Off-Topic - Valor das reformas vai cair 50%
artista Escreveu:majomo Escreveu:Só para terem uma ideia, no próximo ano os cortes cegos na educação, tirando os cortes nos ordenados, são de cerca de 100M €... ou seja, hipotecar o futuro, salvaguardando uns quantos privilegiados.
É esta a visão do futuro... para esta gente que nos governa.
E, para completar o ramalhete, tipo cereja no topo do bolo, aconselham-se os professores a imigrar!![]()
Antes fosse... eu acho que é mesmo emigrar

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majomo Escreveu:Só para terem uma ideia, no próximo ano os cortes cegos na educação, tirando os cortes nos ordenados, são de cerca de 100M €... ou seja, hipotecar o futuro, salvaguardando uns quantos privilegiados.
É esta a visão do futuro... para esta gente que nos governa.
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MarcoAntonio Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:majomo Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Escrevi n vezes sobre a extorsão institucionalizada que ocorre em relação aos descontos e reformas actuais.
Bom, aqui está o "anúncio oficial", para quem andava distraído...
Olá Marco,
tens alguma ideia quantos milhões seria a poupança direta com o corte dos 5% nas reformas acima dos 1500€?
Umas centenas de milhões (anualmente) salvo erro.
Depois posso tentar colocar uma estimativa mais exacta...
Bom, aqui fica uma estimativa mais exacta: na ordem dos 240 milhões de euros por ano (considerando apenas 12 meses, mais se e quando se voltarem a pagar 14 meses por ano).
Para chegar a esta estimativa usei os quadros de distribuição das pensões (por escalão) para CGA constante do relatório de contas de 2010 e um já de 2006 para a segurança social, dado que foi o que encontrei mais rapidamente e para uma estimativa já serve. Para simplicidade considerei ainda um corte médio de 5% (que era o que estava no memorandum da troika de resto, se bem me lembro).
Em termos de ordem de grandeza seria portanto isto: algo entre 200 a 300 milhões de euros por ano.
Obrigado.
Só para terem uma ideia, no próximo ano os cortes cegos na educação, tirando os cortes nos ordenados, são de cerca de 100M €... ou seja, hipotecar o futuro, salvaguardando uns quantos privilegiados.
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-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
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Sugestão
Provavelmente o sistema dos pagamentos das reformas deveria ser reformado de alto a abaixo porque é evidente que a actual fórmula de pagamentos e aumento da esperança média de vida leva inevitavelmente o sistema ao colapso se tudo continuar num sistema de paninhos quentes e “deixar andar”.
No futuro proponho a seguinte fórmula de pagamentos para os reformados que descontaram para a Segurança Social (para os pensionistas do Estado o esquema poderia ser adaptado de forma similar):
A)- Calcular numa base de dados para cada cidadão o somatório da totalidade dos descontos da Segurança Social entregues ao Estado (12% do trabalhador + 23% da entidade patronal) ao longo de toda a vida activa. Seja esse somatório final o valor X.
B)- O trabalhador indicaria em qualquer data à sua escolha em que altura se pretende reformar (excepto em casos especiais cobertos por lei, como por exemplo acidentes de trabalho que impedem a laboração normal em idade activa), devendo a idade mínima de reforma ser um percentual dependente da esperança média de vida da população (actualmente 79 anos em Portugal) em geral, por exemplo:
85% x 79 anos = 67 anos
C)- Se o trabalhador morrer antes de atingir a data da reforma os seus herdeiros legais receberiam metade dos descontos feitos em seu nome, ou seja, X/2.
D)- Na data da reforma o trabalhador receberia 2 valores distintos:
D1) Directamente do Estado na sua conta, à data da reforma, o valor de X/2, ou seja, metade dos descontos feitos em toda a vida pelo trabalhador e entidade patronal.
D2) Enquanto for vivo no fim de cada mês após a data de reforma, o cidadão reformado receberia X/480, ou seja, um salário equivalente à divisão dos restantes X/2 por 20 anos ou 240 meses. Obviamente que o Estado sairá beneficiado se esse trabalhador morrer pouco depois da data da reforma e sairá prejudicado se o reformado viver mais de 20 anos após a reforma.
A estatística de balanço final é favorável ao Estado uma vez que uma parte significativa dos trabalhadores contribuintes da Segurança Social não atingirá a idade dos 67 anos e por outro lado a maioria dos cidadãos reformados não viverá mais de 20 anos após a data da reforma, o que daria para o Estado poder fixar um pagamento mínimo de reforma aos cidadãos que nunca ou pouco descontaram para o sistema da Segurança Social.
Fica a ideia!
No futuro proponho a seguinte fórmula de pagamentos para os reformados que descontaram para a Segurança Social (para os pensionistas do Estado o esquema poderia ser adaptado de forma similar):
A)- Calcular numa base de dados para cada cidadão o somatório da totalidade dos descontos da Segurança Social entregues ao Estado (12% do trabalhador + 23% da entidade patronal) ao longo de toda a vida activa. Seja esse somatório final o valor X.
B)- O trabalhador indicaria em qualquer data à sua escolha em que altura se pretende reformar (excepto em casos especiais cobertos por lei, como por exemplo acidentes de trabalho que impedem a laboração normal em idade activa), devendo a idade mínima de reforma ser um percentual dependente da esperança média de vida da população (actualmente 79 anos em Portugal) em geral, por exemplo:
85% x 79 anos = 67 anos
C)- Se o trabalhador morrer antes de atingir a data da reforma os seus herdeiros legais receberiam metade dos descontos feitos em seu nome, ou seja, X/2.
D)- Na data da reforma o trabalhador receberia 2 valores distintos:
D1) Directamente do Estado na sua conta, à data da reforma, o valor de X/2, ou seja, metade dos descontos feitos em toda a vida pelo trabalhador e entidade patronal.
D2) Enquanto for vivo no fim de cada mês após a data de reforma, o cidadão reformado receberia X/480, ou seja, um salário equivalente à divisão dos restantes X/2 por 20 anos ou 240 meses. Obviamente que o Estado sairá beneficiado se esse trabalhador morrer pouco depois da data da reforma e sairá prejudicado se o reformado viver mais de 20 anos após a reforma.
A estatística de balanço final é favorável ao Estado uma vez que uma parte significativa dos trabalhadores contribuintes da Segurança Social não atingirá a idade dos 67 anos e por outro lado a maioria dos cidadãos reformados não viverá mais de 20 anos após a data da reforma, o que daria para o Estado poder fixar um pagamento mínimo de reforma aos cidadãos que nunca ou pouco descontaram para o sistema da Segurança Social.
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O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
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Depois de participar activamente na primeira página deste tópico, estive agora a ler o restante conteúdo do mesmo...
A meu ver há algo de muito estranho. Se até o Primeiro Ministro já chegou a esta conclusão, como é que com tantos comentadores politicos/económicos, que regularmente analisam a situação do país, nunca colocaram este assunto na "ordem do dia"?! Sinceramente não me lembro de ver ninguém a alertar para este problema, este desiquilíbrio, como um dos que mais contribuem para o estado das finanças públicas?
Alguém têm idéia das razões que poderão sustentar isto? Ou será que tenho tido o azar de nunca ter ouvido os enúmeros debates sobre o assunto?! (duvido porque a TV cá em casa está sempre nos canais informativos, quando estou a trabalhar!).
A meu ver há algo de muito estranho. Se até o Primeiro Ministro já chegou a esta conclusão, como é que com tantos comentadores politicos/económicos, que regularmente analisam a situação do país, nunca colocaram este assunto na "ordem do dia"?! Sinceramente não me lembro de ver ninguém a alertar para este problema, este desiquilíbrio, como um dos que mais contribuem para o estado das finanças públicas?
Alguém têm idéia das razões que poderão sustentar isto? Ou será que tenho tido o azar de nunca ter ouvido os enúmeros debates sobre o assunto?! (duvido porque a TV cá em casa está sempre nos canais informativos, quando estou a trabalhar!).
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darkvader Escreveu:Há anos, há mesmo muitos anos, que a SS é uma grande Dona Branca!
Com uma pequena diferença para pior:
é que quase todos são "obrigados" a ir à "velha", enquanto no caso da verdadeira Dona Branca só lá ia quem queria.
DV
Com uma pequena diferença para pior...
E com uma grande diferença para melhor: a Segurança Social paga a todos os que descontaram (desde que estejam vivos à idade da reforma) e ainda paga alguma coisa (pensões sociais de velhice) a quem nunca descontou ajudando-as a sobreviver.
Já uma uma Dona Branca paga a meia duzia (os mais afoitos ou menos gananciosos), retira o resto para si e a maior parte não chega a ver nada (só mete dinheiro e nunca chega a tirar tusto).
São dois coisas diferentes, com algumas semelhanças superficiais.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Uma descrição rápida de um verdadeiro ponzi (como os praticados pela Dona Branca em Portugal na década de 80 ou por Bernard Madoff nos Estados Unidos, entre muitos outros):
Os investidores são aliciados a investir um montante em troca de uma taxa de juros elevada (bem superior aos investimentos convencionais). Digamos, por exemplo, uma taxa de juros de 30% ao ano ou 10% ao mês (como era o caso da Dona Branca!). Quem investisse 5 mil euros (na altura eram escudos) receberia 500 euros todos os meses neste caso, em menos de um ano teria "recuperado" todo o capital.
Num ponzi o capital investido é supostamente do "investidor", que o poderá levantar (perdendo naturalmente direito a continuar a receber os juros).
Mas como é óbvio e por força dos aliciantes juros não só a tendência é deixar lá o investimento como ainda reinvestindo os lucros. Isto ajuda a prolongar o esquema porque em muitos casos os ganhos acabam por ser puramente virtuais o tempo todo (isto é, num ponzi há participantes que entram cedo e nunca chegam a ver dinheiro nenhum, perdendo tudo desde o investido aos supostos juros!).
O individuo que desenvolve o esquema nada faz para justificar uma tal taxa de juro. A única coisa que ele faz é continuar a angariar investidores movidos pela ganância que adiram ao esquema e convencer os que já entraram a reinvestir ou investir mais. Poderá mentir sobre uma actividade ou desenvolver alguma actividade que não passa de uma fachada, por forma a iludir os "investidores" ou enganar a Lei.
Dependendo da capacidade de angariar novos clientes, de os fazer permanecer com o dinheiro "todo investido", da taxa de juros utilizada, etc, o esquema pode durar de uns breves meses ou uma data de anos.
O esquema deve o nome a Charles Ponzi (inicio do Séc.XX), um entre os muitos que já implementaram o esquema. Não foi porém propriamente o primeiro, existem ocorrências anteriores documentadas.
Charles Dickens, em Little Dorrit (A pequena Dorrit) apresenta também basicamente o mesmo esquema a ser desenvolvido por um dos personagens do romance de meados do Séc.XIX.
Os investidores são aliciados a investir um montante em troca de uma taxa de juros elevada (bem superior aos investimentos convencionais). Digamos, por exemplo, uma taxa de juros de 30% ao ano ou 10% ao mês (como era o caso da Dona Branca!). Quem investisse 5 mil euros (na altura eram escudos) receberia 500 euros todos os meses neste caso, em menos de um ano teria "recuperado" todo o capital.
Num ponzi o capital investido é supostamente do "investidor", que o poderá levantar (perdendo naturalmente direito a continuar a receber os juros).
Mas como é óbvio e por força dos aliciantes juros não só a tendência é deixar lá o investimento como ainda reinvestindo os lucros. Isto ajuda a prolongar o esquema porque em muitos casos os ganhos acabam por ser puramente virtuais o tempo todo (isto é, num ponzi há participantes que entram cedo e nunca chegam a ver dinheiro nenhum, perdendo tudo desde o investido aos supostos juros!).
O individuo que desenvolve o esquema nada faz para justificar uma tal taxa de juro. A única coisa que ele faz é continuar a angariar investidores movidos pela ganância que adiram ao esquema e convencer os que já entraram a reinvestir ou investir mais. Poderá mentir sobre uma actividade ou desenvolver alguma actividade que não passa de uma fachada, por forma a iludir os "investidores" ou enganar a Lei.
Dependendo da capacidade de angariar novos clientes, de os fazer permanecer com o dinheiro "todo investido", da taxa de juros utilizada, etc, o esquema pode durar de uns breves meses ou uma data de anos.
O esquema deve o nome a Charles Ponzi (inicio do Séc.XX), um entre os muitos que já implementaram o esquema. Não foi porém propriamente o primeiro, existem ocorrências anteriores documentadas.
Charles Dickens, em Little Dorrit (A pequena Dorrit) apresenta também basicamente o mesmo esquema a ser desenvolvido por um dos personagens do romance de meados do Séc.XIX.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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oscar.coelho Escreveu:
Continuas a falar como se o sistema fosse de capitalização quando nunca o foi (...)
O que é que uma coisa tem que ver com a outra?
O sistema é essencialmente contributivo e continuará a ser contributivo. Contudo, o sistema já estava indexado aos vencimentos/descontos (embora mal!) e vai continuar a estar indexado as vencimentos descontos (vai passar a estar melhor indexado).
A parte do contrato que "queres" agora ver executada é receberes durante os teus restantes anos de vida um valor que os teus descontos não justificam, com base numa indexação deficiente que só contabilizava o teu vencimento nos últimos anos de vida activa e descurava a esperança de vida à idade de reforma!
oscar.coelho Escreveu:Como disse o Quico o sistema de reformas é um ponzi.
O Sistema da Segurança Social não é um ponzi (é antes um sistema "pay-as-you-go"). São coisas diferentes e por razões semelhantes às que as pessoas confundem a Segurança Social com um ponzi, poderia chamar-se ponzi a mais um milhento de coisas (como por exemplo, um seguro automóvel ou um seguro de vida).
É possível traçar alguns parelelismos (com base em causas de natureza diferente) mas não passa disso.
Isso está bem explicado já num par de tópicos...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Ele já está a receber uma reforma para a qual não descontou o suficiente...
Continuas a falar como se o sistema fosse de capitalização quando nunca o foi e por isso eu digo que já cumpri a minha parte do contrato e falta agora cumprirem comigo.
Mas para mim o problema é outro. Como disse o Quico o sistema de reformas é um ponzi. Só não o é integralmente porque podem ser transferidos fundos de outras proveniências para alimentar o sistema. Ora como em qualquer ponzi ele vai estourar e toda esta discussão só tem a ver com o facto de ninguém querer estar no grupo dos últimos subscritores. Portanto todos tentam empurrar essa posição para a geração da frente.
Isto conduz necessáriamente a um conflito de gerações que me desagrada alimentar, mas esse conflito irá agravar-se tanto mais quanto as gerações subsequentes se forem apercebendo do que são as formas de compensar a redução das suas pensões futuras com os ditos esquemas complementares. Por isso, aqui, num forum constituido por gente bem informada nestas áreas, a discussão já é tão assanhada.
Os sistemas de capitalização, tipo PPR, estão totalmente desacreditados pela tratamento que lhes foi dado pela banca que se limitou a descansar à sombra da bananeira dos benefícios fiscais que eram atribuídos aos subscritores (faz lembrar as contas poupança reforma que tanta gente ainda usa, em que o banco se apropria da componente de isenção de IRS à custa das taxas de juro miseráveis que paga) e as aplicações em fundos dependentes de mercados de capitais podem redundar em autênticas catástrofes sociais em períodos de recessão prolongada.
Agora eu não vejo tanto assanhamento (e gostava de ver) quanto as coisas estão a acontecer mesmo por baixo dos nossos narizes e que também têm consequências desastrosas na sustentabilidade do sistema.
Exemplos:
Transferência dos fundos de pensões da banca- Esconde-se se o valor dos activos a transferir chegam para cobrir as necessidades futuras mas muito boa gente diz que não. Mas que se lixe. O que interessa é chegar já a um déficit de 4.5% só necessário para o ano que vem. Além disso acorda-se desde logo que estes reformados especiais não terão cortes no 13º e 14º meses nos próximos 2 anos. Pelo caminho que as coisas levam julgo que serão os únicos portugueses que os vão ter.
Reformas antecipadas- Com menos de 65 anos e muitas antes dos 55 com recurso a empresas subsidiadas pelo estado para "estacionar" os trabalhadores enquanto aguardavam pelos 55, para eliminar sectores da economia que agora todos dizem que fazem muita falta.
Um abraço
oscar
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Os quadros anexos, retirados do Pensions at Glance da OCDE, documento que já coloquei aqui várias vezes, ilustram bem a questão: a curva da esperança de vida é uma linha ascendente. Tem evoluido positivamente de forma consistente e todas as estimativas apontam que vai continuar a evoluir nas próximas décadas.
A parte essencial do problema está aqui (depois com algumas agravantes que também já têm sido referidos, nomeadamente por exemplo em Portugal só se ter vindo a contabilizar os últimos anos de contribuição para apurar a reforma).
E qual é o resultado disto, da evolução da esperança de vida e envelhecimento da população?
As pessoas vão cada vez mais vivendo mais tempo a beneficiar da pensão de reforma. Ora, se as pessoas descontam em média durante cerca de 30 anos (cerca de 30% do vencimento) não podem receber um vencimento por inteiro durante cerca de 20 anos e mais ainda todos os outros direitos que o sistema suporta (a maior parte do peso económico está mesmo nas reformas/pensões, em todo o caso).
Indirectamente, isto resulta ainda no envelhecimento da população e não mexendo na idade de reforma faz com que a base de individuos activos (a contribuir) vá diminuindo em relação à massa de individuos que beneficiam do sistema, contribuindo também para o desequilibrio.
Deixo novamente o último report da OCDE sobre os sistemas de pensões - de onde os quadros anexos foram retirados - que muito ajuda a perceber todas estas questões, o que se passa com a evolução dos períodos de contribuição e os períodos de benefício do sistema, envelhecimento da população, que replacement rates trazem o sistema de volta ao equilibrio, etc:
http://www.dgaep.gov.pt/upload//RIareas ... e_2011.pdf
O primeiro quadro é como já referi a evolução da "esperança de vida" após a idade de reforma.
O segundo quadro é para dar uma ideia geral do replacement rate que coloca o sistema em equilibrio para uma dada idade de reforma (de onde rapidamente se conclui que para as idades de reforma que ocorrem na prática, o rendimento durante a reforma deverá ser da ordem de pouco mais de metade do vencimento no final da vida activa).
A parte essencial do problema está aqui (depois com algumas agravantes que também já têm sido referidos, nomeadamente por exemplo em Portugal só se ter vindo a contabilizar os últimos anos de contribuição para apurar a reforma).
E qual é o resultado disto, da evolução da esperança de vida e envelhecimento da população?
As pessoas vão cada vez mais vivendo mais tempo a beneficiar da pensão de reforma. Ora, se as pessoas descontam em média durante cerca de 30 anos (cerca de 30% do vencimento) não podem receber um vencimento por inteiro durante cerca de 20 anos e mais ainda todos os outros direitos que o sistema suporta (a maior parte do peso económico está mesmo nas reformas/pensões, em todo o caso).
Indirectamente, isto resulta ainda no envelhecimento da população e não mexendo na idade de reforma faz com que a base de individuos activos (a contribuir) vá diminuindo em relação à massa de individuos que beneficiam do sistema, contribuindo também para o desequilibrio.
Deixo novamente o último report da OCDE sobre os sistemas de pensões - de onde os quadros anexos foram retirados - que muito ajuda a perceber todas estas questões, o que se passa com a evolução dos períodos de contribuição e os períodos de benefício do sistema, envelhecimento da população, que replacement rates trazem o sistema de volta ao equilibrio, etc:
http://www.dgaep.gov.pt/upload//RIareas ... e_2011.pdf
O primeiro quadro é como já referi a evolução da "esperança de vida" após a idade de reforma.
O segundo quadro é para dar uma ideia geral do replacement rate que coloca o sistema em equilibrio para uma dada idade de reforma (de onde rapidamente se conclui que para as idades de reforma que ocorrem na prática, o rendimento durante a reforma deverá ser da ordem de pouco mais de metade do vencimento no final da vida activa).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Quico Escreveu:Também tenho ideia de te ver a contrapor argumentos contra quem dizia que tudo isto não passava de um esquema Ponzi que um dia havia de estourar.
Afinal, ainda é pior... pois até envolve extorsão!
Estás a misturar alhos com bugalhos e a pegar no tema pela rama quando eu expliquei clara e explicitamente quais eram as diferenças e abordei, inclusivamente, o tema da natureza da falta de sustentabilidade do sistema de segurança social quando essa falta de sustentabilidade ocorre (é que, curiosamente, está explicado por mim no próprio tópico onde discuto a questão do ponzi).
Ora, o que se está a discutir aqui e que já venho discutindo há muito tempo (ao mesmo tempo que explico que não se trata de um ponzi, tenho feito as duas coisas e elas não são contraditórias entre si) é que as medidas correctivas que têm vindo a ser aplicadas desde 2007, de forma progressiva, no ambito da reforma da segurança social - uma reforma que é necessária - não é justa. Introduz uma enorme injustiça em termos geracionais ao dar mais direitos/beneficios a quem menos descontou e menos a quem mais irá acabar por descontar.
É isto que se discute aqui e não se se trata ou não de um ponzi, se o sistema vai ou não estourar, se tem solução ou não. Ele tem solução (ao contrário de um ponzi, que não a tem) e não é um ponzi. Há várias e diferentes formas de o sistema estar em equilibrio e de corrigir os erros passados (ou o que não foi devidamente acautelado no passado, nomeada e particularmente o aumento da esperança de vida com consequente prolongamento do tempo em que as pessoas recebem a prestação de reforma face ao período que descontaram). A solução em específico conforme tem vindo a ser aplicada/promovida por estes governos (o anterior e o actual) é que não é justa. A extorsão a que me refiro - e tenho sido muito claro sobre o tema - diz respeito ao facto de ser exigido às gerações que agora estão no activo que descontem para suportar algo a que eles que descontam não vão ter direito, enquanto que os que beneficiam das actuais reformas (pagas em excesso) descontaram tendencialmente menos, estes últimos estando "imunes" a qualquer reforma. É disto que eu estou a falar e está perfeitamente claro e explicado tanto neste tópico como nos anteriores em que discuti o tema.
Entendes?
É que nem é particular difícil de entender...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Escrevi n vezes sobre a extorsão institucionalizada que ocorre em relação aos descontos e reformas actuais.
Bom, aqui está o "anúncio oficial", para quem andava distraído...
Também tenho ideia de te ver a contrapor argumentos contra quem dizia que tudo isto não passava de um esquema Ponzi que um dia havia de estourar.
Afinal, ainda é pior... pois até envolve extorsão!

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
AutoMech Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:O Oscar já está reformado. Ele já está a receber uma reforma (para a qual não descontou o suficiente), daí ele surgir em todos os tópicos sobre o assunto em "defesa" das pensões que estão a ser pagas hoje e a tentar fazer parecer que não existe injustiça nenhuma.
Lá está. Tenho a certeza que todos os reformados concordam que tem de haver mexidas na justiça, na educação, nas duplicações de serviços do estado, nas PPPs, etc.
Agora nas reformas, tá quieto !
mas quem já está reformado, não vai ter alterações.
só os futuros reformados...
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A330, isso é uma ideia excelente, essa de receberes em função do que descontaste. O que implicaria que de imediato as reformas que estão a ser pagas cairiam MUITO. E implicaria que não existiria colchão para os muito pobres (mas isso pode-se colmatar com uma percentagem dos descontos). O problema é mesmo esse, quem está a receber está a receber muito mais do que descontou e quem está a pagar está a pagar muito mais do que irá receber.
Sim , porque custa-me imenso entender que seja assim com os PPR e não possa ser com o estado. Se os bancos pagam de acordo com os descontos e ainda tem lucro só não funciona com o estado se houver má administração.
Usem esta margem equivalente ao lucro dos bancos para aqueles muito pobres que não descontaram ou inválidos que descontaram menos.
E acabem com as outras tretas de rendimento mínimo garantido , etc.
O pai da minha ex sempre trabalhou fora, sempre ganhou bem, tem um pé de meia bom e optou por não fazer descontos. E agora ganha 200 e poucos euros da SS.Está mal.
Assim como a assistência social nos hospitais só serve a quem não tem , e ele pesquisam até a vida dos filhos , não há porque não fazê-lo também na SS. Pessoas realmente pobres receberiam e gente como o pai da minha ex não receberiam nada.
E contra mim falo.
A330
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MarcoAntonio Escreveu:O Oscar já está reformado. Ele já está a receber uma reforma (para a qual não descontou o suficiente), daí ele surgir em todos os tópicos sobre o assunto em "defesa" das pensões que estão a ser pagas hoje e a tentar fazer parecer que não existe injustiça nenhuma.
Lá está. Tenho a certeza que todos os reformados concordam que tem de haver mexidas na justiça, na educação, nas duplicações de serviços do estado, nas PPPs, etc.
Agora nas reformas, tá quieto !

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
MarcoAntonio Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Oscar, os reformados do futuro és tu. Até hoje pagaste por inteiro as reformas de quem não descontou para o que recebe (porque o sistema é assim).
O Oscar já está reformado. Ele já está a receber uma reforma (para a qual não descontou o suficiente), daí ele surgir em todos os tópicos sobre o assunto em "defesa" das pensões que estão a ser pagas hoje e a tentar fazer parecer que não existe injustiça nenhuma.
Este "bate papo" com o Oscar já vem de outros tópicos...
Pois, quem é beneficiado não admite que o é, tenho várias vezes éssa conversa com o meu pai, que já está reformado e tambem não admite que está a ser beneficiado



Storgoff Escreveu:
Basicamente há um desequilíbrio escandaloso entre os 2 sistemas.
Se se defende aqui no fórum cortes sérios nas pensões, devia-se olhar claramente para as da CGA.
O desiquilibro não é escandaloso. Existe porém algum desequilibrio e o processo de reforma dos sistemas de pensões vai no sentido de uma fusão/harmonização entre os dois (o que já está a ser feito, note-se, a intenção é mesmo essa). O processo de reforma é um processo faseado que começou em 2007...
As diferenças que referes são amplificadas por factores que não sendo considerados então tais diferenças parecem escandalosas. Na realidade, para quem está no regime contributivo não são assim tão grandes e isso é importante salientar. Não se pode falar de médias como as que referiste atrás quando mais de milhão e meio dos beneficiários da segurança social não estão sequer no regime contributivo (recebem uma reforma baixinha mas também não descontaram nada!).
O regime contributivo dos restantes é também diferente: por exemplo antes de começarem com estas reformas os trabalhadores independentes podiam declarar o salário mínimo e descontar pelo salário mínimo (mesmo tendo outros rendimentos) - já para não falar nos que simplesmente declaram falsos rendimentos, abaixo dos reais - e portanto descontavam menos e acabavam/acabam a receber reformas mais baixas, naturalmente, fazendo também baixar a média.
Existem porém diferenças que podem ser consideradas "benefícios" dos que estão na CGA sim, nomeadamente que na CGA a média de idade de aposentações é mais baixa (uns 2 anos de diferença, por aí).
Para que fique claro, eu sou claramente a favor da harmonização/fusão dos dois sistemas (CGA e SS).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Pata-Hari Escreveu:Oscar, os reformados do futuro és tu. Até hoje pagaste por inteiro as reformas de quem não descontou para o que recebe (porque o sistema é assim).
O Oscar já está reformado. Ele já está a receber uma reforma (para a qual não descontou o suficiente), daí ele surgir em todos os tópicos sobre o assunto em "defesa" das pensões que estão a ser pagas hoje e a tentar fazer parecer que não existe injustiça nenhuma.
Este "bate papo" com o Oscar já vem de outros tópicos...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
oscar.coelho Escreveu:
Reafirmo que é demagogia pura a afirmação do mcmad que pretendeu sugerir que no momento actual alguém teve a reforma cortada para metade para que outros a possam ter por inteiro.
O MCMAD escreveu isto:
"Isto é de rir, acumula-se dívida para pagar reformas altas e depois corta-se para metade as novas para continuar a pagar aos credores."
Não só não há nenhum "momento actual" no post dele como o que ele escreveu não assenta em demagogia nenhuma, é uma forma simples de descrever aquilo que o primeiro ministro anunciou e se está a discutir: quem hoje está a descontar (para suportar as actuais reformas, recebidas por quem não descontou o suficiente para as receber) vai receber metade quando chegar à sua vez, dentro de 18 anos.
oscar.coelho Escreveu:As pessoas que se vāo ver nessa situação no futuro vão entretanto ter os seus descontos plafonados e ter possibilidade (aqui já não tenho tantas certezas) e o tempo para adoptarem esquemas complementares de reforma.
O que vai acontecer (é no sentido que vai o actual processo de reforma da segurança social) é a indexação da reforma à contribuição no total da vida activa (isso está em documentos que já aqui coloquei em tópicos sobre o tema). O que não acontecia aos actuais reformados, que recebem em função apenas dos últimos anos/vencimentos, fazendo com que recebam aquilo para que nunca descontaram o suficiente.
oscar.coelho Escreveu: Por isso pedi que ele indicasse quem teve a reforma cortada em 50%. Tu respondes com o exemplo do caso do PC que, como é óbvio não faz uma afirmação demagógica porque se refere a algo que se irá passar daqui a 18 anos.
oscar
Uma vez que te interessa centrar no "momento actual", o que se passa no momento actual é que as as pessoas que se reformarão dentro de 18 anos são aquelas que estão a hoje trabalhar e estão hoje a descontar. São essas que estão hoje a suportar as reformas de quem recebe excesso face ao que descontou. Essa é a parte que se passa "no momento actual"...
O resto da bofetada vem dentro de 18 anos para os que tiverem a felicidade de sobreviver até lá!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Oscar, os reformados do futuro és tu. Até hoje pagaste por inteiro as reformas de quem não descontou para o que recebe (porque o sistema é assim).
A330, isso é uma ideia excelente, essa de receberes em função do que descontaste. O que implicaria que de imediato as reformas que estão a ser pagas cairiam MUITO. E implicaria que não existiria colchão para os muito pobres (mas isso pode-se colmatar com uma percentagem dos descontos). O problema é mesmo esse, quem está a receber está a receber muito mais do que descontou e quem está a pagar está a pagar muito mais do que irá receber.
A330, isso é uma ideia excelente, essa de receberes em função do que descontaste. O que implicaria que de imediato as reformas que estão a ser pagas cairiam MUITO. E implicaria que não existiria colchão para os muito pobres (mas isso pode-se colmatar com uma percentagem dos descontos). O problema é mesmo esse, quem está a receber está a receber muito mais do que descontou e quem está a pagar está a pagar muito mais do que irá receber.
MarcoAntonio Escreveu:oscar.coelho Escreveu:Mcmad Escreveu:Isto é de rir, acumula-se dívida para pagar reformas altas e depois corta-se para metade as novas para continuar a pagar aos credores.
A isto chama-se demagogia pura. Podes dizer quais foram as reformas que foram cortadas para metade?
um abraço
oscar
Está-se a falar disto, Oscar:super_fm Escreveu:PEDRO PASSOS COELHO
Valor das reformas vai cair 50%
(...)
Questionado sobre o valor da sua reforma quando atingir os 65 anos, daqui a 18 anos, Passos foi peremptório: "Será sensivelmente metade daquela que existia em 2007; talvez um pouco mais para todos aqueles que entraram na vida activa nos últimos 10 anos, mas sensivelmente metade da que existia antes".
Não se trata de um exercício de demagogia mas de um anúncio ou declaração pública do actual primeiro ministro.
As pessoas melhor informadas e mais atentas já sabiam disto antes desta declaração, porém...
Reafirmo que é demagogia pura a afirmação do mcmad que pretendeu sugerir que no momento actual alguém teve a reforma cortada para metade para que outros a possam ter por inteiro.
As pessoas que se vāo ver nessa situação no futuro vão entretanto ter os seus descontos plafonados e ter possibilidade (aqui já não tenho tantas certezas) e o tempo para adoptarem esquemas complementares de reforma. Por isso pedi que ele indicasse quem teve a reforma cortada em 50%. Tu respondes com o exemplo do caso do PC que, como é óbvio não faz uma afirmação demagógica porque se refere a algo que se irá passar daqui a 18 anos.
oscar
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