Dizem que os mercados vão desabar...
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Precipitação na tradução...
Óbviamente que ainda não se deu mas ameaça!
Obgdo, Viclion
Obgdo, Viclion
Re: Dizem que os mercados vão desabar...
Viclion Escreveu:
Recordam no referido artigo que na passada 2ªFª se deu uma “Golden Cross”, o cruzamento no sentido ascendente da MM50 sobre a MM200, facto que representa uma tendência “bullish” de médio prazo.
De acordo com o meu gráfico ainda não houve qualquer golden cross (mas está para breve).
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Dizem que os mercados vão desabar...
Dizem que os mercados vão desabar. O “Golden Cross” não pensa assim. O “January Barometer“ também não…
Socorro-me de um artigo da Reuters deste fim-de-semana cujo comentário de mercado se caracteriza por uma abordagem muito “Made in USA” que é o de referir dados estatísticos do SP500 para tentar inferir probabilidades.
Recordam no referido artigo que na passada 2ªFª se deu uma “Golden Cross”, o cruzamento no sentido ascendente da MM50 sobre a MM200, facto que representa uma tendência “bullish” de médio prazo.
Ainda no mesmo artigo, as estatísticas mostram que nos últimos 50 anos e em 80% dos casos, estas ocorrências produziram um ganho médio de 6.6% nos 6 meses seguintes. Por conseguinte, um aspecto prometedor.
Por outro lado, com Janeiro praticamente no fim, o saldo mensal positivo será um dado adquirido e só uma ocorrência em larga escala poderá inverter. Isto transporta-nos para o conhecido “January Barometer” que nos diz “assim como vai Janeiro, assim será o ano”. Outro aspecto prometedor.
Para os investidores tipo “buy-and-hold”, com uma perspectiva de médio prazo, estes dados estatísticos são amigos, tal como a tendência o é, segundo a AT.
Não vou tocar no “Presidential Cycle” que diz que no ano 1 da eleição presidencial, o mercado tem sido habitualmente forte. Se não estou a ver mal as coisas, a próxima eleição por si só não deverá ser um “market mover” significativo – Obama provavelmente ganhará por falta de comparência de séria concorrência.
Tomando o pulso aos acontecimentos recentes, verifica-se que os resultados empresariais têm oscilado em grande parte entre o “em linha” e o “abaixo do esperado” (coerentes com alguns “profit warnings” em finais do ano passado), o mesmo se passa com os dados económicos principalmente nos EUA, o SP500 estremece aqui e ali, mas tem prosseguido a trajectória até aos 1350 pontos – a próxima meta.
Por outro lado, vemos que se há algum tempo atrás os “downgrades” soberanos (ou as simples ameaças) produziam nos gráficos o mesmo efeito de um terramoto num sismógrafo, agora quase não se dá por isso. Alguém consegue identificar no gráfico horário do EURUSD a que hora a Fitch publicou o downgrade colectivo de Itália e outros na passada 6ªFª?
Além disso, os eventos Merkozynianos ameaçam entrar na rotina…
Vamos aos aspectos práticos.
No referido artigo, é apontada a probabilidade de sucesso o investimento se o mesmo for direccionado para as grandes capitalizações.
Eu acrescentaria porém uma outra hipótese direccionada para quem, a par da sua actividade profissional e não podendo acompanhar hora-a-hora o mercado, está disposto a correr um risco acrescido na expectativa de uma melhor remuneração, suavizado com alguma diluição desse mesmo risco – o investimento em ETF’s.
Temos disto para todos os gostos e moedas.
Temos ETF’s que replicam índices, outros que replicam sectores, e outros mercadorias. Por moedas, basicamente temos o EUR e o USD. Por emitentes comercializados em Portugal temos principalmente Estados Unidos, França e Alemanha.
Apesar de estar mais habituado ao mercado americano, uma aposta na moeda EUR que nos evita o risco cambial, em instrumentos que replicam índices europeus e sectores europeus com exposição global (materiais, infra-estruturas, indústria e até a banca), parecem-me hipóteses a considerar naquela perspectiva.
As empresas europeias foram duramente castigadas nos últimos meses de 2011, e sabemos que tudo (ou quase…) o que desce acaba por subir.
Como referi num artigo anterior, o primeiro trimestre de 2012 será o teste do algodão. A forma como decorrer o roll over das principais maturidades de Itália, Espanha e França, irá determinar os meses seguintes. Algum ruído é espectável e, se não ocorrerem surpresas muito negativas, poderá constituir uma oportunidade para entrar.
Um dado merece atenção – os holofotes a pouco e pouco incidem sobre Portugal com a mesma intensidade que o fizeram sobre a Grécia. Analisar a forma como reage o mercado será importante.
Boa semana,
Viclion, 29.01.2012
http://otraderdescodificado.wordpress.com/
Socorro-me de um artigo da Reuters deste fim-de-semana cujo comentário de mercado se caracteriza por uma abordagem muito “Made in USA” que é o de referir dados estatísticos do SP500 para tentar inferir probabilidades.
Recordam no referido artigo que na passada 2ªFª se deu uma “Golden Cross”, o cruzamento no sentido ascendente da MM50 sobre a MM200, facto que representa uma tendência “bullish” de médio prazo.
Ainda no mesmo artigo, as estatísticas mostram que nos últimos 50 anos e em 80% dos casos, estas ocorrências produziram um ganho médio de 6.6% nos 6 meses seguintes. Por conseguinte, um aspecto prometedor.
Por outro lado, com Janeiro praticamente no fim, o saldo mensal positivo será um dado adquirido e só uma ocorrência em larga escala poderá inverter. Isto transporta-nos para o conhecido “January Barometer” que nos diz “assim como vai Janeiro, assim será o ano”. Outro aspecto prometedor.
Para os investidores tipo “buy-and-hold”, com uma perspectiva de médio prazo, estes dados estatísticos são amigos, tal como a tendência o é, segundo a AT.
Não vou tocar no “Presidential Cycle” que diz que no ano 1 da eleição presidencial, o mercado tem sido habitualmente forte. Se não estou a ver mal as coisas, a próxima eleição por si só não deverá ser um “market mover” significativo – Obama provavelmente ganhará por falta de comparência de séria concorrência.
Tomando o pulso aos acontecimentos recentes, verifica-se que os resultados empresariais têm oscilado em grande parte entre o “em linha” e o “abaixo do esperado” (coerentes com alguns “profit warnings” em finais do ano passado), o mesmo se passa com os dados económicos principalmente nos EUA, o SP500 estremece aqui e ali, mas tem prosseguido a trajectória até aos 1350 pontos – a próxima meta.
Por outro lado, vemos que se há algum tempo atrás os “downgrades” soberanos (ou as simples ameaças) produziam nos gráficos o mesmo efeito de um terramoto num sismógrafo, agora quase não se dá por isso. Alguém consegue identificar no gráfico horário do EURUSD a que hora a Fitch publicou o downgrade colectivo de Itália e outros na passada 6ªFª?
Além disso, os eventos Merkozynianos ameaçam entrar na rotina…
Vamos aos aspectos práticos.
No referido artigo, é apontada a probabilidade de sucesso o investimento se o mesmo for direccionado para as grandes capitalizações.
Eu acrescentaria porém uma outra hipótese direccionada para quem, a par da sua actividade profissional e não podendo acompanhar hora-a-hora o mercado, está disposto a correr um risco acrescido na expectativa de uma melhor remuneração, suavizado com alguma diluição desse mesmo risco – o investimento em ETF’s.
Temos disto para todos os gostos e moedas.
Temos ETF’s que replicam índices, outros que replicam sectores, e outros mercadorias. Por moedas, basicamente temos o EUR e o USD. Por emitentes comercializados em Portugal temos principalmente Estados Unidos, França e Alemanha.
Apesar de estar mais habituado ao mercado americano, uma aposta na moeda EUR que nos evita o risco cambial, em instrumentos que replicam índices europeus e sectores europeus com exposição global (materiais, infra-estruturas, indústria e até a banca), parecem-me hipóteses a considerar naquela perspectiva.
As empresas europeias foram duramente castigadas nos últimos meses de 2011, e sabemos que tudo (ou quase…) o que desce acaba por subir.
Como referi num artigo anterior, o primeiro trimestre de 2012 será o teste do algodão. A forma como decorrer o roll over das principais maturidades de Itália, Espanha e França, irá determinar os meses seguintes. Algum ruído é espectável e, se não ocorrerem surpresas muito negativas, poderá constituir uma oportunidade para entrar.
Um dado merece atenção – os holofotes a pouco e pouco incidem sobre Portugal com a mesma intensidade que o fizeram sobre a Grécia. Analisar a forma como reage o mercado será importante.
Boa semana,
Viclion, 29.01.2012
http://otraderdescodificado.wordpress.com/
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