Falência da Republica Portuguesa iminente?
Gaspar e a ausência de culpa
mapaman Escreveu:Só espero estar enganado e que vitor gaspar seja o próximo nóbel da economia.A bem de todos
Acho que no geral toda a gente tem consciência de que este governo está a implementar reformas ainda negociadas pelo anterior executivo, portanto sem grande margem de manobra. No entanto, caso não consiga obter resultados positivos estou plenamente convencido que este governo é dos que pouco ou nada contribuiram para a situação actual.
Pelo menos é o meu ponto de vista!
Cumps
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Será que ninguem confronta sua santidade o senhor gaspar com estes numeros e noticias?
O que será mais preciso para esta gente perceber que o céu nos vai cair mesmo em cima?
Só espero estar enganado e que vitor gaspar seja o próximo nóbel da economia.A bem de todos
O que será mais preciso para esta gente perceber que o céu nos vai cair mesmo em cima?
Só espero estar enganado e que vitor gaspar seja o próximo nóbel da economia.A bem de todos
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
Instituto Kiel:
Instituto Kiel: Portugal pode ter de impor aos credores privados um perdão de 56% da dívida
Segundo o instituto alemão, Portugal terá de ter um excedente orçamental primário anual acima de 11% do PIB para conseguir impedir um descontrolo da espiral da dívida.~
O instituto alemão Kiel divulgou um relatório para a economia mundial, onde as perspectivas para Portugal são sombrias.
De acordo com o documento, citado pelo “The Telegraph”, Portugal terá de ter um excedente orçamental primário superior a 11% do PIB, anualmente para conseguir evitar que a espiral da dívida fique fora de controlo. Mesmo num cenário de crescimento anual de 2%, sublinha.
“A dívida de Portugal é insustentável. É a única conclusão possível”, diz David Bencek, co-autor do relatório do Kiel, citado pelo jornal britânico. Isto porque, salienta, nenhum país consegue um excedente orçamental primário acima de 5% durante muito tempo.
Recorde-se que o excedente orçamental primário exclui os juros da dívida pública. Portugal teve um excedente orçamntal em 2011 de 200 milhões de euros e conta ter um novo saldo posiitvo em 2012.
Ainda segundo o relatório do Kiel, Portugal poderá ter de pedir um “haircut” (perdão da dívida detida pelos privados) de 56% da dívida soberana para poder encarrilar o País num caminho sustentável se o crescimento de longo prazo for de 2% ao ano, ou então de 46% se a economia crescer anualmente 4%.
David Owen, do Jefferies, disse ao “The Telegraph” que alguns fundos tiveram de vender dívida pública de Portugal desde que o seu “rating” foi cortado para “lixo” pela agência de notação financeira Standard & Poor’s. “Esta venda forçada tem ainda muito caminho a percorrer. É precisamente o que aconteceu com a Grécia”, acrescentou.
Hoje, com os juros implícitos da dívida soberana portuguesa a atingirem máximos desde a entrada no euro, nalgumas maturidades, multiplicam-se os avisos, receios e advertências na imprensa internacional, que cita economistas e analistas de todos os quadrantes.
As “yields” das obrigações a três anos superaram os 21%, na maturidade a cinco anos excederam os 20% e no prazo a 10 anos foram superiores a 15%.
Segundo uma vasta maioria de comentadores, esta subida não reflecte apenas o corte de Portugal para “lixo” por parte da agência S&P mas também os receios crescentes de que o país tenha de pedir um segundo pacote de resgate.
De acordo com Owen, os investidores estão de facto preocupados com essa possibilidade, já que um segundo “bailout” reduzirá a dívida dos credores privados de Portugal para o estatuto de “júnior”, o que implica maiores perdas se o País precisar de proceder a uma reestruturação da dívida.
A dívida sénior, relembre-se, tem prioridade sobre todos os outros tipos de dívida quando chega a hora do reembolso.
Portugal pediu em Abril do ano passado ajuda financeira à troika – Comissão Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional – que lhe foi concedida e que está a ser atribuída em tranches. Do total de 78 mil milhões de euros deste resgate, 12 mil milhões destinam-se à recapitalização da banca.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=534457
Segundo o instituto alemão, Portugal terá de ter um excedente orçamental primário anual acima de 11% do PIB para conseguir impedir um descontrolo da espiral da dívida.~
O instituto alemão Kiel divulgou um relatório para a economia mundial, onde as perspectivas para Portugal são sombrias.
De acordo com o documento, citado pelo “The Telegraph”, Portugal terá de ter um excedente orçamental primário superior a 11% do PIB, anualmente para conseguir evitar que a espiral da dívida fique fora de controlo. Mesmo num cenário de crescimento anual de 2%, sublinha.
“A dívida de Portugal é insustentável. É a única conclusão possível”, diz David Bencek, co-autor do relatório do Kiel, citado pelo jornal britânico. Isto porque, salienta, nenhum país consegue um excedente orçamental primário acima de 5% durante muito tempo.
Recorde-se que o excedente orçamental primário exclui os juros da dívida pública. Portugal teve um excedente orçamntal em 2011 de 200 milhões de euros e conta ter um novo saldo posiitvo em 2012.
Ainda segundo o relatório do Kiel, Portugal poderá ter de pedir um “haircut” (perdão da dívida detida pelos privados) de 56% da dívida soberana para poder encarrilar o País num caminho sustentável se o crescimento de longo prazo for de 2% ao ano, ou então de 46% se a economia crescer anualmente 4%.
David Owen, do Jefferies, disse ao “The Telegraph” que alguns fundos tiveram de vender dívida pública de Portugal desde que o seu “rating” foi cortado para “lixo” pela agência de notação financeira Standard & Poor’s. “Esta venda forçada tem ainda muito caminho a percorrer. É precisamente o que aconteceu com a Grécia”, acrescentou.
Hoje, com os juros implícitos da dívida soberana portuguesa a atingirem máximos desde a entrada no euro, nalgumas maturidades, multiplicam-se os avisos, receios e advertências na imprensa internacional, que cita economistas e analistas de todos os quadrantes.
As “yields” das obrigações a três anos superaram os 21%, na maturidade a cinco anos excederam os 20% e no prazo a 10 anos foram superiores a 15%.
Segundo uma vasta maioria de comentadores, esta subida não reflecte apenas o corte de Portugal para “lixo” por parte da agência S&P mas também os receios crescentes de que o país tenha de pedir um segundo pacote de resgate.
De acordo com Owen, os investidores estão de facto preocupados com essa possibilidade, já que um segundo “bailout” reduzirá a dívida dos credores privados de Portugal para o estatuto de “júnior”, o que implica maiores perdas se o País precisar de proceder a uma reestruturação da dívida.
A dívida sénior, relembre-se, tem prioridade sobre todos os outros tipos de dívida quando chega a hora do reembolso.
Portugal pediu em Abril do ano passado ajuda financeira à troika – Comissão Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional – que lhe foi concedida e que está a ser atribuída em tranches. Do total de 78 mil milhões de euros deste resgate, 12 mil milhões destinam-se à recapitalização da banca.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=534457
Acho que por sermos Portugueses não temos a capacidade de ver que o pais está falido. Vejo os juros a replicarem o que se passou (e passa) na Grécia, mas continuamos a dizer que tudo está em aberto. O que é que está em aberto? Temos uma divida insustentável, ou regredimos à idade da pedra no que diz respeito ao consumo, ou duvido que isto dê volta.
O consumo interno para animar a economia não funciona a longo prazo na minha opinião poruqe faz-se especialmente à custa de empréstimos e a dura realidade é que o vamos pagar (em dinheiro, ou em falência).
O consumo interno para animar a economia não funciona a longo prazo na minha opinião poruqe faz-se especialmente à custa de empréstimos e a dura realidade é que o vamos pagar (em dinheiro, ou em falência).
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É curioso que, passado 1 ano e um pedido de ajuda, o mercado continua a exigir juros cada vez mais altos ao país! Por ex., a taxa da dívida a 10anos mais que duplicou de valor em 12 meses (7%->15%)! Os CDS da dívida a 5anos (+líquidos) cotam a 1396 (máx. hist), quando há 1 ano valiam +/-400. Perante este cenário, até quando conseguirá o governo negar a necessidade de um 2º pedido de ajuda? Chegaremos a honrar os compromissos a 100% ou seguiremos o caminho da Grécia?.... Não estou optimista!
De inicio os comunistas do PCP e do BE começaram a mandar vir com as politicas de emagrecimento e da austeridade, os esforços que o país como um todo tem que fazer para reequilibrar as contas públicas do Estado.
As ditas foram postas em prática com a desaprovação desses partidos de esquerda e assim vão continuar a ser impostas como directivas da TROIKA.
Mas agora, os politicos no governo da Europa que não há um único comunista, começam, juntamente com alguns economistas de renome a afirmar que a austeridade só por sim não chega...
É preciso mesmo, politicas de relançamento economico!!!
É uma conclusão a que se chega e vale sempre vir mais tarde do que nunca!
Além disso, está neste momento a existir uma certa dificuldade em "inventar" novas politicas nesse sentido. O país chegou a um ponto negro. Um ponto final., ou vários pontos a que chamamos linha.
Uma linha que Portugal segue cegamente, sem possibilidade de ver a longo prazo.
As ditas foram postas em prática com a desaprovação desses partidos de esquerda e assim vão continuar a ser impostas como directivas da TROIKA.
Mas agora, os politicos no governo da Europa que não há um único comunista, começam, juntamente com alguns economistas de renome a afirmar que a austeridade só por sim não chega...
É preciso mesmo, politicas de relançamento economico!!!


Além disso, está neste momento a existir uma certa dificuldade em "inventar" novas politicas nesse sentido. O país chegou a um ponto negro. Um ponto final., ou vários pontos a que chamamos linha.
Uma linha que Portugal segue cegamente, sem possibilidade de ver a longo prazo.
Ulisses Pereira Escreveu:Euroverde, já houve estados que faliram. Dizeres que não pode acontecer é negar algo que já sucedeu.
Um abraço,
Ulisses
A falencia do Estado acontece. Repito. Não pode é acontecer como uma empresa e ser declarada como esta.
Para mim, ninguém me disse, mas acho a Grécia falida.
É diferente.
Este tópico é um dos que também não faz sentido sequer o titulo. Bem como não faz sentido aquele tópico de "se Portugal voltar ao escudo"...
Um Estado não pode falir como uma empresa.
E uma falência não é declarada nem tem hora marcada para acontecer.
O que podemos observar sim senhor, é o comportamento dos juros do mercado secundário e ter alguma ideia do nível a que estamos para os credores.
Na Grécia quando os juros subiram para mais de 50% para mim essa seria a minha ideia de completa falência ou quase lá, que agora acabou por acontecer na Grécia. Se há país com o qual os investidores já devem pôr para trás das costas sem preocupações, é a Grécia, de falido não passa. Obviamente com seus efeitos duradoiros nas economias a ela relacionada.
De momento eu não estou a ver um motivo para preocupações do lado bear na bolsa. Que mais mal pode acontecer aos longos? Há quanto tempo estamos modo bear e a estatistica dos periodos em fase de queda já foi ultrapassada.
Mas também não encontramos soluções para sairmos da actual crise de défices e elevadas dívidas dos Estados Europeus.
Portanto, o que fazer?
Um Estado não pode falir como uma empresa.
E uma falência não é declarada nem tem hora marcada para acontecer.
O que podemos observar sim senhor, é o comportamento dos juros do mercado secundário e ter alguma ideia do nível a que estamos para os credores.
Na Grécia quando os juros subiram para mais de 50% para mim essa seria a minha ideia de completa falência ou quase lá, que agora acabou por acontecer na Grécia. Se há país com o qual os investidores já devem pôr para trás das costas sem preocupações, é a Grécia, de falido não passa. Obviamente com seus efeitos duradoiros nas economias a ela relacionada.


Portanto, o que fazer?

Calotes dos hospitais deixam 900 empregos em risco
Com uma fábrica em Penafiel, a empresa PMH, fornecedora de centros hospitalares, corre o risco de entrar em insolvência se o Estado não pagar parte de uma dívida de oito milhões de euros. O fecho da empresa terá um impacto social sem precedentes no Vale do Sousa.
É uma nuvem negra que atormenta mais de 900 pessoas: 340 da unidade de Penafiel e 560 da unidade de Samora Correia (900, ao todo), no Vale do Tejo. As 340 operárias do Norte têm o salário deste mês em risco. A PMH - Produtos Médicos Hospitalares, uma das maiores empresas da região, instalada na zona industrial de Guilhufe desde há 11 anos, nunca atravessou uma fase tão medonha, apesar de não faltarem encomendas. "Precisamos de mais trabalhadores, mas perante este cenário...", confidencia Sílvia Fernandes, gestora da unidade.
dancar1981 Escreveu:Com euro ou sem euro a vida vai ser igual. As casas, a terra, a pesca está tudo cá os credores não podem levar nada, não nos podem tirar o sol nem a alegria. Vamos comer menos (comemos demais) vamos ter menos electrónica lúdica, menos tv, vamos ter mais conversa e mais vida em Família, vamos ler mais e voltar ao aquecimento e cozinha a lenha. Qual é o drama? Havemos de sobreviver!! O papel que usamos para ir às compras é papel e nada mais.
100% de acordo! Há milhares de Km2 em Portugal por cultivar... a malta pode deixar de viver em Lisboa e Porto e começar a repovoar o interior. Gostava de ver isso!
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Com euro ou sem euro a vida vai ser igual. As casas, a terra, a pesca está tudo cá os credores não podem levar nada, não nos podem tirar o sol nem a alegria. Vamos comer menos (comemos demais) vamos ter menos electrónica lúdica, menos tv, vamos ter mais conversa e mais vida em Família, vamos ler mais e voltar ao aquecimento e cozinha a lenha. Qual é o drama? Havemos de sobreviver!! O papel que usamos para ir às compras é papel e nada mais.
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Hoje dei-me conta que quem iniciou este tópico fui eu, há 3 anos atrás. Já leva 12 páginas entre algumas pausas pelo meio, nada mau.
Inacreditável que ainda ande por aqui, é sinal que as coisas estão a acontecer mais ou menos como expliquei no primeiro post... pena!
Inacreditável que ainda ande por aqui, é sinal que as coisas estão a acontecer mais ou menos como expliquei no primeiro post... pena!
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O secretário de Estado do Orçamento, Luís Morais Sarmento, reconheceu, esta quarta-feira, que o atraso nos pagamentos do Estado a mais de 90 dias "tem vindo a aumentar", numa audiência perante a comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.
foto GERARDO SANTOS/global imagens
Deputado do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes
Durante a audiência, o deputado do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes elogiou o Governo por "não prestar informações a dizer que está tudo controlado, como se estivéssemos num 'Shangri-La' orçamental", contrastando essa política com a do Executivo anterior.
Mesquita Nunes notou, contudo, que "continuam a verificar-se atrasos nos pagamentos domésticos das administrações públicas", um processo que "tem que mudar na execução orçamental".
"Temos aqui um problema", admitiu Luís Morais Sarmento. "Estes [atrasos nos] pagamentos a mais de 90 dias têm vindo a aumentar [ao longo do ano passado], e isso constitui uma dificuldade."
No entanto, acrescentou o secretário de Estado, a situação teve uma "significativa" melhoria em termos recentes.
"Relativamente aos encargos assumidos e não pagos, que incluem pagamentos vencidos há mais de 90 dias, no final do ano tivemos na administração central uma redução que me parece significativa. Isto não inibe as más notícias que temos, mas nem tudo é más notícias", concluiu Morais Sarmento.

E onde estavam esses iluminados na crise do subprime?
E a casa deles como esta?
E a casa deles como esta?
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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"Esqueçam a Grécia. É Portugal que vai destruir o euro"
Um "default" é acidente. Dois já é uma crise sistémica. Quem o diz é Matthew Lynn, colunista da Bloomberg News, sublinhando que Portugal voltará a ter um importante papel no palco mundial. Mas pela negativa.
Matthew Lynn (na foto), colunista da Bloomberg News e responsável pela “newsletter” da área financeira desta agência, traça um cenário sombrio para a Zona Euro. E diz que Portugal será o responsável pela queda do euro.
No seu mais recente artigo de opinião, Lynn começa por relembrar a importância do País para a história mundial, com a assinatura do Tratado de Tordesilhas, que dividiu o mundo não europeu entre Espanha e Portugal em 1494. E salienta que 2012 pode ser o ano em que Portugal volta ao centro do palco mundial. Como? “Fazendo o euro ir ao ar”, responde.
“A Grécia já estoirou – e o seu incumprimento está já descontado pelo mercado. Mas Portugal está precisamente na mesma posição (…). Está também a resvalar para um inevitável ‘default’ das suas dívidas – e quando isso acontecer, vai ter um efeito devastador para a moeda única e infligir danos ao sistema bancário europeu, que poderão revelar-se catastróficos”, escreve o comentador da Bloomberg.
O analista compara a situação de Atenas e de Lisboa, destacando que “Portugal - um dos países mais pobres da União Europeia, com um PIB per capita de apenas 21.000 dólares, significativamente abaixo dos 26.000 dólares da Grécia – fixou metas de redução do seu défice de 4,5% em 2012 e de 3% em 2013”.
“Então e como está a sair-se?”, questiona-se. E responde: “Quase tão bem como a Grécia – ou seja, nada bem. Prevê-se que a economia grega registe uma contracção de 6% este ano e Portugal não fica muito atrás – o Citigroup estima que a economia ‘encolha’ 5,7% em 2012 e mais 3% em 2013”.
Matthew Lynn recorda o estudo da Universidade do Porto, divulgado na semana passada, que diz que a economia paralela aumentou 2,5% no ano passado e que representa agora cerca de 25% da actividade económica em Portugal. “E não há qualquer expectativa de que isso vá mudar em breve. As empresas portuguesas simplesmente não conseguem sobreviver a pagar as taxas de imposto que lhes foram impostas”, refere o especialista.
“O resultado qual será?”, pergunta. E volta a responder: “Os objectivos de redução do défice não vão ser cumpridos. No início deste mês, o governo reviu em alta a previsão do défice, de 4,5% para 5,9% do PIB este ano. Se a experiência grega for válida, esta meta continuará a ser revista em alta. A economia encolhe, cada vez mais pessoas transitarão para a economia subterrânea para sobreviverem e o défice continuará a crescer”.
“Em resposta, a União Europeia exige mais e mais austeridade – o que significa, muito simplesmente, que a economia continuará a contrair-se ainda mais. É um círculo vicioso. Se alguém souber como sair dele, então está a guardar o segredo para si próprio”, comenta Lynn.
Juros da dívida a escalarem
O comentador da Bloomberg recorda o corte do “rating” da dívida soberana de longo prazo de Portugal, para nível de “lixo”, por parte da Standard & Poor’s. Das três principais agências, só faltava a S&P para a dívida pública de Portugal ser colocada na categoria “especulativa” – ou seja, não é considerada “digna” de investimento, atendendo aos riscos que os investidores correm de não serem reembolsados.
Segundo Matthew Lynn, haverá mais “downgrades”. “Os juros da dívida estão a disparar. Na semana passada, as ‘yields’ das obrigações a 10 anos superaram os 14%. E deverão subir ainda mais”, prognostica. O analista relembra que a maturidade a 10 anos da dívida soberana grega já está com juros de 33% e diz que “não há qualquer razão para as ‘yields’ da República Portuguesa não atingirem os mesmos níveis”.
“E isso é importante”, sublinha. Isto porque, adianta, a crise grega poderia até ser vista como um caso especial. “Mas não a de Portugal. Não houve ‘manipulação’ nos números [Portugal] não registou défices excessivos – com efeito, quando caminhávamos para a crise de 2008, o País apresentava défices de menos de 3% do PIB, bem dentro das regras impostas pela Zona Euro. Não era irresponsável. O problema, muito simplesmente, é que Portugal não conseguiu competir no seio de uma moeda única com economias muito mais fortes. Agora, o País está a mergulhar numa depressão em toda a escala – tão má como o que se testemunhou nos anos 30 [Grande Depressão] – devido à união monetária”.
“Vai ser tão grave como na Grécia. E talvez até pior”, vaticina.
Lynn refere igualmente que os bancos europeus estão mais expostos a Portugal do que à Grécia. “No total, os bancos têm uma exposição de 244 mil milhões de dólares a Portugal, contra 204 mil milhões de dívida grega”, segundo os dados do Banco de Pagamentos Internacionais citados pelo analista da Bloomberg.
“O grosso da dívida portuguesa é detido pela Alemanha e pela França. Mas estes são os dados oficiais. É bem provável que grande parte da dívida privada, que é mais substancial do que a dívida pública, seja detida por bancos espanhóis. E estes já estão frágeis. Conseguirão assumir as perdas? Talvez, mas não apostaria a minha última garrafa de vinho do Porto nisso”, comenta Matthew Lynn.
Em seguida, diz o colunista da Bloomberg, esta situação também irá repercutir-se na moeda única. “Se um país entrar em incumprimento, dentro de uma união monetária, isso pode ser visto como um acidente infeliz. Todas as famílias têm uma ovelha negra. Mas quando um segundo país cai, o caso fica muito mais sério. A ideia de que isto é culpa de alguns governos irresponsáveis vai deixar de ser sustentável. A explicação alternativa – a de que o euro é uma moeda disfuncional – vai ganhar mais peso”.
Segundo Lynn, “um incumprimento da dívida soberana por parte de Portugal desencadeará uma retirada da Zona Euro – e neste momento, parece que esse poderá ser o motor que desencadeará o colapso do sistema”. “Foram cinco séculos de espera. Mas agora Portugal poderá estar prestes a desempenhar de novo um papel central na economia global”, conclui o especialista da área financeira.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=533819
Não consegui arranjar o artigo original da bloomberg, se alguém achar adicione!
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
Iminente ou Eminente ?
Iminente (com i), significa que ameaça acontecer brevemente, ou seja, prestes a acontecer.
Eminente (com e), significa elevado, ilustre.
fonte:http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=5384
Iminente (com i), significa que ameaça acontecer brevemente, ou seja, prestes a acontecer.
Eminente (com e), significa elevado, ilustre.
fonte:http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=5384
- Anexos
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- Juros_Div_Port_Jan_2011.png (32.58 KiB) Visualizado 4132 vezes
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Bom artigo do Braz Teixeira.
Provavelmente mais do que uma questão de solidariedade é uma questão de confiança.
É normalíssimo que os alemães desconfiem dos Gregos ou dos Portugueses, atendendo à história recente.
Acho piada como é que ainda há quem critique a Alemanha por querer meter o bedelho e intrometer-se nas medidas que são necessárias tomar. Estaremos à espera de novos cheques em branco, como foram os fundos europeus ?
Provavelmente mais do que uma questão de solidariedade é uma questão de confiança.
É normalíssimo que os alemães desconfiem dos Gregos ou dos Portugueses, atendendo à história recente.
Acho piada como é que ainda há quem critique a Alemanha por querer meter o bedelho e intrometer-se nas medidas que são necessárias tomar. Estaremos à espera de novos cheques em branco, como foram os fundos europeus ?
Parcialmente de acordo com essas afirmações LTCM.
A crise não é apenas das finanças públicas de alguns países, mas aparte isso , concordo que a Economia Europeia como um todo, desde que haja solidariedade entre os vários países e vontade política de resolver os problemas, não tem problemas mais graves que os EUA ou o Japão ( por exemplo o défice na balança corrente portuguesa representa "apenas" cerca de 0.1% do GDP Europeu ) .
A questão está em que pelo desenrolar da situação até ao momento parece não haver solidariedade e/ou capacidade ou vontade política ( talvez tb devido ao elevadíssimo risco moral que a situação envolve )
A crise não é apenas das finanças públicas de alguns países, mas aparte isso , concordo que a Economia Europeia como um todo, desde que haja solidariedade entre os vários países e vontade política de resolver os problemas, não tem problemas mais graves que os EUA ou o Japão ( por exemplo o défice na balança corrente portuguesa representa "apenas" cerca de 0.1% do GDP Europeu ) .
A questão está em que pelo desenrolar da situação até ao momento parece não haver solidariedade e/ou capacidade ou vontade política ( talvez tb devido ao elevadíssimo risco moral que a situação envolve )
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
In the past 12 years, the average rate of price increase in the eurozone has been 1.97 per cent, and in Germany only 1.5 per cent,' Jean-Claude Trichet said in remarks quoted by the paper Bild. 'Those are better numbers than for the 50 years as a whole before the euro.'
The ECB president said the common currency had proved 'credible and stable' during the debt crisis.
He said the fiscal deficits of the eurozone as a whole during 2011 would be only half as big as in Japan or the United States. All industrialized nations, he added, currently have budget problem.
'This fact is often forgotten,' said Trichet. But he urged eurozone governments to slash spending harder. 'The ECB is expecting governments in the eurozone to make enormous efforts to reduce debt.'
Trichet said there was was no crisis of the euro as such. 'It's rather that we have a crisis of public finance in some nations.
States that had spent more than they earned had to act.
'Debts must be repaid. This is an issue of trust,' he said.
http://www.monstersandcritics.com/news/ ... ls-Germans[/code]
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
A minha opinião em relação ao EURO é:
- Não me parece nada que a Alemanha se queixe do Euro e já agora também não oiço queixas da França.
- Quem está "à rasca" são os PIIGS e esses é que terão de arranjar uma solução para eles, provavelmente sair do Euro ou então cortar salários ou sem lá, qualquer coisa!
Quem está mal muda-se, não é verdade?
Abraço mfsr1980
PS: Acho que a Alemanha até estaria disposta a ajudar...a saída.
- Não me parece nada que a Alemanha se queixe do Euro e já agora também não oiço queixas da França.
- Quem está "à rasca" são os PIIGS e esses é que terão de arranjar uma solução para eles, provavelmente sair do Euro ou então cortar salários ou sem lá, qualquer coisa!
Quem está mal muda-se, não é verdade?
Abraço mfsr1980
PS: Acho que a Alemanha até estaria disposta a ajudar...a saída.
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