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Caldeirão da Bolsa

Defice de 2011 fica nos 8% (fora as aldrabices)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rmachado » 14/12/2011 20:25

K. Escreveu:-Os cortes salariais so afectaram salarios acima de 1500 EUR (uma percentagem muito pequena dos funcionarios publicos).


Uhm?

não é 1100?

E será assim tão pequena?
Basta ter a noção que grande parte dos funcionários públicos são professores e grande parte deles aufere mais que 1100.
 
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por Mcmad » 14/12/2011 19:58

migluso Escreveu:
Mcmad Escreveu:A economia privada, dependeu e depende em muito dos ordenados e gastos do Estado.


Grande falácia.

O Estado é que precisa da economia privada para pagar os seus salários e gastos...


Concordo em absoluto.

Eu estava a referir-me à bolha criada em torno da economia privada.

Ou julgas que a economia privada é a mesma com 900 mil FP a receberem 1000 euros, ou os mesmos a receberem 700? andas iludido?
Confira as minhas opiniões

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por JMHP » 14/12/2011 18:44

MiamiBlueHeart Escreveu:
migluso Escreveu:
Mcmad Escreveu:A economia privada, dependeu e depende em muito dos ordenados e gastos do Estado.


Grande falácia.

O Estado é que precisa da economia privada para pagar os seus salários e gastos...


Obviamente que o Estado precisa dos privados para pagar salários, reformas, saúde, segurança, etc..

Mas existem milhares de empresas privadas a viver á custa do Estado e quando digo isto, é no sentido de empresas privadas que têm mais de 50% da sua facturação por serviços que directa ou indirectamente prestam a entidades públicas. E para muitas delas, sem esse dinheiro é a falência.



Empresas nessas condições não podem ser consideradas como privadas, mas antes publico/privadas "irmãs" das conhecidas PPP's.

Uma empresa privada que depende 100% ou pouco menos do Estado, é como uma empresa publica se trata-se, chama-se de privada mas a sua condição e âmbito na realidade não o é.

Um pouco á imagem das pessoas com contratos-a-prazo ou a recibos-verdes com o Estado, não são funcionários públicos mas dado que prestam serviços de média/longa duração consideram-se como tal.

Em relação ao tema do tópico, pouco ou nada há a dizer, a não ser que as pessoas consideram-se estupidas ou fingem-se estupidas, porque nada que o 1º ministro disse é novidade seja dito por ele ou que não soubéssemos.

O povo gosta é de circo e o resto é conversa..... :roll:
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por artista_ » 14/12/2011 18:42

Sinceramente acho que a luta será inglória, Portugal vai ter de ser caloteiro, já não há muito por onde cortar, só algo de genial poderá dar a volta à situação, tão genial que provavelmente não existe!!

Este governo tem bem menos culpa que os anteriores mas, na minha opinião, desbaratou uma última oportunidade de ainda poder ter alguma hipótese de o fazer. As medidas aplicadas são mais do mesmo, mais daquilo que já se sabe de antemão que não funciona, levou a Grécia ao ponto onde estão e vai-nos levar a nós a mesmo sítio, mais coisa menos coisa... hoje já não tenho grandes dúvidas disso!
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por Lion_Heart » 14/12/2011 18:41

As empresas que gravitam a volta do estado são na sua maioria incompetentes e/ou corruptas, mas a verdade e como diz Medina Carreira os partidos querem ganhar mas é para depois fazerem o assalto ao orçamento e distribuir esse dinheiro por eles e por essas empresas.
Editado pela última vez por Lion_Heart em 14/12/2011 18:42, num total de 1 vez.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por MiamiBlue » 14/12/2011 18:03

migluso Escreveu:
Mcmad Escreveu:A economia privada, dependeu e depende em muito dos ordenados e gastos do Estado.


Grande falácia.

O Estado é que precisa da economia privada para pagar os seus salários e gastos...


Obviamente que o Estado precisa dos privados para pagar salários, reformas, saúde, segurança, etc..

Mas existem milhares de empresas privadas a viver á custa do Estado e quando digo isto, é no sentido de empresas privadas que têm mais de 50% da sua facturação por serviços que directa ou indirectamente prestam a entidades públicas. E para muitas delas, sem esse dinheiro é a falência.
 
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por migluso » 14/12/2011 17:03

Mcmad Escreveu:A economia privada, dependeu e depende em muito dos ordenados e gastos do Estado.


Grande falácia.

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Tinha um bom plano?

por Fiscalista » 14/12/2011 16:50

Lion_Heart Escreveu:dj , pois , mas este Governo antes das eleições tinha um bom plano , mas depois de eleito ja alinhou com o "sistema".

O problema é que "o sistema" não vai desistir das regalias sem lutar, e para o contrariar é preciso "iron balls". O que até agora ainda não vi.


Como é que um governo que é composto por uma cambada de imbecis a começar pelo PM que demorou mais de 10 anos a fazer o curso tinha um bom plano??

O único plano era deitar abaixo o governo anterior e abandonar a barraca em massamá e mudar-se com a rainha da kizomba para a Lapa. A Lapa é que não deixou...
 
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por tava3 » 14/12/2011 16:30

É curioso ver que falar em não pagar parte da dívida tem reações diferentes, conforme o autor das afirmações. Dito por uns, são logo chamados de caloteiros, dito por outros, parece perfeitamente normal. Pelo menos, os criticos, não estam totalmente contra, depende do opinante, o que já é alguma coisa pois é o que nos espera.
Também gostei de saber que, a queda do governo anterior, para além da subida brutal das taxas dos empréstimos, também nos custou 3k milhões, isto é fantástico porque ficámos com um governo igual ou pior do tínhamos.
Quanto ao défice, é só rever as postas de pescada do 1º, a começar logo por: "Nós não vamos falhar (5,9%)", ora tomem lá para abrirem os olhos.
Para o ano o défice começa nos 8%, para chegar aos 4.5% vamos levar aumentos do iva o corte nos subsídios nos privados, e provavelmente, mais um corte nos fp que não podem fugir, esses malandros.
Depois de venderem as empresas todas vai o ouro, agora não podemos, a europa não deixa, mas quando for para pagar aos credores, já vai deixar. Rsumindo, depois de todas as barbaridades que estes ladrõs têm feito e as que ainda vão fazer, um golpe de estado já começa a estar atrasado, digo eu.
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por FerroPT » 14/12/2011 15:40

O problema disto tudo, é que andar a tentar gerir défices não trás nada para o país, a não ser, sermos mais ou menos miseráveis. O País não tem um rumo definido, nem aposta em nada em concreto a não ser as energias renováveis, e agora parece que nos estamos a virar para o mar, mas ainda sem resultados concretos. Objectivos tem de ser defendidos no que toca à especialização da actividade económica do país. E meus amigos o turismo sozinho não chega, porque é um mercado com grande concorrência e com margens de lucro cada vez menores, com a situação a ter tendência a piorar pois cada vez vais ser mais barato viajar de avião para fora da europa a preços mais baratos e temos que ver que maior parte do nosso turismo é europeu.

Não percebo porque é que não se fala disto na política e se passa metade de um telejornal a falar de défices em vez de se falar em problemas concretos, o défice é uma consequência o que se devia fazer era actuar no défice mas essencialmente discutir e tratar da sua origem.

E os problemas que temos, tem de ser tratados antes de executarmos o novo plano económico do país ?


Quais são os problemas ?

1º Os tribunais não funcionam e estão (propositadamente) entupidos, quem ganha com isto, uma dúzia de importantes escritórios de advogados que controlam o sistema judicial, e as pessoas que querem praticar crimes (não violentos) e safarem-se



Este regime de subsidio dependência em que Portugal vive é um entrave à dinamização da economia. Porque é que este dinheiro que é atribuído para pessoas não produzirem nada durante largos meses não é redireccionado para a ajuda a empresas que necessitam de verbas para aumentar capacidade produtiva e números de posto de trabalho ? Não seria muito melhor investir em algo que desse retorno em vez de investir em algo para ser queimado ?

Porque é que em vez de cortarem subsídios de natal e de férias não reduzem as reformas de uma forma gradual consoante o seu valor a todos os portugueses ?

3º Tentar Manter alguma estabilidade fiscal no país, porque senão quem é que vem investir em Portugal quando sabe que no ano seguinte podem aumentar-lhe a carga fiscal de forma brutal.

Quantos de vocês arriscavam o vosso dinheiro em investimentos incertos destes ?

4º Educação, houve um grande investimento na educação, neste momento temos excelentes universidades com alguns cursos a serem dos melhores da respectiva àrea. Mas o ensino tem de ser diversificado, nem toda a gente tem de tirar um curso superior. Especialmente um curso superior que não serve para nada... Sem desprimor para qualquer tipo de curso, mas um facto é que se há 10 lugares num país para uma pessoa licenciada em literatura, para quê existirem 30 vagas num curso de literatura... a oferta tem ser racionalizada e ajustada todos os anos. Porque senão temos 20 pessoas todos os anos licenciadas em literatura que consumiram recursos do estado a tirar uma licenciatura que não lhe serve para nada. E que ainda vão-se queixar para manifestações pelo o facto de não terem trabalho... Se é um facto que essas pessoas foram irresponsáveis por escolherem uma licenciatura sem grandes perspectivas de trabalho a verdade é que o estado também é culpado por criar ilusões e canalizar recursos para formar pessoas para uma coisa que não vai ser útil nem para a sociedade nem para a pessoa em si.

Este excesso de licenciados repercute-se depois pela falta de mão de obra numa série de empregos técnicos muitas das vezes até são bem remunerados. Eu conheço vários pasteleiros, cozinheiros, técnicos de máquinas industriais e técnicos de sistemas de informação todos eles não licenciados a ganharem mais que maior parte dos quadros médios de empresas a trabalharem em Portugal.

Vale a pena tirar um curso inútil ? Se as pessoas acharem que sim problema delas mas o estado tem obrigação de tentar fazer com que isso não aconteça, e uma maior articulação entre as universidades ministério da educação e mercado de trabalho iria garantir que isto não acontecia...

---------------------

De facto existem muitos outros pequenos problemas que acontecem em Portugal, mas estes são estruturais e essenciais para que o país se levante, o resto não é relevante enquanto estes não estiverem resolvidos
 
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por Krupper » 14/12/2011 15:36

lfhm Escreveu:
PT_Trader Escreveu:
Bem como o Reino Unido, Espanha, Itália, etc, já anunciaram essa intenção

http://aeiou.expresso.pt/italia-anuncia ... os=f687717

http://www.presseurop.eu/pt/content/art ... -o-que-era


Tens uma medida dos Italianos mais interessante aqui :P

http://aeiou.expresso.pt/italia-monti-c ... as=f694111


Exacto. No entanto acho que o valor é baixo. Devia ser 100 euros para particulares e 500 euros para empresas. E também 50 euros por cada cartão de débito e 70 euros por cartão de crédito. Quem usar aquelas cadernetas da CGD devia pagar 60 euros.

Com um pouco mais de tempo ainda imagino aí mais umas taxas para aplicar ao pessoal.

:roll:
 
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por djovarius » 14/12/2011 15:27

As privatizações não contam para o défice nem um segundo.
Abatem diretamente à dívida pública total.
Se conseguirem, por exemplo 12 mil milhões de euros, subtrai-se esse valor à divída total que deverá rondar os 160 mil milhões (ou algo mais).

Isso é bom, mas, mais uma vez, não resolve o défice estrutural.

dj
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Re: Defice de 2011 fica nos 8% (fora as aldrabices)

por PT_Trader » 14/12/2011 15:19

Elias Escreveu:Já agora fica a notícia:



Passos: Défice seria de 8% sem receitas extraordinárias

Pedro Passos Coelho
D.R.
13/12/2011 | 17:33 | Dinheiro Vivo

O primeiro-ministro confirmou hoje que o Governo espera que o défice de 2011 "não fique acima de 4,5%", adiantando que sem as receitas extraordinárias dos fundos de pensões da banca ficaria perto de 8%.

"Nós não estamos ainda em condições de dizer qual terá sido a 31 de Dezembro o défice de 2011. A nossa expectativa é que o défice não fique acima de 4,5%, dado o impacto que está estimado para a transferência dos fundos de pensões dos bancos para a área pública", afirmou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, no final de uma cerimónia comemorativa dos 20 anos da Volkswagen-Autoeuropa, em Palmela.

O primeiro-ministro adiantou que, sem estas receitas extraordinárias, o défice este ano "andaria muito próximo de 8%".

A meta fixada para o défice deste ano era de 5,9%.


Pelo menos é sincero.

Para o ano ainda vamos ter as receitas extraordinárias das privatizações.
 
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Re: Defice de 2011 fica nos 8% (fora as aldrabices)

por Elias » 14/12/2011 15:17

Já agora fica a notícia:



Passos: Défice seria de 8% sem receitas extraordinárias

Pedro Passos Coelho
D.R.
13/12/2011 | 17:33 | Dinheiro Vivo

O primeiro-ministro confirmou hoje que o Governo espera que o défice de 2011 "não fique acima de 4,5%", adiantando que sem as receitas extraordinárias dos fundos de pensões da banca ficaria perto de 8%.

"Nós não estamos ainda em condições de dizer qual terá sido a 31 de Dezembro o défice de 2011. A nossa expectativa é que o défice não fique acima de 4,5%, dado o impacto que está estimado para a transferência dos fundos de pensões dos bancos para a área pública", afirmou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, no final de uma cerimónia comemorativa dos 20 anos da Volkswagen-Autoeuropa, em Palmela.

O primeiro-ministro adiantou que, sem estas receitas extraordinárias, o défice este ano "andaria muito próximo de 8%".

A meta fixada para o défice deste ano era de 5,9%.
 
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por BearManBull » 14/12/2011 14:59

PT_Trader Escreveu:
Bem como o Reino Unido, Espanha, Itália, etc, já anunciaram essa intenção

http://aeiou.expresso.pt/italia-anuncia ... os=f687717

http://www.presseurop.eu/pt/content/art ... -o-que-era


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por BearManBull » 14/12/2011 14:54

PT_Trader Escreveu:E ainda nem se falou do despedimento de funcionários públicos, associado a uma redução drástica de freguesias (que já começou em alguns concelhos) e autarquias, para além de um aumento do número de horas de trabalho.

É óbvio que esta medida teria ENORMES custos políticos, e custos para o Estado no curto prazo (subsídios de desemprego, etc). No entanto, sabemos que no longo prazo, não dá para sustentar esta quantidade de funcionários públicos. Obviamente que isto também iria provocar uma poupança de custos operacionais (rendas de edifícios, água, luz, etc).

A nível de salários já fizemos algum ajustamento, visto que o Sócrates chegou a cortar 5% em média, e agora já vão retirar os subsídios.


Prefiro cortes mais profundos nos salários e aumento da eficiência do sistema fiscal tal como impostos sobre os lucros das grandes empresas e imposto sobre fortunas. Há tantas medidas que podiam acabar com a crise sem destruir a sociedade...

Cortes nos salários só vai por a cabeça das pessoas no lugar e pararem de ter aquela visão de que toda a gente pode ter iphones (600 euros á 10 anos eram 120 contos era 2 ordenados de funcionários públicos hoje em dia toda a gente anda com apetrechos desses para escoarem o dinheiro directamente para fora, quantos sapatos temos de produzir para para pagar um iphone?)

Além disso os despedimento geram subsídios de desemprego, o que corresponde a mais despesa e ainda menor produtividade.

Acredito que no muito longo prazo (e gradualmente) seja uma boa medida mas neste momento sou completamente contra. É melhor reduzir poder de compra que provavelmente irá aumentar a poupança e ajudar na recapitalização da banca. (Veja-se o caso dos chineses enquanto tiveram ordenados baixo tinham uma das maiores taxas de poupança do mundo, hoje em dia essa taxa começa a descer)
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por PT_Trader » 14/12/2011 14:48

Elias Escreveu:
PT_Trader Escreveu:E ainda nem se falou do despedimento de funcionários públicos, associado a uma redução drástica de freguesias (que já começou em alguns concelhos) e autarquias, para além de um aumento do número de horas de trabalho.

É óbvio que esta medida teria ENORMES custos políticos, e custos para o Estado no curto prazo (subsídios de desemprego, etc). No entanto, sabemos que no longo prazo, não dá para sustentar esta quantidade de funcionários públicos.


É um facto. Foi por isso que a Irlanda optou por essa via (só no ano passado foram 25 mil).

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... id=1719286

E foi também essa a opção do Salazar quando chegou ao poder - isso permitiu contribuir para pôr as contas públicas em ordem.

Mmas como dizes, os custos políticos seriam enormes, por isso creio que o governo vai fazer tudo para não ter de seguir esse caminho.


Bem como o Reino Unido, Espanha, Itália, etc, já anunciaram essa intenção

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por Elias » 14/12/2011 14:39

PT_Trader Escreveu:E ainda nem se falou do despedimento de funcionários públicos, associado a uma redução drástica de freguesias (que já começou em alguns concelhos) e autarquias, para além de um aumento do número de horas de trabalho.

É óbvio que esta medida teria ENORMES custos políticos, e custos para o Estado no curto prazo (subsídios de desemprego, etc). No entanto, sabemos que no longo prazo, não dá para sustentar esta quantidade de funcionários públicos.


É um facto. Foi por isso que a Irlanda optou por essa via (só no ano passado foram 25 mil).

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... id=1719286

E foi também essa a opção do Salazar quando chegou ao poder - isso permitiu contribuir para pôr as contas públicas em ordem.

Mmas como dizes, os custos políticos seriam enormes, por isso creio que o governo vai fazer tudo para não ter de seguir esse caminho.
 
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por BearManBull » 14/12/2011 14:37

K. Escreveu:
-Os cortes salariais so afectaram salarios acima de 1500 EUR (uma percentagem muito pequena dos funcionarios publicos).



Até podes ter razão nesse aspecto mas nunca ouviste falar da regra do 80-20. Eu aposto que 80% do dinheiro vai para esses 20% que recebem mais de 1500€.

De qualquer forma reduzir o défice é fácil muito fácil o problema é que nunca vais ter um primeiro ministro de boa vontade os lóbies nunca deixarão chegar uma pessoa de boa vontade que os prejudique ao poder. Tão simples quanto isto.

Agora num orçamento em que 75% vai para despesas sociais achas mesmo que é dífícil fazer cortes?

Para depois esses gaijos meterem o dinheiro que ganham em contas offshore. Isto é tudo como um balão furado quanto mais água metes mais abres os buracos e para tapar os buracos num balão já cheio num é processo de engenharia linear e simples :)
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por PT_Trader » 14/12/2011 14:35

E ainda nem se falou do despedimento de funcionários públicos, associado a uma redução drástica de freguesias (que já começou em alguns concelhos) e autarquias, para além de um aumento do número de horas de trabalho.

É óbvio que esta medida teria ENORMES custos políticos, e custos para o Estado no curto prazo (subsídios de desemprego, etc). No entanto, sabemos que no longo prazo, não dá para sustentar esta quantidade de funcionários públicos. Obviamente que isto também iria provocar uma poupança de custos operacionais (rendas de edifícios, água, luz, etc).

A nível de salários já fizemos algum ajustamento, visto que o Sócrates chegou a cortar 5% em média, e agora já vão retirar os subsídios.
 
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por BearManBull » 14/12/2011 14:24

‘The Economist’
Portugal terá de voltar a subir impostos


A The Economist Intelligence Unit defende mais austeridade em Portugal com recurso a aumento de impostos.

Portugal vai necessitar de mais ajuda financeira nos próximos anos, o que implicará mais medidas de austeridade. Esta é a avaliação que a The Economist Intelligence Unit (EIU) faz no seu último relatório sobre Portugal, justificando esta ideia com o facto de Portugal não cumprir as metas definidas para o défice e as finanças públicas continuarem em desequilíbrio até 2016, o que dificultará o acesso aos mercados.

"Esperamos que seja necessário mais financiamento oficial em 2014-16, já que as finanças públicas vão continuar em desequilíbrio durante este período e o nível de credibilidade de Portugal não será considerado suficientemente para regressar aos mercados", lê-se no documento a que o Diário Económico teve acesso. Segundo a EIU, que fornece as previsões para a revista "The Economist", Portugal deverá registar um défice de 6% do PIB em 2012, e não de 4,5%, como está acordado com a ‘troika', e um ano depois, quando termina o programa de ajuda, o défice ainda estará nos 5%. Só em 2016, o desequilíbrio das contas públicas será inferior ao limite definido pelos critérios de Maastricht (2,5%). Estas previsões claramente mais pessimistas do que as do Executivo são explicadas pela EIU pelas fracas perspectivas de crescimento da economia.

"Prevemos uma redução gradual do défice em 2012-16, abrandada pela economia fraca, que reduzirá as receitas fiscais", sublinha a EIU. E quanto ao objectivo para este ano, será cumprido graças ao recurso a medidas extraordinárias, como o fundo de pensões da banca, que segundo o próprio primeiro-ministro permitirá obter um défice inferior a 4,5%.

A EIU reconhece ainda que o Executivo até pretende consolidar as contas públicas a um ritmo mais acelerado do que o acordado com a ‘troika', no entanto, "parece improvável alcançar esse objectivo tendo em conta o efeito negativo que o programa tem sobre o crescimento" (-4,1% em 2012). A unidade que fornece as previsões para a "The Economist" admite que o Executivo de Passos Coelho tem pouca margem de manobra face aos ditames da própria ‘troika', mas considera que tem "vontade" para levar por diante o programa de reformas exigido.

Se as reformas para aumentar a produtividade, como mais meia hora de trabalho diário, deverão resultar em "ganhos modestos", as alterações ao sistema judicial vão esbarrar numa área "particularmente intratável". A EIU reconhece que as políticas levadas a cabo pelo Executivo vão ser alvo de grande contestação social, até porque representarão "uma rápida queda nos padrões de vida" e, por isso, admite que "a estabilidade política ficará sob pressão".



Pergunto se isto a ser verdade, que parece bem que será, terá alguma lógica investir nos mercados nacionais até 2015-16?

Mais por que raios insistem sempre em aumentar impostos. Porque não cortar reformas de mais de 1500€ em 50% e os ordenados em mais 20%. Se o súplicio do orçamento de estado é sustentar reformas, ordenados e segurança social (75%) tem de ser cortar nisso e em força menos 10% nessa despesa a dividir pelas classes mais ricas e prontos estava problema resolvido. A economia ainda ía crescer porque o dinheiro nacional deixava de ser escoado para comprar carros topo de gama :)
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por K. » 14/12/2011 14:19

Bem, nao e dificil ver para onde foi o dinheiro,

-Entre 3.5 a 4% do PIB em juros (quer dizer, e preciso um surplus par abaixar o defice deste valor).

-Mudar o governo custa cerca de 3 mil milhoes (estimativa obtida pelo historico do aumento do defice em anos em que o governo muda-como e obvio, varios projectos sao aprovados a pressa). Ou seja, mais 2%.

-O desemprego tem custos elevados em subsidios e aumento de doencas (nao sei exactamente quanto, mas deve pesar bastante).

-A contraccao do consumo baixa a receita de IVA, IRC e IRS, eliminando o efeito dos aumentos destes impostos.

-Os cortes salariais so afectaram salarios acima de 1500 EUR (uma percentagem muito pequena dos funcionarios publicos).

Ou seja, e praticamente impossivel reduzir o defice sem cresimento economico ou medidas extremas do lado da despesa como as que foram aprovadas para o proximo ano (uma reducao de mais de 10% nas despesas com salarios). E mesmo assim...vamos estar ca para ver.
 
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por Mcmad » 14/12/2011 14:08

Vamos ver se a Europa nos dá esse tempo...
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por djovarius » 14/12/2011 13:58

Mas é preciso começar por algum lado.

E que tal 4,5% em 2012 e daí em diante até 2020...

4%
3,5% (perdão parcial da dívida nesse ano)
3%
2,75%
2,5%
2,5%
intervalo entre 2 a 2,5%
A partir daqui e em cerca de 2020 trabalhar sempre num intervalo credível entre 2% e 3% conforme o desempenho da Economia.
Estou a pensar num cenário de crescimento médio anual daqui até 2020 de apenas 0,5%

Abraço

dj
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por Mcmad » 14/12/2011 13:54

djovarius, eu penso que o castigo será mesmo a saída da moeda... Também gostava de permanecer dentro.
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