard & Poor's also signaled Tuesday that a Greek default may not be so calamitous.
The rating agency said it will likely downgrade Greece's ratings to "selective default" when the country concludes its debt restructuring, but that won't necessarily destroy the credibility of the European Union, an official with the ratings agency said on Tuesday.
"It's not a given that Greece's default would have a domino effect in the euro zone," John Chambers, the chairman of S&P's sovereign rating committee, said."
Fonte:CNBC
"European leaders are beginning to accept the idea that Greece will be forced to default on its debt, causing a long-feared "credit event" that triggers billions of dollars of credit default swaps.
Financial markets have been worried for months about such an event, fearing that it would spark another financial crisis similar to the one that was triggered by the collapse of Lehman Brothers in 2008.
But European leaders are becoming less worried about the impact such an event would have on the global financial system. There are two reasons for this: an involuntary Greek default would not come as a surprise to financial markets, and the amount of money involved would be relatively small.
Back in September 2008, almost no one believed the government would allow Lehman to fail, and when it did, it took market participants by surprise. Greece on the other hand has been a train wreck in slow motion.
That's significant, because as a default becomes increasingly likely, more and more credit default swaps-insurance politices that pay out if there's an involuntary Greek default-have to be collateralized.
The International Swaps and Derivatives Association says the total net exposure of market participants who have sold CDS credit protection on Greek sovereign debt was about $3.7 billion as of Oct. 21, 2011. At this point, the group estimates that more than 90 percent of Greek CDSs have been collateralized. In other words, most of the insurance has already been paid.
In a first-on CNBC interview on Tuesday, the lead negotiatior for private-sector Greek debt holders, Charles Dallara, raised the possibility of a credit event in the case of Greek debt.
"We remain committed to a voluntary accord," said Dallara, head of the Institute of International Finance. But "I am not entirely clear at this point all parties are committed to a voluntary accord and I hope that is not the case."
Talks have broken down with private Greek debt holders and Euro Zone finance ministers over how much of a "haircut"-or loss-the debt holders must take to restructure Greece's debt. Even if a "voluntary" deal is struck soon, not all bondholders may participate, which could trigger an "involuntary" default.
Standard & Poor's also signaled Tuesday that a Greek default may not be so calamitous.
The rating agency said it will likely downgrade Greece's ratings to "selective default" when the country concludes its debt restructuring, but that won't necessarily destroy the credibility of the European Union, an official with the ratings agency said on Tuesday.
"It's not a given that Greece's default would have a domino effect in the euro zone," John Chambers, the chairman of S&P's sovereign rating committee, said."
Fonte:CNBC
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Atenas publica "a lista da vergonha" com mais de 4 mil evasores fiscais
24/01/2012
O ministério da Fazenda da Grécia, órgão equivalente ao Ministério das Finanças em Portugal, publicou esta noite uma lista com o nome de 4.152 pessoas que devem ao Estado cerca de 14.877 milhões de euros em impostos e multas por infracções fiscais, escreve o “El País”, citando a imprensa grega.
A publicação desta lista de devedores ao fisco faz parte de uma campanha do governo de Atenas contra a evasão fiscal, para reduzir o défice do país que se encontra à beira da bancarrota. Na semana passada, a imprensa internacional informava que a polícia grega já havia detido uma série de cidadãos no país, por acumularem milhares de euros de impostos em dívida. Uma acção também ela no âmbito do programa governamental de combate à fuga fiscal, que constitui um dos graves problemas da economia helénica.
Entre os nomes tornados públicos nesta “lista da vergonha”, com 170 páginas, 15 contribuintes devem ao Estado mais de 100 milhões de euros cada um, outros quinze devem entre 50 e 100 milhões de euros, enquanto 246 têm em falta entre 10 e 50 milhões de euros.
Contudo, não será fácil recuperar o dinheiro, uma vez que grande parte dos contribuintes já declarou falência, enquanto outros se encontram presos, precisamente por fraude fiscal.
O primeiro nome da lista é Nicos Kasimatis, um empresário de 57 anos, próximo do partido conservador “Nueva Democracia”, com uma dívida de 952 milhões de euros. O empresário está preso desde 2009, condenado a 504 anos de prisão por evasão e fraude fiscal. Kasimatis coordenava uma rede clandestina de empresas e inspectores do ministério da Fazenda para fugir aos impostos e, embora tenha denunciado os inspectores corruptos que colaboravam com ele, estes continuam nos seus cargos até hoje, de acordo com a imprensa grega.
Outros nomes que figuram na lista são o do ex-jogador russo de basquetebol, Michail Misunov, que deve 600 mil euros, e Yorgos Batatudis, antigo proprietário do clube de futebol PAOK Salónica, com uma dívida de 2,5 milhões de euros ao fisco.
24/01/2012
O ministério da Fazenda da Grécia, órgão equivalente ao Ministério das Finanças em Portugal, publicou esta noite uma lista com o nome de 4.152 pessoas que devem ao Estado cerca de 14.877 milhões de euros em impostos e multas por infracções fiscais, escreve o “El País”, citando a imprensa grega.
A publicação desta lista de devedores ao fisco faz parte de uma campanha do governo de Atenas contra a evasão fiscal, para reduzir o défice do país que se encontra à beira da bancarrota. Na semana passada, a imprensa internacional informava que a polícia grega já havia detido uma série de cidadãos no país, por acumularem milhares de euros de impostos em dívida. Uma acção também ela no âmbito do programa governamental de combate à fuga fiscal, que constitui um dos graves problemas da economia helénica.
Entre os nomes tornados públicos nesta “lista da vergonha”, com 170 páginas, 15 contribuintes devem ao Estado mais de 100 milhões de euros cada um, outros quinze devem entre 50 e 100 milhões de euros, enquanto 246 têm em falta entre 10 e 50 milhões de euros.
Contudo, não será fácil recuperar o dinheiro, uma vez que grande parte dos contribuintes já declarou falência, enquanto outros se encontram presos, precisamente por fraude fiscal.
O primeiro nome da lista é Nicos Kasimatis, um empresário de 57 anos, próximo do partido conservador “Nueva Democracia”, com uma dívida de 952 milhões de euros. O empresário está preso desde 2009, condenado a 504 anos de prisão por evasão e fraude fiscal. Kasimatis coordenava uma rede clandestina de empresas e inspectores do ministério da Fazenda para fugir aos impostos e, embora tenha denunciado os inspectores corruptos que colaboravam com ele, estes continuam nos seus cargos até hoje, de acordo com a imprensa grega.
Outros nomes que figuram na lista são o do ex-jogador russo de basquetebol, Michail Misunov, que deve 600 mil euros, e Yorgos Batatudis, antigo proprietário do clube de futebol PAOK Salónica, com uma dívida de 2,5 milhões de euros ao fisco.
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Tudo o que precisa de saber sobre a reestruturação da dívida da Grécia
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=532913
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Zorroslb Escreveu:Zorroslb Escreveu:Boas a todos .
Queria colocar um cenário que pode não ser hipotético ...
1-A grecia sai do Euro
2-Portugal sai por arrasto .
3-Euro passa a Escudo ( ou outro nome que lhe queiram dar )
4-Mas qual será a taxa de conversão ? ou seja será 1 euro 200 escudos ?
5-Se for outra taxa por ex 1 euro 100 escudos , Qual as opções para quem tem dinheiro em acções ou depósitos a prazos de forma a não perder dinheiro ?
Mto Obrigado
Alguem ?
Tens aqui 26 páginas para ler!
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=76605
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
Zorroslb Escreveu:Boas a todos .
Queria colocar um cenário que pode não ser hipotético ...
1-A grecia sai do Euro
2-Portugal sai por arrasto .
3-Euro passa a Escudo ( ou outro nome que lhe queiram dar )
4-Mas qual será a taxa de conversão ? ou seja será 1 euro 200 escudos ?
5-Se for outra taxa por ex 1 euro 100 escudos , Qual as opções para quem tem dinheiro em acções ou depósitos a prazos de forma a não perder dinheiro ?
Mto Obrigado
Alguem ?
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Portugal no meio disto apenas leva por tabela.
Não somos suficientemente importantes para nos darem uma atenção especial.
O corte de rating dos EUA viu-se no q deu. As yields das treasuries desceram.
Fantástico.
Os cortes de rating na Europa são mais uma ajuda a aliviar qualquer pressão que possa haver sobre a desvalorização do dólar ou subida de yields.
Assim os EUA lá podem continuar alegremente a imprimir notas, financiar os défices e sem mantendo o valor do dólar.
Enquanto a Europa com os seus pruridos tipo vai de retro Quantitative easing la se vai enterrando e fazendo o jogo dos states
Não somos suficientemente importantes para nos darem uma atenção especial.
O corte de rating dos EUA viu-se no q deu. As yields das treasuries desceram.
Fantástico.
Os cortes de rating na Europa são mais uma ajuda a aliviar qualquer pressão que possa haver sobre a desvalorização do dólar ou subida de yields.
Assim os EUA lá podem continuar alegremente a imprimir notas, financiar os défices e sem mantendo o valor do dólar.
Enquanto a Europa com os seus pruridos tipo vai de retro Quantitative easing la se vai enterrando e fazendo o jogo dos states
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Marco Martins Escreveu:Contudo, não podemos esquecer que os ratings de A ao AIG e Lehman Brothers antes de abrirem falência foram exemplos do expoente máximo dos critérios de avaliação dessas agências...
Para além disso, será que apenas a Europa está com problemas e os USA e UK não têm nada de mal?
Os erros do passado são para ser corrigidos. Absurdo seria se as AR continuassem a cometer os mesmos erros.
Parece que agora estão mais alerta.
Contudo, faz-me muita confusão ver todo o sistema montado, assente e dependente de 3 AR, quando há centenas delas no mundo.
Mas aqui a responsabilidade é sobretudo dos governantes e dos reguladores. O próprio sector privado não está isento de culpas.
Muito recentemente, julgo que foi o Espírito Santo, contratou a Dagong e antes já tinha contratado a DBRS.
Este passo devia, também e sobretudo, estar a ser dado pelos governos, pelos bancos centrais e pelos fundos de pensões públicos.
A concorrência reparte espontaneamente o poder. E fá-lo melhor do que qualquer lei ou Constituição.
Em relação à segunda pergunta, os EUA viram o seu rating revisto primeiro do que a França.
Se os "mercados" continuam a querer comprar treasuries, a culpa não deve ser das AR.
Será que a Dagong. a DBRS ou a Egan-Jones atribuem a Portugal um rating melhor que as 3 grandes?
Não acredito que estejam as 6 a conspirar contra Portugal e a Europa.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
acintra Escreveu:Isto corresponde a 68% de perdão da divida!?Privados devem recuperar 32 cêntimos por cada euro investido em dívida grega
17 Janeiro 2012 | 22:14
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Um dos responsáveis envolvidos nas negociações entre os credores e a Grécia revelou que está perto de ser atingido um acordo.
A Grécia está perto de chegar a um acordo com os seus credores privados, de acordo com as declarações de um dos responsáveis envolvidos nas negociações.
“Estou extremamente confiante que vai ser alcançado um acordo”, disse Bruce Richards, CEO da Marathon Asset Management, gestora de activos norte-americana, em entrevista à Bloomberg.
Richards está presente no comité constituído por 32 investidores privados que está a negociar o perdão de dívida grega com Atenas, o FMI e a União Europeia. As negociações, que estão a ser lideradas pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF) em representação dos credores privados, foram suspensas no final da semana passada e vão retomar amanhã em Atenas, com a presença do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos e o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos.
De acordo como Richards, as negociações deverão ditar que os credores vão recuperar 32 cêntimos por cada um euro detido em dívida grega.
A 26 de Outubro, os líderes europeus chegaram a acordo com os detentores de cerca de 200 mil milhões de dívida grega, para que estes aceitassem em troca receber novos títulos com um valor facial de 100 mil milhões de euros.
No âmbito deste acordo, os países europeus aceitaram reforçar a ajuda a Atenas em 30 mil milhões de euros. De acordo com a Bloomberg, este montante pode ser utilizado para reembolsar dívida aos credores, sendo que estes investidores ficariam depois com novas obrigações com um valor facial de 70 mil milhões de euros.
As negociações incidem também sobre o juro que estes novos títulos irão pagar. De acordo com o CEO da Marathon, a remuneração deverá ser de 4 a 5%, com os títulos a terem uma maturidade de 20 a 30 anos e a negociarem com metade do valor facial.
Depois de toda esta série de operações, o valor actual líquido do negócio para os credores significaria recuperar 32 cêntimos por cada euro de dívida grega detida, de acordo com os cálculos de Richards.
O mesmo responsável acredita que as obrigações gregas que vencem em Março já serão incluídas neste acordo.
A coisa será mais ou menos assim:
200 passa a 100
De 100 recebem 30 e reinvestem 70 a 20 ou 30 anos
70 valem no mercado apenas 35
Tudo mastigado dá uma perdão de divida à Grécia de aproximadamente 68%.
Apenas um pormenor. È preciso que todos os investidores privados alinhem caso contrario não se consegue este perdão tão generoso. Há pelos vistos Hedge Funds que preferiam accionar os CDS e como tal não tem qualquer interesse em acordar um perdão desta magnitude
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Elias Escreveu:Blue Epsilon Escreveu: Sorry![]()
Já editei o meu post acima para ter isso em conta e felicito-te por teres esse trabalho.
Já agora chegaste a alguma conclusão depois de veres essas informações ou aquilo é intragável? Confesso que nunca vi nenhum relatório desse tipo nem sei os critérios que utilizam.
Claro que os doocumentos são muito densos, mas se forem lidos com atenção encontramos coisas muito interessantes.
Por exemplo, no documento da metodologia da Fitch (que é um documento com 17 páginas), a agência afirma que a imprevisibilidade do regime fiscal de um dado país é um factor de risco para fazer negócios nesse país.
Podemos discutir se este é um bom critério (eu acho que é um critério que faz todo o sentido e concordo que a instabilidade fiscal em Portugal constitui um factor de risco para o país).
Pela minha parte considero interessante discutir os critérios.
Não considero interessante a demagogia que é feita por pessoas que não sabem quais são os critérios de avaliação das agências porque nunca se deram ao trabalho de os consultar.
Acho que fazes bem em ler e acompanhar os relatórios dessas agências de perto. Nisso só te posso dar os sinceros parabéns. (isto sem demagogias.)
Contudo, não podemos esquecer que os ratings de A ao AIG e Lehman Brothers antes de abrirem falência foram exemplos do expoente máximo dos critérios de avaliação dessas agências...
Para além disso, será que apenas a Europa está com problemas e os USA e UK não têm nada de mal?
Será que as políticas e condições financeiras dos países se degradam apenas com a mudança de governos? Será que os ratings dos países se baixam apenas porque a agência acha que as medidas que um governo se compromete cumprir não serão cumpridas?
Será que as condições dos países mudam de uma semana para a outra para provocar mudanças seguidas de rating?
Acredito que eu esteja muito enganado em muitas coisas... (sou humilde para aceitar isso) mas também acredito que muitos altos cargos Portugueses e Europeus que criticaram estas agências e o seu comportamento tenham bem mais informação do que eu...
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Isto corresponde a 68% de perdão da divida!?
Privados devem recuperar 32 cêntimos por cada euro investido em dívida grega
17 Janeiro 2012 | 22:14
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Um dos responsáveis envolvidos nas negociações entre os credores e a Grécia revelou que está perto de ser atingido um acordo.
A Grécia está perto de chegar a um acordo com os seus credores privados, de acordo com as declarações de um dos responsáveis envolvidos nas negociações.
“Estou extremamente confiante que vai ser alcançado um acordo”, disse Bruce Richards, CEO da Marathon Asset Management, gestora de activos norte-americana, em entrevista à Bloomberg.
Richards está presente no comité constituído por 32 investidores privados que está a negociar o perdão de dívida grega com Atenas, o FMI e a União Europeia. As negociações, que estão a ser lideradas pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF) em representação dos credores privados, foram suspensas no final da semana passada e vão retomar amanhã em Atenas, com a presença do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos e o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos.
De acordo como Richards, as negociações deverão ditar que os credores vão recuperar 32 cêntimos por cada um euro detido em dívida grega.
A 26 de Outubro, os líderes europeus chegaram a acordo com os detentores de cerca de 200 mil milhões de dívida grega, para que estes aceitassem em troca receber novos títulos com um valor facial de 100 mil milhões de euros.
No âmbito deste acordo, os países europeus aceitaram reforçar a ajuda a Atenas em 30 mil milhões de euros. De acordo com a Bloomberg, este montante pode ser utilizado para reembolsar dívida aos credores, sendo que estes investidores ficariam depois com novas obrigações com um valor facial de 70 mil milhões de euros.
As negociações incidem também sobre o juro que estes novos títulos irão pagar. De acordo com o CEO da Marathon, a remuneração deverá ser de 4 a 5%, com os títulos a terem uma maturidade de 20 a 30 anos e a negociarem com metade do valor facial.
Depois de toda esta série de operações, o valor actual líquido do negócio para os credores significaria recuperar 32 cêntimos por cada euro de dívida grega detida, de acordo com os cálculos de Richards.
O mesmo responsável acredita que as obrigações gregas que vencem em Março já serão incluídas neste acordo.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
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Blue Epsilon Escreveu: Sorry![]()
Já editei o meu post acima para ter isso em conta e felicito-te por teres esse trabalho.
Já agora chegaste a alguma conclusão depois de veres essas informações ou aquilo é intragável? Confesso que nunca vi nenhum relatório desse tipo nem sei os critérios que utilizam.
Claro que os doocumentos são muito densos, mas se forem lidos com atenção encontramos coisas muito interessantes.
Por exemplo, no documento da metodologia da Fitch (que é um documento com 17 páginas), a agência afirma que a imprevisibilidade do regime fiscal de um dado país é um factor de risco para fazer negócios nesse país.
Podemos discutir se este é um bom critério (eu acho que é um critério que faz todo o sentido e concordo que a instabilidade fiscal em Portugal constitui um factor de risco para o país).
Pela minha parte considero interessante discutir os critérios.
Não considero interessante a demagogia que é feita por pessoas que não sabem quais são os critérios de avaliação das agências porque nunca se deram ao trabalho de os consultar.
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Além disso, gostaria ainda de dizer que salvo erro a falência do Lehman deu-se por volta de Set/Out2008 e o fundo só foi encontrado muito depois lá para Março2009.
Uma falência, de um país não é o mesmo da do Lehman, e por mais controlada que ela seja, não se sabe quanto mais o mercado terá que descontar em perdas no tempo.
O ser controlada remete-nos para o tempo (maior prazo temporal até ser encontrado o fundo).
O ser descontrolada (caso dos efeitos do Lehman) remete-nos para um crash.
Uma falência, de um país não é o mesmo da do Lehman, e por mais controlada que ela seja, não se sabe quanto mais o mercado terá que descontar em perdas no tempo.
O ser controlada remete-nos para o tempo (maior prazo temporal até ser encontrado o fundo).

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