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Caldeirão da Bolsa

Varias escolas Portuguesas em Suiça fechadas...uma vergonha!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Pata-Hari » 29/12/2011 8:41

ul Escreveu:Sobre o ensino de português e cultura portuguesa , que é utilizado por todos os alunos do espaço lusófono dos brasileiros aos cabo-verdianos passado por angolanos e filhos de casais de leste que tendo passado por Portugal querem continuar aprender português .

Continuar ou não é uma decisão soberana do estado português, antes de mais os custos podiam ser reduzido para metade aposta no ensino integrado nas escolas locais, não pagariam aluguer de salas, ao sabado e quartas a tarde.

Mas o papel dos professores vai muito alem, fazer com que os alunos brilhantes "fujam"aos cursos profissionais para onde são empurrados por serem estrangeiros , na actual situação em que todos os dias chegam portugueses crianças completamente perdidas com a mudança alem de não saberem falar são os professores portugueses um amparo para essa pobres crianças.


Ul, se a preocupação fosse essa, nesse caso talvez fizesse sentido ter professores da língua do país que pudessem acompanhar alunos que não falam uma palavra, ensino especial no sentido de integração. Ora o que está em causa é mesmo a manutenção do português como língua viva.

(já agora, sabiam que na finlandia até as escolas estrangeiras, a dita escola americana, alemã, francesa, são públicas? mas não pagam aulas de finlandês aos finlandeses expatriados/emigrados).
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por artista_ » 29/12/2011 1:46

arnie Escreveu:Ora sendo assim, todos os contratos celebrados no inicio deste ano lectivo com os profissionais dos CNO's, pois estes têm celebrado contratos anuais, ao serem respeitados, vai resultar em dezenas de pessoas em casa, dispensados, a receberem tal e qual estivessem a executar as tarefas para as quais foram contratados, correcto? Ou são esses contratos anulados, dando um chuto no traseiro desses profissionais com um obrigado?


Palpita-me que será mais esta última hipótese a seguir... cá, este ano letivo, também acabaram com a indemnizações aos professores a quem não renovam contratos (dizem que a contratção de professores é especial :shock: :shock: ), e passaram a fazer contratos mensais para os meterem na rua logo que deixem de ser indispensáveis... infelizmente chegámos ao ponto de ser miseráveis, vale tudo para não gastar, nem que sejam "trocos", nem que não se cumpra nenhuma Lei, nem as de bom senso! Este tópico é bem prova disso, ainda estamos longe do pior por certamente iremos passar e já estão quase todos a empurrar os cortes para o lado, corte-se a todos desde que não me cortem a mim! :|
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por Opcard » 29/12/2011 0:19

Sobre o ensino de português e cultura portuguesa , que é utilizado por todos os alunos do espaço lusófono dos brasileiros aos cabo-verdianos passado por angolanos e filhos de casais de leste que tendo passado por Portugal querem continuar aprender português .

Continuar ou não é uma decisão soberana do estado português, antes de mais os custos podiam ser reduzido para metade aposta no ensino integrado nas escolas locais, não pagariam aluguer de salas, ao sabado e quartas a tarde.

Mas o papel dos professores vai muito alem, fazer com que os alunos brilhantes "fujam"aos cursos profissionais para onde são empurrados por serem estrangeiros , na actual situação em que todos os dias chegam portugueses crianças completamente perdidas com a mudança alem de não saberem falar são os professores portugueses um amparo para essa pobres crianças.
 
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por arnie » 28/12/2011 19:09

Mais uma pérola:

28.12.2011 - 17:08 Por Lusa
Segundo a comissão instaladora da Associação Nacional de Profissionais de Educação e Formação de Adultos (ANEFA), a “ausência total de comunicação oficial” quanto ao futuro dos CNO coloca as organizações e as equipas que neles trabalham numa “insuportável indefinição”.

Estes profissionais dizem que a situação se agudizou ainda mais perante um concurso de financiamento aberto a menos de um mês e meio do fim do ano, não existindo até hoje qualquer informação sobre os prazos de análise das candidaturas e respectiva comunicação de resultados relacionados com a aprovação ou não.

“Face à ausência de garantias de continuidade em 2012, uma parte significativa dos 436 CNO suspenderão a actividade a partir do dia 31 de Dezembro, até ser comunicado o resultado da candidatura efetuada”, afirma a associação em comunicado.

A suspensão das actividades, “motivada pela inexistência de orientações”, para o período entre o fim do financiamento e a data de aprovação para financiar a actividade em 2012, implicará o “despedimento e/ou redução das equipas pedagógicas”, dizem. Actualmente existem “milhares de profissionais de educação e formação de adultos com vínculo em CNO”, afirmam. Os profissionais no terreno queixam-se da dificuldade em agendar e programar processos formativos que possam ir ao encontro das metas constantes na candidatura entretanto realizada.

O Governo está a reavaliar o programa Novas Oportunidades criado pelos anteriores governos liderados por José Sócrates, não existindo conclusões até ao momento por parte do grupo de trabalho criado no âmbito dos ministérios da Educação e da Economia. Apenas se sabe que “não romperá completamente” com o programa.

“A formação de adultos é uma das preocupações do Executivo”, afirmou à agência Lusa fonte do Ministério da Educação e Ciência (MEC) por ocasião da divulgação do estudo do Conselho Nacional de Educação, na semana passada. “Após avaliação dos resultados do programa e balanço do trabalho realizado, delinearemos a linha a seguir para maximizar o seu valor e responder às expectativas dos adultos quanto a uma mais-valia real no seu futuro profissional”, indicou na altura a mesma fonte. Para o MEC, o que interessa é uma valorização da qualificação dos portugueses e não “uma cosmética estatística”.

A Lusa voltou hoje a contactar o MEC, mas não obteve resposta até ao momento.


in: http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3 ... na-1526788

Os profissionais não sabem se abrem a porta na próxima semana ou não, os alunos que estão a meio do processo não sabem se vão ter hipóteses de o terminar ou não e é assim que continuamos a brincar com a educação deste país.

Vão delinear a "linha" a seguir a meio de um ano lectivo, really? Não será mais sensato aguardar pelo fim do ano lectivo para colocar em pratica essa nova "linha"?

Ora sendo assim, todos os contratos celebrados no inicio deste ano lectivo com os profissionais dos CNO's, pois estes têm celebrado contratos anuais, ao serem respeitados, vai resultar em dezenas de pessoas em casa, dispensados, a receberem tal e qual estivessem a executar as tarefas para as quais foram contratados, correcto? Ou são esses contratos anulados, dando um chuto no traseiro desses profissionais com um obrigado?


:pray: :pray: :pray: :pray:
Bons negocios,
arnie
 
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por Pata-Hari » 27/12/2011 14:18

kanbo Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:À partida eu também acho que seria preferivel, sendo possível, terminar o ano. Mas como tambem não conheço os valores envolvidos, se calhar é melhor não opinar "porque sim". Todos gostariamos que pudessem haver grandes gastos com tudo. Mas não gostamos de ter que os pagar.


Os valores em questao sao significativos , um professor na suiça ganha 3x o que ganharia em Portugal, da mesma maneira que gasta 3x mais que o que gastaria em Portugal.
O que coloco como questao é se a poupança é significativa ? Os professores teem contratos anuais logo em Agosto todos ficariam sem contrato e o estado nao teria mais despeças adicionais . Mas penso que essas contas foram feitas e refeitas.
O que é lamentavel é terem acabado com os cursos de uma maneira unilateral , sem consultar quem quer que seja , mas tenho conciencia que nos dias de hoje é algo recorrente na nossa sociedade .

db7 Escreveu:Conheço bastante bem a realidade dos emigrantes, por isso posso afirmar que a grande maioria dos jovens que nasceram no estrangeiro tem pouca ligação ao país de origem e essa tendência será cada vez maior com ou sem aulas de português... mas é normal que assim seja.


Os filhos dos emigrantes que nasceram ca ( miudos de 10 /16 anos ) sabem cantar o hino nacional , ouvem musica portuguesa e conhecem melhor a atualidade portuguesa que os proprios pais e avos.

Para os filhos de emigrantes de 1 geracao ser portugues no estrangeiro era um problema (nao assumiam em publico a sua nacionalidade, mesmo se a sentem como os outros) mas ao contrario os de 2 e 3 geracao (geracao CR7,Marisa , Morangos ) assumem a sua nacionalidade(origens) , mesmo se a maior parte nem BI (cartao unico ) portugues tem.


kambo, olha que para quem cá vive, ter recebido metade do subsidio de natal, tem visto alteradas as regras fiscais a meio do ano ou não ter mesmo recebido nada, ter passado a não ter crédito ou ter crédito a preços proibitivos, é significativo também. Deste lado sente-se na pele e directamente. Aqui, estamos mesmo no centro do furacão. Com a agravante que quem perde emprego não tem outro para escolher porque estamos em plena recessão.

Francamente (e acho que posso falar nisso), não vejo nenhuma razão para ser interessante ou devermos pagar caro para que os filhos dos emigrantes cantem o hino. É um fringe, é um extra, é um luxo. Os meus também gostariam de ter aulas de finlandês e não têm. Existe um programa semi-martelado na net para os finlandeses expatriados e/ou filhos de emigrantes. Pode-se pensar em fazer isso quando estivermos em época de vacas gordas.

Artista, sim, respondi:

"À partida eu também acho que seria preferivel, sendo possível, terminar o ano. Mas como tambem não conheço os valores envolvidos, se calhar é melhor não opinar "porque sim". Todos gostariamos que pudessem haver grandes gastos com tudo. Mas não gostamos de ter que os pagar." E acrescento, eu também não gostei que tivessem mudado as regras fiscais a meio do ano e de saber que este ano ia pagar 50% do meu subsidio de natal ao estado. E os funcionários públicos ainda gostaram menos do que lhes aconteceu. So?
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por artista_ » 27/12/2011 13:18

Pata, esqueceste-te de abordar aquilo que para mim é o mais grave, acabar com aquilo a meio do ano letivo. Não sei onde está a sencibilidade dos nossos governantes que não percebem que isso simplesmente não se faz, os constrangimentos e dificuldades causadas são enormes, a imagem que deixam é miserabilista, se vale isto devia valer tudo para poupar, e o problema é que há tanta coisa onde se ia buscar bem mais dinheiro que eles não mexem... sinceramente acho que isto já está a precisar de algo mais, vidros partidos e coisas do género, se não eles vão continuar a fingir que não vêm!

Além disto, se programassem as coisas, levavam isto até ao final do ano lectivo e teriam tempo para, em conjusto com as comunidades portuguesas locais estudar soluções que pudessem manter o programa sem despesas para o estado, ou com despesas despresíveis... mas, como já alguém disse por aqui, isso dá muito trabalho! :roll:
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Re: !

por FerroPT » 27/12/2011 12:37

Pata-Hari Escreveu:Bem vindo, Kambo, antes de mais.

Como é óbvio, lamento por ti. Nenhuma destas discussões são pessoais mas acabamos sempre por falar de pessoas que estão escondidas dentro de cada tema.

O dono do comentário dos ****** não voltará a fazer os mesmos comentários.

Eu concordo contigo que 50 professores são um número que é indiferente nas contas nacionais. Mas são 50 aí, 30 ali, 100 noutro lugar. Conta. E é uma benesse para tempos de vacas gordas que nem os países ricos oferecem. Ora acontece que não somos ricos e como tu dizes, havendo massa critica, consegue-se manter as aulas com sponsorização privada. Te garanto que por aqui tem custado muito às pessoas pagar mais impostos e não receber subsidios por causa das poupanças forçadas que o nosso estado tem que fazer.

Os carros dos ministros são tema, mas terá que ser tratado per si e nada tem a ver com este tema.


Corresponde exactamente à minha opinião...

Quero reforçar que estou farto que sempre que se discute um corte de algo se fale em carros dos ministros, o facto de alguém concordar com um corte não significa que concorde com os carros dos ministros... Percebam que os carros dos ministros não chegam nem de perto nem de longe para compensar todos os cortes em que estes são demagogicamente mencionados. Se o nosso problema fosse a porcaria dos carros vocês acham que estávamos como estamos ?
 
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por db7 » 27/12/2011 12:22

nk667 Escreveu:Eu acho que ninguém sai do seu pais assim por assim... e se eu estou na Suiça é porque em portugal não tive oportunidades de trabalho...
O estado deveria de ter um pouco de vergonha porque somos já a segunda maior comunidade de emigrantes em Suiça...num pais de quase 8Milhões passamos já de 200'000!
E se esta gente toda deixa-se de investir em portugal?!
Ainda há uns meses telefonou-me um senhor do BCP de uma conta que tenho em Portugal a propor-me uns depósitos a prazo e tal...e coisa... conclusão... por estas e por outras quando for a Portugal fecho a conta!
Se todos fizessem como eu, acho que o estado iria perder muito mais de 2 milhões!!!


É claro que os emigrantes são importantes para a economia portuguesa, no entanto cada um é livre de fazer o que muito bem entende do seu capital. Com o devido respeito, ninguém o obriga a investir em Portugal, fá-lo porque o acha conveniente e quando não o achar deixa de investir não é?

Eessa medida não foi correta no que toca ao timing, mas a austeridade tem que ser repartida por todos.
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por nk667 » 27/12/2011 11:12

Eu acho que ninguém sai do seu pais assim por assim... e se eu estou na Suiça é porque em portugal não tive oportunidades de trabalho...
O estado deveria de ter um pouco de vergonha porque somos já a segunda maior comunidade de emigrantes em Suiça...num pais de quase 8Milhões passamos já de 200'000!
E se esta gente toda deixa-se de investir em portugal?!
Ainda há uns meses telefonou-me um senhor do BCP de uma conta que tenho em Portugal a propor-me uns depósitos a prazo e tal...e coisa... conclusão... por estas e por outras quando for a Portugal fecho a conta!
Se todos fizessem como eu, acho que o estado iria perder muito mais de 2 milhões!!!
 
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por kanbo » 27/12/2011 10:55

Pata-Hari Escreveu:À partida eu também acho que seria preferivel, sendo possível, terminar o ano. Mas como tambem não conheço os valores envolvidos, se calhar é melhor não opinar "porque sim". Todos gostariamos que pudessem haver grandes gastos com tudo. Mas não gostamos de ter que os pagar.


Os valores em questao sao significativos , um professor na suiça ganha 3x o que ganharia em Portugal, da mesma maneira que gasta 3x mais que o que gastaria em Portugal.
O que coloco como questao é se a poupança é significativa ? Os professores teem contratos anuais logo em Agosto todos ficariam sem contrato e o estado nao teria mais despeças adicionais . Mas penso que essas contas foram feitas e refeitas.
O que é lamentavel é terem acabado com os cursos de uma maneira unilateral , sem consultar quem quer que seja , mas tenho conciencia que nos dias de hoje é algo recorrente na nossa sociedade .

db7 Escreveu:Conheço bastante bem a realidade dos emigrantes, por isso posso afirmar que a grande maioria dos jovens que nasceram no estrangeiro tem pouca ligação ao país de origem e essa tendência será cada vez maior com ou sem aulas de português... mas é normal que assim seja.


Os filhos dos emigrantes que nasceram ca ( miudos de 10 /16 anos ) sabem cantar o hino nacional , ouvem musica portuguesa e conhecem melhor a atualidade portuguesa que os proprios pais e avos.

Para os filhos de emigrantes de 1 geracao ser portugues no estrangeiro era um problema (nao assumiam em publico a sua nacionalidade, mesmo se a sentem como os outros) mas ao contrario os de 2 e 3 geracao (geracao CR7,Marisa , Morangos ) assumem a sua nacionalidade(origens) , mesmo se a maior parte nem BI (cartao unico ) portugues tem.
 
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por _urbanista_ » 27/12/2011 10:43

Eu até acho bem esta medida, mas faltam muitas outras bem mais lesivas para o estado que ninguém fala, como patrocinar as companhias low cost ou as PPP etc
Prefiro que os meus impostos sejam para pagar a professores do que a nórdicos para virem de férias para Portugal quase de borla ou para lucros garantidos para os mesmo do costume...
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por Pata-Hari » 27/12/2011 10:24

À partida eu também acho que seria preferivel, sendo possível, terminar o ano. Mas como tambem não conheço os valores envolvidos, se calhar é melhor não opinar "porque sim". Todos gostariamos que pudessem haver grandes gastos com tudo. Mas não gostamos de ter que os pagar.
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por db7 » 27/12/2011 9:46

Vivemos tempos excepcionais, por isso estas medidas entrarem em vigor. Sou da opinião que ao menos acabavam o ano lectivo e depois explicava-se aos pais que a alternativa era pagarem para os filhos aprenderem português (caso houvesse interesse).

Conheço bastante bem a realidade dos emigrantes, por isso posso afirmar que a grande maioria dos jovens que nasceram no estrangeiro tem pouca ligação ao país de origem e essa tendência será cada vez maior com ou sem aulas de português... mas é normal que assim seja.

Os emigrantes tem em geral melhores condições económicas que a grande maioria da população portuguesa e podem pagar as aulas dos seus filhos caso isso seja de facto importante.
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por Pata-Hari » 27/12/2011 9:18

Bem vindo, Kambo, antes de mais.

Como é óbvio, lamento por ti. Nenhuma destas discussões são pessoais mas acabamos sempre por falar de pessoas que estão escondidas dentro de cada tema.

O dono do comentário dos ****** não voltará a fazer os mesmos comentários.

Eu concordo contigo que 50 professores são um número que é indiferente nas contas nacionais. Mas são 50 aí, 30 ali, 100 noutro lugar. Conta. E é uma benesse para tempos de vacas gordas que nem os países ricos oferecem. Ora acontece que não somos ricos e como tu dizes, havendo massa critica, consegue-se manter as aulas com sponsorização privada. Te garanto que por aqui tem custado muito às pessoas pagar mais impostos e não receber subsidios por causa das poupanças forçadas que o nosso estado tem que fazer.

Os carros dos ministros são tema, mas terá que ser tratado per si e nada tem a ver com este tema.
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por kanbo » 27/12/2011 8:52

Apos alguns meses de leitura do forum , vou deixar aqui o meu primeiro post.

Apos ter lido algumas barbaridades nao poderia de deixar aqui a minha opiniao , sou uns dos "chul" referidos assima , deixo aqui o meu ponto de vista(sou abutre a 4 anos.)

Antes de mais informo o funcionamento do EPE ( ensino de portugues no estrangeiro)
Existem 2 vertentes , ELE e ELV , sendo o ELE uma para os filhos dos emigrantes( depois das aulas , sabados ...) e o ELV como segunda lingua viva ( em portugal temos os portugues e ingles , nos outros paises teem o frances e portugues, por exemplo)

Sobre o fecho dos cursos a meio do ano ( ja é oficial) estamos a falar "apenas" de 50 professores , 50 familias que de um dia para o outro um dos elementos do agregado familiar ficou sem emprego, a diferença da maioria dos outros vivem em portugual e estes estao a trabalhar a 2000km de sua casa e das suas familias, sim que caso nao saibam sao professores destacados , que tiverem de alugar casa , fazer mudanças e de um dia para o outro ....obrigado e boa sorte.
Como é obvio os alunos serao prejudicados , mas tambem nao sera o fim do mundo , por um lado as escolas vao arranjar solucoes e do outro os pais metem os miudos a aprender espanhol ou arabe .....nada de mais.

Sobre o impacto que esta medida teve nas comunidades , posso falar em nome de alguns emigrantes , chegar a escola na segunda feira e ver um papel a dizer que as aulas de portugues acabaram pois devido a falta de verbas os professores ja nao daram mais aulas, é vergonhoso. Os emigrantes nao sao ricos , apesar de haver quem esteja bem na vida , contudo penso que bastava uma reuniao com estes pais para se arranjar uma solucao , sim porque estamos a falar de 50 professores , em que cada um tem entre 200 e 300 alunos logo 10.000 a 15000 alunos bastariam 50 euros a cada um para assegurar o funcionamento até o final do ano lectivo( ao entao os ministros nao comprarem carros top de gama)

Em sociedades em que o nacionalismo esta cada vez mais vincado parece me um erro o fim do Ensino do Portugues no Estrangeiro , o fim porque em janeiro foram 50 professores embora , mas no inicio do ano lectivo foram 100 lugares que nao tiveram professor colocado .

Sobre quem paga os professores , é o estado portugues , as instalaçoes é o estado que acolhe os alunos.
Os portugueses que vivem em portugal pagam atravez de impostos , os abutres que vivem no estrangeiro pagam atravez de remessas que enviam para o pais, que vai servir a gastar nas ferias , fazer casa , comprar moveis , investir na economia portuguesa...

"Remessas dos emigrantes subiram em 2010
Os portugueses radicados no estrangeiro enviaram no ano passado mais 122,03 milhões de euros para Portugal do que em 2009, com o valor a superar os 2.403 milhões de euros, segundo dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal"

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=12320
 
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por A330-300 » 27/12/2011 8:06

Pata-Hari Escreveu:Mas A 330, cada um deposita onde quer. Os emigrantes enviam dinheiro porque têm interesses cá, não para ajudar o país. Essa nunca foi a motivação. Do mesmo modo que os estrangeiros que têm cá casa também mandam dinheiro para cá. Uma coisa não tem nada a ver com outra.



Eu nem estou na discussão se às escolas fora são boas ou más .Acho que vinte e tal professores não é o assim tão caro ,mas enfim.

O que eu quis dizer foi em resposta a alguém ai para trás que dizia que os emigras não contribuem com nada e que são uns chu...
Não contribuem diretamente ,mas por uma razão ou outra voluntária ou involuntariamente contribuem sim para o país e trazem proventos mais que suficientes para pagar 20 professores.

Não entro na discussão da necessidade das escolas fora,mas em um país como este que estão sempre tão preocupados com a lusofonia ,parece me um bocado andar para trás.

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por e-finance » 27/12/2011 1:12

Peço desculpa por postar aqui:

Acabei de ouvir na TVI 24 que o custo dos helis durante a noite, por ano é de 2 milhões de euros. Alguém tem ideia de quanto são obrigados os contribuintes a gastar com o futebol por ano?
Don't run a race that doesn't have a finish line.
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por artista_ » 27/12/2011 1:02

Pata, o problema do nosso país não foi, não é, nem será, o dinheiro que se gasta com estes alunos na Suiça... isto é miserabilista, sobretudo acabar com as coisas a meio do ano letivo!

Estás sempre a falar da educação dos filandeses como se o problema do nosso país tenha estado naquilo que gastámos na educação, o problema não esteve nunca ai, esteve em muitas outras coisas!

Pode ser demagógico, mas a título meramente comparativo, aquilo que se meteu no BPN dava para manter este programa por mais de 100 anos! :shock: :shock:

Andamos a gastar à grande em muita coisa e depois somos miseráveis com muitas outras.
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por Pata-Hari » 26/12/2011 23:14

Os nossos governantes estão a tentar evitar a bancarrota. Acho que isso chega em qualquer lugar do mundo para justificar poupança. O investimento "real" está a ser afectado (aquele com retorno real e imediato) mas é mesmo assim, faz parte.

Os países ricos optam por não gastar esse dinheiro. Dei-te o exemplo da finlandia. Nós, que somos pobres, podemos e na tua opinião devemos gastar.

Como dizes, optaste por não ligar mais os teus filhos à tua cultura. Eu vivi fora e mantive as duas línguas maternas dos meus dois filhos apesar de não ter tido nenhum governo de nenhum país a pagar-me para isso. São opções. Com custos diferentes, todas elas (tenho uma criança para quem é dificil viver com quatro línguas).

As remessas dos emigrantes existem porque os emigrantes mantêm interesses cá tal como alguns estrangeiros o fazem. Nunca ouvi nenhum emigrante dizer que está a mandar dinheiro para o seu país para ajudar e esperando gratidão em troca. Nem consigo entender que isso agora seja argumento, francamente nem vejo a relação disso com o que quer que seja.
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por jlmf » 26/12/2011 23:09

Pata-Hari Escreveu:Mas A 330, cada um deposita onde quer. Os emigrantes enviam dinheiro porque têm interesses cá, não para ajudar o país. Essa nunca foi a motivação. Do mesmo modo que os estrangeiros que têm cá casa também mandam dinheiro para cá. Uma coisa não tem nada a ver com outra.


E se os emigrantes teem interesses cá não será pq pensaram que seria boa ideia? pq tinham ligação de alguma forma ao país?
E se de um momento para o outro deixarem de achar boa ideia por sentirem que afinal é mesmo uma péssima ideia e que tudo tem sido feito para que assim seja, pelo menos ao nivel politico.

Profissionalmente há muitos anos que alerto emigrantes para o facto de ser mesmo uma péssima ideia mas confesso que recentemente tem sido mais fácil argumentar, aliás nem necessito argumentar.
 
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"Nao ha dinheiro."

por bboniek33 » 26/12/2011 23:09

A frase em epiigrafe ee para ser lida tantas vezes quanteas as necessaarias atee o leitor apreender o sentido.

Aqui vai um replay em camara lenta:

"N a o h a d i n h e i r o."

Os emigrantes soo mandam para caa o dinheiro se:

1. por maiores retornos
2. porque sao estuupidos
3. porque sao patriotas

Estes uultimos nao teem tratamento preferencial.

Aa vossas ordens. Boa Paascoa !
Imagem
 
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por jlmf » 26/12/2011 23:01

Pata-Hari Escreveu:JLMF, como defines/medes/avalias o retorno desse investimento? nota que estamos na bancarrota, explica-me em como é que esse investimento nos salva do drama que estamos a viver e dos sacrificios que nos estão a ser impostos e que são imediatos.

É engraçado atirar para o "economicismo" quando os ordenados estão a ser cortados, o desemprego a subir, o país a ser vendido por excessos cometidos no passado. Não espaço nem para as bicas das embaixadas. O que tu chamas de investimento, eu chamo de um fringe e um luxo que é permitido quando se pode pagar por ele. É bonito e simpático mas longe de ser necessário. Quando um português opta por deixar o seu país e passar a pagar impostos fora, não esra certamente que o estado português continue a educar as crianças dos que estão fora.

E talvez eu até nem seja suspeita porque já estive de todos os lados da questão: tenho filhos quadrilingues, nascidos num país que não portugal e que ainda hoje, vivendo cá, só têm aulas em duas das línguas deixando uma das línguas maternas de fora. É que sabes....os finlandeses não pagam para aulas de finlandês aos filhos de finlandeses. Se calhar porque acham que ou é um luxo, ou que o "investimento" não tem retorno.


Pois será dificil "medir" o retorno em termos culturais da difusão de uma lingua, de uma cultura e neste caso concreto de um apoio a uma comunidade de emigrantes que como sabemos mudou muito nos ultimos anos mas que ainda tem uma componente considerável de elementos com alguma dificuldade em transmitir aos filhos algo que os faça senão divulgar pelo menos conhecer as suas origens.

Não quero pensar sequer em cultura a "medir" pq se assim fôr em breve teremos que medir o valor de um museu, de um teatro, de um livro, de uma musica, de um fado, de uma língua, de um povo, e á falta de medida padrão para avaliar/defenir, e como temos de ser salvos da bancarrota, que se acabe com a cultura, que custa e não rende, pq afinal historicamente assim se iniciaram periodos fartos em pensamentos unificados.

Referia-me no entanto ao muito que os milhões de Portugueses cujos filhos ficarão privados de 1:50h semanal de ensino de Português, contribuiram e contribuem financeiramente atraves das suas remessas e investimentos para o desenvolvimento de país de origem. Se em retorno tinham este apoio, penso que não era demais.

Pessoalmente tenho dupla nacionalidade, os meus filhos nem são Portugueses por opção, e nem tenho muita ligação á diáspora mas sei que está a ser muito mal vivida esta decisão.

Por ultimo o que considero um luxo neste caso, é o que os governantes Portugueses fazem desde há meia duzia de anos, pelo menos: Desprezar o que durante muitos anos foi uma das principais fontes de riqueza do país. H'a dias estive em Bruxelas e acabei por ver a RTP Internacional e vi o apelo oficial, repetido vezes sem conta, de uma secretaria qualquer de um ministério qualquer, aos emigrantes para que invistam em Portugal aplicando os meios financeiros e Know-how acumulado; Só quem está fora da realidade pode gastar milhares de euros com tamanha aberração televisiva, basta ouvir os comentários dos diversos segmentos culturais e etários dos nossos emigrantes e comparar os apoios por estes recebidos (?fecho de consulados, cortes culturais, etc)com os que lhes chegam dos seus países de origem ás comunidades espanholas, italianas, francesas e agora de alguns países do leste europeu, e estou a falar não só da Suiça, como da Alemanha, Holanda, Noruega, Luxemburgo, países que conheço bem em termos de comunidades Portuguesas e outras. Por muito que pesem financeiramente esses apoios, o retorno será enorme e se caminhamos para o deve haver sem moral, sem patriotismos, sem social, sem cultura, então no minimo um pouco de calculismo frio, germânico, seja o suficente para imaginar que o salário de algumas dezenas de profs não se compara ao que se perde em divisas, hoje, e no futuro considerando aqueles que afinal já não vão falar e ler português e que renunciam á nacionalidade Portuguesa porque afinal o consulado fechou e o mais próximo fica a centenas de kms apesar de serem localmente e em numero mais do que em algumas cidades Portuguesas.

E sim, sei de alguns cantões suiços que há muito se preocupam com o facto de Portugal não dar o mesmo apoio aos seus emigrantes que outros países dão e que apesar do ensino ser gratuito e de as aulas de lingua e cultura Portuguesa serem faculativas e extra curriculares, apoiam financeiramente este cursos porque observaram que uma boa integração depende em muito de um bom conhecimento das origens, embora ao nivel comunal e sobretudo os partidos de direita mais ou menos liberais proclamem e se admirem de Portugal desperdiçar assim secamente, o que outros fomentam com verdadeiras campanhas e apoios.
 
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por Pata-Hari » 26/12/2011 22:40

Mas A 330, cada um deposita onde quer. Os emigrantes enviam dinheiro porque têm interesses cá, não para ajudar o país. Essa nunca foi a motivação. Do mesmo modo que os estrangeiros que têm cá casa também mandam dinheiro para cá. Uma coisa não tem nada a ver com outra.
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por alexandre7ias » 26/12/2011 22:08

FerroPT Escreveu:É indiferente se foi a meio no princípio ou no fim do ano, essas escolas nunca podem ser pagas pelos contribuintes português, é no mínimo um insulto aos contribuintes portugueses andar a pagar as escolas dos filhos dos emigrantes...


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por A330-300 » 26/12/2011 22:04

Bom, acho que deixa de valer a pena mandar o dinheiro para Portugal e pagar impostos quando o aaplicamos em DPs .

Estamos a pagar impostos para nada.Mais vale paga-los no país onde estivermos emigras.

De qualquer forma podiam ao menos deixar acabar o ano letivo .

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