Os jornais bombardeiam com esta...
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Palmix Escreveu:Mkpt Escreveu:Palmix Escreveu:Mas então, se a Alemanha está a escoar o excesso de liquidez para o BCE, está a contribuir para uma queda da cotação do Euro e, num cenário de fim do Euro, o Marco sai altamente cotado (nem que seja pelo corte na liquidez que tem sido feito)...não?
Ou seja, está a fazer um trabalho de "ajuda" à economia europeia, por um lado, mas está a proteger-se num cenário de fim do euro, por outro lado.
Diria mesmo que, se assim for, o Draghi tem poucas hipóteses em ir por outro caminho, e está a jogar forte. Mas os cérebros da questão são os alemães...e poderiam lá ser outros?
Num cenário de final do Euro uma cotação alta do Marco Alemão [ou qualquer que seja a moeda alemã] é tudo menos positivo para a Alemanha.
Caso se acabe com o Euro, 'tendência natural' será a moeda alemã [e de Holanda e mais um outro país do centro/norte da Europa] subir de cotação a pique comparando com países do sul da Europa/PIIGS e até mesmo subir em relação ao dólar e outras moedas internacionais...
E valorização de moeda própria alemã é sinónimo de queda a pique das exportações, um dos maiores 'motores' da economia alemã.
Convém lembrar que a 'moeda alemã' está desvalorizada pelo facto de...ser o euro e ser compartilhada com países 'pobres'/em dificuldades. E que o sucesso da economia alemã é derivada das exportações.
E exportações estão dependentes do valor da moeda.
Portanto, duvido que a Alemanha faça alguma coisa para poder valorizar um 'futuro marco'.
A desvalorização do Euro é um movimento natural atendendo ao estado das econmia da união monetária e só não tem sido mais acentuada porque a economia dos States também está longe de ser saudável e, devido à desvalorização do Euro e principalmente do Dólar, outras moedas importantes têm sido desvalorizadas 'artificialmente' - yen e franco suiço, além da histórica desvalorização do yuan por parte da China para se manter competitiva..
Vendo a coisa do ponto de vista das exportações a analise é mesmo essa que fizeste...
Concordo a 100%...
Mas uma moeda forte é sempre uma moeda forte, e tem as suas vantagens...
uma moeda forte só tem vantagens para paises c/ defices externos como os PIGS, os EUA, etc.
"Any man who is not a socialist at age 20 has no heart.
Any man who is still a socialist at age 40 has no head." -Georges Clemenceau
"Juros Compostos é a 8ª maravilha do Mundo" - Einstein
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Mkpt Escreveu:Palmix Escreveu:Mas então, se a Alemanha está a escoar o excesso de liquidez para o BCE, está a contribuir para uma queda da cotação do Euro e, num cenário de fim do Euro, o Marco sai altamente cotado (nem que seja pelo corte na liquidez que tem sido feito)...não?
Ou seja, está a fazer um trabalho de "ajuda" à economia europeia, por um lado, mas está a proteger-se num cenário de fim do euro, por outro lado.
Diria mesmo que, se assim for, o Draghi tem poucas hipóteses em ir por outro caminho, e está a jogar forte. Mas os cérebros da questão são os alemães...e poderiam lá ser outros?
Num cenário de final do Euro uma cotação alta do Marco Alemão [ou qualquer que seja a moeda alemã] é tudo menos positivo para a Alemanha.
Caso se acabe com o Euro, 'tendência natural' será a moeda alemã [e de Holanda e mais um outro país do centro/norte da Europa] subir de cotação a pique comparando com países do sul da Europa/PIIGS e até mesmo subir em relação ao dólar e outras moedas internacionais...
E valorização de moeda própria alemã é sinónimo de queda a pique das exportações, um dos maiores 'motores' da economia alemã.
Convém lembrar que a 'moeda alemã' está desvalorizada pelo facto de...ser o euro e ser compartilhada com países 'pobres'/em dificuldades. E que o sucesso da economia alemã é derivada das exportações.
E exportações estão dependentes do valor da moeda.
Portanto, duvido que a Alemanha faça alguma coisa para poder valorizar um 'futuro marco'.
A desvalorização do Euro é um movimento natural atendendo ao estado das econmia da união monetária e só não tem sido mais acentuada porque a economia dos States também está longe de ser saudável e, devido à desvalorização do Euro e principalmente do Dólar, outras moedas importantes têm sido desvalorizadas 'artificialmente' - yen e franco suiço, além da histórica desvalorização do yuan por parte da China para se manter competitiva..
Vendo a coisa do ponto de vista das exportações a analise é mesmo essa que fizeste...
Concordo a 100%...
Mas uma moeda forte é sempre uma moeda forte, e tem as suas vantagens...
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Palmix Escreveu:Mas então, se a Alemanha está a escoar o excesso de liquidez para o BCE, está a contribuir para uma queda da cotação do Euro e, num cenário de fim do Euro, o Marco sai altamente cotado (nem que seja pelo corte na liquidez que tem sido feito)...não?
Ou seja, está a fazer um trabalho de "ajuda" à economia europeia, por um lado, mas está a proteger-se num cenário de fim do euro, por outro lado.
Diria mesmo que, se assim for, o Draghi tem poucas hipóteses em ir por outro caminho, e está a jogar forte. Mas os cérebros da questão são os alemães...e poderiam lá ser outros?
Num cenário de final do Euro uma cotação alta do Marco Alemão [ou qualquer que seja a moeda alemã] é tudo menos positivo para a Alemanha.
Caso se acabe com o Euro, 'tendência natural' será a moeda alemã [e de Holanda e mais um outro país do centro/norte da Europa] subir de cotação a pique comparando com países do sul da Europa/PIIGS e até mesmo subir em relação ao dólar e outras moedas internacionais...
E valorização de moeda própria alemã é sinónimo de queda a pique das exportações, um dos maiores 'motores' da economia alemã.
Convém lembrar que a 'moeda alemã' está desvalorizada pelo facto de...ser o euro e ser compartilhada com países 'pobres'/em dificuldades. E que o sucesso da economia alemã é derivada das exportações.
E exportações estão dependentes do valor da moeda.
Portanto, duvido que a Alemanha faça alguma coisa para poder valorizar um 'futuro marco'.
A desvalorização do Euro é um movimento natural atendendo ao estado das econmia da união monetária e só não tem sido mais acentuada porque a economia dos States também está longe de ser saudável e, devido à desvalorização do Euro e principalmente do Dólar, outras moedas importantes têm sido desvalorizadas 'artificialmente' - yen e franco suiço, além da histórica desvalorização do yuan por parte da China para se manter competitiva..
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Mas então, se a Alemanha está a escoar o excesso de liquidez para o BCE, está a contribuir para uma queda da cotação do Euro e, num cenário de fim do Euro, o Marco sai altamente cotado (nem que seja pelo corte na liquidez que tem sido feito)...não?
Ou seja, está a fazer um trabalho de "ajuda" à economia europeia, por um lado, mas está a proteger-se num cenário de fim do euro, por outro lado.
Diria mesmo que, se assim for, o Draghi tem poucas hipóteses em ir por outro caminho, e está a jogar forte. Mas os cérebros da questão são os alemães...e poderiam lá ser outros?
Ou seja, está a fazer um trabalho de "ajuda" à economia europeia, por um lado, mas está a proteger-se num cenário de fim do euro, por outro lado.
Diria mesmo que, se assim for, o Draghi tem poucas hipóteses em ir por outro caminho, e está a jogar forte. Mas os cérebros da questão são os alemães...e poderiam lá ser outros?
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C.N., a operação admitia como colateral, para além das obrigações, créditos hipotecários e créditos a PME´s com uma certa qualidade, não muito bem definida.
Isto corresponde a extender para a dívida **privada** periférica o mesmo que tem vindo a ser feito para a dívida **soberana**.
Seguindo o mesmo raciocínio, este dinheiro deve ser investido em novos créditos habitação e a PME´s no próximo ano-a ideia é desbloquear também estes mercados e permitir o financiamento da economia dos países periféricos.
Se os bancos são obrigados a investir o dinheiro no mesmo tipo de produtos que entregaram como colateral, não sei, isso não é dito no anúncio, pelo menos nos dados a que temos acesso.
Isto corresponde a extender para a dívida **privada** periférica o mesmo que tem vindo a ser feito para a dívida **soberana**.
Seguindo o mesmo raciocínio, este dinheiro deve ser investido em novos créditos habitação e a PME´s no próximo ano-a ideia é desbloquear também estes mercados e permitir o financiamento da economia dos países periféricos.
Se os bancos são obrigados a investir o dinheiro no mesmo tipo de produtos que entregaram como colateral, não sei, isso não é dito no anúncio, pelo menos nos dados a que temos acesso.
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523 as compras em 2012
K. Escreveu:...uma oferta de 500 mil milhões de liquidez contra colaterais formados por dívida pública soberana europeia de má qualidade... o dinheiro é para ser investido em obrigações, no caso de Itália e Espanha e em bilhetes de tesouro, no caso de Portugal e Grécia.
K, podes elaborar um pouco mais por favor? A minha leitura nao e a mesma. Primeiro, nao havia limite maximo de oferta (calhou ser perto de 500.000 milhoes) e o colateral poderia ser muitas outras coisas. Ler aqui: http://www.ecb.europa.eu/press/pr/date/ ... _1.en.html
E nessa base que digo que nao e certo que os 523 bancos vao comprar divida publica. A esperanca e essa mesma, pois 489.000 milhoes e mais do que a divida a emitir pela Italia e Espanha em 2012. Mas nada os obriga a faze-lo.
Abraco
CN
Estas medidas podem evitar a desintegração do Euro, mas o dinheiro é para ser investido em obrigações, no caso de Itália e Espanha e em bilhetes de tesouro, no caso de Portugal e Grécia. No fundo não há grandes novidades, mas há um mês atrás parecia impossível aguentar o Euro e agora as perspectivas nesse sentido são melhores.
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Então, interpretando as tuas palavras, quer isso dizer que os pedidos dos mais variados operadores, financeiros ou politicos, de criação de eurobonds, foram satisfeitos embora por outra forma.
Agora resta esperar que os bancos se apercebam do que foi feito, para começarem a emprestar entre si dessa forma estabilizando as coisas é isso?
Agora resta esperar que os bancos se apercebam do que foi feito, para começarem a emprestar entre si dessa forma estabilizando as coisas é isso?
The market gives; The market takes.
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Pata, a crise monetária parece estar controlada, no sentido de que foi dado um sinal claro de que o Euro vai ser protegido, mesmo que isso implique o aumento da massa monetária.
Só que esse aumento da massa monetária está agora nas mãos do Bundesbank e dos outros credores do BCE: quando os 2,7 triliões de Euros forem cobrados, o BCE vai ser obrigado a emitir moeda ( repare-se, a pedido da Alemanha!) para cumprir as suas dívidas, visto que o que tem lá como garantia é dívida Grega, Portuguesa, Italiana, etc.
Do outro lado, os bancos centrais dos países periféricos têm dívidas ao BCE garantidas por obrigações que estão extremamente desvalorizadas.
Onde quero chegar é ao seguinte (se não estiver a ser claro digam):
a) os empréstimos do BCE aos bancos dos países periféricos funcionam como injecções de liquidez (pois a taxa de juro do BCE é inferior à taxa de juro desses países).
b) os créditos do Bundesbank ao BCE funcionam como remoção do excesso de liquidez no sistema monetário Alemão.
Portanto, o BCE está a permitir aos bancos centrais funcionarem como se tivessem a sua própria moeda, utilizando uma transferência de liquidez da Alemanha para a periferia.
As medidas de austeridade exigidas pela Alemanha são uma contrapartida para essa transferência de liquidez:, com o fim de eliminar o "moral hazard" que daí poderia resultar. Ou seja, a "crise soberana" é um instrumento político para a resolução do problema-que é um problema de liquidez com origem no próprio Euro.
Só que esse aumento da massa monetária está agora nas mãos do Bundesbank e dos outros credores do BCE: quando os 2,7 triliões de Euros forem cobrados, o BCE vai ser obrigado a emitir moeda ( repare-se, a pedido da Alemanha!) para cumprir as suas dívidas, visto que o que tem lá como garantia é dívida Grega, Portuguesa, Italiana, etc.
Do outro lado, os bancos centrais dos países periféricos têm dívidas ao BCE garantidas por obrigações que estão extremamente desvalorizadas.
Onde quero chegar é ao seguinte (se não estiver a ser claro digam):
a) os empréstimos do BCE aos bancos dos países periféricos funcionam como injecções de liquidez (pois a taxa de juro do BCE é inferior à taxa de juro desses países).
b) os créditos do Bundesbank ao BCE funcionam como remoção do excesso de liquidez no sistema monetário Alemão.
Portanto, o BCE está a permitir aos bancos centrais funcionarem como se tivessem a sua própria moeda, utilizando uma transferência de liquidez da Alemanha para a periferia.
As medidas de austeridade exigidas pela Alemanha são uma contrapartida para essa transferência de liquidez:, com o fim de eliminar o "moral hazard" que daí poderia resultar. Ou seja, a "crise soberana" é um instrumento político para a resolução do problema-que é um problema de liquidez com origem no próprio Euro.
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Viva,
Até que ponto podemos desvalorizar o Euro 1.2/1.15?
Seria uma maneira de relançar o motor da Europa, a Alemanha, e animar por contágio os outros Países.
Eu penso que os empréstimos a 3 anos são , per si, um Grande sinal para os Mercados.
Abraços
K. Escreveu:A prova de que a estratégia está a funcionar é a queda da cotação do Euro: a operação está a ser vista pelo mercado como aquilo que é- uma forma sofisticada de monetização das dívidas periféricas.
Até que ponto podemos desvalorizar o Euro 1.2/1.15?
Seria uma maneira de relançar o motor da Europa, a Alemanha, e animar por contágio os outros Países.
Eu penso que os empréstimos a 3 anos são , per si, um Grande sinal para os Mercados.
Abraços
“A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco.”
Salvador Dali
Salvador Dali
K. Escreveu:Palmix, de certa forma o que o BCE fez foi parecido com isso: anunciou uma oferta de 500 mil milhões de liquidez contra colaterais formados por dívida pública soberana europeia de má qualidade. Isto fez com que os bancos corressem aos mercados de obrigações Italianas e Espanholas, provocando a descida dos juros.
Aliás, de certa forma o que o BCE fez ainda foi melhor do que comprar a dívida directamente: para além da primeira ronda de compras gerada pela "corrida ao colateral", vai haver em Janeiro uma segunda ronda de compras para o famoso "carry trade", o tal em que os bancos compram dívida pública soberana com o dinheiro emprestado a juros baixos.
Ou seja: ao mesmo tempo que anunciava a recusa em ser comprador de último recurso, o BCE fez algo equivalente, mantendo o controle sobre o sistema e fujindo aos holofotes da comunicação social. Este Doutor Draghi é o melhor banqueiro central de sempre!
A prova de que a estratégia está a funcionar é a queda da cotação do Euro: a operação está a ser vista pelo mercado como aquilo que é- uma forma sofisticada de monetização das dívidas periféricas.
O super mário vai salvar a zona euro, mesmo com os políticos a não fazerem nada para o ajudar. Tenho ouvido toda a gente na comunicação social a malhar nos economistas, o Mário Draghi é a prova que o problema não está nos economistas mas sim nos políticos europeus que não percebem nada de economia e não seguem os conselhos dos economistas. Porque se seguissem a Merkel e o Sarkozy não andavam a brincar às reuniões e já tinham tomado atitudes para salvar a zona euro. O Draghi teve pulso firme e em 2 meses já fez mais que os governantes da zona euro todos juntos para salvar o euro.
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Palmix, de certa forma o que o BCE fez foi parecido com isso: anunciou uma oferta de 500 mil milhões de liquidez contra colaterais formados por dívida pública soberana europeia de má qualidade. Isto fez com que os bancos corressem aos mercados de obrigações Italianas e Espanholas, provocando a descida dos juros.
Aliás, de certa forma o que o BCE fez ainda foi melhor do que comprar a dívida directamente: para além da primeira ronda de compras gerada pela "corrida ao colateral", vai haver em Janeiro uma segunda ronda de compras para o famoso "carry trade", o tal em que os bancos compram dívida pública soberana com o dinheiro emprestado a juros baixos.
Ou seja: ao mesmo tempo que anunciava a recusa em ser comprador de último recurso, o BCE fez algo equivalente, mantendo o controle sobre o sistema e fujindo aos holofotes da comunicação social. Este Doutor Draghi é o melhor banqueiro central de sempre!
A prova de que a estratégia está a funcionar é a queda da cotação do Euro: a operação está a ser vista pelo mercado como aquilo que é- uma forma sofisticada de monetização das dívidas periféricas.
Aliás, de certa forma o que o BCE fez ainda foi melhor do que comprar a dívida directamente: para além da primeira ronda de compras gerada pela "corrida ao colateral", vai haver em Janeiro uma segunda ronda de compras para o famoso "carry trade", o tal em que os bancos compram dívida pública soberana com o dinheiro emprestado a juros baixos.
Ou seja: ao mesmo tempo que anunciava a recusa em ser comprador de último recurso, o BCE fez algo equivalente, mantendo o controle sobre o sistema e fujindo aos holofotes da comunicação social. Este Doutor Draghi é o melhor banqueiro central de sempre!
A prova de que a estratégia está a funcionar é a queda da cotação do Euro: a operação está a ser vista pelo mercado como aquilo que é- uma forma sofisticada de monetização das dívidas periféricas.
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Re: Emprestimo a tres anos, 1% ao ano
A esperanca do BCE era que os bancos comprassem divida do governo Italiano, Espanhol e Frances, ganhando assim a diferenca. Isto iria diminuir o risco de falencia dos bancos e reduziria a taxa de juros que os governos estao a pagar na emissao de divida nova.
O BCE que compre então a divida dos países com o dinheiro que está a ser depositado.
Assim atinge o objectivo na mesma.
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Emprestimo a tres anos, 1% ao ano
O BCE emprestou 489.000 milhões de euros em créditos a três anos a 523 bancos da região, de modo a permitir que houvesse dinheiro a circular na economia. Contudo, esse capital não tem circulado na economia, já que os bancos têm optado por depositar o seu dinheiro no próprio BCE.
Esse dinheiro foi emprestado a 1% ao ano e agora esta depositado a 0.25% ao ano. Ou seja, e um deposito temporario pois esta a perder. E claro que os bancos querem ganhar dinheiro, mas ainda nao sabem com o que. A esperanca do BCE era que os bancos comprassem divida do governo Italiano, Espanhol e Frances, ganhando assim a diferenca. Isto iria diminuir o risco de falencia dos bancos e reduziria a taxa de juros que os governos estao a pagar na emissao de divida nova.
Nao e seguro o que vai acontecer mas tambem ainda e cedo para se dizer que a operacao nao deu resultado pois estamos em periodo de ferias e fecho de balanco. Ninguem quer tomar decisoes nesta altura.
Abraco
CN
PS- Eu bem gostaria de fazer um emprestimo a tres anos a 1%

- Anexos
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- 489.000 millions at 1% for 3 years.JPG (65.22 KiB) Visualizado 2470 vezes
BCE nunca teve tanto dinheiro no seu balanço como na semana passada
28 Dezembro 2011 | 15:59
Empréstimos a bancos da Zona Euro dispararam 32% na semana terminada a 23 de Dezembro. Balanço do BCE alcança os 2,73 biliões de euros.
O Banco Central Europeu (BCE) nunca teve tanto dinheiro no seu balanço como na semana passada. A justificação é a concessão de perto de 500 mil milhões de empréstimos a mais de 500 bancos europeus nesse período.
O balanço da autoridade monetária alcançou os 2,73 biliões de euros na semana que terminou a 23 de Dezembro, declarou hoje o BCE em comunicado.
O montante representa uma subida de cerca de 10% em relação aos números da semana anterior, indica a agência Bloomberg.
A dinamizar esta subida esteve, sobretudo, a importância destinada a empréstimos aos bancos da Zona Euro, que disparou 32%.
Este aumento do crédito deveu-se à medida de cedência de liquidez que a entidade liderada por Mario Draghi (na foto) prestou na semana passada. O BCE emprestou 489 mil milhões de euros em créditos a três anos a 523 bancos da região, de modo a permitir que houvesse dinheiro a circular na economia.
Contudo, de acordo com as indicações do banco central, esse capital não tem circulado na economia, já que os bancos têm optado por depositar o seu dinheiro no próprio BCE.
O montante total dos depósitos “overnight” alcançaram ontem e hoje recordes desde a fundação da entidade, o que significa que os bancos preferem realizar depósitos no BCE a uma taxa que dá um retorno muito baixo em vez de emprestarem dinheiro entre si.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=528067
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Penso que o aumento está directamente relacionado com o empréstimo do BCE aos bancos na semana passada.
Nesta altura do ano os mercados param, pois já foi determinado o valor dos bónus de trading. Assim, o dinheiro fica no BCE à espera do início do ano. É o chamado "efeito Janeiro" que este ano poderá ser mais pronunciado.
Nesta altura do ano os mercados param, pois já foi determinado o valor dos bónus de trading. Assim, o dinheiro fica no BCE à espera do início do ano. É o chamado "efeito Janeiro" que este ano poderá ser mais pronunciado.
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Obrigado .
Mas isto é complicado, se eles próprios desconfiam uns dos outros, como podem estar calmos os particulares, claro há o fundo de garantia . Mas na realidade isto é tudo virtual, tem como base o optimismo .
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Antes de mais julgo serem más noticias para a banca nacional.
Como sabemos os bancos têm diariamente excessos ou falta de liquidez dada a sua actividade, como forma de evitar perdas desnecessarias foi criado um mercado monetario intrabancario.
Neste mercados os bancos cedem entre si a liquidez em excesso ou falta. A média dos juros cobrados neste mercado é a EURIBOR.
No entanto desde a falência do lehman a desconfiança entre os bancos é de tal ordem que este mercado se encontra praticamente estagnado. Desta forma as taxas cobradas entre bancos aumentam. Dado que o BCE apenas empresta aos bancos mediante colaterais (geralmente dívida pública) estes empréstimos tornam-se também mais caros para os bancos.
Espero ter ajudado a esclarecer.
Como sabemos os bancos têm diariamente excessos ou falta de liquidez dada a sua actividade, como forma de evitar perdas desnecessarias foi criado um mercado monetario intrabancario.
Neste mercados os bancos cedem entre si a liquidez em excesso ou falta. A média dos juros cobrados neste mercado é a EURIBOR.
No entanto desde a falência do lehman a desconfiança entre os bancos é de tal ordem que este mercado se encontra praticamente estagnado. Desta forma as taxas cobradas entre bancos aumentam. Dado que o BCE apenas empresta aos bancos mediante colaterais (geralmente dívida pública) estes empréstimos tornam-se também mais caros para os bancos.
Espero ter ajudado a esclarecer.
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- Registado: 14/5/2011 18:59
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Os jornais bombardeiam com esta...
notícia : " Os depósitos dos bancos da zona euro, batem recordes consecutivos, no BCE (banco central europeu... " o que significa isto ? Qual a importância do facto ? é que os jornais não explicam mais .
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