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Caldeirão da Bolsa

[Off Topic]CP - Comboios de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por djovarius » 23/12/2011 15:23

Boas tardes,

Só agoro noto neste tópico a notícia deixada e bem pelo nosso Elias, intitulada:
"Comboios de longo curso passam a ter preços diferenciados"

Bem, eu não tenho palavras, não sei o que diga... :oops:

Então foi preciso vir a troika dizer que os Comboios precisavam de preços diferenciados numa ótica de "yield management".
Com tantos cientistas que existem nos governos e nas administrações desta empresa pública, ainda nenhum tinha chegado a esta óbvia conclusão !!!??? :evil: :evil:

Já é preciso que a troika interfira em atos de gestão corrente !!!!!?????

Um disclaimer: yield management faz parte da minha área profissional há muitos anos. Por vezes de forma agressiva.
Em relação aos comboios, faz-se também de uma forma agressiva, sobretudo depois do boom da aviação "low-cost".
Só para dar um exemplo, por vezes, pode-se viajar de Paris a Colónia em TGV por apenas 29 euros (só ida).

Talvez a malta da CP precise de lições sobre a matéria... :shock: :shock: :shock:


Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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Claro

por LHSL259 » 23/12/2011 11:50

charles Escreveu:Para nos podermos situar geograficamente, estive à poucas horas cerca das 19:30/20:00, no Tromba Rija em Santos perto do Cais do Sodré, e pude observar em cerca de 1/2 a 3/4 de hora 4 comboios na direção do Cais do Sodré com cerca de 7 carruagens cada comboio, estas carruagens iam totalmente vazias :shock:, ok iam literalmente meia duzia de pessoas e centenas de lugares vazios, eu pergunto se existe algum planeamento por parte da CP no sentido de adequar a circulação consoante as necessidades de forma a que esta empresa falida reduza drasticamente os custos operacionais.

Qualquer pessoa com o minimo de bom senso e capacidade de observação, conseguindo fazer uma análise microeconómica, percebe que algo está profundamente errado nestas gestões que considero danosas do erário público, pois existem várias empresas públicas que facilmente se percebe que não existe um ponto de equilíbrio entre receitas e custos operacionais, as empresas de transportes são infelizmente um exemplo disso.

Posto isto tenho de dizer, continuem com as greves que isto vai acabar mal :roll:, já está mal.....mas pode sempre piorar :!:

Estavas em Santos e viste 4 comboios com direccao ao Cais do Sodre quase vazios. Ja agora os comboios em direccao a Cascais tambem iam vazios? Ja trabalho fora de Portugal ha muitos anos, mas deixa-me dizer-te que quando trabalhava em Portugal, aquela hora eu deslocava-me do trabalho, em Lisboa, para casa, em Oeiras e posso garanatir-te que raramente ia sentado
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por Elias » 23/12/2011 0:53

charles Escreveu:Para nos podermos situar geograficamente, estive à poucas horas cerca das 19:30/20:00, no Tromba Rija em Santos perto do Cais do Sodré, e pude observar em cerca de 1/2 a 3/4 de hora 4 comboios na direção do Cais do Sodré com cerca de 7 carruagens cada comboio, estas carruagens iam totalmente vazias :shock:, ok iam literalmente meia duzia de pessoas e centenas de lugares vazios, eu pergunto se existe algum planeamento por parte da CP no sentido de adequar a circulação consoante as necessidades de forma a que esta empresa falida reduza drasticamente os custos operacionais.


Tenho observado o mesmo em relação aos autocarros da Carris. Em qualquer carreira e a qualquer hora.
 
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por atomez » 23/12/2011 0:51

charles Escreveu:Para nos podermos situar geograficamente, estive à poucas horas cerca das 19:30/20:00, no Tromba Rija em Santos perto do Cais do Sodré, e pude observar em cerca de 1/2 a 3/4 de hora 4 comboios na direção do Cais do Sodré com cerca de 7 carruagens cada comboio, estas carruagens iam totalmente vazias :shock:, ok iam literalmente meia duzia de pessoas e centenas de lugares vazios, eu pergunto se existe algum planeamento por parte da CP no sentido de adequar a circulação consoante as necessidades de forma a que esta empresa falida reduza drasticamente os custos operacionais.

E depois como é que maquinistas, revisores, etc. ganhavam as horas extra?
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por charles » 22/12/2011 23:40

Para nos podermos situar geograficamente, estive à poucas horas cerca das 19:30/20:00, no Tromba Rija em Santos perto do Cais do Sodré, e pude observar em cerca de 1/2 a 3/4 de hora 4 comboios na direção do Cais do Sodré com cerca de 7 carruagens cada comboio, estas carruagens iam totalmente vazias :shock:, ok iam literalmente meia duzia de pessoas e centenas de lugares vazios, eu pergunto se existe algum planeamento por parte da CP no sentido de adequar a circulação consoante as necessidades de forma a que esta empresa falida reduza drasticamente os custos operacionais.

Qualquer pessoa com o minimo de bom senso e capacidade de observação, conseguindo fazer uma análise microeconómica, percebe que algo está profundamente errado nestas gestões que considero danosas do erário público, pois existem várias empresas públicas que facilmente se percebe que não existe um ponto de equilíbrio entre receitas e custos operacionais, as empresas de transportes são infelizmente um exemplo disso.

Posto isto tenho de dizer, continuem com as greves que isto vai acabar mal :roll:, já está mal.....mas pode sempre piorar :!:
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por Elias » 22/12/2011 23:12

disseram agora na rtp que não houve acordo

greve avança a partir da meia noite
 
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por _urbanista_ » 22/12/2011 3:33

e-finance Escreveu:Um pouco de transparência tb ajudava muito, que tal uma auditoria exaustiva a todas a empresas públicas que dão prejuízos sistemáticos, para que os contribuintes pudessem saber em que se gasta o dinheiro. Era possível ter uma ideia daquilo que realmente está a mais.

Era tipo uma limpeza de Páscoa, varrer o lixo todo, até o que está nas juntas dos azulejos.



Lá está, iam encontrar muitos sucateiros, e isso não tem interesse :mrgreen:
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por mcarvalho » 22/12/2011 2:49

nem sei se ria se chore .. já nem sei que nome lhes hei-de chamar
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por e-finance » 21/12/2011 2:54

Um pouco de transparência tb ajudava muito, que tal uma auditoria exaustiva a todas a empresas públicas que dão prejuízos sistemáticos, para que os contribuintes pudessem saber em que se gasta o dinheiro. Era possível ter uma ideia daquilo que realmente está a mais.

Era tipo uma limpeza de Páscoa, varrer o lixo todo, até o que está nas juntas dos azulejos.
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por atomez » 21/12/2011 2:26

mcarvalho Escreveu:então sugere op fecho da CP, do metro, da Tap , da Assembleia da Republica , enfim.. fecha o país

Eu nem preciso de sugerir nada, é que é isso mesmo o que está a acontecer!

E sim, uma empresa que dá prejuízos sistemáticos e não tem sustentação económica acho que deve fechar, é isso mesmo. Ou então que seja privatizada e venda os seus serviços a um preço que lhe permita ser economicamente viável.

(porque é que a A.R. está aí incluída? não é uma empresa, que eu saiba)
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por mcarvalho » 21/12/2011 2:19

então sugere op fecho da CP, do metro, da Tap , da Assembleia da Republica , enfim.. fecha o país

que todos os dias dá prejuízo..

agora é um combóio hist´rico ..uma obra de museu que dá 1 milhão

é como um quadro de Picasso na parede.. dá prejuízo.. vamos vendê-lo em saldo e depois comemos umas ,sandes e caga.mos e rimo-nos muito.. nem parece teu..
 
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por atomez » 21/12/2011 2:13

mcarvalho Escreveu:deves ter trocado os fios

por isso nem mereces comentário

Porque...?

Isto em 2010...

A transportadora ferroviária encerrou o ano com um resultado líquido negativo de 195,1 milhões de euros, um valor que compara com os 72,8 milhões de euros de prejuízo registados no ano anterior.

A Refer, gestora da infraestrutura ferroviária, agravou o prejuízo de 120,5 milhões de euros para 146,5 milhões de euros em 2010.

A norte, o Metro do Porto agravou o prejuízo em 294 milhões de euros de 2009 para 351,7 milhões de euros em 2010.

No transporte rodoviário, o prejuízo da Carris subiu de 41,5 milhões de euros em 2009 para 42,2 milhões de euros em 2010.

Já a Sociedade dos Transportes Coletivos do Porto (STCP) também agravou o prejuízo, que passou de 13,7 milhões de euros em 2009 para 37, 8 milhões de euros no ano passado.

Feitas as contas, os prejuízos das cinco empresas de transportes ascenderam a 773,3 milhões de euros, o que traduz uma subida de 230,8 milhões de euros, em relação aos resultados líquidos negativos de 542,5 milhões de euros registados em 2009.

No âmbito das empresas públicas de transportes, falta ainda conhecer os resultados líquidos de 2010 do Metropolitano de Lisboa e grupo Transtejo (que inclui a Soflusa), que ainda não foram divulgados.


Só para CP + REFER dá 195,1 + 146,5 = 341,6 milhões num ano, 936 mil por dia não anda longe do milhão por dia...
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por mcarvalho » 21/12/2011 2:00

Atomez Escreveu:
mcarvalho Escreveu:Federação Europeia de Caminhos-de-Ferro Turísticos apelou a museus para não comprarem comboio de via estreita estacionado na Régua, em nome da defesa do património português.

Então comprem eles ou paguem eles a exploração e manutenção desse comboio.

Porque é que os nossos impostos estão a pagar mais de 1 milhão de euros por dia para manter a CP e a REFER? Para quê? Para quem?



deves ter trocado os fios

por isso nem mereces comentário
 
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por Elias » 21/12/2011 1:58

Aqui está uma medida que já devia ter sido implementada há muito tempo.

Em França (nomeadamente no TGV) é normal que os comboios mais concorridos sejam mais caros que os comboios menos procurados. Tal como acontece com os aviões. O que é pena é que tenha sido preciso vir cá uma troika explicar isto...



Comboios de longo curso passam a ter preços diferenciados
20.12.2011 - 16:46 Por Raquel Almeida Correia
publico

Plano Estratégico dos Transportes tem de ser implementado até ao final de 2012 e a Refer vai ser obrigada a cortar os custos operacionais em 23% no próximo ano.

A principal mudança para o sector dos transportes na segunda revisão do Memorando de Entendimento assinado com a troika prende-se com a introdução de um novo sistema de fixação de tarifas no transporte ferroviário.

De acordo com o documento, os preços dos comboios de longo curso passarão a ser geridos através de yield management, o que significa que haverá tarifas diferenciadas, uma vez que passam a ser fixadas em função da procura, como acontece, por exemplo, com os preços das viagens de avião.

Mas a mudança mais estrutural prende-se com a implementação do Plano Estratégico dos Transportes (PET), que terá de avançar até ao último trimestre de 2012, estabelece a revisão do Memorando de Entendimento, a que o PÚBLICO teve acesso.

Recorde-se que o PET prevê, entre outros, a fusão das transportadoras públicas de Lisboa e do Porto, o redimensionado da oferta e das estruturas de pessoal e ainda a concessão de algumas linhas a privados.

No documento, é ainda apontada outra medida, agora com mais premência. Lê-se que o Governo terá de “atrair novas companhias de aviação low cost, dando uso às infra-estruturas existentes”. Recorde-se que a transportadora aérea de baixo custo Easyjet abrirá uma base em Lisboa, em Abril do próximo ano.

No campo das privatizações, o sector dos transportes será envolvido pela venda da CP Carga, fixada para meados de 2012, da gestora aeroportuária ANA e da TAP (final do próximo ano). No caso da CP Carga, o documento estabelece que os terminais ferroviários actualmente detidos pela empresa sejam transferidos para “outra entidade que garanta um acesso que não discrimine os operadores de transporte de mercadores”.

Todas as empresas do sector continuam obrigadas a atingir o equilíbrio orçamental, também à custa de cortes nos custos. Mas, para o caso da Refer, a fasquia foi elevada. No próximo ano, a gestora da rede ferroviária nacional terá de reduzir as despesas em 23%.
 
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por atomez » 21/12/2011 1:41

mcarvalho Escreveu:Federação Europeia de Caminhos-de-Ferro Turísticos apelou a museus para não comprarem comboio de via estreita estacionado na Régua, em nome da defesa do património português.

Então comprem eles ou paguem eles a exploração e manutenção desse comboio.

Porque é que os nossos impostos estão a pagar mais de 1 milhão de euros por dia para manter a CP e a REFER? Para quê? Para quem?
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por mcarvalho » 21/12/2011 1:32

OBRIGADO À FEDERAÇÃO EUROPEIA

E

ENVERGONHADO COM A cp (CAMBADA DE p


Federação Europeia de Caminhos-de-Ferro Turísticos apelou a museus para não comprarem comboio de via estreita estacionado na Régua, em nome da defesa do património português.


www.publico.pt/Local/tentativa-de-venda ... 525701?p=1

A CP tentou vender junto de museus ferroviários europeus o comboio histórico de via estreita estacionado na Régua, mas a Federação Europeia das Associações de Caminhos-de-Ferro Turísticos (Fedecrail) boicotou essa tentativa, pedindo aos museus que renunciassem à compra, mesmo que estivessem interessados.

"Essa proposta pareceu-nos escandalosa, porque o material em via métrica português é raro e é uma composição que está em bom estado", disse ao PÚBLICO Jacques Daffis, vice-presidente da Fedecrail, que tomou a iniciativa de informar o Museu Nacional Ferroviário português, que desconhecia esta tentativa de venda por parte da CP. "O que é incrível é que a CP tenha proposto a sua venda sem informar previamente o museu português", disse, explicando que a posição da Fedecrail é de que o património deste tipo só deve ser vendido ao estrangeiro "se não houver nenhuma possibilidade de preservação no país de origem e/ou se estiver em perigo".

A tentativa de venda partiu da CP Frota, a unidade de negócios que gere o material circulante, através de um email muito informal, datado de 9 de Novembro e enviado para museus ferroviários europeus, no qual até se propunha que fossem estes a avançar com uma proposta de preço.

Contactada a CP, a porta-voz da empresa explicou que se trata de um comboio que está em condições operacionais (em 2005 ainda circulou na Linha do Corgo), mas que não tem agora utilização possível em Portugal, com o fim anunciado da Linha do Vouga, que é a última linha de via estreita em funcionamento no país. "Podendo haver interesse por alguma companhia ferroviária na sua colocação ao serviço para fins turísticos, a CP fez uma primeira auscultação do mercado para verificar a existência de eventuais interessados", disse a mesma fonte. A CP mantém, por isso, o interesse na venda, mas admite agora que "será dada preferência ao Museu Nacional Ferroviário, caso este tenha disponibilidade" para o comprar.

Esta posição oficial da CP surpreendeu o presidente da Fundação do Museu Nacional Ferroviário, Júlio Arroja, que tinha pedido à CP para que houvesse uma "cedência" (e não uma venda) daquele material circulante ao museu. "Foi feito um pedido à administração da CP e creio que o assunto está bem encaminhado", disse ao PÚBLICO.

É que, embora tenha sede no Entroncamento, o Museu Nacional Ferroviário tem secções museológicas em todo o país e existe precisamente um projecto para Macinhata do Vouga (Águeda). Este projecto consiste na requalificação do complexo ferroviária daquela estação, para albergar ali o comboio histórico e poder vir a dar-lhe utilização, com passeios turísticos entre Aveiro, Águeda e Sernada do Vouga. Um projecto que agora fica no limbo, com o encerramento da Linha do Vouga.

Material do início do séc. XX

O comboio histórico de via estreita em causa é composto por uma locomotiva a vapor fabricada na Alemanha em 1923 e enviada para Portugal a título de indemnização da I Grande Guerra. Esta máquina prestou serviço em praticamente todas as linhas de via estreita do país e está ainda operacional. A composição pode também ser rebocada por uma locomotiva a diesel de 1964, fabricada em Espanha, e comprada pela CP em segunda mão nos anos setenta.

Além de um furgão em madeira de 1925 e de um vagão-cisterna, a composição inclui uma carruagem de origem belga de 1908, outra fabricada na Alemanha em 1925 e ainda uma outra construída pelos então Caminhos de Ferro do Estado, nas oficinas do Porto, em 1913. O conjunto constitui um acervo único em Portugal e raro na Europa, que deve ser preservado, "de preferência no país de origem", refere Jacques Daffis.

CONTINUAR A LER...

www.publico.pt/Local/tentativa-de-venda ... 525701?p=1
 
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por Palmix » 19/12/2011 19:22

Podia replicar aqui o meu post na TAP no dia em que saiu o anúncio da greve da TAP que depois foi desconvocada.

A empresa está à beira do precipicio, esta malta ainda lhe vai dar um empurrãozinho...

Comentários para quê?
Por mais mal tratados que tenham sido ao longo da carreira...se têm salários em atraso, ainda para mais de uma empresa pública, têm que dar a volta à companhia...têm que a empurrar para a frente e não mete-la no fundo...depois de fechar, vão trabalhar para onde?
 
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por Elias » 19/12/2011 15:57

CP adia pagamento de salários
Económico
19/12/11 14:37

A empresa avisa em comunicado que não vai pagar o salário do mês de Dezembro no dia habitual.

Contudo, no mesmo comunicado interno, distribuido na sexta-feira passada, a empresa diz aos colaboradores que espera conseguir fazer o pagamento de salários no último dia útil do mês de Dezembro.

A gravidade da situação financeira da empresa, bem como as obrigações perante o fisco são a causa do atraso no pagamento de salários.

Os maquinistas da CP vão fazer greve nos dias 23, 24 e 25 deste mês, no dia 1 de Janeiro e nas horas extraordinárias até final do próximo mês. Estes trabalhadores alegam que a administração está realizar processos disciplinares ilegais.
 
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por mcarvalho » 17/12/2011 21:12

Junto envio, para conhecimento, o "fac-simile" de um artigo sobre a Rede Ferroviária em Bitola Europeia, publicado na edição de 14 de Dezembro do Diário de
Notícias.
Com os melhores cumprimentos
S. Pompeu Santos
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a seguir

por mcarvalho » 17/12/2011 15:42

 
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por Elias » 16/12/2011 20:35

Portalegre será a quarta capital de distrito a ficar sem comboio (depois de Viseu, Bragança e Vila Real).

Ao que parece, a próxima será Leiria.
 
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por Elias » 16/12/2011 20:28

CP acaba com serviço de passageiros na linha do Leste e entre Beja e Funcheira
16 Dezembro 2011 | 18:56
Alexandra Noronha - anoronha@negocios.pt

Encerramentos já estavam previstos no Plano Estratégico de Transportes (PET) deste Governo.

A CP vai acabar com o serviço de passageiros na linha do Leste e na ligação Beja-Funcheira a partir de 1 de Janeiro de 2012, segundo adiantou a transportadora em comunicado.

Estes encerramentos já estavam previstos no Plano Estratégicos de Transportes (PET), sendo que a CP diz que “atendendo à conjuntura actual, à imperiosa necessidade de redução de custos e aos significativos prejuízos decorrentes dos serviços em causa, não estão reunidas as condições para continuar a assegurar a exploração ferroviária destas ligações”.

A transportadora adianta que na “linha de Leste, para custos operacionais que rondam os 1,78 milhões de euros por ano, a reduzida procura – média de 17 passageiros por comboio – resulta em proveitos de apenas 147 mil euros por ano. No caso da ligação Beja- Funcheira, com custos operacionais na ordem dos 605 mil euros por ano, a reduzida procura – em média de quatro Passageiros por comboio – resulta em proveitos de apenas 16 mil euros por ano”.


A CP adianta que “o recurso a operadores rodoviários locais será a solução mais adequada para assegurar a mobilidade das populações, tanto no que se refere à necessária sustentabilidade económica, como do ponto de vista ambiental”.

A CP adiantou ainda que “na sequência da decisão de desactivação das linhas ferroviárias do Corgo e Tâmega e do Ramal da Figueira da Foz, a CP – Comboios de Portugal informa que será suprimido, a partir de 1 de Janeiro de 2012, o serviço rodoviário alternativo que esta empresa tem assegurado nos últimos anos”.

A transportadora adianta que como “deixa de existir a infra-estrutura para a prestação do serviço de transporte ferroviário, não deve ser o operador deste transporte a assegurar as alternativas de mobilidade das populações”.
 
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por mcarvalho » 17/11/2011 14:04

PROJECTO DE RESOLUÇÃO ENTREGUE HOJE NO PARLAMENTO “OS VERDES” QUEREM SUSPENSÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE TRANSPORTES E A SUA COLOCAÇÃO A DISCUSSÃO PÚBLICA Considerando o autoritarismo com que o Governo construiu o Plano Estratégico de Transportes (PET), entretanto publicado em Diário da República, não tendo posto um documento com esta importância estratégica para o desenvolvimento do país, em discussão pública, o Partido Ecologista “Os Verdes” entregou hoje na Assembleia da República um Projecto de Resolução que recomenda ao Governo a realização de relatório ambiental e a discussão pública do PET. “Os Verdes” relembram que o Governo nem estava interessado em discutir o PET com os Deputados, tendo solicitado a sua apresentação em Comissão Parlamentar antes mesmo da proposta estar concluída, de modo a que os Deputados não se pudessem pronunciar sobre o conteúdo concreto do Plano. A sua discussão só teve lugar posteriormente em Comissão porque o PEV apresentou um requerimento, o qual foi aprovado, para que o Sr. Ministro da Economia regressasse ao parlamento para discutir, de facto, o PET. Ora, essa discussão parlamentar tornou ainda mais óbvia a necessidade de consulta pública de um documento desta natureza. O PEV defende a imediata suspensão do PET e a sua colocação a discussão pública, precedida da elaboração de um relatório ambiental que avalie as incidências para o ambiente e para o ordenamento do território deste Plano. Por isso, o PEV apresentou hoje o Projecto de Resolução que se anexa. EM ANEXO: PROJECTO DE RESOLUÇÃO DE “OS VERDES” O Grupo Parlamentar “Os Verdes O Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”(T: 213919 642 - F: 213 917 424 – TM: 917 462 769 - imprensa.verdes@pev.parlamento.pt)www.osverdes.pt
 
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por Palmix » 17/11/2011 11:31

Green Hawk Escreveu:Sou passageiro dessa linha há vários anos, e este fim de semana tive pela primeira vez o "prazer" de andar neste novo serviço de intercidades, pelo qual partilho quase na totalidade a opinião dos jornalistas do i.

Sou cliente desta linha, há 10 anos, faço-a 2 a 4 vezes por mês a viagem Lisboa <-> Abrantes.

Durante os primeiros anos, a linha só estava electrificada até ao Entroncamento, pelo que parava sempre 20m para mudar de locomotiva. A nível de conforto nada a apontar. A nível de preços rondava os 6€ cada viagem. A carruagem bar, estava sempre cheia e muitos passageiros aproveitavam-na para beber café e conversar com conhecidos que não vinham no banco ao lado. Normalmente chegava com 20 minutos de atraso.

A partir de meados de 2006 até 2010, a linha passou a estar electrificada até Castelo-Branco e a viagem passou a demorar menos 20m. A qualidade da viagem manteve-se. Os atrasos deixaram de se fazer sentir. O preço aumentou para cerca de 9€.

Durante 2010 e até à entrada em circulação dos novos comboios, os atrasos passaram a ser constantes, foram várias as vezes ao longo destes meses que houve atrasos superiores a 1h, em média na viagem de ida e volta havia um atraso de 25m. A qualidade da viagem manteve-se. O preço aumentou para cerca de 10€.

Nesta última vez que fiz a viagem, coincide com a primeira vez que tive o prazer de andar nestes novos comboios. O atraso médio foi superior, cerca de 30m atrasado. O conforto é mau, não há grande diferença para um regional ou um sub urbano, mal há espaço para colocar o portátil à nossa frente. Não há carruagem bar, não há um pequeno espaço em que as pessoas possam conversar e usufruir da viagem. O preço aumentou para cerca de 12€.


Resumindo entre 2002 e 2011:
Uma viagem que custava 4,70€ passou para 12€;
Uma viagem que chegou a ser feita em 1h e 10m, está actualmente em 1h e 40m.
Uma viagem que tinha bastante mais conforto que uma viagem em regional, passou a ter o mesmo.
Uma viagem que deixou de ter uma carruagem-bar.



Depois perguntam onde enterra a CP o dinheiro que o estado envia para lá!?
A empresa dá sinais claros que não tem estratégia e anda à deriva sem saber bem o que fazer para reduzir custos!
Na minha opinião cortou num dos poucos lados, em que não podia cortar!


Meu caro,

Um óptimo exemplo para vermos o que se passa não só, mas também na CP.
Um dos indicadores básicos para o sector dos transportes são os atrasos...aqui ninguém liga a isso, e depois queixam-se que estão a perder clientes e lucros.
 
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por Green_Hawk » 16/11/2011 19:44

Sou passageiro dessa linha há vários anos, e este fim de semana tive pela primeira vez o "prazer" de andar neste novo serviço de intercidades, pelo qual partilho quase na totalidade a opinião dos jornalistas do i.

Sou cliente desta linha, há 10 anos, faço-a 2 a 4 vezes por mês a viagem Lisboa <-> Abrantes.

Durante os primeiros anos, a linha só estava electrificada até ao Entroncamento, pelo que parava sempre 20m para mudar de locomotiva. A nível de conforto nada a apontar. A nível de preços rondava os 6€ cada viagem. A carruagem bar, estava sempre cheia e muitos passageiros aproveitavam-na para beber café e conversar com conhecidos que não vinham no banco ao lado. Normalmente chegava com 20 minutos de atraso.

A partir de meados de 2006 até 2010, a linha passou a estar electrificada até Castelo-Branco e a viagem passou a demorar menos 20m. A qualidade da viagem manteve-se. Os atrasos deixaram de se fazer sentir. O preço aumentou para cerca de 9€.

Durante 2010 e até à entrada em circulação dos novos comboios, os atrasos passaram a ser constantes, foram várias as vezes ao longo destes meses que houve atrasos superiores a 1h, em média na viagem de ida e volta havia um atraso de 25m. A qualidade da viagem manteve-se. O preço aumentou para cerca de 10€.

Nesta última vez que fiz a viagem, coincide com a primeira vez que tive o prazer de andar nestes novos comboios. O atraso médio foi superior, cerca de 30m atrasado. O conforto é mau, não há grande diferença para um regional ou um sub urbano, mal há espaço para colocar o portátil à nossa frente. Não há carruagem bar, não há um pequeno espaço em que as pessoas possam conversar e usufruir da viagem. O preço aumentou para cerca de 12€.


Resumindo entre 2002 e 2011:
Uma viagem que custava 4,70€ passou para 12€;
Uma viagem que chegou a ser feita em 1h e 10m, está actualmente em 1h e 40m.
Uma viagem que tinha bastante mais conforto que uma viagem em regional, passou a ter o mesmo.
Uma viagem que deixou de ter uma carruagem-bar.



Depois perguntam onde enterra a CP o dinheiro que o estado envia para lá!?
A empresa dá sinais claros que não tem estratégia e anda à deriva sem saber bem o que fazer para reduzir custos!
Na minha opinião cortou num dos poucos lados, em que não podia cortar!
 
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