Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Portagens nas SCUT

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 10/12/2011 19:11

Carro será penhorado a quem não pagar portagens

As Finanças preparam-se para penhorar o carro de quem não pagar portagens, avança o semanário Expresso. Esta é uma das medidas mais duras a ser aplicada, em 2012, a quem resistir ao pagamento das SCUT.

Os infractores ficarão ao abrigo da nova lei do Orçamento do Estado para o próximo ano. As coimas serão passadas a partir do próximo mês, e quem não pagar poderá ver-lhe instaurado um processo.

Caso o infractor não pague a coima num valor dez vezes superior à portagem, arrisca-se a que as finanças penhorem a viatura com que fez a viagem.

Recorde-se que o não pagamento tem sido uma das formas de contestação à introdução de portagens nas SCUT. Na última semana, a A22, A23, A24 3 A25 passaram a ser portajadas.


:mrgreen: Viva Portugal....viva a democracia...viva os politicos...viva as scuts....podiam ir mais longe e ficar com a viatura para os membros do governo..assim já se poupava mais uns milhões.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

Re: Transportadoras ponderam sair de Portugal para não pagar

por _urbanista_ » 10/12/2011 6:14

alexandre7ias Escreveu:
Deslocalizar empresas para Espanha ou França, despedir funcionários e reduzir a frota são algumas das opções que as maiores empresas de transportes do distrito de Viseu equacionam como resposta à introdução de portagens nas autoestradas A23, A24 e A25.

Júlio Fernandes, administrador da Patinter, a maior empresa de transportes do país, com 1200 camiões e com sede em Mangualde, admitiu, esta quinta-feira, que a concentração das operações em Espanha "é uma das opções em estudo".

"Concentrar as operações em Espanha é uma das opções em estudo no curto, médio prazo. E reduzir trabalhadores é outra das opções, embora essa possibilidade não nos seja de todo agradável, mas a situação(introdução de portagens nas ex-SCUTS) para isso nos encaminha", adiantou.

O administrador da Patinter sublinhou que a empresa ainda não quer ponderar despedimentos, "mas isso será inevitável, se não conseguirmos fazer transitar os custos acrescidos com as portagens para o cliente final"

Em média, por dia, a Patinter tem cerca de 200 dos seus 1200 camiões a circular nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas), na A24 (Viseu/Chaves) e principalmente na A25 (Aveiro/Vilar Formoso), via que cruza Mangualde, onde se encontra a sede.

Para já, a intenção da Patinter, sinaliza Júlio Fernandes, é "falar com os clientes para aceitarem a revisão dos preços, incorporando os custos das portagens, mas todas as opções estão em cima da mesa. Visto que é uma empresa já instalada em França e em Espanha, facilmente poderemos avançar para a deslocalização".

Nelson Sousa, proprietário e administrador da JLS, com mais de 250 camiões, admite que a introdução de portagens nestas vias "vai implicar um impacto negativo de cerca de 1,5 milhões de euros por ano".

Uma das respostas que a empresa, com sede em Viseu, está a ponderar é "deslocar o centro de negócios para França", embora, para já, esteja em curso a procura de soluções que permitam refletir os custos para o cliente. Mas sabemos que a economia não tem margem de manobra para absorver esses custos".

Quanto ao impacto social das portagens, a JLS, segundo Nelson Sousa, ainda não tem "uma noção clara", mas garante que tudo fará "para evitar despedimentos".

Também Jorge Lemos, proprietário da empresa Transportes Lemos, com cerca de 40 camiões e com sede em Mangualde, equaciona a sua deslocalização como resposta aos mais de 250 mil euros que as portagens na A23 e A25, essencialmente, vão custar.

"Não somos contra as portagens desde que existam alternativas credíveis, o que não é o caso EN 16", aponta.

Reduzir a frota em cerca de 20 por cento é um passo de Jorge Lemos vê como quase incontornável: "Já ponderei a dispensa de 10 funcionários e a redução de 20% na frota".

No entanto, não são só as transportadoras que vão sentir o peso dos custos das portagens. José Luís Quental, proprietário da empresa de frio Solar Quente, admite que estas vão custar à empresa entre 20 e 30 mil euros por ano, o que torna "insuportável a sua manutenção".

Mas José Luís Quental dá um exemplo de como esse impacto pode ir ainda mais longe: "Deslocar uma viatura a Aveiro para fazer a manutenção de um aparelho, trabalho que é média é de uma hora, devido à insustentabilidade de optar pela A25, pode demorar mais de sete horas, visto que entre Viseu e Aveiro pela EN 16 pode demorar três horas, quando pela autoestrada é menos de uma".

"O problema é que não temos alternativa", lamenta José Luís Quental.


Isto é pura demagogia. Se houver alguma deslocação não terá nada a ver com as portagens mas sim uma opção deles...
É claro que as portagens são um custo, mas se estas empresas transferirem a sede para outro país, continuarão cá com o seu trabalho e a pagar as mesmas portagens, a não ser que desistam de trabalhar em Portugal...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 488
Registado: 29/6/2009 12:38
Localização: 20

Transportadoras ponderam sair de Portugal para não pagar por

por alexandre7ias » 10/12/2011 5:47

Deslocalizar empresas para Espanha ou França, despedir funcionários e reduzir a frota são algumas das opções que as maiores empresas de transportes do distrito de Viseu equacionam como resposta à introdução de portagens nas autoestradas A23, A24 e A25.

Júlio Fernandes, administrador da Patinter, a maior empresa de transportes do país, com 1200 camiões e com sede em Mangualde, admitiu, esta quinta-feira, que a concentração das operações em Espanha "é uma das opções em estudo".

"Concentrar as operações em Espanha é uma das opções em estudo no curto, médio prazo. E reduzir trabalhadores é outra das opções, embora essa possibilidade não nos seja de todo agradável, mas a situação(introdução de portagens nas ex-SCUTS) para isso nos encaminha", adiantou.

O administrador da Patinter sublinhou que a empresa ainda não quer ponderar despedimentos, "mas isso será inevitável, se não conseguirmos fazer transitar os custos acrescidos com as portagens para o cliente final"

Em média, por dia, a Patinter tem cerca de 200 dos seus 1200 camiões a circular nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas), na A24 (Viseu/Chaves) e principalmente na A25 (Aveiro/Vilar Formoso), via que cruza Mangualde, onde se encontra a sede.

Para já, a intenção da Patinter, sinaliza Júlio Fernandes, é "falar com os clientes para aceitarem a revisão dos preços, incorporando os custos das portagens, mas todas as opções estão em cima da mesa. Visto que é uma empresa já instalada em França e em Espanha, facilmente poderemos avançar para a deslocalização".

Nelson Sousa, proprietário e administrador da JLS, com mais de 250 camiões, admite que a introdução de portagens nestas vias "vai implicar um impacto negativo de cerca de 1,5 milhões de euros por ano".

Uma das respostas que a empresa, com sede em Viseu, está a ponderar é "deslocar o centro de negócios para França", embora, para já, esteja em curso a procura de soluções que permitam refletir os custos para o cliente. Mas sabemos que a economia não tem margem de manobra para absorver esses custos".

Quanto ao impacto social das portagens, a JLS, segundo Nelson Sousa, ainda não tem "uma noção clara", mas garante que tudo fará "para evitar despedimentos".

Também Jorge Lemos, proprietário da empresa Transportes Lemos, com cerca de 40 camiões e com sede em Mangualde, equaciona a sua deslocalização como resposta aos mais de 250 mil euros que as portagens na A23 e A25, essencialmente, vão custar.

"Não somos contra as portagens desde que existam alternativas credíveis, o que não é o caso EN 16", aponta.

Reduzir a frota em cerca de 20 por cento é um passo de Jorge Lemos vê como quase incontornável: "Já ponderei a dispensa de 10 funcionários e a redução de 20% na frota".

No entanto, não são só as transportadoras que vão sentir o peso dos custos das portagens. José Luís Quental, proprietário da empresa de frio Solar Quente, admite que estas vão custar à empresa entre 20 e 30 mil euros por ano, o que torna "insuportável a sua manutenção".

Mas José Luís Quental dá um exemplo de como esse impacto pode ir ainda mais longe: "Deslocar uma viatura a Aveiro para fazer a manutenção de um aparelho, trabalho que é média é de uma hora, devido à insustentabilidade de optar pela A25, pode demorar mais de sete horas, visto que entre Viseu e Aveiro pela EN 16 pode demorar três horas, quando pela autoestrada é menos de uma".

"O problema é que não temos alternativa", lamenta José Luís Quental.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

Utentes da A22 apelam à desobediência civil

por alexandre7ias » 10/12/2011 5:44

A Comissão de Utentes da Via do Infante apelou, esta sexta-feira, aos algarvios para que não comprem o Dispositivo Electrónico de Matrícula e não paguem as portagens na A22, numa atitude de "desobediência civil" contra a medida.

"Os algarvios e outros cidadãos deverão, para já, enveredar por formas de luta como a desobediência civil, não comprando os dispositivos de cobrança e não pagando a Via do Infante - que já está paga -, pelo menos, numa primeira fase, provocando assim o entupimento do sistema. Ou então, boicotar a Via do Infante, não circulando nesta via, demonstrando que a EN 125 não representa qualquer alternativa credível", defendeu a Comissão.


foto FERNANDO TIMÓTEO/ARQUIVO

Comissão apela a que utentes não paguem

Em comunicado, a Comissão de Utentes da Via do Infante, uma das quatro SCUT que começaram a ter portagens na quinta-feira, considerou que "o dia 8 de Dezembro de 2011 é um dos dias mais negros na história e na vida do Algarve e dos algarvios devido à imposição de portagens" e insistiu nos efeitos negativos que a medida tem para o turismo.

"Com as portagens, milhares de vizinhos espanhóis e outros estrangeiros vão deixar de visitar o Algarve, havendo já indícios nesse sentido. Tal facto contribuirá para a catástrofe social e económica da região. O que se passou com estes visitantes no primeiro dia de cobrança, com as máquinas avariadas, devia cobrir de vergonha os nossos governantes", referiu a Comissão.

Em causa está uma máquina que a empresa Estradas de Portugal colocou no Parque de Fronteira junto à Ponte Internacional do Guadiana, no início da A22, para que os espanhóis pudessem ter forma de pagar a portagem, mas uma avaria impediu que isso acontecesse, levando muitos turistas a criticarem a medida e a forma de pagamento escolhida para a A22.

A Comissão de Utentes recordou que o Algarve está "a viver uma das maiores crises de que há memória e, irá sucumbir irremediavelmente se as portagens não forem anuladas", uma vez que muitas empresas vão falir, o desemprego vai aumentar, "o Turismo irá sofrer uma estocada mortal" e a EN 125 irá voltar a "transformar-se de novo na 'estrada da morte'", devido ao aumento do tráfego deixará de circular na A22.

Responsabilizou ainda o atual governo de coligação PSD/CDS-PP, o anterior executivo PS, o Presidente da República, Cavaco Silva, assim como os políticos regionais do PS, PSD e CDS/PP por terem estado na origem da cobrança de portagens, que qualificou como "maldade e injustiça cometidas contra o Algarve".

Apesar de a sua luta ao longo de meses não ter impedido o início das portagens na autoestrada que liga Vila Real de Santo António a Lagos, a Comissão de Utentes da Via do Infante assegura que "não vai baixar os braços".

Um total de 2.924 identificadores para autoestradas foi vendido entre 29 de Novembro e as 10 horas desta sexta-feira nas lojas Via Verde, segundo informações dadas à Lusa pela Brisa.

Na loja de Viseu foram comercializadas 922, na de Castelo Branco 458, em Faro 824, em Tavira 358 e em Portimão 362 dispositivos.

Nas contas finais faltam, os identificadores adquiridos nos CTT, pela Internet e em vários parceiros, como o Automóvel Clube de Portugal.

Desde quinta-feira, que todas as autoestradas nacionais são pagas, com a introdução de portagens na A22, A23, A24 e A25.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por Elias » 8/12/2011 23:05

tranks Escreveu:O PIB serve apenas para tornar ainda mais evidente que sim, que deve haver discriminação positiva a estas regiões. Aliás não é isso que acontece nas regiões ultraperiféricas?


A questão da "discriminação positiva" (a que eu chamo favorecimento, ainda que isso seja politicamente incorrecto) é defensável mas é também questionável.

Pessoalmente interrogo-me se ela deve ser feita e, em caso afirmativo, porque é que deve incidir sobre as SCUTS e não sobre outra coisa qualquer.

E de qualquer forma, tanto quanto sei, já existem isenções para residentes e empresas das áreas abrangidas pelas SCUTS. Isto não chega?

oscar.coelho Escreveu:Não percebo, mas o problema deve ser meu.

abraço
oscar


Achei piada à coincidência de nomes, só isso.

Espero que não tenhas levado a mal a brincadeira :wink:
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por oscar.coelho » 8/12/2011 22:39

Elias Escreveu:
Amigo Óscar, a propósito de Scuts encontrei esta notícia que não resisto a partilhar contigo (chamo a atenção para o terceiro parágrafo):

Via do Infante continuou “grátis” para os automobilistas espanhóis
08.12.2011 - 17:24 Por Lusa, Idálio Revez, Aníbal Rodrigues - publico.pt

...
Por ser feriado, a circulação na via longitudinal do Algarve esteve muito aquém daquilo que é habitual, mas o efeito de pagamento na ex-Scut (sem custo para o utilizador, já se fez sentir na EN 125. Os vendedores de laranjas, com banca montada à beira da estrada, mostraram-se esperançados que, a partir de agora, os pequenos negócios venham a ter melhores dias. “Já se nota muito mais carros a circular”, comentou Óscar Coelho, agricultor, em Boliqueime, a publicitar laranjas a 0,60 por quilo. “Nos supermercados, pagam um euro, aqui acham caro”, observou. A partir de segunda-feira, prevê, “o negócio poderá melhorar, porque muitos vão fugir às portagens".
...


Não percebo, mas o problema deve ser meu.

abraço
oscar
 
Mensagens: 232
Registado: 12/6/2011 19:11
Localização: 17

por tranks » 8/12/2011 21:32

Elias Escreveu:Claro que existem assimetrias, nunca disse o contrário.

Mas nota que não é correcto comparar unicamente o preço das auto-estradas com base no PIB. A comparação deve também ser feita entre os concelhos que têm auto-estrada paga e os concelhos que não têm qualquer auto-estrada. Pegando na região que indicaste, não é difícil concluir que concelhos como Aguiar da Beira, Sernancelhe ou Vila Nova de Paiva, que não têm qualquer acesso por auto-estrada, estão muito pior que Celorico ou Fornos que têm acesso rápido e por auto-estrada.


O PIB serve apenas para tornar ainda mais evidente que sim, que deve haver discriminação positiva a estas regiões. Aliás não é isso que acontece nas regiões ultraperiféricas? E o que é o nosso interior senão uma região periférica de um país periférico? A mim, entristece-me saber que aquilo está votado ao abandono...e que não há vontade política em inverter essa situação...

E não, não defendo uma auto-estrada a servir cada concelho. Longe disso. Defendo é vias de comunicação estruturantes que sirvam regiões deprimidas. Os concelhos que mencionas (sobretudo Aguiar e Sernancelhe), estão na "zona de influência" da A25 e da A24/IP3. Até são concelhos que, segundo o Plano Nacional Rodoviário, estão na lista daqueles que irão ser (?) beneficiados directamente com uma estrada condigna - o IC26 (que ligará a A4 na zona de Amarante com o IP2 em Trancoso (e por sua vez à A25)).

Mas não é só construir estradas, só porque sim...A decisão de construção deve advir de um plano de ordenamento do território, ao nível regional, que infelizmente não existe...A verdade é que continuamos a penalizar o interior e a não conseguir explorar todo o seu potencial, tomando medidas que levam à sua desumanização (com todos os custos para o país que daí decorrem).

A minha opinião acerca do pagamento e do custo das portagens tem muito a ver com este ponto de vista.

abraço
tranks
 
Mensagens: 21
Registado: 23/6/2009 12:58
Localização: 9

por Elias » 8/12/2011 20:48

tranks Escreveu:se é pela desonestidade intelectual que queres ir...
eu arranjo-te, no mesmo troço, 0,142€/km, entre Fornos e Celorico da Beira (13km). Que tal? E asseguro-te que o PIB de Celorico está uns furos abaixo do PIB da frequesia do Estoril...


Pois, a questão dos PIB é algo que distorce desde logo o raciocínio.

É que se vamos usar o PIB regional como indicador, então podemos começar a defender que nas regiões mais pobres seja tudo mais barato: as portagens, a gasolina, o tabaco, a saúde, o IVA e por aí adiante...

No limite até podemos defender que o interior não pague impostos e seja sustentado pelo litoral. O que achas disso?

tranks Escreveu:Dei-te acima, uma evidência daquilo que apontei (e só porque me pediste): as assimetrias existem e estão invertidas!


Claro que existem assimetrias, nunca disse o contrário.

Mas nota que não é correcto comparar unicamente o preço das auto-estradas com base no PIB. A comparação deve também ser feita entre os concelhos que têm auto-estrada paga e os concelhos que não têm qualquer auto-estrada. Pegando na região que indicaste, não é difícil concluir que concelhos como Aguiar da Beira, Sernancelhe ou Vila Nova de Paiva, que não têm qualquer acesso por auto-estrada, estão muito pior que Celorico ou Fornos que têm acesso rápido e por auto-estrada.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por tranks » 8/12/2011 20:42

Elias Escreveu:Se queres demonstrar que existe uma assimetria, fazes favor de escolher exemplos comparáveis, em lugar de aldrabares as contas e de escolheres os troços que mais convêm à tua análise. Porque se vamos por aí eu também arranjo exemplos de situações em que as portagens da região de Lisboa são muito mais caras do que de no resto do país. Por exemplo na A5, o troço Estoril-Cruz Quebrada são 11 km e custa 1,25 ou seja 0,115€ / km.


se é pela desonestidade intelectual que queres ir...
eu arranjo-te, no mesmo troço, 0,142€/km, entre Fornos e Celorico da Beira (13km). Que tal? E asseguro-te que o PIB de Celorico está uns furos abaixo do PIB da frequesia do Estoril...

Dei-te acima, uma evidência daquilo que apontei (e só porque me pediste): as assimetrias existem e estão invertidas! O exemplo que trouxe é de uma região que conheço muito bem! Mas como te disse, conheço outras (p.e. A41).

abraço
 
Mensagens: 21
Registado: 23/6/2009 12:58
Localização: 9

por Elias » 8/12/2011 20:31

oscar,

vamos por partes:

oscar.coelho Escreveu:Seja como queres:

Aveiro - Vilar Formoso, 173km, 15.65€, 0.090€/km (mais custos do dispositivo)
Fogueteiro - Setúbal, 25km, 1.50€, 0.060€/km


Assim está correcto.

Eu nunca disse que não havia diferenças, o que não aceito é que se exagere os números para ampliar a dimensão dessa diferença.

oscar.coelho Escreveu:Mesmo assim não achas que deveria ser revisto todo o tarifário a nível nacional para aliviar um pouco o interior compensando com um aumento nas já portajadas?


Sim, concordo que se poderia estabelecer um preço base por km em toda a rede de auto-estradas, tornaria tudo mais transparente e atenuaria o sentimento de injustiça.

oscar.coelho Escreveu:Quanto aos 5 a 6 euros que referi, foram resultado de ter ouvido por alto uma notícia da televisão em que isso me pareceu. Não há. As minhas desculpas.


Não há problema. Como referi acima, não nego que há diferenças regionais, apenas faço questão de que os números estejam correctamente apresentados (coisa que a comunicação social nem sempre faz).

oscar.coelho Escreveu:De qualquer forma não altero muito o meu ponto.É que se passou de scuts para mcuts (mais caras para o utilizador). São estas igualdades desiguais que depois chateiam as pessoas.


Sim, é verdade. Estou de acordo quanto a isto.

oscar.coelho Escreveu:Seria muito mais razoável pedir a alguém que já paga 0.06€/km para passar para 0.07 ou 0.08 do que a quem paga 0.00€/km passar para 0.09. E mesmo ir ao IC19 e outros que tais? Porque não?


Nada contra. Aliás o IC19 é uma auto-estrada. Chama-se A37.

Amigo Óscar, a propósito de Scuts encontrei esta notícia que não resisto a partilhar contigo (chamo a atenção para o terceiro parágrafo):

Via do Infante continuou “grátis” para os automobilistas espanhóis
08.12.2011 - 17:24 Por Lusa, Idálio Revez, Aníbal Rodrigues - publico.pt

Os automobilistas espanhóis que entraram nesta quinta-feira no Algarve, pela auto-estrada 22 (Via do Infante), fizeram-no como se não existissem as portagens que entraram em vigor ali e noutras três ex-Scut (A23, A24 e A25).

As câmaras estavam lá, nos pórticos da A22, mas o sistema informático, logo à saída junto à fronteira, em Castro Marim, não estava operacional. Por isso, muitos deles nem se deram ao trabalho de perguntar se teriam de pagar. A velha Estrada Nacional (EN) 125, proposta como alternativa à Via do Infante, mesmo sem estar requalificada, esteve muito mais concorrida do que habitual. Um cenário que deixa antever que nos próximos dias irá ficar mais concorrida, agora que os portugueses têm de pagar pela A22.

Por ser feriado, a circulação na via longitudinal do Algarve esteve muito aquém daquilo que é habitual, mas o efeito de pagamento na ex-Scut (sem custo para o utilizador, já se fez sentir na EN 125. Os vendedores de laranjas, com banca montada à beira da estrada, mostraram-se esperançados que, a partir de agora, os pequenos negócios venham a ter melhores dias. “Já se nota muito mais carros a circular”, comentou Óscar Coelho, agricultor, em Boliqueime, a publicitar laranjas a 0,60 por quilo. “Nos supermercados, pagam um euro, aqui acham caro”, observou. A partir de segunda-feira, prevê, “o negócio poderá melhorar, porque muitos vão fugir às portagens".

O casal espanhol, Corine e Manuel Utreira, fizeram-se à estrada pensado aproveitar o primeiro dia “grátis” de portagens. "Ouvi três vezes, nas estações de rádio, que hoje, dia da inauguração da instalação de sistema de portagens, não seria pago – decidimos vir aproveitar”, afirmou Corine, quando interpelada pelo PÚBLICO, na estação de serviço de Loulé, depois de ter percorrido mais de 65 quilómetros desde a fronteira.

No aeroporto de Faro, o sistema de pré-pagamento estava a funcionar, mas algumas das empresas de aluguer de carros não informaram os clientes que, a partir de agora, a via tem de ser paga. Os funcionários da Viadirecta, encontravam-se na estação de serviço, para “informar e sensibilizar”, mas a única coisa que faziam era distribuir folhetos, a quem a eles se dirigia.

Criadas há 14 anos, as auto-estradas Scut A22 (Algarve), A23 (Beira Interior), A24 (Interior Norte) e A25 (Beira Litoral/Beira Alta) passam a ser pagas pelos utilizadores.

Em Outubro de 2010, já tinham sido introduzidas portagens nas ex-Scut Norte Litoral, Costa de Prata e Grande Porto. O Governo aprovou, a 13 de Outubro, o decreto-lei que permite a cobrança de portagens nas quatro vias que passam hoje a ser cobradas e o Presidente da República promulgou o diploma a 25 de Novembro, depois de ter pedido alguns esclarecimentos ao Executivo de Pedro Passos Coelho.

De acordo com as taxas publicadas em "Diário da República", um veículo de classe 1 vai pagar entre 11,60 a 19,30 euros em portagens para percorrer as antigas Scut. O documento estabelece uma tarifa de referência de cerca de sete cêntimos (0,07324 euros) mais IVA, por quilómetro, para a classe 1.

As associações de transportadores não planeiam desencadear protestos ou paralisações contra as portagens porque, nesta altura continuam as negociações com o Governo para a obtenção de descontos. Mas o Governo não pode ficar descansado porque as comissões de utentes promete continuar a lutar.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por tranks » 8/12/2011 20:25

Elias Escreveu:
tranks Escreveu:A25
Fornos de Algodres- Alto de Leomil(Almeida)
7,15€
58km
0,12 €/km

A1
Cartaxo-Alverca
2,90€
44km
0,07 €/km

e, como te digo, muitos outros existem!


As tuas contas estão erradas.

Desde Fornos até ao Alto de Leomil pagas 5,40 euros e não 7,15 como procuras fazer crer. O preço para o troço que referes é de 0,09€ / km.

E se considerares o troço Chãs de Tavares - Alto de Leomil, o preço é o mesmo mas são 66 km e o preço cai para 0,08€.

Se queres demonstrar que existe uma assimetria, fazes favor de escolher exemplos comparáveis, em lugar de aldrabares as contas e de escolheres os troços que mais convêm à tua análise. Porque se vamos por aí eu também arranjo exemplos de situações em que as portagens da região de Lisboa são muito mais caras do que de no resto do país. Por exemplo na A5, o troço Estoril-Cruz Quebrada são 11 km e custa 1,25 ou seja 0,115€ / km.



é...a Ascendi anda mesmo a aldrabar o pessoal:

http://www.ascendi.pt/fotos/editor2/BLATaxas.jpg

as minhas contas não estão erradas! Tu é que, erradamente, assumes que quem sai de Fornos de Algodres não passa pelo pórtico de Fornos de Algodres.
 
Mensagens: 21
Registado: 23/6/2009 12:58
Localização: 9

por oscar.coelho » 8/12/2011 20:19

Elias Escreveu:
oscar.coelho Escreveu:Aveiro - Vilar Formoso, 173km, 15.65€, 0.090€/km
Setúbal - Ponte 25 Abril, 42km, 1.50€, 0.036€/km


As tuas contas estão erradas.

Em primeiro lugar porque desde Setúbal à Ponte 25 de Abril não são 42 km mas sim 36 km.

Em segundo lugar porque o troço Fogueteiro-Almada não é pago. Por isso as contas do valor por km devem ser feitas em relação ao troço portajado que é de 25 km.


Ah, e ainda não explicaste qual é o troço de auto-estrada em que se paga 6 euros para fazer 40 km.


Seja como queres:

Aveiro - Vilar Formoso, 173km, 15.65€, 0.090€/km (mais custos do dispositivo)
Fogueteiro - Setúbal, 25km, 1.50€, 0.060€/km

Mesmo assim não achas que deveria ser revisto todo o tarifário a nível nacional para aliviar um pouco o interior compensando com um aumento nas já portajadas?

Quanto aos 5 a 6 euros que referi, foram resultado de ter ouvido por alto uma notícia da televisão em que isso me pareceu. Não há. As minhas desculpas.

De qualquer forma não altero muito o meu ponto.É que se passou de scuts para mcuts (mais caras para o utilizador). São estas igualdades desiguais que depois chateiam as pessoas.
Seria muito mais razoável pedir a alguém que já paga 0.06€/km para passar para 0.07 ou 0.08 do que a quem paga 0.00€/km passar para 0.09. E mesmo ir ao IC19 e outros que tais? Porque não?

um abraço
oscar
 
Mensagens: 232
Registado: 12/6/2011 19:11
Localização: 17

por Elias » 8/12/2011 19:59

tranks Escreveu:A25
Fornos de Algodres- Alto de Leomil(Almeida)
7,15€
58km
0,12 €/km

A1
Cartaxo-Alverca
2,90€
44km
0,07 €/km

e, como te digo, muitos outros existem!


As tuas contas estão erradas.

Desde Fornos até ao Alto de Leomil pagas 5,40 euros e não 7,15 como procuras fazer crer. O preço para o troço que referes é de 0,09€ / km.

E se considerares o troço Chãs de Tavares - Alto de Leomil, o preço é o mesmo mas são 66 km e o preço cai para 0,08€.

Se queres demonstrar que existe uma assimetria, fazes favor de escolher exemplos comparáveis, em lugar de aldrabares as contas e de escolheres os troços que mais convêm à tua análise. Porque se vamos por aí eu também arranjo exemplos de situações em que as portagens da região de Lisboa são muito mais caras do que de no resto do país. Por exemplo na A5, o troço Estoril-Cruz Quebrada são 11 km e custa 1,25 ou seja 0,115€ / km.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

A solução é....

por ocart » 8/12/2011 19:40

Mandar tudo abaixo.............Pois não temos que andar a pagar o que outros roubaram e que continuam a não dar conta disso........
 
Mensagens: 688
Registado: 29/11/2007 11:18
Localização: agualva

por tranks » 8/12/2011 19:30

A25
Fornos de Algodres- Alto de Leomil(Almeida)
7,15€
58km
0,12 €/km

A1
Cartaxo-Alverca
2,90€
44km
0,07 €/km

e, como te digo, muitos outros existem!
 
Mensagens: 21
Registado: 23/6/2009 12:58
Localização: 9

por Elias » 8/12/2011 18:48

oscar.coelho Escreveu:Aveiro - Vilar Formoso, 173km, 15.65€, 0.090€/km
Setúbal - Ponte 25 Abril, 42km, 1.50€, 0.036€/km


As tuas contas estão erradas.

Em primeiro lugar porque desde Setúbal à Ponte 25 de Abril não são 42 km mas sim 36 km.

Em segundo lugar porque o troço Fogueteiro-Almada não é pago. Por isso as contas do valor por km devem ser feitas em relação ao troço portajado que é de 25 km.


Ah, e ainda não explicaste qual é o troço de auto-estrada em que se paga 6 euros para fazer 40 km.

tranks Escreveu:E mais exemplos existem! Basta consultar aqui:
http://www.brisa.pt/PresentationLayer/taxasPortagem.aspx?menuid=15


Podes apresentar alguns?
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por tranks » 8/12/2011 17:06

[/quote]

Aveiro - Vilar Formoso, 173km, 15.65€, 0.090€/km
Setúbal - Ponte 25 Abril, 42km, 1.50€, 0.036€/km

Um abraço
oscar[/quote]

E mais exemplos existem! Basta consultar aqui:
http://www.brisa.pt/PresentationLayer/taxasPortagem.aspx?menuid=15

Esses preçários asfixiam verdadeiramente as populações do interior do país!

abraço
 
Mensagens: 21
Registado: 23/6/2009 12:58
Localização: 9

por oscar.coelho » 8/12/2011 16:36

oscar.coelho Escreveu:"Agora o que se impõe fazer é reestruturar todo o tarifário de portagens no país pondo as zonas mais ricas a contribuir para atenuar os custos brutais aplicados ao interior.

Elias Escreveu:
oscar.coelho Escreveu:...para se fazer 40 km de AE tanto se pode pagar 1.50€ como 5 ou 6 euros, sendo que as zonas do país onde se paga menos até são as mais ricas."



Estás a fazer uma generalização abusiva, parece-me.

Podes concretizar a tua afirmação com exemplos concretos?


Aveiro - Vilar Formoso, 173km, 15.65€, 0.090€/km
Setúbal - Ponte 25 Abril, 42km, 1.50€, 0.036€/km

Um abraço
oscar
 
Mensagens: 232
Registado: 12/6/2011 19:11
Localização: 17

NOVO SINAL

por alvim » 8/12/2011 15:00

O mais novo sinal. Entra hoje em vigor.
Anexos
portagem.jpg
portagem.jpg (11.98 KiB) Visualizado 8258 vezes
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 562
Registado: 29/11/2007 1:52
Localização: coimbra

por Elias » 8/12/2011 14:30

oscar.coelho Escreveu:"...para se fazer 40 km de AE tanto se pode pagar 1.50€ como 5 ou 6 euros, sendo que as zonas do país onde se paga menos até são as mais ricas."


Estás a fazer uma generalização abusiva, parece-me.

Podes concretizar a tua afirmação com exemplos concretos?
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por oscar.coelho » 8/12/2011 14:03

Elias Escreveu:
oscar.coelho Escreveu:Agora o que se impõe fazer é reestruturar todo o tarifário de portagens no país pondo as zonas mais ricas a contribuir para atenuar os custos brutais aplicados ao interior.


É esse o teu conceito de igualdade?

"...para se fazer 40 km de AE tanto se pode pagar 1.50€ como 5 ou 6 euros, sendo que as zonas do país onde se paga menos até são as mais ricas."

Um abraço
oscar
 
Mensagens: 232
Registado: 12/6/2011 19:11
Localização: 17

por asrael » 8/12/2011 13:50

Também sobrou para mim aqui com a A25 e A24 ao lado as borlas acabaram.
Crise que é crise é para todos.
Nunca digas nunca.

Abraço
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 461
Registado: 2/2/2010 1:35
Localização: Viseu

por Elias » 8/12/2011 13:45

oscar.coelho Escreveu:Agora o que se impõe fazer é reestruturar todo o tarifário de portagens no país pondo as zonas mais ricas a contribuir para atenuar os custos brutais aplicados ao interior.


É esse o teu conceito de igualdade?
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por oscar.coelho » 8/12/2011 13:36

Agora o que se impõe fazer é reestruturar todo o tarifário de portagens no país pondo as zonas mais ricas a contribuir para atenuar os custos brutais aplicados ao interior. Como as coisas estão, para se fazer 40 km de AE tanto se pode pagar 1.50€ como 5 ou 6 euros, sendo que as zonas do país onde se paga menos até são as mais ricas.

Um abraço
oscar
 
Mensagens: 232
Registado: 12/6/2011 19:11
Localização: 17

por djovarius » 8/12/2011 12:59

Bom dia,

Uma correção, s.f.f. Só o troço Alcantarilha - Lagos é SCUT. Todo o troço desde o acesso nessa grande rotunda até à Ponte sobre o Guadiana foi feito com ajudas dos QCA em vigor de 1986 a 1993 e de 94 a 99.

A juntar a isto um Aeroporto a funcionar com uma tenda surreal e temos o aperitivo para o desastre. :wall:

Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9133
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: aaugustobb_69, Akinfiev, Google [Bot], Masterchief, navaldoc, OCTAMA, PAULOJOAO, Phil2014, PMP69, trilhos2006 e 170 visitantes