Portugal a venda aos ditadores deste Mundo
China
Portos na Grecia e em Portugal
estratégico
Energia... estratégico..
basta desligarem a luz e é o caos ... nada funciona...
nem o cérebro humano... (está tão habituado ao liga desliga
Interessados em activos gregos podem apresentar ofertas de compra no final de Março
28/12/2011
O Fundo de Desenvolvimento de Activos da República Helénica irá solicitar manifestações de interesse para a compra de várias entidades controladas pelo Estado dentro de três meses, de acordo com o jornal grego Kathimerini, que cita pessoas com conhecimento do assunto que preferiram não ser identificadas.
As ofertas de compra poderão ser realizadas sobre a Depa, empresa de gás controlada pelo Estado, o operador da rede de gás Desfa, a Hellenic Defense Systems, o operador de corridas de cavalos ODIE, e a fabricante de ferro e níquel Larco.
No final de Novembro, Costas Mitropoulos, CEO do Fundo de Desenvolvimento de Activos da República Helénica, já tinha dito que a Grécia planeava angariar 65 mil milhões de euros até ao final de 2015, através da venda de activos do Estado e desenvolvimento do mercado imobiliário.
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28/12/2011
O Fundo de Desenvolvimento de Activos da República Helénica irá solicitar manifestações de interesse para a compra de várias entidades controladas pelo Estado dentro de três meses, de acordo com o jornal grego Kathimerini, que cita pessoas com conhecimento do assunto que preferiram não ser identificadas.
As ofertas de compra poderão ser realizadas sobre a Depa, empresa de gás controlada pelo Estado, o operador da rede de gás Desfa, a Hellenic Defense Systems, o operador de corridas de cavalos ODIE, e a fabricante de ferro e níquel Larco.
No final de Novembro, Costas Mitropoulos, CEO do Fundo de Desenvolvimento de Activos da República Helénica, já tinha dito que a Grécia planeava angariar 65 mil milhões de euros até ao final de 2015, através da venda de activos do Estado e desenvolvimento do mercado imobiliário.
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"eize-los"
já Nostradamus previa há 400anos
PEQUIM — O presidente da China, Hu Jintao, determinou nesta terça-feira à Marinha que se prepare para combater e a seguir modernizando a força, com o objetivo de garantir a segurança nacional, informou a agência oficial Xinhia (Nova China).
Jintao pediu à Marinha que acelere a modernização e desenvolva preparativos intensos para o combate militar, com o objetivo de "salvaguardar a segurança nacional e a paz mundial", destacou a agência oficial, no momento em que as ambições marítimas da China inquietam os vizinhos e os Estados Unidos.
Link: http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 04771f.3f1 (via shareaholic.com)
já Nostradamus previa há 400anos
PEQUIM — O presidente da China, Hu Jintao, determinou nesta terça-feira à Marinha que se prepare para combater e a seguir modernizando a força, com o objetivo de garantir a segurança nacional, informou a agência oficial Xinhia (Nova China).
Jintao pediu à Marinha que acelere a modernização e desenvolva preparativos intensos para o combate militar, com o objetivo de "salvaguardar a segurança nacional e a paz mundial", destacou a agência oficial, no momento em que as ambições marítimas da China inquietam os vizinhos e os Estados Unidos.
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Trabalhadores chineses
Bom dia,
Nos países onde os chineses estão instalados, quase não empregam naturais. Trazem os trabalhadores da China. O Futre tem razão.
Figueira
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Ouvi dizer que sexta ja vao aterrar uns charters com umas dezenas ou centenas de boys chineses para a EDP. O que me preocupa é mesmo isto: o consumidor pagar aos boys de ca e agora ainda ter que pagar aos boys de la.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Carissimo mcarvalho 
Na minha opinião este tipo de aquisições resolve problemas em vez de os criar.
A soberania é do estado e não das empresas.
Se estas privatizações tivessem sido realizadas á 10 anos atrás provavelmente não estávamos numa situação tão precária.
Na minha opinião este tipo de aquisições resolve problemas em vez de os criar.
A soberania é do estado e não das empresas.
Se estas privatizações tivessem sido realizadas á 10 anos atrás provavelmente não estávamos numa situação tão precária.
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Caro
lfhm
a sua posição é muito realista
que havemos de fazer??!! Eles é que mandam..
manda quem pode .. obedece quem deve..
não vale a pena lutar por nada.. mais vale adaptar..
se for preciso até sou capaz de denunciar a minha família... que é posso fazer .. desde que eu coma!!!
e porque não ... matar o meu pai que falou contra?!!
.........
a sua posição é muito comum em tempos conturbados.
Hitler.. Estaline e Mao e querido lider
lfhm
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que havemos de fazer??!! Eles é que mandam..
manda quem pode .. obedece quem deve..
não vale a pena lutar por nada.. mais vale adaptar..
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Continuo sem perceber o objectivo deste tipo de discussões que diferença faz num mundo globalizado se a empresa é portuguesa ou chinesa ou o que seja desde que crie postos de trabalho e pague impostos...
Pelos menos acabam-se com os jobs for the boys na EDP
Pelos menos acabam-se com os jobs for the boys na EDP
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mcarvalho Escreveu:por 3 euros eu comprava um alicate feito em portugal
por 1 euro comprei um alicate feito na china
já comprei 5 alicates feitos na china por 1 euro o que dá 5 euros (partem todos)
resolvi voltar a comprar um alicate por 3 euros feito em portugal
mas
a fábrica já fechou
Essa dos alicates ainda não é mais flagrante para mim... pois o que não vale mesmo nada e que usamos com frequência são as brocas e chaves de fendas!!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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Boa pergunta, Elias.
Eu há dias olhei para cima da minha secretária no escritório e fui ver a % em valor de equipamento made in China:98% (e não estou só a falar de telemóvel, tablet, portátil. Até o candeeiro e a lâmpada!!! experimentem ir ao Ikea e ver de onde vem uma grande fatia dos produtos que lá estão.
Aí concluimos: o dinheiro de facto está do lado deles. Eles inclinaram-se para cá para mandar produtos e nós inclinámo-nos para mandar dinheiro para lá. Não é por acaso, que eles detêm uma fatia enorme da dívida Europeia e Americana. Não tenho a certeza mas penso que ultrapassa os 50%. Ou seja, são os maiores credores ou "accionistas" como queiram chamar.
Eu há dias olhei para cima da minha secretária no escritório e fui ver a % em valor de equipamento made in China:98% (e não estou só a falar de telemóvel, tablet, portátil. Até o candeeiro e a lâmpada!!! experimentem ir ao Ikea e ver de onde vem uma grande fatia dos produtos que lá estão.
Aí concluimos: o dinheiro de facto está do lado deles. Eles inclinaram-se para cá para mandar produtos e nós inclinámo-nos para mandar dinheiro para lá. Não é por acaso, que eles detêm uma fatia enorme da dívida Europeia e Americana. Não tenho a certeza mas penso que ultrapassa os 50%. Ou seja, são os maiores credores ou "accionistas" como queiram chamar.
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por 3 euros eu comprava um alicate feito em portugal
por 1 euro comprei um alicate feito na china
já comprei 5 alicates feitos na china por 1 euro o que dá 5 euros (partem todos)
resolvi voltar a comprar um alicate por 3 euros feito em portugal
mas
a fábrica já fechou
por 1 euro comprei um alicate feito na china
já comprei 5 alicates feitos na china por 1 euro o que dá 5 euros (partem todos)
resolvi voltar a comprar um alicate por 3 euros feito em portugal
mas
a fábrica já fechou
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seymour Escreveu:Nem sempre podemos fazer negócios apenas com democracias tão admiráveis como a Alemã.
Se calhar preferiam negociar com uma empresa só porque é alemã, como a que nos vendeu os submarinos num negócio ruinoso para Portugal, ou negociar com uma empresa chinesa que oferece as condições melhores e mais honestas para a EDP?
Deixemo-nos de preconceitos.
Concordo.
Para além disso, para que a Chine valorize o seu investimento, a EDP terá de se tornar uma referência na Europa contra grandes grupos que hoje existem.
Se tivessem sido os Alemães a ganhar, acham que iriam competir contra grupos alemães?
O problema de quando recebemos investimento de países mais ricos (não digo que seja mau, porque não é), temos que considerar que investem apenas para poder ter determinados produtos mais baratos dos que a sua produção no seu país de origem.
Veja-se o caso da Infineon... os chips eram vendidos para a Alemanhã e aí é que era feita a geração de valor, aproveitando assim a mão de obra mais barata de Portugal.
Existem muitos texteis e outros produtos onde isso acontece... são parcialmente feitos em Portugal a preços baixos e exportados para o outro país vender esses mesmos produtos a preços exorbitantes!
Quanto a ser Chinês ou não, é indiferente... pois se virem bem quando compramos produtos em qualquer loja, uma parte deles é feita na China.
Temos é de criar condições para que os produtos sejam feitos cá e o seu valor acrescentado seja feito cá.
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AutoMech Escreveu:Roubado ao blog Portugal Contemporâneo:
Qual será a função do "Head of Discipline Inspection Group" ?
Eu também acho que é preciso ter cuidado quando se vende coisas a estrangeiros e, sobretudo, a "aliens". Aquele vice-presidente (segundo a contar da esquerda) parece-me bem ameaçador!...
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
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Re: Portugal a venda aos ditadores deste Mundo
Lion_Heart Escreveu:Primeiro foi a ditadura Angolana que andou a comprar empresas pelo nosso psi-20 , agora vendem o resto da EDP aos Chineses , vamos cada vez melhor.
Lion,
O governo angolano foi eleito em 2008 pelo povo em eleições que os vários observadores internacionais, consideraram legais.
Feliz Natal,
Figueira
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Nem sempre podemos fazer negócios apenas com democracias tão admiráveis como a Alemã.
Se calhar preferiam negociar com uma empresa só porque é alemã, como a que nos vendeu os submarinos num negócio ruinoso para Portugal, ou negociar com uma empresa chinesa que oferece as condições melhores e mais honestas para a EDP?
Deixemo-nos de preconceitos.
Se calhar preferiam negociar com uma empresa só porque é alemã, como a que nos vendeu os submarinos num negócio ruinoso para Portugal, ou negociar com uma empresa chinesa que oferece as condições melhores e mais honestas para a EDP?
Deixemo-nos de preconceitos.
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Bom,
A mim é indiferente se vendem a Chineses, Alemães ou outros, uns são ditadores por ideologia outros são ditadores pela economia..Nunca Portugal será um País comunista ( pelo menos assim penso) mas seria facilmente controlado por uma ditadura economicista, por isso venha o diabo e escolha.
O que me repugna vivamente é andar a vender os anéis todos que temos ( meu Deus, vender a Edp ????!! Uma empresa que dá lucro, bem gerida, com um crescimento notável a todos os títulos ) e ficarmos com as pedras que estão sempre a afundar cada vez mais.
Privatizem os comboios, metro, "autocarros", Transtejo e afins, esses é que estão a afundar Portugal. E já agora não me venham com a conversa de serviço público e que o estado deve manter esses serviços, aínda por cima subsidiados.
Um estado que de uma educação tendencialmente gratuita e de uma saúde tendencialmente gratuita, faz o que faz a estes 2 serviços públicos, tem que ter a coragem de acabar com as benesses que alguns usufruem quando todos pagamos.
A mim é indiferente se vendem a Chineses, Alemães ou outros, uns são ditadores por ideologia outros são ditadores pela economia..Nunca Portugal será um País comunista ( pelo menos assim penso) mas seria facilmente controlado por uma ditadura economicista, por isso venha o diabo e escolha.
O que me repugna vivamente é andar a vender os anéis todos que temos ( meu Deus, vender a Edp ????!! Uma empresa que dá lucro, bem gerida, com um crescimento notável a todos os títulos ) e ficarmos com as pedras que estão sempre a afundar cada vez mais.
Privatizem os comboios, metro, "autocarros", Transtejo e afins, esses é que estão a afundar Portugal. E já agora não me venham com a conversa de serviço público e que o estado deve manter esses serviços, aínda por cima subsidiados.
Um estado que de uma educação tendencialmente gratuita e de uma saúde tendencialmente gratuita, faz o que faz a estes 2 serviços públicos, tem que ter a coragem de acabar com as benesses que alguns usufruem quando todos pagamos.
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"Ni hao, meus senhores"
22 Dezembro 2011 | 23:30
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Ontem foi um dia histórico. Menos pela saída do Estado Português do que pela entrada da China na EDP. A Europa está a ficar para tia, falida e pudica, de um mundo que agora gira entre Nova Iorque e Pequim. Portugal tomou uma opção: entrou nesse eixo. E isso abre um novo mar - um mar onde seremos as rémoras dos tubarões.
A privatização foi um "jackpot" para a EDP e para o Estado. Porque traz aquilo de que ambos mais carecem: capital. O capital sem pátria, que preferíamos que fosse nosso, mas nosso não há. Há este, é pegar ou largar. Nós pegámos. A dependência tornou-nos pragmáticos: andamos a aprender com os angolanos. Mas a China é outra coisa: é um potentado. E quanto a proselitismos, basta olhar para a Zona Euro. O dinheiro chinês é o mesmo dinheiro que a União Europeia e o FMI foram mendigar há semanas para alavancar o Fundo de Estabilização da Zona Euro. Foi um vexame: a senhora Lagarde e o senhor Regling levaram tampa. Portugal fechou negócio. A diferença não é o espaço geográfico, é ser capital para investimento em vez de capital para pedinte.
É claro que os chineses são um problema, mesmo para quem não tem consciência. Não são uma democracia. Não respeitam direitos humanos. Nem ambientais. Mas a Europa hipotecou a consciência quando se tornou frágil. Olhai para Espanha: prepara-se para vender 10% da Repsol a chineses, a russos ou ao Qatar. Pois é: o país dos "campeões nacionais" está de rastos, com construtoras como a Sacyr a vender-se para pagar dívidas e bancos como o Santander a precisarem de aumentos de capital gigantes para tapar os buracos abertos pelos seus apregoados sucessos.
Sempre esperámos a ascensão dos BRIC. Nunca esperámos que ela acontecesse em simultâneo com o declínio acelerado da Europa e a erosão lenta dos Estados Unidos: a quebra do mundo ocidental. E agora, por muito que nos custe, e custa, vamos pedir dinheiro a países pobres onde há muitos ricos. Países de petróleo, da abundância de recursos naturais, países como a China. Que não é uma democracia. Que emergirá como nova potência mundial para uma nova bipolaridade. Sem disparar um único tiro.
A Three Gorges capitaliza e financia a EDP, salvando-a de uma dívida preocupante em tempo de maus "ratings". Mais: a China traz fábricas, financia bancos, anuncia participar na solução do BCP. Mas nós, sobretudo, selámos uma aliança. Não com o Diabo. Não com qualquer anjo. Passos Coelho foi corajoso - e temerário.
É preciso garantir que tudo o que foi anunciado será cumprido - há razões para ser céptico em relação aos chineses. Se for, seguiremos no lastro. Para África, inclusive. E para o Brasil. É esse o nosso "interesse": o "mercado de língua portuguesa", de que falava o primeiro-ministro há dias. A PT vale pelo Brasil, a EDP vale pelo Brasil e pelas renováveis, a TAP vale pelo Brasil e África, a Galp vale pelo Brasil e Moçambique, o BPI vale por Angola. É o nosso factor competitivo, foi o nosso destino, a solução de escape enquanto falidos.
Os chineses investem em ciclos longos e actuam em rede. Percebemo-los mal e vamos ter de aprender a dialogar com eles, ou seremos enganados. Mas agora, numa galeria longínqua em Pequim, já nos olham como chinesinhos, seus aliados.
Angela Merkel deve ter aprendido ontem uma lição. Isto não está a acontecer a Portugal, está a acontecer à Europa, paralisada nas suas pequenas ordenanças. E nós? Nós estamos a ver se nos salvamos, desesperadamente procurando fora da Europa o que a Europa não nos consegue providenciar. Portugal não se vendeu porque não se vende o que não se tem. Bem-vindos ao mundo novo, ele é pouco admirável mas segue em lentas translações. Correr riscos é melhor do que morrer devagar.
22 Dezembro 2011 | 23:30
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Ontem foi um dia histórico. Menos pela saída do Estado Português do que pela entrada da China na EDP. A Europa está a ficar para tia, falida e pudica, de um mundo que agora gira entre Nova Iorque e Pequim. Portugal tomou uma opção: entrou nesse eixo. E isso abre um novo mar - um mar onde seremos as rémoras dos tubarões.
A privatização foi um "jackpot" para a EDP e para o Estado. Porque traz aquilo de que ambos mais carecem: capital. O capital sem pátria, que preferíamos que fosse nosso, mas nosso não há. Há este, é pegar ou largar. Nós pegámos. A dependência tornou-nos pragmáticos: andamos a aprender com os angolanos. Mas a China é outra coisa: é um potentado. E quanto a proselitismos, basta olhar para a Zona Euro. O dinheiro chinês é o mesmo dinheiro que a União Europeia e o FMI foram mendigar há semanas para alavancar o Fundo de Estabilização da Zona Euro. Foi um vexame: a senhora Lagarde e o senhor Regling levaram tampa. Portugal fechou negócio. A diferença não é o espaço geográfico, é ser capital para investimento em vez de capital para pedinte.
É claro que os chineses são um problema, mesmo para quem não tem consciência. Não são uma democracia. Não respeitam direitos humanos. Nem ambientais. Mas a Europa hipotecou a consciência quando se tornou frágil. Olhai para Espanha: prepara-se para vender 10% da Repsol a chineses, a russos ou ao Qatar. Pois é: o país dos "campeões nacionais" está de rastos, com construtoras como a Sacyr a vender-se para pagar dívidas e bancos como o Santander a precisarem de aumentos de capital gigantes para tapar os buracos abertos pelos seus apregoados sucessos.
Sempre esperámos a ascensão dos BRIC. Nunca esperámos que ela acontecesse em simultâneo com o declínio acelerado da Europa e a erosão lenta dos Estados Unidos: a quebra do mundo ocidental. E agora, por muito que nos custe, e custa, vamos pedir dinheiro a países pobres onde há muitos ricos. Países de petróleo, da abundância de recursos naturais, países como a China. Que não é uma democracia. Que emergirá como nova potência mundial para uma nova bipolaridade. Sem disparar um único tiro.
A Three Gorges capitaliza e financia a EDP, salvando-a de uma dívida preocupante em tempo de maus "ratings". Mais: a China traz fábricas, financia bancos, anuncia participar na solução do BCP. Mas nós, sobretudo, selámos uma aliança. Não com o Diabo. Não com qualquer anjo. Passos Coelho foi corajoso - e temerário.
É preciso garantir que tudo o que foi anunciado será cumprido - há razões para ser céptico em relação aos chineses. Se for, seguiremos no lastro. Para África, inclusive. E para o Brasil. É esse o nosso "interesse": o "mercado de língua portuguesa", de que falava o primeiro-ministro há dias. A PT vale pelo Brasil, a EDP vale pelo Brasil e pelas renováveis, a TAP vale pelo Brasil e África, a Galp vale pelo Brasil e Moçambique, o BPI vale por Angola. É o nosso factor competitivo, foi o nosso destino, a solução de escape enquanto falidos.
Os chineses investem em ciclos longos e actuam em rede. Percebemo-los mal e vamos ter de aprender a dialogar com eles, ou seremos enganados. Mas agora, numa galeria longínqua em Pequim, já nos olham como chinesinhos, seus aliados.
Angela Merkel deve ter aprendido ontem uma lição. Isto não está a acontecer a Portugal, está a acontecer à Europa, paralisada nas suas pequenas ordenanças. E nós? Nós estamos a ver se nos salvamos, desesperadamente procurando fora da Europa o que a Europa não nos consegue providenciar. Portugal não se vendeu porque não se vende o que não se tem. Bem-vindos ao mundo novo, ele é pouco admirável mas segue em lentas translações. Correr riscos é melhor do que morrer devagar.
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Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
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Bem, se foi o BES a negociar as contrapartidas podem esquecer . Pagam os 2,7 MM e ja é muito.
Todo o negocio onde o BES se mete, é ruinoso para o Estado (subamarinos, pandur, merlins...).
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Trabalhadores da EDP dizem que venda aos chineses da Three Gorges vai sacrificar direitos
23/12/2011
Os trabalhadores da EDP criticaram hoje a venda de 21,35% da empresa aos chineses da Three Gorges por sacrificar "simultaneamente os direitos dos seus trabalhadores e os direitos dos consumidores portugueses".
Em comunicado, a comissão de trabalhadores do grupo EDP indica que o Governo teve uma decisão "condenável" e está em desacordo com a operação porque "constitui uma venda prejudicial do património público nacional e violação da obrigação e dever do Estado de defesa da soberania e interesses superiores do nosso país".
Para os trabalhadores da eléctrica, com a venda à Three Gorges, "o Governo sacrifica simultaneamente os direitos dos seus trabalhadores e os direitos dos consumidores portugueses, entregando de bandeja aos interesses estrangeiros uma empresa que regista lucros anuais superiores aos mil milhões de euros".
Perante esta privatização, os trabalhadores "repudiam desde já qualquer tentativa de lhes serem retirados direitos contratuais livremente negociados entre as partes ao longo de décadas, como sejam uma maior precarização dos postos de trabalho, mais diminuições nos seus vencimentos reais, mais cortes nos complementos salariais em vigor".
O Governo anunciou na quinta-feira que os chineses da Three Gorges Corporation foram os escolhidos para a aquisição da participação pública de 21,35 por cento na EDP, pagando 2,7 mil milhões de euros. Os chineses comprometem-se também a investir mais 6 mil milhões de euros na EDP.
Pelo caminho ficaram o grupo alemão E.On e as empresas brasileiras Eletrobras e Cemig.
23/12/2011
Os trabalhadores da EDP criticaram hoje a venda de 21,35% da empresa aos chineses da Three Gorges por sacrificar "simultaneamente os direitos dos seus trabalhadores e os direitos dos consumidores portugueses".
Em comunicado, a comissão de trabalhadores do grupo EDP indica que o Governo teve uma decisão "condenável" e está em desacordo com a operação porque "constitui uma venda prejudicial do património público nacional e violação da obrigação e dever do Estado de defesa da soberania e interesses superiores do nosso país".
Para os trabalhadores da eléctrica, com a venda à Three Gorges, "o Governo sacrifica simultaneamente os direitos dos seus trabalhadores e os direitos dos consumidores portugueses, entregando de bandeja aos interesses estrangeiros uma empresa que regista lucros anuais superiores aos mil milhões de euros".
Perante esta privatização, os trabalhadores "repudiam desde já qualquer tentativa de lhes serem retirados direitos contratuais livremente negociados entre as partes ao longo de décadas, como sejam uma maior precarização dos postos de trabalho, mais diminuições nos seus vencimentos reais, mais cortes nos complementos salariais em vigor".
O Governo anunciou na quinta-feira que os chineses da Three Gorges Corporation foram os escolhidos para a aquisição da participação pública de 21,35 por cento na EDP, pagando 2,7 mil milhões de euros. Os chineses comprometem-se também a investir mais 6 mil milhões de euros na EDP.
Pelo caminho ficaram o grupo alemão E.On e as empresas brasileiras Eletrobras e Cemig.
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Trisquel Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:A China serve para comprar dívida do Estado Português mas já não ia servir para entrar na EDP?
Ora essa...
Neste momento, o que interessa é os 8 mil milhões a entrar!
E com jeitinho podemos abrir portas ás exportações, bastante falta nos faz exportar e para um mercado como a china seria a cereja em cima do bolo.
Não esquecer que os chineses com poder de compra apreciam bastante produtos europeus, e porque não sermos nós a fornecer os mesmos!!!
Para já parece ser uma boa opção, mas defendo que o ideal era não precisarmos de vender.
se estes 8 mil milhoes forem como as contrapartidas negociadas pelo Portas na compra dos blindados a uma empresa austriaca, bem podemos esperar sentados.
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E porque não aproveitar a onda chinesa e negociar mais algumas coisas que lhes interessam?
Muito se fala da ligação de Portugal ao centro da europa etc. Os Chineses a partir de Portugal poderiam chegar a toda a europa, vendiamos-lhes uma quota nos portos, eles tem tecnologia na alta velocidade ferroviària,podiam criar uma subsidiaria em Portugal, faziamos uma parcerira 50% para cada e um comboio de alta velocidade chinês até ao coração da europa.
Penso que com uma parceria com os chineses, a questão da sustentabilidade do projecto não se punha porque eles tambem fariam tudo para ganhar dinheiro.
é só uma ideia de natal
Muito se fala da ligação de Portugal ao centro da europa etc. Os Chineses a partir de Portugal poderiam chegar a toda a europa, vendiamos-lhes uma quota nos portos, eles tem tecnologia na alta velocidade ferroviària,podiam criar uma subsidiaria em Portugal, faziamos uma parcerira 50% para cada e um comboio de alta velocidade chinês até ao coração da europa.
Penso que com uma parceria com os chineses, a questão da sustentabilidade do projecto não se punha porque eles tambem fariam tudo para ganhar dinheiro.
é só uma ideia de natal
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Lion,
Em relação ao título do tópico, percebo o teu ponto de vista mas nós também já tivemos regime ditatorial e nem por isso deixamos de vender aos estrangeiros o que mais lhe interessava!!!!
Nem fomos excluidos do planeta, nós todos demos muita força á China, transferindo produções, agora temos o reverso da medalha!
Em relação ao título do tópico, percebo o teu ponto de vista mas nós também já tivemos regime ditatorial e nem por isso deixamos de vender aos estrangeiros o que mais lhe interessava!!!!
Nem fomos excluidos do planeta, nós todos demos muita força á China, transferindo produções, agora temos o reverso da medalha!
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MarcoAntonio Escreveu:A China serve para comprar dívida do Estado Português mas já não ia servir para entrar na EDP?
Ora essa...
Neste momento, o que interessa é os 8 mil milhões a entrar!
E com jeitinho podemos abrir portas ás exportações, bastante falta nos faz exportar e para um mercado como a china seria a cereja em cima do bolo.
Não esquecer que os chineses com poder de compra apreciam bastante produtos europeus, e porque não sermos nós a fornecer os mesmos!!!
Para já parece ser uma boa opção, mas defendo que o ideal era não precisarmos de vender.
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não sei se acompanharam há pouco:
entrevista da Judite Sousa ao António Mexia:
http://www.tvi24.iol.pt/economia/mexia- ... -4058.html
Pelo que tenho lido e acompanhado nos diversos orgãos de comunicação social e pelo que foi dito na entrevista, também penso que tenha sido um bom negócio, tanto para o estado como para nós contribuintes.
A Judite Sousa tentou durante a entrevista toda puxar o tema pra o título deste tópico. Até lhe chegou a perguntar directamente se tinha preferências...
A resposta do Mexia foi várias vezes peremptória: foi a melhor oferta!
Eu já me inscrevi no PCP e tenho uma foto do Fidel/Mao pendurado por cima da minha cama:)
entrevista da Judite Sousa ao António Mexia:
http://www.tvi24.iol.pt/economia/mexia- ... -4058.html
Pelo que tenho lido e acompanhado nos diversos orgãos de comunicação social e pelo que foi dito na entrevista, também penso que tenha sido um bom negócio, tanto para o estado como para nós contribuintes.
A Judite Sousa tentou durante a entrevista toda puxar o tema pra o título deste tópico. Até lhe chegou a perguntar directamente se tinha preferências...
A resposta do Mexia foi várias vezes peremptória: foi a melhor oferta!
Eu já me inscrevi no PCP e tenho uma foto do Fidel/Mao pendurado por cima da minha cama:)
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