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Caldeirão da Bolsa

Off-Topic - Valor das reformas vai cair 50%

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por cogumelo » 20/12/2011 1:22

Alguém me consegue explicar as principais diferenças entre a Segurança Social "normal" e outros sistemas (ex.: Bancários, PT e outros)?

As fórmulas de cálculo nestes sistemas são mais acertadas ou é mais do mesmo?

Coloco esta questão no sentido de perceber que impacto terão a médio longo prazo todas estas transferências de fundos de pensões que a muito curto prazo servem para tapar buracos.
cumps,
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por jarc » 20/12/2011 0:28

Para haver coerência teríamos de ir por aqui:
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por Automech » 20/12/2011 0:25

O que é incrível é que todos os anos continuam a sair professores às "pazadas" das universidades, em cursos onde já hoje há desemprego nos professores. Claro que há os professores que se reformam, mas se já há professores desempregados nessas áreas o mais certo é o mercado não absorver.

Pata, isto provavelmente é o melhor sinal de que há muita irracionalidade, mesmo por parte de quem tem de investir o seu tempo e dinheiro num curso e fá-lo sabendo que a probabilidade de ficar desempregado é alta. Provavelmente tem que ver com a vaidade que falaste (isto não é para o artista, claro, estou a falar da malta que ingressa agora ou ingressou recentemente, em que já não podem dizer que vão ser enganados).
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por Pata-Hari » 20/12/2011 0:17

Artista, os professores que podem ser dispensados terão que ser dispensados. Até entenderia se exigissem formação que lhes permitisse reconverterem-se. O país precisa de bons técnicos. Queres que o PM converta os professores em desenhadores, electricistas, mecanicos e outros? afinal de contas esse é um dos problemas do sistema educativo português: só forma doutores e não forma quadros técnicos médios ao contrário dos países altamente industrializados e com altas produtividades.

Digo-te mais: não me incomodaria nada começar uma empresa desse tipo se perdesse o emprego. Há mercado e há necessidade de gente eficiente e presente a tempo e horas. O que é preciso é não se ter medo de trabalhar nem vaidade maior que a barriga.

Adoro esse teu argumento da matéria prima dos alunos ser má. Agora a culpa é da genética. O tuga é mais burro que os outros....:roll:

Quanto ao outro comentário, ao lançar o tema real de que as reformas futuras serão muito pequenas, lança para a arena a discussão dos que recebem agora mais do que alguma vez declararam e participaram no bolo. Num local normal, terias as pessoas imediatamente nas ruas a exigir reformas imediatas de modo a tornar o sistema mais justo.
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por artista_ » 19/12/2011 22:05

Pata-Hari Escreveu:Bem, o PM pode bem estar a lançar a escada para que o povo exija a correcção do sistema de imediato. E não seria nada mal visto...!


Não percebi, o que queres dizer com isso Pata?!
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por artista_ » 19/12/2011 22:04

AutoMech Escreveu:A parte de despedir de repente não é surpreendente Artista. Não são raras as empresas que vêm os seus lucros cair ao longo dos anos e que, de repente, muda a administração, cuja primeira tarefa é cortar no número de colaboradores. Aqui chegámos ao extremo e agora é cortar por todos os lados.


Concordo contudo o que escreveste apenas uma ligeira nota sobre esta parte... o estado deveria dar o exemplo e agir de forma mais correcta, menos ligada directamente ao "lucro"!! E o problema é que não só não o faz como, em muitos casos, ainda age de uma forma mais despresível que os privados, chegando mesmo a não cumprir a lei... e obviamente que é sempre muito benevolente para os do costume! :|
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por Automech » 19/12/2011 20:08

artista Escreveu:Por outro lado, há muitas opções que se estão a fazer, na educação estamos claramente a desinvestir, o problema não é o que sugeres da falta de criancinhas, ou achas que o número de crianças diminuiu tanto que em dois anos vão despedir cerca de 30 mil professores?! Obviamente que não, a questão é outra, poupar, despedindo sem sequer cumprir a lei... e depois ainda tem a lata de os mandar embora do país!! :shock: :shock:

A parte de despedir de repente não é surpreendente Artista. Não são raras as empresas que vêm os seus lucros cair ao longo dos anos e que, de repente, muda a administração, cuja primeira tarefa é cortar no número de colaboradores. Aqui chegámos ao extremo e agora é cortar por todos os lados.

Quanto às indemnizações é a velha história (com a qual não concordo) do estado exigir regras para os privados que ele próprio não aplica. Uma escola privada se despedir tem de pagar indemnização e seguramente que não pode ter um professor 20 anos a contrato. Ou seja, é o próprio estado a fazer concorrência desleal.
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por Pata-Hari » 19/12/2011 19:31

Bem, o PM pode bem estar a lançar a escada para que o povo exija a correcção do sistema de imediato. E não seria nada mal visto...!
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por artista_ » 19/12/2011 15:27

Pata-Hari Escreveu:Mas pergunto-te eu: há excesso, queres fazer o quê? pagar-lhe o ordenado e manter nos quadros à espera que nasçam criancinhas?


Obviamente que não, queria que tentasse encontrar soluções para eles, dentro do possível claro. Afinal o estado português tem patrocinado cursos para o ensino, prometeu passar milhares para os quadros que agora está a despedir, ou seja, tem responsabilidades na matéria, não se resolvem coisas tão graves como estas da forma como o fez, ou achas que sim?

Se não tem soluções para eles no nosso país, deveria tentar estabelecer acordos com os países que referiu para definir condições de acesso de professores portugueses... e se não fizesse nada disto, restava-lhe ficar calado!

Por outro lado, há muitas opções que se estão a fazer, na educação estamos claramente a desinvestir, o problema não é o que sugeres da falta de criancinhas, ou achas que o número de crianças diminuiu tanto que em dois anos vão despedir cerca de 30 mil professores?! Obviamente que não, a questão é outra, poupar, despedindo sem sequer cumprir a lei... e depois ainda tem a lata de os mandar embora do país!! :shock: :shock:

Pata-Hari Escreveu:Se calhar desmotivar a manterem-se nos quadros e a auto-despedirem-se sem os custos que os despedimentos acarretam até é o que do ponto de vista de gestão se deve fazer.


Não sei se percebi o que quiseste dizer?! Mas acho que estás a ver muito mal a coisa... eles não vão despedir ninguém, estão apenas a criar condições para não renovarem contratos. E não têm grandes custos, sabes porquê? Porque não indemnizam os professores, porque criaram uma lei que considera a contratação de professores "especial"!!! :shock: :shock:

Ou seja, há dinheiro para muita coisa, mas nos professores até não cumprir a lei vale para poupar uns trocos (sim uns trocos)... estou a falar destes porque conheço bem a situação, haverá outros também muito prejudicados, para se beneficiarem outros, é uma questão de escolha, às vezes de meios de pressão...

Pata-Hari Escreveu:Claro está que é mais uma desgraça para a nossa educação se apenas sobrarem os maus que não sabem fazer mais nada e que se recusam a sair. Lá se vai o tal futuro de que falas. Se calhar por isso mesmo talvez fossem importante e fundamental avaliar e dar prémio aos que são bons, não? talvez assim corras o risco de manter na classe dos professores os melhores e motivar os piores a saírem.


Não vão sobrar os maus nem os bons, vão sobrar os que já estão no quadro, sejam maus ou bons, conheço muitos, de um lado e doutro! também vão sobrar os que custam mais ao país, sejam melhores ou piores... e é muito por isto que as escolas públicas não podem ser tão boas como as privadas, isto aliado à matéria prima que são os alunos!
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por majomo » 19/12/2011 14:12

Lion_Heart Escreveu:O PM assim como muitos de nós foi honesto e disse a verdade.

Não existem lugares para a grande maioria desses professores que estão no desemprego. Não existe agora nem vai existir no futuro, pois são demasiados para a quantidade de alunos. O erro foi e continua a estar nas Universidades que debitam centenas ou milhares de professores todos os anos para o mercado e o mercado não tem lugar para eles.

Solução: ou fazem outra coisa qualquer ou (como muitos insistem) se querem dar aulas tem que emigrar.

Simples e duro, de panos quentes estamos todos cheios. E de demagogia também.


Efetivamente, e como sempre que se fala em profesores, o assunto do tópico está ser desviado...

Mas, qual verdade?

Como podes tu dizer que há professores a mais ou a menos, só com base na tua perceção acerca da demografia... por esse ponto de vista demográfico, podemos dizer que todas as profissões estão ameaçadas pois no futuro haverá menos potências consumidores... logo todos os desempregados devem emigrar.

Como é óbvio, ninguém defende a contratação de professores só por contratar.

Trata-se de opções políticas, ou esquecem que no próximo ano Portugal, no âmbito da OCDE, será um dos países com menor investimento na educação.

Nestes últimos dois anos e no próximo ano a dispensa de milhares de professores contratados (muitos deles com muitos anos de contratos anuais consecutivos e que alimentaram o sistema) deve-se exclusivamente às opções do governo e não em nada que ver com demografia!!!

Até porque nestes últimos tempos, fruto da falta de emprego, os alunos têm permanecido mais tempo nas escolas, logo há mais alunos, juntando a isso os milhares de professores que se aposentaram, criou-se uma situação de algum equilíbrio...

É verdade que em certos grupos de recrutamento há excesso de formação de docentes, mas o problema são aqueles que serviram o sistema nestes últimos anos e agora serão dispensados, deixando as escolas com falta de recursos.

E repito, exclusivamente por opções políticas, como é prova o que foi falado neste tópico.

A demografia é um problema, mas não atiram areia aos olhos das pessoas...

Mas, como há muitos que olham para a educação apenas como um fardo para o país, "percebe-se" um pouco melhor as suas afirmações.

Portanto, sejamos sérios, "...de panos quentes estamos todos cheios. E de demagogia também."
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por majomo » 19/12/2011 13:48

AutoMech Escreveu:
artista Escreveu:Ou seja, se fizesse o corte até podia contratar mais 10 mil professores, mas é preferível viver agarrado ao passado do que investir no futuro...

Contratar mais 10.000 professores para quê ?


Não se trataria de contratar mais 10 000 professores, até porque no próximo ano, fruto exclusivamente das opções do governo e não tem nada que ver com a demografia como se quer vender, serão dispensados bem mais de 10000 professores...

Tratar-se-ia de manter nas escolas recursos indispensáveis ao seu bom funcionamento...

É verdade que o nosso sistema de ensino não está ao nível que seria desejável, como não está praticamente nada, mas, dadas as circunstâncias da evolução do país, temos tido uma evolução no ensino superior ao resto da economia...

O que se fez este ano na educação, e continuar-se-á no próximo ano, é a cortar sem pensar nas consequências... ou seja, a hipotecar-se o futuro, mas como agora a moda é "emigre-se..." :(

Portanto, tratam-se de opções políticas... e reafirmo, em lugar de apostar no futuro, aposta-se nos "privilegiados" do passado.
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por pocoyo » 19/12/2011 13:28

Os mais novos tambem não se podem queixar de todo.

Vai dando para sacar umas baixas, uns subsidios de desemprego e umas licenças parentais.

Bem bom nos dias de hoje...
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por rcostab » 19/12/2011 13:10

Lion_Heart Escreveu:O PM assim como muitos de nós foi honesto e disse a verdade.

Não existem lugares para a grande maioria desses professores que estão no desemprego. Não existe agora nem vai existir no futuro, pois são demasiados para a quantidade de alunos. O erro foi e continua a estar nas Universidades que debitam centenas ou milhares de professores todos os anos para o mercado e o mercado não tem lugar para eles.

Solução: ou fazem outra coisa qualquer ou (como muitos insistem) se querem dar aulas tem que emigrar.

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por Tridion » 19/12/2011 11:47

O antigo 1º ministro só dizia mentiras, o actual só diz verdade...mas eu queria um que deixasse de dizer parvoíces! :roll: :roll:
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por Lion_Heart » 19/12/2011 11:33

O PM assim como muitos de nós foi honesto e disse a verdade.

Não existem lugares para a grande maioria desses professores que estão no desemprego. Não existe agora nem vai existir no futuro, pois são demasiados para a quantidade de alunos. O erro foi e continua a estar nas Universidades que debitam centenas ou milhares de professores todos os anos para o mercado e o mercado não tem lugar para eles.

Solução: ou fazem outra coisa qualquer ou (como muitos insistem) se querem dar aulas tem que emigrar.

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por K. » 19/12/2011 10:32

Parece-me que há um desvio no tema deste tópico, que não parece ser político. O autor coloca uma questão muito relevante:

Q: Face a esta perspectiva, que opções sugerem para que na altura da reforma funcionem como complemento da mesma? Quais as melhores opções existentes no mercado?

Vou dar a minha opinião, de forma resumida (sem entrar em grandes especifidades nos tipos de activos).

A resposta a esta pergunta depende da idade da pessoa. A ideia é conseguir uma estratégia que permita uma conservação do capital a longo prazo (é possível fazer melhor, mas difícil) minimizando 4 tipos fundamentais de risco que podem afectar o património:

1) Risco político (Default soberano, saída do Euro, guerras, nacionalizações, excesso de tributação, fuga de regimes ditatoriais, etc).

a) Pouca gente se lembra deste tipo de risco, mas lhando para a Europa e America Latina no Século passado, observamos que quem não se precaveu acabou sem nada. Evidentemente, a estratégia passa por uma certa diversificação da geografia do investimento:

b) Os Estados Unidos oferecem garantias políticas que não se encontram nos outros países- daí receberem continuamente investimento de fora).

2) Risco de inflação: a protecção deste risco é feita através de investimento em activos físicos, especialmente em acções e imobiliário. Quanto mais reduzida a idade da pessoa mais atenção deve ser dada a este risco (o que tem mais alta probabilidade). Assim, um portfólio constituido para a reforma deverá, até aos 35/40 anos, conter unicamente acções, de preferência diversificadas geograficamente pelas grandes economias com tradição democrática-Estados Unidos, Japão e Europa.

3) Riscos de diminuição de rendimentos devido a envelhecimento/inadequação: a partir dos 40 anos este risco tem de ser levado em conta: a partir daqui a capacidade de trabalho pode ser limitada por problemas de saúde, concorrência de novas gerações, dificuldades de especialização em novas áreas. Há que pensar numa estratégia que crie um "plano B" para lidar com uma tal eventualidade: formação complementar numa área nova, criação de um negócio alternativo, fontes de rendimento estáveis (aqui é difícil encontrar melhor que o imobiliário-que também protege do risco de infacção).

4) Risco de deflação: de todos é o mais difícil de neutralizar, pois implica a manutenção de um elevado nível de liquidez, que pode comprometer as estratégias de protecção dos outros riscos. Penso que este risco deve ser tido em conta em função da idade. Ou seja, aumentar os níveis de liquidez (incluindo algum dinheiro físico "debaixo do colchão"-daí tantos assaltos a reformados- que têm de facto esta sabedoria acumulada ao fim de muitos anos a verem outros morrer na miséria).


Em suma:

Supondo uma vida activa entre os 25 e os 65 anos, a estratégia ideal será:

1)investir 100% em fundos de acções na Europa, Japão e Estados unidos até aos 35/40 anos;

2)Procurar adquirir um imóvel que proporcione algum rendimento. No caso de ser necessário algum tipo de crédito, a entrada deverá ser alta o suficiente para que a renda seja superior a todos os gastos, incluindo eventuais prestações. ´

3) Ter todos os empréstimo liquidados antes dos 65 anos.

4) Iniciar reservas de liquidez aos 40 anos: um plano que invista A+B em acções+liquidez, deverá, a partir dos 40 anos, começar a reduzir A (que antes seria perto dos 100%) e a aumentar B, de forma a que aos 55 anos a situação esteja invertida (B=100% e A=0).
 
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por pdcarrico » 19/12/2011 10:14

Pata,

Infelizmente o nosso primeiro, apesar de discurso sereno, tem uma sensibilidade de elefante. Em vez de sugerir emigração, poderia criar um programa de cooperação em que o Ministério da Educação entrava com a logística e o Brasil/Angola entrava com o dinheiro em que professores mais novos e mais dispostos pudessem voluntariamente ir por 1/2/3 anos para outro País. Conseguia exactamente o mesmo resultado, não dava a entender que tinha desistido de encontrar soluções de empregabilidade.

Era melhor, dava um suporte num processo migratório que é difícil. Falar assim no vago não é governar, mandar assim postas de pescada, todos podemos fazer.

Aliás ter imaginação para colocar as pessoas, mesmo que seja para emigrarem é que dá trabalho, mas isso é governar. O nosso PPC infelizmente só parece saber fazer é dar entrevistas em que fala serenamente (valha-nos isso) e só sabe cortar. Do fundo da minha ignorância eu não faria pior.

Governar dá trabalho, implica negociar com outros agentes - neste caso se a Presidente Dilma, ou o Eduardo dos Santos lhe mostrou abertura para absorver mão de obra, ponha técnicos a desenvolver um programa de colocação.

Aliás se é para ir sem mais nem menos, sem nenhum tipo de apoio do Governo, as pessoas já podem ir, concerteza muitas delas já pensaram nisso, não precisam da mente iluminada do nosso primeiro para lhes sugerir isso.
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por Pata-Hari » 19/12/2011 8:59

Artista, ok, o senhor não deveria ter dito que deveriam emigrar. Afinal de contas ele não é pai de nenhum professor e não tem que lhe fazer aconselhamento pessoal e de carreira. Isso é efectivamente um conselho que um pai daria a um filho.

Mas pergunto-te eu: há excesso, queres fazer o quê? pagar-lhe o ordenado e manter nos quadros à espera que nasçam criancinhas?

Se calhar desmotivar a manterem-se nos quadros e a auto-despedirem-se sem os custos que os despedimentos acarretam até é o que do ponto de vista de gestão se deve fazer. Do ponto de vista social, eu até acho que é preferível dividir o mal pelas aldeias e não despedir, simplesmente reduzindo horas e ordenados e não despedir distribuindo assim algum rendimento por todos por forma a evitar (mais) fome.

Claro está que é mais uma desgraça para a nossa educação se apenas sobrarem os maus que não sabem fazer mais nada e que se recusam a sair. Lá se vai o tal futuro de que falas. Se calhar por isso mesmo talvez fossem importante e fundamental avaliar e dar prémio aos que são bons, não? talvez assim corras o risco de manter na classe dos professores os melhores e motivar os piores a saírem.
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por db7 » 18/12/2011 23:30

pokilo Escreveu:mas as reformas se cairem 50% ia ser o colapso. muita gente ten emprestimos consoante o ordenado que tem .. mais de metade das casas em portugal iam ser entregues aos bancos


Pode acontecer com algumas pessoas isso, no entanto ainda tens 18 anos para entregar a casa... :twisted:
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por artista_ » 18/12/2011 23:27

AutoMech Escreveu:
artista Escreveu:Ou seja, se fizesse o corte até podia contratar mais 10 mil professores, mas é preferível viver agarrado ao passado do que investir no futuro...

Contratar mais 10.000 professores para quê ?


Automech, obviamente que não estava a sugerir que se contratassem mais, estava apenas a fazer um raciocío retórico tendo em conta os valores que se poupariam se o corte nas pensões tivesse sido efectuado... é engraçado que estive para escrever que não estaria a sugerir que se contratassem mais, apenas que não seria necessário despedir professores, se preferires, ainda sobrariam 150 milhões para investir noutras áreas, ou simplesmente para cortar na dívida!
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por Automech » 18/12/2011 23:26

pokilo Escreveu:mas as reformas se cairem 50% ia ser o colapso. muita gente ten emprestimos consoante o ordenado que tem .. mais de metade das casas em portugal iam ser entregues aos bancos


Estamos a falar de reformas ou de ordenados ? É que na mesma frase misturas as duas coisas.
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por pokilo » 18/12/2011 23:24

mas as reformas se cairem 50% ia ser o colapso. muita gente ten emprestimos consoante o ordenado que tem .. mais de metade das casas em portugal iam ser entregues aos bancos
 
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por Automech » 18/12/2011 23:21

artista Escreveu:Ou seja, se fizesse o corte até podia contratar mais 10 mil professores, mas é preferível viver agarrado ao passado do que investir no futuro...

Contratar mais 10.000 professores para quê ?
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por artista_ » 18/12/2011 23:16

Pata-Hari Escreveu:Artista, o que ele disse é que há excesso porque a população está a decrescer. E que ou mudam de profissão ou emigram. De facto, se há excesso e incapacidade de serem usados, vais fazer o quê? qual a tua sugestão?


A minha sugestão seria ele não dizer "baboseiras", ou então emigrar ele para o Brasil! Não sei se ouviste o comentário do Professor Marcelo na TVI? Estou a citá-lo só porque ele disse o mesmo que um caldeireiro já escreveu hoje à tarde (ou foi o Djovarius ou o pdcarrico). Ele tem algum plano para os professores terem futuro em alguns desses países? ou a idéia é mesmo pegar numa mala de cartão e embarcar numa caravela à aventura?! É que sem um acordo governamental qualquer isso seria mais que uma aventura que acabaria, ou com um regresso, ou com eles a trabalhem em tudo menos na educação...

Podes ler aqui se quiseres, o pdcarrico está no Brasil há uns anos e explica bem as coisas...

Por amor de Deus, ele é primeiro Ministro de Portugal, não é um tipo qualquer que manda umas bujardas no Caldeirão!! :roll:

Já agora, citando o majomo, os 5% que deviam ter cortado nas pensões acima dos 1500 euros (onde ainda deviam cortar mais) daria uma poupança a rondar os 250 milhões de euros anuais,(contas do Marco António), os despedimentos de professores previstos para o próximo ano lectivo resultam numa poupança de 100 milhões de euros ano! Estás a ver as prioridades deste governo, é preferível despedir cerca de 10 mil pessoas qualificadas, mandá-las emigrar, do que cortar 5% em pensões acima dos 1500 euros, algo que até estava previsto no memorando de entendimento! Ou seja, se fizesse o corte até podia contratar mais 10 mil professores, mas é preferível viver agarrado ao passado do que investir no futuro...
Editado pela última vez por artista_ em 19/12/2011 1:00, num total de 1 vez.
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por Pata-Hari » 18/12/2011 22:41

Artista, o que ele disse é que há excesso porque a população está a decrescer. E que ou mudam de profissão ou emigram. De facto, se há excesso e incapacidade de serem usados, vais fazer o quê? qual a tua sugestão?

Vim a este tópico para colocar uma outra noticia. É bom que se comece a pensar seriamente nisto e que se comece a exigir que o estado poupe e que páre de beneficiar uns a desfavor de outros muito rapidamente antes que o sistema estoire mesmo e que a pobreza e o desemprego alastrem mais.

Assunto entrou no debate nacional
Alunos gregos desmaiam nas escolas com fome
18.12.2011 - 09:22 Por Lusa
1 de 3 notícias em Economiaseguinte »

(Foto: Nuno Ferreira Santos)
Os professores na Grécia estão preocupados com os vários casos que se têm registado nos últimos meses de alunos que desmaiam nas escolas por fome e desnutrição, e já alertaram as autoridades para o caso.

O primeiro ocorreu há cerca de um ano e a ele seguiram-se mais denúncias de professores, que garantem que alunos seus estão na escola até às 16h00 sem comer todo o dia.

Os meios de comunicação deram conta do caso, mas as notícias foram catalogadas de exageros jornalísticos até que, há cerca de duas semanas, um rapaz de 13 anos desmaiou num colégio da Heraklión, a capital da ilha de Creta.

Quando a directora avisou a mãe, que trabalha a tempo parcial numa empresa municipal e tem quatro filhos, ela disse que a sua família não comia nada há dois dias.

Reminiscências da fome após ocupação nazi

O assunto transformou-se em debate nacional e a imagem da comida a ser dividida nas escolas despertou, entre os mais velhos, o pesado inverno de 1941-42 quando, depois da ocupação nazi, mais de 300 mil pessoas morreram de fome.

Entretanto, a direcção escolar de Atenas assegurou que, desde que começou o ano lectivo, várias escolas básicas prepararam cerca de 5500 refeições por dia, e destacou que 67 dessas refeições são para alunos em condições de necessidade extrema.

Na semana passada, o semanário pró-governamental To Vima citava fontes do Ministério da Educação Nacional a afirmarem que está a ser preparado um programa de distribuição de senhas no valor de dois ou três euros para os alunos de escolas de regiões com alta percentagem de pobreza.
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