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Caldeirão da Bolsa

Operadores da bolsa em Hong Kong protestam contra redução da

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por BearManBull » 13/1/2012 1:03

Pata-Hari Escreveu:Olha, uma coisa é certa, não é por isso que eles eram menos produtivos que nós. Aliás, provavelmente a nossa produtividade é baixa por isso mesmo: demasiadas horas passadas a fazer algo que pode ser feito em menos só porque fica bem estar horas no emprego.


Acho que é dos maiores problemas que temos. Já não sei onde vi mas os Alemães são os que têm menos horas passadas no escritório mas são os mais produtivos. Em Portugal até enerva numa das empresas que estive obrigavam-me a estar no local de trabalho até ás 18:30 só para ter que levar com a hora de ponta em força e gastar mais uns recursos que podiam ser aproveitados doutra forma, já para não falar do stress... Enfim enquanto a mentalidade não mudar para se trabalhar por objectivos isto vai continuar :roll:
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por Automech » 12/1/2012 22:39

Pata-Hari Escreveu:Automech, e? preferes estar desempregado e ter zero ou ter 80% do que recebes agora? preferes ter taxas de desemprego, fome, roubo, crime nas ruas ou preferes ter uma sociedade onde simplesmente se consome menos? em tempos de crise, em vez de trabalhares tantas horas, vais para casa fazer uma sopa em vez de ires comprar o jantar a um take away. So what? grave é o cenário que tens pela frente. (Abri um tópico sobre o artigo, achei que merecia e que é food for thought)

Já respondi no outro, senão temos duas discussões em paralelo.
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por Pata-Hari » 12/1/2012 22:34

Automech, e? preferes estar desempregado e ter zero ou ter 80% do que recebes agora? preferes ter taxas de desemprego, fome, roubo, crime nas ruas ou preferes ter uma sociedade onde simplesmente se consome menos? em tempos de crise, em vez de trabalhares tantas horas, vais para casa fazer uma sopa em vez de ires comprar o jantar a um take away. So what? grave é o cenário que tens pela frente. (Abri um tópico sobre o artigo, achei que merecia e que é food for thought)
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por Automech » 12/1/2012 22:29

Pata-Hari Escreveu:Aliás, em tempos de crise, países como a Finlandia, diminuem horários de trabalho nas fábricas em vez de despedir, dão tempos de férias não remuneradas para permitir a sobrevivência da empresa e do posto de trabalho.

Mas reduzem também os salários Pata. Só que os salários em Portugal não são os da Finlândia. Pegamos no salário mínimo, reduzimos o horário de 40 para 20 horas e fazemos o quê ? Reduzimos o salário mínimo (ou mesmo o médio) a metade ? A Finlândia pode fazer isto porque tem a folga para isso. Os ordenados não estão no limiar da sobrevivência.

Implementar medidas no Portugal de hoje iguais à da Finlândia de hoje não faz sentido porque são realidades completamente diferentes.

Aquilo para onde devemos olhar é para onde estava a Finlândia há 20 anos e o que fizeram para chegar aos dias de hoje. Aquilo que eles são hoje é apenas o que nós podemos ambicionar vir a ser se fizermos e trabalharmos para isso.
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por Pata-Hari » 12/1/2012 22:10

E agora algo radicalmente diferente. É melhor trabalhar só 21 horas
Por Ana Sá Lopes, publicado em 12 Jan 2012 - 10:57 | Actualizado há 10 horas 10 minutos
Falar em meia-hora a mais? Revolução na economia seria trabalhar muito menos

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21 horas de trabalho pago por semana? Enquanto Portugal discute que se trabalhe meia hora a mais e por toda a Europa se fala em mudar as leis laborais, um think-tank chamado “The New Economics Foundation” organizou na London School of Economics uma conferência em defesa de uma ideia totalmente revolucionária: em nome do bem-estar da população, da diminuição da pobreza, da redução do consumo, da diminuição das emissões de dióxido de carbono ninguém deveria trabalhar mais de 21 horas por semana.

A conferência teve como base um estudo da “New Economics”. O relatório chama-se “21 horas”, mas os seus autores defendem que este número seja uma referência para “um banco de horas”. Ou seja, conforme os interesses da empresa e trabalhador, o trabalho poderia concentrar-se em três dias, ser feito em part-time (três horas por dia) ou até sazonalmente. A ideia é que ninguém trabalhasse mais do que 1092 horas distribuídas ao longo do ano.

A ideia de trabalhar menos está directamente relacionada com ganhar menos. Menos horas pagas significam menos salário ao fim do mês. Segundo os autores do estudo, a vantagem imediata para a economia seria abrir mais postos de trabalho e diminuir o desemprego – que tem custos sociais, para a segurança social e para o serviço nacional de saúde, uma vez que as pessoas em situação de desemprego correm o risco de desenvolver mais situações de doença, nomeadamente depressão.

Um maior bem-estar geral seria, segundo os autores do estudo, a consequência imediata. Ao trabalharem menos, as pessoas diminuiriam as doenças associadas ao stress laboral e teriam mais tempo para melhorar a vida familiar, por exemplo, cuidando de crianças e mais velhos. É evidente que essas pessoas teriam menos dinheiro disponível ao fim do mês, o que para os autores do estudo não é nada mau, em termos globais: menos consumo é ecológico. Ou seja, ao diminuir drasticamente os hábitos de consumo, as emissões de dióxido de carbono também seriam reduzidas, contribuindo para um planeta mais sustentável.

Robert Skidelski, um economista keynesiano que participou na conferência de ontem no Centro de Análise da Exclusão Social da London School of Economics, considera que o desenvolvimento da tecnologia vai diminuir o número de empregos a breve trecho. “A resposta civilizada é dividir o trabalho”, defende. Citada pelo “Guardian”, uma responsável do “New Economics”, Anna Coote, afirma que “não há prova de que com menos horas de trabalho as economias são menos bem sucedidas”. Os exemplos que dá são a Alemanha, a mais forte da economia da zona euro (cuja média semanal de horas de trabalho é das menores da zona euro) e a Holanda (outra economia forte, a que não corresponde um maior número de horas de trabalho).

A mudança de paradigma para as 21 horas semanais de trabalho é, defende o “New Economics”, “necessária, desejável e possível”. Vai incluir uma “grande redistribuição de rendimento, riqueza e propriedade, assim como uma redistribuição de tempo”. Para começar a transformação, o think-tank defende que se arranque com uma semana de trabalho de quatro horas. “Diminuindo a semana de trabalho para quatro dias poderemos criar uma melhor balança entre trabalho pago” e aquilo a que chamam “vital core economy”: família, amigos e vida comunitária.

Seria um caminho de pequenos passos, até à grande revolução das 21 horas. O que obrigaria também cada um de nós a “reclassificar” as relações entre tempo, dinheiro e consumo, e a sua verdadeira relação com aquilo que chamamos “bem-estar”.

Toda esta conversa de menos horas de trabalho não está apenas dirigida a uma melhor redistribuição de tempo e rendimentos, mas também ligada à sustentabilidade da Terra. Um exemplo concreto: “A maioria das escolhas de consumo que fazemos é em nome da conveniência. Compramos comida processada, refeições prontas, vegetais pré-embalados, veículos motorizados, etc”. Todas estas escolhas envolvem um enorme gasto de energia, carbono e desperdício. Defendem os investigadores que “se passássemos muito menos tempo a ganhar dinheiro, teríamos tempo de viver de maneira diferente e menos obrigados a utilizar esses produtos. Poderíamos plantar, preparar e cozinhar a nossa própria comida, consertar objectos em vez de os substituir, andar mais a pé ou utilizar transportes públicos”.

O relatório recusa que estas ideias tenham qualquer coisa a ver com uma nostalgia retardada das comunas hippies ou com algum sentimentalismo rural. São “uma antecipação racional de um modo de vida com baixos gastos de emissões de carbono”, fundamental à sobrevivência a prazo.

A ideia, segundo os seus autores, parece perfeita: trabalhar 21 horas por semana vai trazer “ganhos consideráveis, abrindo novas oportunidades para reduzir as desigualdades de rendimento e viver mais saudavelmente.

Mas, claro, há dificuldades para colocar isto de pé. O estudo prevê grandes resistências dos empregadores, subordinados à “lógica do lucro imediato”. Alterar a “cultura dos negócios” seria fundamental para conseguir estabelecer as 21 horas. Como Roma e Pavia não se fizeram num dia, o think-tank propõe “uma grande diminuição da carga fiscal e outros incentivos” para os empregadores que se disponham a contratar um staff extra. Estes empregadores nunca poderão ser prejudicados economicamente por aderirem à revolução das 21 horas.

Os trabalhadores também são um problema, com os de rendimentos mais elevados viciados em padrões de consumo elevado, o que os faz temer reduções salariais. O padrão da cultura dos trabalhadores teria que mudar para que esta fórmula fosse aceite. Os investigadores sugerem que a experiência comece por aquelas famílias em que só um dos membros do casal está empregado: permitiria aos dois beneficiar das vantagens de trabalhar e das maravilhas de mais tempo livre.

Os autores do estudo assumem que “21 horas” não é uma receita, mas “uma provocação”: querem mudar os conceitos sobre tempo e trabalho e alterar o que é considerado “normal”. Têm consciência que uma semana de trabalho mais curta não é instituída de um dia para o outro (aconteceu na Inglaterra em 1974 porque não havia combustível), mas que é um bom princípio para a discussão de um modelo económico alternativo.


Aliás, em tempos de crise, países como a Finlandia, diminuem horários de trabalho nas fábricas em vez de despedir, dão tempos de férias não remuneradas para permitir a sobrevivência da empresa e do posto de trabalho.
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por Pata-Hari » 12/1/2012 22:05

Da economia de hong kong e da produtividade tuga face a outros.
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por Automech » 12/1/2012 22:01

Pata-Hari Escreveu:Olha, uma coisa é certa, não é por isso que eles eram menos produtivos que nós.

Estás a falar dos tipos da bolsa de Hong Kong ou de outro assunto ?
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por Pata-Hari » 12/1/2012 21:57

Olha, uma coisa é certa, não é por isso que eles eram menos produtivos que nós. Aliás, provavelmente a nossa produtividade é baixa por isso mesmo: demasiadas horas passadas a fazer algo que pode ser feito em menos só porque fica bem estar horas no emprego.
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Re: Operadores da bolsa em Hong Kong protestam contra reduçã

por Automech » 12/1/2012 15:39

“Isto vai diminuir a hora de almoço e dar aos participantes do mercado úlceras no estômago”,

Não pude deixar de me rir com esta. Faz lembrar a rebelião que houve em Portugal quando os bancos passaram a estar abertos à hora de almoço.
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por BearManBull » 12/1/2012 11:07

Para os gaijos de Singapura é só pequeno almoço :twisted:
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Operadores da bolsa em Hong Kong protestam contra redução da

por Elias » 12/1/2012 10:25

Operadores da bolsa em Hong Kong protestam contra redução da hora de almoço
12 Janeiro 2012 | 09:23
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt

Os "traders" e operadores da bolsa que, até ao ano passado, tinha o maior período para almoço, vão protestar contra nova redução do período para a refeição.

O período que os operadores vão ter para estarem longe dos seus terminais de negociação será reduzido de 90 minutos para uma hora, a partir de dia 5 de Março.

A decisão do CEO da bolsa de valores de Hong Kong, Charles Li, destina-se a impulsionar a negociação graças a um período de funcionamento que fica em linha o das praças das bolsas vizinhas, na China.

“Isto vai diminuir a hora de almoço e dar aos participantes do mercado úlceras no estômago”, disse o líder da Lyncean Holdings, Francis Lun, que disse à Bloomberg poder vir a participar no protesto às 16h45 (hora local), nas Praça da Estátua, onde fica a sede da bolsa de valores.

Esta é a segunda redução da hora de almoço a que os agentes do mercado terão de se submeter depois de, no ano passado terem sofrido uma redução das duas horas para a actual hora e meia. Uma decisão em linha com a tomada no Japão, em que o período de almoço foi reduzido e da bolsa de Singupura, onde a hora de almoço foi eliminada.

Actualmente, a praça que tem como principal índice o Hangseng funciona entre as 9h30 até às 15 horas, com uma hora e meia de almoço entre as 11h30 e as 13 horas. A proposta de Charles Li aponta para um período de negociação que vai das 9h30 até às 16 horas, com intervalo de almoço entre o meio dia e as 13 horas.
 
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