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Caldeirão da Bolsa

Greve!!!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Greve no Natal

por oscar.coelho » 24/12/2011 15:43

Sou figadalmente contra aqueles comentários disparatados do tipo "as greves prejudicam as pessoas" ou "só fazem greves à sexta-feira", etc., etc... como se as greves só fossem boas quando marcadas para os domingos entre as 2:00 e as 3:00 da manhã e os grevistas apesar de perderem o salário correspondente ainda devessem ser masoquistas.
Isso não me impede de achar inaceitável a marcaçāo desta greve dos maquinistas da CP para o período do Natal.

Um abraço de Boas Festas para todos.
oscar
 
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por Marco Martins » 24/12/2011 11:13

vitcosta Escreveu:Eu sou médico e concordo que se cortem nas horas, é preciso poupar. ...esses gajos não são diferentes..

Mas também digo, se as horas são muito bem pagas e a Troika acha que se ganha muito, então vai ser fácil ao Sr Ministro arranjar substitutos.

Eu é que vou começar a ir a dormir a casa, ver filmes ao Domingo à tarde e passar o Natal em casa.

Mas acho bem, lixem esses médicos que se armam em bons, deviam era trabalhar à borla, badamecos..

Eu já meti o papel da greve.


Parece-me que as pessoas quando criticam os médicos não se referem a todas as situações mas aquelas situações injustas que acontecem.

Também já trabalhei num hospital e sei como as coisas são.

Como em todo lado existem pessoas sérias e pessoas menos sérias, mas em algumas áreas as pessoas menos sérias afectam directamente a vida dos utentes.

Acha que é aceitável, os médicos terem uma hora marcada para as consulas e aparecerem 1 hora depois... quando os utentes já estão há espera há mais tempo do que isso?

Acha que é aceitável que existam limitações para o número de horas de trabalho que outras profissões têm e no entanto os médicos podem fazer quase o que querem como dormir ou não e depois ainda têm a coragem de vir dizer que a saúde dos utentes é muito importante?

Acha que é aceitável os médicos tentarem diferenciar-se de todas as outras profissões, não deixando que haja concorrência no mercado, sob a desculpa que com a saúde não se brinca, quando como em todas as profissões, as pessoas deverão apenas ser profissionais naquilo que fazem... e o mercado depois é que dita... (senão já imaginou se profissões como bombeiro, programador, bancário, sapateiro, etc se lembrassem de dizer que a sua profissão apenas poderia ter os 10 melhores de Portugal no activo para evitar erros graves?)

Eu respeito muito os médicos, como qualquer outra profissão... e tem de haver regras e respeito como em todas as outras profissões.
 
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por vitcosta » 24/12/2011 1:54

Eu sou médico e concordo que se cortem nas horas, é preciso poupar. ...esses gajos não são diferentes..

Mas também digo, se as horas são muito bem pagas e a Troika acha que se ganha muito, então vai ser fácil ao Sr Ministro arranjar substitutos.

Eu é que vou começar a ir a dormir a casa, ver filmes ao Domingo à tarde e passar o Natal em casa.

Mas acho bem, lixem esses médicos que se armam em bons, deviam era trabalhar à borla, badamecos..

Eu já meti o papel da greve.
 
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por A330-300 » 19/12/2011 11:56

Pata-Hari Escreveu:A330, para teres uma ideia, tenho um amigo médico a quem foi proposto um lugar onde o horário era 80 horas semanais!!! eu nem sabia que uma semana tinha 80 horas! ganharia menos do que agora (trabalha em para aí 5 hospitais) mas teria a grande vantagem de não estar sempre a correr de um lado para o outro. É cirurgião com qualidades humanas e de dedicação que eu considero que só existem nos Santos (daqueles com muitas letras grandes). E nota que se tem que se ter sobre-humano para se conseguir trabalhar nessas condições sem fazer disparates grandes e graves.

Acho que nunca me verão dizer muito da carreira médica no público. Sò da gestão hospitalar.

(noutros países, no entanto, a fiscalidade acaba igualizando as remunerações de toda a gente, os mais e os menos especializados. Se calhar por isso não existe tanto o estigma do "Dr" e do "mecanico/electricista" - que a meu ver explica o porquê da nossa falta de industrialização e de produtividade, não temos bons técnicos).


Às vezes não sei se está tudo louco ou eu é que vivo em outro planeta.

Isso que vc diz é bem verdade.Fizeram se muitos cursos superiores da treta,
criaram expectativas a muita gente que se auto intitula doutor porque fez faculdade de cozinha e deixou de se disponibilizar cursos técnicos.

Acabamos com um monte de doutores desempregados e sem gente para os serviços necessários que acabam muitas vezes por ser feito por estrangeiros.Ou seja ,na prática nos tempos que se avizinham teremos um monte de gente que não vai ser precisa para nada.

Eu sempre fui da opinião que os títulos não interessam para nada.Importante é sermos bons naquilo que fazemos.

A330
 
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por Marco Martins » 19/12/2011 10:31

Pata-Hari Escreveu:A330, para teres uma ideia, tenho um amigo médico a quem foi proposto um lugar onde o horário era 80 horas semanais!!! eu nem sabia que uma semana tinha 80 horas! ganharia menos do que agora (trabalha em para aí 5 hospitais) mas teria a grande vantagem de não estar sempre a correr de um lado para o outro. É cirurgião com qualidades humanas e de dedicação que eu considero que só existem nos Santos (daqueles com muitas letras grandes). E nota que se tem que se ter sobre-humano para se conseguir trabalhar nessas condições sem fazer disparates grandes e graves.

Acho que nunca me verão dizer muito da carreira médica no público. Sò da gestão hospitalar.

(noutros países, no entanto, a fiscalidade acaba igualizando as remunerações de toda a gente, os mais e os menos especializados. Se calhar por isso não existe tanto o estigma do "Dr" e do "mecanico/electricista" - que a meu ver explica o porquê da nossa falta de industrialização e de produtividade, não temos bons técnicos).


...e no entanto queixam-se todos de trabalhar mais 2h30 numa semana de 40 hrs quando estes trabalham 80!!!!

Mas fazendo as contas, 80 hrs semanais dá 11,5 / 7 dias, 13,5/6 dias, 16 hrs/5 dias!!!

Das duas uma, ou uma parte grande do tempo fica a dormir no hospital ou não tem vida privada ou descansa durante o trabalho!
 
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por Pata-Hari » 19/12/2011 8:46

A330, para teres uma ideia, tenho um amigo médico a quem foi proposto um lugar onde o horário era 80 horas semanais!!! eu nem sabia que uma semana tinha 80 horas! ganharia menos do que agora (trabalha em para aí 5 hospitais) mas teria a grande vantagem de não estar sempre a correr de um lado para o outro. É cirurgião com qualidades humanas e de dedicação que eu considero que só existem nos Santos (daqueles com muitas letras grandes). E nota que se tem que se ter sobre-humano para se conseguir trabalhar nessas condições sem fazer disparates grandes e graves.

Acho que nunca me verão dizer muito da carreira médica no público. Sò da gestão hospitalar.

(noutros países, no entanto, a fiscalidade acaba igualizando as remunerações de toda a gente, os mais e os menos especializados. Se calhar por isso não existe tanto o estigma do "Dr" e do "mecanico/electricista" - que a meu ver explica o porquê da nossa falta de industrialização e de produtividade, não temos bons técnicos).
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por A330-300 » 19/12/2011 4:46

Não fazia ideia que as coisas andassem tão mal para os médicos.

É o que eu digo. Para os políticos os únicos que ganham mal são eles mesmos, e as únicas despesas baratas são as deles e que por isso quando se fala em cortar chamam de corte simbólico ,como desculpa para não se mexer.

Moppie,Pelo menos vocês também tem uma profissão bastante globalizada.

Isto vai a caminho de ser um país de miseráveis. Não há dúvida.

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por moppie85 » 19/12/2011 2:17

Elias Escreveu:
moppie85 Escreveu:Segundo alguns estudos, temos médicos especialistas a mais nos 3 grandes centros urbanos: Lisboa, Porto e Coimbra.

Temos deficite de médicos de familia e de saúde pública em todas as regiões.

Tens déficite de médicos especialidas no SNS em quase todas as regiões.


Agora eu pergunto: se os professores podem ser colocados a 500 km de casa... se os magistrados do min. público os juízes podem ser mandados para o outro canto do país... se os militares têm de ir para onde são necessários... porque é que isso não acontece com os profissionais de saúde? Quer dizer, porque é que não há uma gestão mais dinâmica dos recursos humanos para os redistribuir de acordo com as necessidades?

Quero dizer, não faria sentido exigir, por exemplo, que para que um médico pudesse manter o vínculo à f.p. tivesse de passar um dado período (2 anos, por exemplo), numa região com maior falta de clínicos?

Ou, em alternativa, não faria sentido criar um sistema de incentivos (remuneratórios ou outros) de modo a atrair especialistas para as regiões onde há mais falta deles?


Graças aos hospitais EPE, não existe "integração" desse tipo... algo do género é o que se está a tentar fazer criando os centros hospitalares (ex CHLN, CHLC, CHLO, CHPorto, etc etc etc).

Quanto aos médicos, eles só têm vinculo directo à função pública (às ARS) durante o internato médico (ou seja antes de não serem especialistas). Durante o internato a distribuição desses tem de ser feita de acordo com as vagas das especialidades - nos locais onde não há especialistas, não há idoniedade formativa, logo não há hipoteses de abrires formação e dificulta a fixação dos médicos nessas zonas (que foi a questão que abordei anteriormente).

Quando terminam o internato, embora especialistas, muitos dos hospitais mantêm o recém-interno como médico especialista, mas a receber como interno (a diferença é o facto dele não poder optar pela exclusividade e n ter a redução para as 35h em vez de 40h, se n me engano, o que sai mais barato aos hospitais e ao Estado). Considerando que o Estado conseguiu nos ultimos anos uma sangria enorme de especialistas experientes para o privado/reforma, existe a tal falta de especialistas no SNS e, portanto, os hospitais das regiões (coimbra, porto e lisboa), acabam por ir absorvendo estes especialistas. Para ajudar, quem quiser progredir no seu saber, tem de ficar nestas regiões, uma vez que as condições de excelencia, de investigação e, porque não dizer, de exigencia são maiores.

O que foi criado para tentar colmatar essa falha são as chamadas "vagas protocoladas", i.e. o internor é formado numa determinada zona (p.e. Lisboa) e demora 5 anos a fazer o internato. Durante esses 5 anos recebe uma bolsa mensal (12 prestações) de 750€ limpos. No fim da sua formação é obrigado a ir para o hospital com o qual há o protocolo (p.e. de Beja) durante igual tempo (ou seja 5 anos).
 
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por moppie85 » 19/12/2011 1:59

AutoMech Escreveu:Obrigado pela explicação moppie85. É sempre bom ouvir quem está por dentro. Pensei que um especialista que estivesse em exclusividade e que não faça horas extras ganhasse bastante mais...



Depende sempre da evolução da carreira (que tal como as outras todas estão congeladas).

A grande maioria dos médicos que auferem maiores rendimentos, são aqueles com os chamados "direitos adquiridos" e são uma minoria. Por fim, os cargos de chefia - topo de carreira - chefe de serviço e de departamento) são cargos que não vagam com muita frequencia. Mas sim, o ordenado que tem sido oferecido a especialistas tem andado à volta desse valor liquido: 1300-1400€ pelo que me é dado a conhecer por diversos colegas. A vantagem é aquela que expliquei - se optarem por exclusividade + horas extra é que o ordenado se torna mais apetecivel (os tais cerca de 1800€ e o aumento de 50% sobre as horas extras.

Deixo a tabela salarial aqui, para se quiseres consultar: http://www.simedicos.pt/Pages/Tabela-salarial-2010.aspx

(esta tabela é dos indices, dps tens de retirar o valor de corte dos 3,5% - 10%; podes ver que um especialista, brutos ganha 1853€...) e, devido à célebre corte de entradas de médicos há uns anos, a grande maioria dos médicos especialistas anda por aí ...
 
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por Elias » 19/12/2011 1:51

moppie85 Escreveu:Segundo alguns estudos, temos médicos especialistas a mais nos 3 grandes centros urbanos: Lisboa, Porto e Coimbra.

Temos deficite de médicos de familia e de saúde pública em todas as regiões.

Tens déficite de médicos especialidas no SNS em quase todas as regiões.


Agora eu pergunto: se os professores podem ser colocados a 500 km de casa... se os magistrados do min. público os juízes podem ser mandados para o outro canto do país... se os militares têm de ir para onde são necessários... porque é que isso não acontece com os profissionais de saúde? Quer dizer, porque é que não há uma gestão mais dinâmica dos recursos humanos para os redistribuir de acordo com as necessidades?

Quero dizer, não faria sentido exigir, por exemplo, que para que um médico pudesse manter o vínculo à f.p. tivesse de passar um dado período (2 anos, por exemplo), numa região com maior falta de clínicos?

Ou, em alternativa, não faria sentido criar um sistema de incentivos (remuneratórios ou outros) de modo a atrair especialistas para as regiões onde há mais falta deles?
 
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por Automech » 19/12/2011 1:36

Obrigado pela explicação moppie85. É sempre bom ouvir quem está por dentro. Pensei que um especialista que estivesse em exclusividade e que não faça horas extras ganhasse bastante mais...
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por moppie85 » 19/12/2011 1:24

AutoMech Escreveu:moppie85 e agany, não sei se é o caso, mas se estiverem mal distribuídos podemos ter efectivamente médicos a mais mas nos locais ou nas especialidades erradas. No primeiro caso talvez se pudesse corrigir. O segundo presumo que não. Qual é a vossa opinião ?


UI! Onde te foste meter!

Segundo alguns estudos, temos médicos especialistas a mais nos 3 grandes centros urbanos: Lisboa, Porto e Coimbra.

Temos deficite de médicos de familia e de saúde pública em todas as regiões.

Tens déficite de médicos especialidas no SNS em quase todas as regiões.

Tal sucede por vários motivos, e vou tentar ser simplista, pq isto dava direito a pelo menos 1 tópico à parte...

1) A formação médica (especialidade) dura 4/5/6 anos... o que significa que desde que entra no curso " sem chumbos ", um médico demora 6 anos de curso + 1 ano de internato ano comum + 4-6 anos de especialidade. - o que significa que um aluno que entre em set 2011 em medicina será um especialista em 2023-5 se tudo correr pelo melhor.

2) A formação tem de ser dada em locais onde haja médicos com especialidade suficientes, com doentes suficientes e patologias suficientes para ter a chamada "idoniedade"

3) Para tal é preciso médicos dispostos a recebê-los, sem receber qualquer compensação por isso (a única compensação é ter mais um membro na equipa a ajudar e não é remunerada a quem recebe)

4) Considerando a abertura de quase todas as especialidades médicas em hospitais privados com qualidade e a maior cobertura por seguros de saúde privados, e, a diminuição cada vez maior dos rendimentos no público: perda de qualidade de serviço, menor poder decisório, menor remuneração, maior pressão sobre quem já faz, leva a que quem é especialista e bom (i.e. aqueles que podem dar formação e idoniedade para formar especialistas) fujam para o privado. Como só o público pode dar formação (os internatos são por Lei dados apenas no SNS), apenas os grandes centros continuam a ter médicos suficientes para dar formação e, portanto, ter internos.

5) Esses internos estão 6 anos no mesmo sitio a trabalhar e, acabam por fazer aí o seu internato e, assegurar a maior parte do SU, graças a bancos extra obrigatórios (+12h) e ilegais (q utrapassa muitas vezes as 48h de banco por semana), porque: a) acima de 50 anos de idade deixa de ser obrigatório o aceitar fazer bancos à noite e a partir dos 55 anos, deixa de ser obrigatórios fazer bancos pura e simplesmente (se n me engano nas idades).

6) Isto leva a que tenhas uma fixação de especialistas nos grandes centros urbanos (que em termos de nr/capita) seja superior ao "supostamente" necessário, mas que ao mesmo tempo acabam por ser necessários pq esses especialistas recebem os casos do restante país, onde, devido aos salários e à idade, grande parte dos especialistas ou estão reformados ou estão no privado ou não fazem bancos por opção.

Até agora, o que mantinha isto +- a funcionar, é:

-> o facto de as horas extra para os internos, embora mal pagas, serem relativamente obrigatórias (pq um interno que para terminar a especialidade tem um "chefe" ao qual não pode dizer que não ou arrisca-se a ter problemas; quer em termos laborais quer em termos de aprendizagem)

-> o interno estar no inicio de vida, e, portanto embora mal pagas, para um tipo que tem de comprar casa, sustentar creche/colégio, etc. etc., pode valer a pena o sacrificio, algo que alguém com 40 anos e a vida encaminhada não está para isso

-> o especialista, que ganha pouco de salário (sim ganha pouco), fazer uns bancos extra ao fim-de-semana ou noite, para ter um salário bom (os médicos só ganham bem no público se para além do horario das 40h, tiverem exclusividade (+50% sobre o preço por hora) e fizerem os bancos extra à noite/fds.

Um exemplo: um especialista em MGF recebe 1300€ LIQUIDOS POR MÊS. Se tiver exclusividade ganha cerca de 1800€ LIQUIDOS POR MÊS se não me engano (não é +50% pq sobe o escalão de IRS e sobe no corte que leva na escala até aos 10%). Depois o que acaba por compensar é que o preço de hora sobe 50%, pelo que esse 50% vai acrescer ao pagamento superior da hora extra (é tipo 12€ * 1,5 (da exclusividade) * (% da hora extra).

-> Ora, ao mexeres na % da hora extra, tiras basicamente o que ainda continua a "valer a pena" no SNS.

E

-> Ao colocares o máximo de horas de banco mas ao mesmo tempo teres médicos obrigados a fazer 12h extra todas as semanas, significa de ao fim de 17 semanas, tens o "plafond" cumprido de 200h.

Ou seja, se isto não for mexido e se for para a frente com a greve das horas extras, vai ser uma catástrofe porque não podes dizer a um trabalhador que há serviços minimos a serem assegurados à custa de uma Lei que supostamente está a ser abusada (supostamente o pedido das 12h extra (o que prefaz 52h de trabalho) devia ser a excepção e não a regra que actualmente é); e é por isso que os sindicatos referem que "Não há serviços minimos a serem assegurados devido à greve das horas extras" - basicamente, sabem que basta os médicos não fazer as horas extra e não uma greve total de serviço, para não ser possivel ter as Urgências a funcionar... (o bastonário tb sabe isso e por isso é q diz que tal greve seria catastrófica, e o MSaude já deve ter dado conta do que isso dará pelo que convocou não só sindicato médico que convocou a greve (que não está filiado nem na UGT nem na CGTP) mas também a FNAM (CGTP), até pq a FNAM não lançou o pré-aviso pq supostamente estariam a ver como seriam as próximas rondas negociais.

Em minha opinião, o SIM foi mais inteligente, pq, sendo a área da saúde sujeita a pre-aviso especial (10 dias úteis antes de um preaviso ser considerado legal e com efeito), colocou-o exactamente no limite para que no 1º dia em que as alterações fazem efeito (2 Jan), a greve entre em vigor, colocando uma pressão extra sobre o Governo, pressão extra tal que o pre-aviso de greve foi enviado Quinta às 18h e no dia seguinte o Ministro da Saude marcou uma reunião para dia 26 de Dezembro... cheira-me que nesse dia teremos novidades...
 
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por Automech » 16/12/2011 17:22

moppie85 e agany, não sei se é o caso, mas se estiverem mal distribuídos podemos ter efectivamente médicos a mais mas nos locais ou nas especialidades erradas. No primeiro caso talvez se pudesse corrigir. O segundo presumo que não. Qual é a vossa opinião ?
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por agany » 16/12/2011 17:10

No dia 02/01/2012 o país ficará a saber se tem médicos à mais! :shock:
 
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por moppie85 » 16/12/2011 14:54

Las_Vegas Escreveu:
moppie85 Escreveu:Cá está o dito cujo pré-aviso de greve às horas extraordinárias:
http://simuploads.simedicos.pt/9c9c21682.pdf



Quem se segue? os maquinistas da CP?

Proponho que depois de privatizarmos a CP seja oferecido um comboio a cada maquinista para compensar a perda do subsídio de higiene e assiduidade.

A lei é para cumprir.


Exactamente.
E cumpre-se.
Faz-se o horario normal e recusa-se as horas extraordinárias, que por acaso são sempre de Urgência.
Considerando que se diz que "há médicos a mais", assim sendo o trabalho extraordinário é desnecessário para assegurar a Urgência pelo que não há serviços minimos assegurados à custa de horas extraordinárias.
 
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por Las_Vegas » 16/12/2011 13:38

moppie85 Escreveu:Cá está o dito cujo pré-aviso de greve às horas extraordinárias:
http://simuploads.simedicos.pt/9c9c21682.pdf



Quem se segue? os maquinistas da CP?

Proponho que depois de privatizarmos a CP seja oferecido um comboio a cada maquinista para compensar a perda do subsídio de higiene e assiduidade.

A lei é para cumprir.
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por moppie85 » 16/12/2011 13:20

Cá está o dito cujo pré-aviso de greve às horas extraordinárias:

http://simuploads.simedicos.pt/9c9c21682.pdf
 
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por nuuuuno » 16/12/2011 12:10

nao sei se vao querer usar esta ultima oportunidade...é que depois de privatizada á partida as coisas vao entrar nos eixos (porque os accionistas nao sao parvos e nao vao querer perder dinheiro) e a conversa vai ser diferente....
 
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por Fenicio » 16/12/2011 11:49

Espero que desta vez não façam como da última, e que de facto decidam hoje de modo a evitar estorvos desnecessários aos passageiros (para não falar em despesas extras à companhia).

Pilotos da TAP decidem hoje se param em Janeiro
Económico com Lusa
16/12/11 08:20
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) decide hoje se mantém ou anula os quatro dias de greve previstos para Janeiro.

A assembleia geral convocada para decidir sobre o assunto está marcada para as 15 horas.

Na semana passada, o SPAC decidiu desconvocar o primeiro de dois períodos de greve, previsto para Dezembro, depois de ter encontrado "no Governo um interlocutor sério e interessado em viabilizar uma solução equilibrada para o envolvimento dos pilotos no processo de privatização" da TAP.

Na altura, o SPAC decidiu também convocar uma assembleia para decidir a manutenção ou anulação do segundo período de greve, que abrange os dias 3, 4, 5 e 6 de Janeiro, que se realiza hoje.

O SPAC avançou para a greve para "exigir" à TAP o cumprimento das normas do Acordo de Empresa, a "reposição de um clima laboral que reponha a equidade no tratamento entre pilotos e chefias" e o "envolvimento dos pilotos no processo de privatização da companhia aérea".

Apesar de ter sido desconvocada, o aviso de greve dos pilotos provocou perdas à TAP "nunca inferiores a 10 milhões de euros", segundo dados divulgados pelo porta-voz da companhia aérea.

A última greve convocada pelo SPAC durou dois dias e decorreu em Setembro de 2009.



Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/pilot ... 33919.html
"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian

Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"

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por A330-300 » 16/12/2011 6:14

O governo está sempre a querer fazer omeletes sem ovos.

Há tanta gente inútil nas repartições e tantos órgãos inúteis para cortar, e querem se meter com quem tem mais responsabilidade e realmente trabalha.

Neste país não deixam trabalhar quem quer trabalhar.Mas deixam roubar quem quer roubar.

É o que temos.

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por alexandre7ias » 16/12/2011 6:12

ferradura Escreveu:O que eu mais quero é que o patronato em Portugal desapareça.
Que seja aniquilado.
Estes patrões mesquinhos , e incultos (a grande maioria, salvo raras mas honrosas excepções), são o maior motivo para o nosso atraso.

Que vá tudo à falência.Assim morrem as arvores podres, e poderá haver espaço para arvores novas e mais saudáveis.


:idea:
Empresa condenada por colocar trabalhadora virada para a parede

"O Tribunal da Relação de Coimbra condenou os proprietários de uma loja de Aveiro ao pagamento de uma multa de 6.500 euros, por ter obrigado uma trabalhadora a cumprir o horário laboral sentada, virada para a parede e sem nada para fazer".

Ver mais em http://publico.pt/1525234
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
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por alexandre7ias » 16/12/2011 5:44

E com toda a razão
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por moppie85 » 16/12/2011 1:06

Greve às Horas Extra III
Como aderir e o que fazer!

A emissão de um Pré-Aviso de Greve desobriga os Trabalhadores Médicos da obediência e subordinação próprias do seu contrato e impossibilita a marcação de falta injustificada por ausência ao trabalho que é motivo de Greve.

Por tradição, o SIM não organiza Piquetes de Greve, previstos na Lei com o sentido de sensibilizar os Trabalhadores a aderir. A nossa ênfase tem sido colocada na ampla informação aos médicos, quer por contacto directo com os nossos associados, quer informando os médicos em geral através do nosso site institucional, para que a escolha na adesão à Greve seja um acto consciente, livre e de expressão de uma liberdade constitucionalmente prevista.

Confiamos que à Greve aderirá o médico que se reveja nas razões e motivações aduzidas no Pré-Aviso. No caso presente, acreditamos que os médicos são especialmente sensíveis à modificação brutal das condições remuneratórias do trabalho num serviço que é normalmente prestado com intenso esforço, por períodos de tempo penosos e com uma enorme carga de responsabilidade, não partilhada, bem pelo contrário, com a entidade empregadora – a Urgência.

De forma acrescida, os médicos mais novos que exercem em contrato individual de trabalho e que têm visto o Governo negar-lhes uma grelha salarial para as 40 horas de trabalho, são agora especialmente chamados a defenderem os seus direitos de forma muito clara ou, inevitavelmente, registam-se como irrelevantes e submissos perante futuras negociações, com este ou com qualquer Governo.

Podem aderir à Greve todos os trabalhadores médicos, sejam ou não sindicalizados, qualquer que seja a sua relação jurídica de emprego, qualquer que seja o seu contrato, qualquer que seja o nível em que se encontrem (incluindo os médicos em Internato Médico) ou qualquer que seja o cargo de Direcção que desempenhe.

O exercício do direito à Greve, expressa por ausência ao trabalho objecto do Pré-Aviso de Greve, é um direito inviolável, não sendo aceites formas directas ou encapotadas de pressão que contrariem o seu livre decurso.

Por razões óbvias, qualquer negociação das condições de exercício da Greve competem em exclusivo ao Sindicato subscritor, devendo o médico abster-se de qualquer processo negocial individual.

Por imposição jurídica, as Greves na Saúde enquadram-se dentro das necessidades sociais impreteríveis sendo, em consequência, obrigatório um Pré-Aviso de 10 dias úteis para ser efectiva.

É justamente este alargado tempo de Pré-Aviso que ilegaliza e ofende gravemente a inobservância de medidas que coloquem os médicos perante escalas ou ordens que se revelem, objectivamente, como impedimento do exercício da Greve.

No caso vertente, uma Greve às horas extraordinárias ou suplementares a partir das 8 horas do dia 2 de Janeiro de 2012, por tempo indeterminado, em que o médico mantém todo o seu horário de trabalho, onde se incluem 12 horas de um único período semanal na Urgência, é um abuso que se mantenham, a partir daquela data programação de horas de trabalho extraordinário ou suplementar.

Recorde-se, como muito importante, que uma Greve às horas extraordinárias não comporta a observância de Serviços Mínimos pelas justa incongruência de se admitir ou teorizar como possível que os Serviços Mínimos necessários para satisfazer as necessidades sociais impreteríveis só eram possíveis com recurso as horas extraordinárias dos trabalhadores.

Recorde-se, de igual modo, que somos constantemente bombardeados com o “facto” de existirem médicos a mais pelo que ao absurdo jurídico se acrescentará um absurdo político insanável se houver alguma tentativa de impedimento para a realização de uma Greve às Horas Extraordinárias.

Neste sentido, reconhecendo o carácter muitas vezes recalcitrante e provocador de muitos dos gestores da área da Saúde, estamos certos que os Trabalhadores Médicos podem ser confrontados com escalas ilegais que os pretendam “obrigar” à prestação de trabalho extraordinário, sem a sua concordância e contra a Greve em curso, numa invocação bacoca do Código Deontológico e dos princípios mais sagrados e éticos da nossa profissão. A todos os que se acharem nesta inusitada situação devemos recordar que o esforço acrescido dos médicos, com prolongamento de horário, coloca em risco objectivo os doentes e, para benefício destes, é na maioria das vezes preferível interromper o trabalho, mesmo com ameaça disciplinar, do que permanecer sujeito ao inevitável risco profissional, à má prática e ao erro médico, com as consequências desastrosas que daí advêm.


EDIT: cheira-me que amanha vamos ter um pre-aviso de greve...
 
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Re: GREVE ÀS HORAS EXTRAS

por e-finance » 16/12/2011 0:48

vitcosta Escreveu:Greve às Horas Extra - II
O Quê e a Quem!
14-12-2011
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O Governo obteve maioria parlamentar para voto positivo para a sua Proposta de Lei Orçamento de Estado 2012.

O Decreto Parlamentar está em apreciação por Sua Excelência o Presidente da República, competindo-lhe a promulgação. Poucas expectativas são críveis para vermos SE suscitar avaliações de adequação constitucional ou para imaginarmos ver SE no exercício de veto político.

Na nossa opinião o texto aprovado na Assembleia da República estará em vigor a partir do dia 1 de Janeiro de 2012.

Do complexo e extenso diploma ressaltam, para todos os funcionários públicos, incluindo os médicos do SNS, medidas com repercussão remuneratória pesada como sejam a manutenção da taxa mensal sobre a remuneração base, que atinge os 10% e o confisco da totalidade dos montantes dos subsídios de férias e de Natal.

Com destino directo aos médicos, o Governo decide alterar a remuneração das horas extra do seguinte modo:

Dia normal de trabalho: 25% e 37,5%, conforme seja 1ª ou horas seguintes, independentemente de ser dia ou noite (anteriormente 25% e 50% de dia e 75% e 100% de noite);
Dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, e em dia feriado: 50% de acréscimo, independentemente de ser dia ou noite; (anteriormente 75%, 1ª hora e 100%, seguintes no trabalho diurno e 125%, 1ª hora e 150%, seguintes, no trabalho nocturno);
O trabalho em prevenção era pago a 50% do valor do trabalho em hora extra pelo que sofrerá igual degradação.

Ficando claro o Quê, passemos ao a Quem!

A Lei do Orçamento de Estado é uma Lei de poder reforçado. Para além disso, refere, explicitamente, que o disposto nos seus artigos tem “natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excepcionais, em contrário e sobre instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho e contratos de trabalho, não podendo ser afastado ou modificado pelos mesmos”.

Como os médicos são os únicos trabalhadores que têm instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, ACT, percebe-se muito bem que a Lei de Orçamento de Estado para 2012 tem artigo com destino específico, num ataque directo sem precedentes.

Para além disso, a Lei OE 2012 vigora no todo nacional e abrange, nos seus artigos, todos os médicos, independentemente do seu grau ou categoria, do seu regime de trabalho e da Unidade de Saúde onde estão colocados.

Portanto as malfeitorias abrangem:

Médicos do continente, da Região Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira;
Médicos integrados na carreira médica em regime de contrato de trabalho em funções públicas;
Médicos integrados na carreira médica em regime de contrato individual de trabalho;
Médicos com contrato de trabalho a termo resolutivo incerto – todos os médicos internos;
Médicos não integrados na carreira médica mas com qualquer tipo de contrato com entidades públicas e públicas empresariais;

Em resumo:

As horas extra terão o seu valor reduzido, nalguns casos de forma brutal.

A redução da remuneração das horas extra vai afectar TODOS os médicos.


Com a escalada do preço das taxas moderadoras não tarda as horas extra vão ser dispensadas.
Don't run a race that doesn't have a finish line.
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GREVE ÀS HORAS EXTRAS

por vitcosta » 16/12/2011 0:40

Greve às Horas Extra - II
O Quê e a Quem!
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O Governo obteve maioria parlamentar para voto positivo para a sua Proposta de Lei Orçamento de Estado 2012.

O Decreto Parlamentar está em apreciação por Sua Excelência o Presidente da República, competindo-lhe a promulgação. Poucas expectativas são críveis para vermos SE suscitar avaliações de adequação constitucional ou para imaginarmos ver SE no exercício de veto político.

Na nossa opinião o texto aprovado na Assembleia da República estará em vigor a partir do dia 1 de Janeiro de 2012.

Do complexo e extenso diploma ressaltam, para todos os funcionários públicos, incluindo os médicos do SNS, medidas com repercussão remuneratória pesada como sejam a manutenção da taxa mensal sobre a remuneração base, que atinge os 10% e o confisco da totalidade dos montantes dos subsídios de férias e de Natal.

Com destino directo aos médicos, o Governo decide alterar a remuneração das horas extra do seguinte modo:

Dia normal de trabalho: 25% e 37,5%, conforme seja 1ª ou horas seguintes, independentemente de ser dia ou noite (anteriormente 25% e 50% de dia e 75% e 100% de noite);
Dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, e em dia feriado: 50% de acréscimo, independentemente de ser dia ou noite; (anteriormente 75%, 1ª hora e 100%, seguintes no trabalho diurno e 125%, 1ª hora e 150%, seguintes, no trabalho nocturno);
O trabalho em prevenção era pago a 50% do valor do trabalho em hora extra pelo que sofrerá igual degradação.

Ficando claro o Quê, passemos ao a Quem!

A Lei do Orçamento de Estado é uma Lei de poder reforçado. Para além disso, refere, explicitamente, que o disposto nos seus artigos tem “natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excepcionais, em contrário e sobre instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho e contratos de trabalho, não podendo ser afastado ou modificado pelos mesmos”.

Como os médicos são os únicos trabalhadores que têm instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, ACT, percebe-se muito bem que a Lei de Orçamento de Estado para 2012 tem artigo com destino específico, num ataque directo sem precedentes.

Para além disso, a Lei OE 2012 vigora no todo nacional e abrange, nos seus artigos, todos os médicos, independentemente do seu grau ou categoria, do seu regime de trabalho e da Unidade de Saúde onde estão colocados.

Portanto as malfeitorias abrangem:

Médicos do continente, da Região Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira;
Médicos integrados na carreira médica em regime de contrato de trabalho em funções públicas;
Médicos integrados na carreira médica em regime de contrato individual de trabalho;
Médicos com contrato de trabalho a termo resolutivo incerto – todos os médicos internos;
Médicos não integrados na carreira médica mas com qualquer tipo de contrato com entidades públicas e públicas empresariais;

Em resumo:

As horas extra terão o seu valor reduzido, nalguns casos de forma brutal.

A redução da remuneração das horas extra vai afectar TODOS os médicos.
 
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