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Caldeirão da Bolsa

Secretário de Estado apela a jovens para emigrarem !

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por JMHP » 21/12/2011 23:34

Se a sugestão da emigração pelo 1º ministro agita de forma "violenta" e precipitada a consciência das pessoas... Então nem quero imaginar quando chegar altura de anunciar as reformas estruturais que há muito o país desespera e que hoje muitos criticam o governo pelo atraso ou ausência delas(tradição de todos anteriores governos), mas quando chegarem serão os 1ºs atirar pedras.

As criticas actuais ao governo que tem vindo a ganhar dimensão à medida que vão sendo anunciadas ou conhecidas as propostas para aprovação, demonstram e revelam o quanto a sociedade e uma parte significativa dos portugueses não estão preparados nem interessados para mudar o rumo do país.

Como já disse anteriormente e por diversas vezes, em Portugal vive-se com a ilusão que é possível mudar o rumo do país mexendo em quase nada e viver como dantes.

Ao olharmos a Grécia, está lá a visão do que nos espera no futuro, quanto mais perdermos tempo a resistir à mudança, mais sacrifícios nos aguardam.

Felizmente os nossos credores não retiraram-nos algo muito valioso, o poder de decidir o nosso rumo para o futuro... Cabe a nós decidir dois caminhos possíveis, o dos sacrifícios ou o da violência.
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por charles » 21/12/2011 21:30

Um pouco de humor no tópico :lol:

Duas reflexões:
1- Primeiro sinal dado a Portugal sobre emigração: Sócrates emigrou para França para estudar.
2 - Estas declarações abafaram outras, essas sim muito graves, as daquele senhor que não me lembro o nome sobre o "não pagamento da divida"

Mais a sério :|

Sobre o assunto a minha opinião é que ele disse a verdade, embora eu ache que não deva dizer este tipo de verdades em público o aproveitamento jornalistico é imediato e o aproveitamento das oposições é absolutamente demagógica.

Sobre o assunto, quantas pessoas que mesmo tendo emprego, já não puseram a hipotese de emigrar, eu sou uma delas, só que lá está este tipo de conversas só mesmo entre amigos e não deve ser feita de forma oficial por governantes sejam eles quais forem.

O estado não consegue absorver toda a massa cinzenta que existe, muitos deles por iniciativa própria emigram e têm sucesso no exterior, temos Portugueses nos mais altos cargos a nivel mundial, quer em entidades publicas mundiais, quer em empresas privadas multinacionais, é triste mas esta é a grande verdade, e não vejo forma de dar a volta a esta situação nos próximos anos ou décadas.

Este assunto podia levar-nos a uma outra discussão, o porquê do excedente de massa cinzenta em certos setores completamente desproporcional às necessidades de mercado quer do estado quer do privado, e porque motivo faltam pessoas qualificadas noutros setores, a questão ainda seria mais aprofundada se pusermos em causa porque motivo tem de ser o estado a absorver toda a massa cinzenta, porque motivo toda esta massa cinzenta não cria ela própria negócios e esta sempre encostada ao estado?

Esta é sem dúvida uma grande mais valia para Portugal, mas quanto a mim devia ser orientada para criar riqueza através do privado e não estar sempre de mão estendida ao estado!

Por fim Passos Coelho tem a vida muito dificil, acho que 2012 vai ser o pior ano de todos, ele pode cometer erros mas não podemos apontar-lhe que não está a tomar medidas, medidas essas não nos podemos esquecer que foram acordadas com a troika pelo mais famoso emigrante deste País.

Vai haver muita espetacularidade nas manifestações contra o governo, mas a maioria dos Portugueses tem presente porque chegamos a esta situação e saberão pronunciar-se daqui a 4 anos nas urnas, vamos ver se vamos colher frutos destes sacrificios brutais.

Em resumo em vez de Passos ter sugerido que as pessoas tentassem outras soluções em Paises lusófonos, devia ter dado um incentivo a estas pessoas no sentido de criarem o próprio negócio, que por sua vez iria originar mais postos de trabalho, na situação em que o País está o que ele sugeriu cai mal.

PS Emprego sabemos que não existe mas não existem universidades em Portugal?
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por MarcoAntonio » 21/12/2011 21:08

Pollito Escreveu::wall: :wall: :wall: + [emoticon a dar um tiro no pé]


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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Pollito » 21/12/2011 20:52

O problema não está em emigrar.
O problema está num governo através destas afirmações transmitir publicamente a todos, nomeadamente aos investidores internacionais algo tão simples como: não invistam cá porque nem sequer nós cá queremos estar :wall: :wall: :wall: + [emoticon a dar um tiro no pé]
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por MarcoAntonio » 21/12/2011 20:51

asrael Escreveu:Então qual é o problema das pessoas em questão emigrarem?


O problema não é as pessoas emigrarem. O problema é os políticos que deveriam estar a governar Portugal sugerirem essa solução para os cidadãos.

Basicamente dizer "basem de Portugal, desenrasquem-se... mas lá fora" isso não é governar, é desgovernar!


Fazia sentido sim o Governo abordar a emigração se isso fizesse parte do seu trabalho, por exemplo se tivessem realizado um protocolo ou um acordo com um qualquer país para a colocação de portugueses nesse mercado de trabalho.

Mas isso, enfim, envolvia sair da "zona do conforto" e governar o país, trabalhar em prol dos portugueses. Provavelmente dá muito trabalho...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 21/12/2011 20:53, num total de 1 vez.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por asrael » 21/12/2011 20:25

Sem ter lido os posts sobre o assunto deixo a minha resumida opinião.

Penso que a polémica causada pelas declarações dos nossos politicos foi exagerada e mais uma vez entretem para quem não tem mais que fazer. Então qual é o problema das pessoas em questão emigrarem? São mais ou estão acima de tantos que até hoje procuraram novas paragens por esse mundo fora? E alguém já os forçou a alguma coisa?

Este Portugal está é muito mal habituado.
Nunca digas nunca.

Abraço
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por flugufrelsarinn » 21/12/2011 20:24

migluso Escreveu:
pdcarrico Escreveu:Há um fenómeno de emigração, cabe ao Governo assistir e facilitar o processo para quem o queira fazer. Falta passar das palavras aos actos: Mãos à obra!


Já vi n anúncios a solicitarem professores de português para a China, por exemplo, sem ser necessária nenhuma agência governamental para colocar os professores.

Cumps


Sim há determinadas profissões que existem agências de recrutamento privadas, feiras de emprego por vezes com elementos dos países que necessitam desses profissionais para facilitar o processo. Mas não para todas, aliás para uma minoria mesmo.
Agora p. ex no caso de um prof de português que até tem habilitações para trabalhar nos PALOP o processo pode ser dificultado por motivos legais (como p ex. o caso das cartas de condução Portugal-Angola) e aí sim o governo podia ter um papel mais activo.

O problema é que ele generalizou, como se no jornal viessem n anúncios para professor nos PALOP, enfim disse sem pensar, o que vindo de um PM pode mt bem ser considerado insultuoso.

Qualquer um de nós ouvindo isso se pode comparar ao cidadão ucraniano licenciado que vem para a Europa ocidental trabalhar nas obras.
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por migluso » 21/12/2011 20:14

pdcarrico Escreveu:Há um fenómeno de emigração, cabe ao Governo assistir e facilitar o processo para quem o queira fazer. Falta passar das palavras aos actos: Mãos à obra!


O Passos limitou-se a responder de uma forma genérica à questão do jornalista.

Já vi n anúncios a solicitarem professores de português para a China, por exemplo, sem ser necessária nenhuma agência governamental para colocar os professores.

Mas admito que o governo, através do trabalho conjunto do MNE e ME, estabeleça protocolos com países lusófonos para a colocação de professores portugueses. Tal como fez em relação a Timor.

Mãos à obra.

O que me deixou perplexo, ou talvez não, foi uma determinada franja da sociedade portuguesa ter considerado insultuosa sequer a ideia.

Isto foi o que eu rebati, sem apontar o dedo a nenhum membro do fórum, pois nem sequer tinha lido os posts que estavam para trás.

Cumps
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Re: Governo quer reduzir dias de férias

por mcarvalho » 21/12/2011 19:51

poseidon635 Escreveu::evil:

MAIS UM PASSO em DIRECÇÃO AU AUMENTO DE PRODUTIVIDADE!! COMO OS CHINESES :lol:




Governo quer reduzir dias de férias
21 Dezembro 2011 | 16:43
Catarina Almeida Pereira - catarinapereira@negocios.pt
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O objectivo é eliminar a majoração para trabalhadores que não faltam já a partir de 2012, revela uma proposta a que o Negócios teve acesso.
O Governo pretende reduzir o número de dias de férias. A proposta consta de um documento enviado aos parceiros sociais, a que o Negócios teve acesso.

A avaliar pela redacção do documento, em causa está a eliminação da majoração de férias, que garante até mais três dias de descanso aos trabalhadores assíduos, além dos 22 dias mínimos.

“O período de férias que decorre da legislação actual é pouco adequado à promoção da competitividade da nossa economia, sendo conveniente a sua redução para valores próximos dos países congéneres”, estabelece a proposta de acordo enviada às confederações patronais e sindicais.

“Assim, as partes subscritoras consideram que a eliminação do direito à majoração em caso de inexistência ou de número reduzido de faltas justificadas, sem prejuízo da manutenção do restante regime aplicável neste domínio, configura uma medida oportuna e adequada ao relançamento económico e ao funcionamento eficiente do mercado de trabalho”, acrescenta o documento.

O Executivo explica que esta medida deve ser objecto de proposta de lei, a apresentar até ao final do primeiro trimestre de 2012.

(em actualização)



Thomsen: "Meia hora não chega"

21/12/2011

Para a equipa do Fundo, a opção do governo de não avançar com a desvalorização fiscal (redução de TSU em troca de um aumento de IVA) deixa Portugal numa situação difícil em termos de competitividade que é o seu problema estrutural.

“A meia hora claramente não chega”, afirmou, acrescentando que “até o Governo reconhece isso” quando diz que está a planear um plano de reformas estruturais mais abrangente.
 
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por pdcarrico » 21/12/2011 19:46

Este processo de comunicação começou no nível desastroso, passou para o inconsequente e acabou no aceitável. Bom sinal, significa que o governo melhorou a mensagem.

Os comentários do secretário são inqualificáveis - sugerir que um desempregado jovem, que na maioria dos casos, nem subsídio tem, está numa zona de conforto, só pode vir de alguém que nunca terá sido desempregado e sempre terá tido boas oportunidades. Eu já fui desempregado, e o que sentia e como geria a minha vida, estava a muitos Km do mínimo de estado de conforto. O secretário é idiota, e apesar de poder ser bom tecnicamente, não tem efectivamente condições para ser o chefe de uma política para a juventude, porque claramente lhe falta a capacidade para perceber o que sentem, e o que vivem os jovens.

O PM não insultou ninguém nem foi idiota, mas teve comentários perfeitamente inúteis e vazios de sentido. O chefe de governo tem de fazer mais do que mandar postas de pescada.

O Paulo Rangel surpreendeu-me e disse o que acho apropriado. Há um fenómeno de emigração, cabe ao Governo assistir e facilitar o processo para quem o queira fazer. Falta passar das palavras aos actos: Mãos à obra!
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por tava3 » 21/12/2011 19:13

Três curiosidades de hoje:
Portugal desceu no ranking das democracias, estamos agora abaixo de Cabo Verde.

O bce vai emprestar 500k milhões de euros a 500 e tal bancos europeus, a uma taxa de 1%. Era a esta taxa que nos deviam emprestar, aí sim era uma ajuda, como é para esses bancos.

Hoje também cataram os assaltantes que raptaram o carola da cgd e o da rtp. Tanta gente a ser assaltada e raptada e foram logos estes os apanhados, isto é que foi sorte.
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Governo quer reduzir dias de férias

por poseidon635 » 21/12/2011 18:11

:evil:

MAIS UM PASSO em DIRECÇÃO AU AUMENTO DE PRODUTIVIDADE!! COMO OS CHINESES :lol:




Governo quer reduzir dias de férias
21 Dezembro 2011 | 16:43
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O objectivo é eliminar a majoração para trabalhadores que não faltam já a partir de 2012, revela uma proposta a que o Negócios teve acesso.
O Governo pretende reduzir o número de dias de férias. A proposta consta de um documento enviado aos parceiros sociais, a que o Negócios teve acesso.

A avaliar pela redacção do documento, em causa está a eliminação da majoração de férias, que garante até mais três dias de descanso aos trabalhadores assíduos, além dos 22 dias mínimos.

“O período de férias que decorre da legislação actual é pouco adequado à promoção da competitividade da nossa economia, sendo conveniente a sua redução para valores próximos dos países congéneres”, estabelece a proposta de acordo enviada às confederações patronais e sindicais.

“Assim, as partes subscritoras consideram que a eliminação do direito à majoração em caso de inexistência ou de número reduzido de faltas justificadas, sem prejuízo da manutenção do restante regime aplicável neste domínio, configura uma medida oportuna e adequada ao relançamento económico e ao funcionamento eficiente do mercado de trabalho”, acrescenta o documento.

O Executivo explica que esta medida deve ser objecto de proposta de lei, a apresentar até ao final do primeiro trimestre de 2012.

(em actualização)
 
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bem .. agora já estou a perceber. Já não somos democracia

por mcarvalho » 21/12/2011 18:00

já somos assim uma coisa tipo.. Norte de Africa:



Portugal desce para a categoria de "democracia com falhas" no "ranking" da Economist

21/12/2011

Portugal passou este ano de uma situação de democracia plena para uma democracia com falhas, o que se deve sobretudo à erosão da soberania associada à crise da zona euro, revela o Índice da Democracia 2011 do Economist Intelligence Unit.

O índice, realizado pelo serviço de investigação da revista "The Economist", vai na quarta edição e avalia as democracias de 165 estados independentes e dois territórios, colocando-os em quatro categorias: democracias plenas, democracias com falhas, regimes híbridos e regimes autoritários.

Pela primeira vez, Portugal, que desceu do 26.º para o 27.º lugar na lista, surge este ano no grupo das democracias com falhas, depois de em 2010 o mesmo ter acontecido à França, Itália e Grécia.

Num total de 10 pontos, Portugal obtém 7,81, o que resulta de uma avaliação de cinco critérios: Processo eleitoral e pluralismo (9,58 pontos), funcionamento do governo (6,43), participação política (6,11), cultura política (7,50) e liberdades cívicas (9,41).

No cômputo geral, o país mais democrático é a Noruega (9,8 pontos), seguido de Islândia (9,65), Dinamarca (9,52) e Suécia (9,50). Nos últimos lugares da lista, surgem a Coreia do Norte (1,08 pontos), Chade (1,62) e Turquemenistão (1,72).

A classificação de democracia diminuiu em 48 dos 167 países, aumentou em 41 e manteve-se em 78 deles. Oito países mudaram de categoria, tendo quatro regredido (Portugal, Ucrânia, Guatemala e Rússia) e quatro melhoraram (Tunísia, Mauritânia, Níger e Zâmbia).

O relatório conclui que, em 2011, o declínio da democracia se concentrou na Europa, tendo sete países descido na classificação do índice democrático (Finlândia, Irlanda, Alemanha, Espanha, Portugal, Itália e Grécia) e nenhum subido.

A principal razão, explica o relatório, foi a erosão da soberania e da responsabilidade democrática associada aos efeitos e às respostas à crise da zona euro.

Seis governos da zona euro caíram em 2011 e em dois destes países (Grécia e Itália) governantes eleitos foram substituídos por tecnocratas, recorda o relatório, alertando que a perspectiva de curto prazo no velho continente é preocupante.

O relatório destaca ainda que em alguns países já não são os governos eleitos que definem as políticas, mas sim os credores internacionais, como o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional. A severidade das medidas de austeridade contribuiu para enfraquecer a coesão social e diminuir ainda mais a confiança nas instituições públicas, que já estavam em declínio desde a crise económica de 2008/2009, conclui o relatório.

Por outro lado, o relatório alerta para a falta de participação no processo político e o défice democrático e exemplifica com o caso da Alemanha, onde está em queda a militância partidária e a participação nas eleições.

"A austeridade rigorosa, uma nova recessão em 2012, o elevado desemprego e o facto de não se verem sinais de crescimento renovado vão testar a resiliência das instituições políticas europeias", pode ler-se no relatório.

A nível mundial, apenas 11,3 por cento da população vive em democracias plenas e 37,6 por cento em regimes autoritários.
 
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por artista_ » 21/12/2011 17:42

Flugufrelsarinn Escreveu:Se ele realmente acho que devemos emigrar então que crie agências de recrutamento que se forem bem geridas nem deve fazer muito mal ao défice, que crie condições para que a população activa tenha para onde ir...

Senão é a mesma coisa que meteres 150 gajos tunisinos numa jangada a rezar para que chegue a Itália...e depois que se amanhem

Até te digo que se fizer isso sou o 1º a bater à porta duma dessas agências, apesar de nem estar mal aqui gostava de experimentar trabalhar la fora.


Ora nem mais, o Paulo Rangel já veio hoje sugerir algo do género, talvez para ajudar a emendar a gafe do líder... eu também serei dos primeiros e ir lá bater! :)
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por artista_ » 21/12/2011 17:39

migluso Escreveu:Milhares de pessoas, desde engenheiros, economistas, administrativos, carpinteiros, trolhas, serralheiros foram abordados pelos patrões, pelos directores gerais ou pelos directores de recursos humanos e foi-lhes dito algo do género:
- meus amigos, a situação do país e da empresa é esta blá blá blá. Só lhe podemos dar trabalho no estrangeiro. Quer? As condições são estas. Não quer? Muito bem, vamos fazer contas.


Ora nem mais, afinal percebes, mas não queres é perceber... e não vês diferença nenhuma entre as duas situações?! :shock: :shock:

Para começar, esses trabalhadores que são abordados pelo patrão, têm a hipótese de lhe dizer, não quero! E o patrão tem duas hipóteses, ou mantém o trabalhador ou dispensa-o... e paga-lhe a indemnização a que tem direito, coisa que o estado não faz com os professores!

Depois, e a grande diferença que aponto é essa, essa empresa tem um lugar para esse trabalhador no estrangeiro, coisa que não existe para os professores, nem em Angola, nem no Brasil, ele mandou uma bujarda para o ar, não faz a mínima idéia dos procedimentos necessários para que tal possa acontecer, ou até se é de alguam forma possível... num primeiro ministro isso é grave, pelo menos na minha opinião!

migluso Escreveu:Repara, eu não estou a condenar o trabalhador que não escolhe ir. Nem podia. Quem sou eu? A situação de vida de cada um, a personalidade de cada um é que dita a decisão.

Agora, jamais, BEM PELO CONTRÁRIO, seria capaz de criticar a abordagem do empresário que abre as portas a uma experiência profissional no estrangeiro devido ao facto de no país não existir mercado ou pelas mais variadas razões, como por exemplo devido à deslocação de um cliente importante deixar de ser rentável à empresa produzir em Portugal.


Mas qual experiência?? Não percebeste ainda que essa experiência não existe? Mas pode ser que agora, para justificar a precipitação grave do PM, façam esforços para existir... mas por enqunto não existe nada, só na cabeça do PPC!
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por flugufrelsarinn » 21/12/2011 17:28

migluso Escreveu:
mcarvalho Escreveu:
agora que seja um responsável pela coesão nacional e pela gestão dos recursos do país...

Vão criar riqueza noutro país ... porque aqui estão a mais...

isso não aceito...


Milhares de pessoas, desde engenheiros, economistas, administrativos, carpinteiros, trolhas, serralheiros foram abordados pelos patrões, pelos directores gerais ou pelos directores de recursos humanos e foi-lhes dito algo do género:
- meus amigos, a situação do país e da empresa é esta blá blá blá. Só lhe podemos dar trabalho no estrangeiro. Quer? As condições são estas. Não quer? Muito bem, vamos fazer contas.

Repara, eu não estou a condenar o trabalhador que não escolhe ir. Nem podia. Quem sou eu? A situação de vida de cada um, a personalidade de cada um é que dita a decisão.

Agora, jamais, BEM PELO CONTRÁRIO, seria capaz de criticar a abordagem do empresário que abre as portas a uma experiência profissional no estrangeiro devido ao facto de no país não existir mercado ou pelas mais variadas razões, como por exemplo devido à deslocação de um cliente importante deixar de ser rentável à empresa produzir em Portugal.

Eu gosto de líderes realistas. Passos Coelho, na minha opinião, esteve bem. Alertou ou informou, no caso concreto os professores, que para exercerem a sua profissão devem encarar uma experiência no exterior como uma oportunidade, já que em Portugal ela não existe. Como alternativa, e para ficar no país, propôs que alargassem o âmbito de formação.

Na minha opinião, foi um acto de líder. Como deve ser, isto é, sem criar falsas ilusões para depois defraudar as expectativas.

Os portugueses queixam-se dos políticos não falarem a verdade, de prometerem e não cumprirem. De criarem falsas expectativas. É verdade. Concordo totalmente.

Por isso é que apreciei as palavras do PC. Nada do parágrafo anterior se lhe aplica neste caso.

Abraço



Sim mas aí estás a falar numa empresa já com uma estrutura montada no estrangeiro... O problema é que ele está a mandar as pessoas sem que haja alguma instituição que trate das formalidades, documentação... é um tentai a vossa sorte e depois digam alguma coisa...
Obviamente que quem vai tentar a sua sorte do nada num país estrangeiro vai começar por baixo, sendo assim anda um gajo a estudar para que...?

Não te esqueças que há por aqui cursos que não são exactamente iguais em todos os países e por vezes para serem reconhecidos é um cabo dos trabalhos

Se ele realmente acho que devemos emigrar então que crie agências de recrutamento que se forem bem geridas nem deve fazer muito mal ao défice, que crie condições para que a população activa tenha para onde ir...

Senão é a mesma coisa que meteres 150 gajos tunisinos numa jangada a rezar para que chegue a Itália...e depois que se amanhem

Até te digo que se fizer isso sou o 1º a bater à porta duma dessas agências, apesar de nem estar mal aqui gostava de experimentar trabalhar la fora.
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por artista_ » 21/12/2011 17:28

TheTraveler Escreveu:Fico contente por não ter certas pessoas no governo. Parece que mesmo sem crianças e com a demografia a decrescer, iam contratar professores e provavelmente os deixavam em casa a receber ordenado até que nascessem crianças e chegassem à idade escolar...


Mais um a fugir às questões, ao que realmente importa...

A questão não é demográfica, é de opções políticas, só. Se quiseres defender que não podemos pagar mais e temos de cortar, podemos discutir o assunto nesse plano, e talvez até concorde contigo, pelo menos parcialmente. Mas fingir, ou ir na conversa, de que a questão é demográfica devia ser só para aqueles que estão agarrados a um partido!

Se fosse demográfica como se explica que em dois anos (no presente ano lectivo e no próximo) vão cortar entre 20 e 30 mil professores? Desapareceram os miúdos de um dia para o outro? E ainda para mais, isto acontece poucos anos depois de se ter aumentado a escolaridade obrigatória para os 18 anos!! :shock: Como vês o problema é demográfico! :roll: :roll:

Neste ano aumentou o número mínimo de alunos por turma, também tem a ver com a demografia, há menos alunos logo colocam-se mais em cada turma! :roll: :mrgreen:

No próximo ano lectivo a disciplina de EVT, que sempre foi leccionada por dois professores, vai passar a ser leccionada apenas por um. Lá está mais uma vez a demografia a justificar estas opções, menos crianças, mais alunos por turma, um professor chega! :roll: :mrgreen:

As ciências, onde os alunos trabalham muitas vezes em laboratório, são leccionadas por turnos, meia turma de cada vez. Para o ano que vem tudo indica que isso vai deixar de acontecer, 28/30 alunos num laboratório... lá está, é o problema demográfico! :roll: :mrgreen:
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por artista_ » 21/12/2011 17:14

migluso Escreveu:Tem tudo a ver.
Tu talvez não percebas, mas a grande questão aqui é de mentalidade.

Ao contrário de outras profissões, desde trolhas a banqueiros, uma boa parte dessas pessoas não põem de parte a emigração.

Mas aquelas profissões que, como muito bem disse o JMPH, estavam habituadas a viver à custa da teta do contribuinte, é considerado insulto sugerir-lhes que, caso pretendam exercer a actividade para que se formaram, uma alternativa no curto prazo é a emigração.

Mentalidade, artista, mentalidade típica de funcionário público. Somos pobres porque temos muitos...


Vou escrever mais uma vez, já deve ser para ai a 10ª, já lhe perdi a conta!

O que está em causa é sobretudo o facto de ele sugerir a emigração para países onde não existe essa possibilidade, Portugal não tem nenhum acordo com nenhum desses países nem sequer para a atribuição de equivalências que, por si só, demoram no mínimo 2 anos! Ou seja, o que ele sugeriu é uma não alternativa, e o pior é que ele não tem consciência disso, disse-o como qualquer um de nós poderia aqui sugerir, mas ele é Primeiro Ministro, não pode mandar umas "bujardas" para o ar...

Quando quiserem discutir o que acabei de referir tudo bem, agora se fogem à questão e vêm com outros pressupostos, não há mais nada que vos possa dizer...
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por migluso » 21/12/2011 16:56

mcarvalho Escreveu:
agora que seja um responsável pela coesão nacional e pela gestão dos recursos do país...

Vão criar riqueza noutro país ... porque aqui estão a mais...

isso não aceito...


Milhares de pessoas, desde engenheiros, economistas, administrativos, carpinteiros, trolhas, serralheiros foram abordados pelos patrões, pelos directores gerais ou pelos directores de recursos humanos e foi-lhes dito algo do género:
- meus amigos, a situação do país e da empresa é esta blá blá blá. Só lhe podemos dar trabalho no estrangeiro. Quer? As condições são estas. Não quer? Muito bem, vamos fazer contas.

Repara, eu não estou a condenar o trabalhador que não escolhe ir. Nem podia. Quem sou eu? A situação de vida de cada um, a personalidade de cada um é que dita a decisão.

Agora, jamais, BEM PELO CONTRÁRIO, seria capaz de criticar a abordagem do empresário que abre as portas a uma experiência profissional no estrangeiro devido ao facto de no país não existir mercado ou pelas mais variadas razões, como por exemplo devido à deslocação de um cliente importante deixar de ser rentável à empresa produzir em Portugal.

Eu gosto de líderes realistas. Passos Coelho, na minha opinião, esteve bem. Alertou ou informou, no caso concreto os professores, que para exercerem a sua profissão devem encarar uma experiência no exterior como uma oportunidade, já que em Portugal ela não existe. Como alternativa, e para ficar no país, propôs que alargassem o âmbito de formação.

Na minha opinião, foi um acto de líder. Como deve ser, isto é, sem criar falsas ilusões para depois defraudar as expectativas.

Os portugueses queixam-se dos políticos não falarem a verdade, de prometerem e não cumprirem. De criarem falsas expectativas. É verdade. Concordo totalmente.

Por isso é que apreciei as palavras do PC. Nada do parágrafo anterior se lhe aplica neste caso.

Abraço
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por quimboio » 21/12/2011 16:19

Atenção que eles explicam muito bem:
Quem não quiser não é obrigado a ir... :lol: :lol: :lol:
Bom já nem tudo é mau...podia ser pior...
 
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por TheTraveler » 21/12/2011 15:47

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Não sei se viram o vídeo... Em que parte é que ele enxota os professores mesmo?

Fico contente por não ter certas pessoas no governo. Parece que mesmo sem crianças e com a demografia a decrescer, iam contratar professores e provavelmente os deixavam em casa a receber ordenado até que nascessem crianças e chegassem à idade escolar...
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por Automech » 21/12/2011 15:15

tavaverquenao2 Escreveu:Há por cá malta que se o governo mandasse comer porcaria à colher ainda eram capazes de dizer que era bom, isto só visto porque contado ninguém acredita.

Tu não queria dizer porcaria, pois não ? :mrgreen:
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por tava3 » 21/12/2011 15:02

Há por cá malta que se o governo mandasse comer porcaria à colher ainda eram capazes de dizer que era bom, isto só visto porque contado ninguém acredita.
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por mcarvalho » 21/12/2011 14:37

e agora?
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por mcarvalho » 21/12/2011 14:12

Caro Migueluso

concordo com a grande maioria das tuas posições

Concordo que hoje há uma grande mobilidade..

como já havia há 20 ou 30 anos ... quem trabalhava em Multinacionais.. sabe isso tanto se estava como se estava na India ou na Argentina ... mas isso era em regime de voluntariado e muito bem pago...

Quem quiser emigrar .. pois que o faça..

agora que seja um responsável pela coesão nacional e pela gestão dos recursos do país .. a incemtivar .. ou seja a "enxotar"

Vão criar riqueza noutro país ... porque aqui estão a mais...

isso não aceito...

é a mesma coisa que eu dizer a um dos meus filhos :

vai-te embora pois estás a comer uma parte que me apetece a mim..

:wink:

abraço

mcarvalho

sugiro que comamos todos ... embora menos... por causa do azar que tivemos com uns bastardos duns padrástos
 
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