O que devemos fazer caso Portugal volte ao Escudo.
Elias Escreveu:dr house Escreveu:Elias Escreveu:dr house em que te baseias para afirmar que as dividas continuariam em euros? Só se for divida externa, não é?
Elias,
Toda a dívida dos bancos é "dívida externa".
Os bancos "compram" dinheiro ao BCE e "vendem" a nós todos com uma margem de lucro chamada spread.
Num cenário de passagem para escudo os bancos portugueses continuariam devedores ao BCE na mesma moeda e logo esse valor se reflete na dívida dos clientes do banco nos créditos.
Mas que eu saiba quando passámos de escudos para euros, a conversão dos créditos foi feita à taxa de câmbio "irrevogável"...
Elias,
Por favor explica o que significa esse "irrevogável".
A acontecer como dizes seria o negócio do século levantar todos os depósitos que temos em euros para papel moeda antes da conversão cambial e depois amortizar todos os créditos a habitação e etc. já com um valor real muito mais baixo.
No limite podia até compensar pedir empréstimo em euros e guardar esse dinheiro no cofre à espera de conversão.
A saída do euro no fundo funcionaria como uma desvalorização da moed na qual todos empobreceriamos pois o valor de dívidas, preços, bens e serviços se iriam manter ao valor equivalente em euros após a conversão.
Tenho 37 anos mas ainda me lembro no tempo do escudo quando aconteciam desvalorizações da moeda por decreto.
O preço de casas, e outros bens aumentava de imediato de forma a compensar a desvalorização nominal.
Se sairmos do euro teremos um longuissimo caminho de pobreza, inflação, desemprego e falencias em massa de famílias e empresas.
Seria como regredir uns 30 anos.
No limite deixamos de conseguir importar bens.
Produtos como iPODS, portáteis, automoveis passam todos à categoria de bens de luxo.
O preço do dinheiro dispararia, deixando de existir liquidez. Seria o apertar de cinto total até ao último furo.
A única vantagem mesmo seria os nossos produtos ficarem mais baratinhos para o exterior.
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Elias Escreveu:dr house em que te baseias para afirmar que as dividas continuariam em euros? Só se for divida externa, não é?
Quem seriam os credores que tendo emprestado em euros, iam aceitar a conversão para escudos e suportar toda a desvalorização do novo escudo?
Para mim é claro que caso volte o escudo, 6 meses depois de negociar no mercado cambial vai estar com uma desvaloriazação consideravel...
Quem tiver um crédito de 100 000€, vai ver o valor da sua divida disparar...
Não gosto de falar em valores, mas não me admirava nada que 1€ pudesse valer 400$ ou mais...
Seria o caos para quem tem créditos, sejam eles particulares ou empresas...
Já no caso do euro se desmembrar e cada país voltar à sua moeda, talvez não fosse tão mau, não sei como seria...
BN
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dr house Escreveu:Elias Escreveu:dr house em que te baseias para afirmar que as dividas continuariam em euros? Só se for divida externa, não é?
Elias,
Toda a dívida dos bancos é "dívida externa".
Os bancos "compram" dinheiro ao BCE e "vendem" a nós todos com uma margem de lucro chamada spread.
Num cenário de passagem para escudo os bancos portugueses continuariam devedores ao BCE na mesma moeda e logo esse valor se reflete na dívida dos clientes do banco nos créditos.
Mas que eu saiba quando passámos de escudos para euros, a conversão dos créditos foi feita à taxa de câmbio "irrevogável"...
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Elias Escreveu:dr house em que te baseias para afirmar que as dividas continuariam em euros? Só se for divida externa, não é?
Elias,
Toda a dívida dos bancos é "dívida externa".
Os bancos "compram" dinheiro ao BCE e "vendem" a nós todos com uma margem de lucro chamada spread.
Num cenário de passagem para escudo os bancos portugueses continuariam devedores ao BCE na mesma moeda e logo esse valor se reflete na dívida dos clientes do banco nos créditos.
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Rumor do dia: rotativas preparadas para regresso às notas anteriores ao euro
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/rumor-do-dia-r ... z1fwaRjLEb
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vset Escreveu:tugadaytrader Escreveu:Regresso ao Escudo!
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http://www.youtube.com/user/especuladorzen
Os créditos caem?!
Que enchorrilho de asneiras. É incrível o ar banal como se passa uma reportagem destas!!
O valor dos créditos não cai!! A acontecer seria o inverso!
O valor nominal da dívida seria o mesmo que qd expresso em euros e esse é o grande problema. Se o valor dos créditos desvalorizásse a par da desvalorização da moeda então passar para escudos até nem seria tão mau. Nalguns casos até seria óptimo pois a divida passaria a valer muito menos.
Quem tiver actualmente por exemplo uma dívida de €100.000 ao banco e uma prestação de €500, num cenário de passagem para escudos, o valor da dívida continua a ser de de €100.000 só que a prestação já não seria de €500 mas sim de uns 140 contos de reis

Isto significaria a curto prazo a falencia da maioria das empresas e famílias em Portugal.
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tugadaytrader Escreveu:Regresso ao Escudo!
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Os créditos caem?!
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Regresso ao Escudo!
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Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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Elias Escreveu:Cavaco: 'Dentro de um ano, dentro de 20 anos, o euro estará aqui'
2 de Dezembro, 2011
O Presidente da República considera em entrevista à revista norte-americana Time que a meda única europeia será credível, manifestando a convicção de que dentro de um ano ou de 20 anos «o euro estará aqui».
Questionado sobre se o euro será viável, Aníbal Cavaco Silva respondeu: «Será uma moeda credível a nível mundial. A integração é o activo mais importante que a Europa tem e a componente chave da integração europeia é o euro. Dentro de um ano, dentro de 20 anos, o euro estará aqui».
Na entrevista, composta por dez perguntas e que Cavaco Silva concedeu à Time quando esteve de visita ao Estados Unidos da América em meados de Novembro, Cavaco Silva aponta «a solução» como a próxima fase da crise, notando que na Grécia e em Itália já estão a ocorrer alterações políticas.
Contudo, acrescenta Cavaco Silva, demorou demasiado tempo para que os líderes europeus e mundiais reconhecessem que «nenhum país, nenhuma região» está a salvo do risco de contágio.
Sobre a possibilidade da China participar num resgate da Zona Euro, o Presidente da República recorda que o PIB ‘per capita’ chinês é menos de metade do grego e que os próprios chineses questionam porque razão devem colocar dinheiro no Fundo Europeu de Estabilização Financeira, quando os próprios europeus não o fazem.
«O que eles disseram foi que estão preparados para, talvez, colocarem recursos extra no Fundo Monetário Internacional», lembra Cavaco Silva.
Nas 10 perguntas colocadas ao chefe de Estado português é ainda destacada a situação portuguesa, com Cavaco Silva a apontar algumas das coisas que correram mal, como o aumento da dívida externa ou a subida do défice.
«Agora estamos a corrigir esses erros», refere, reiterando a promessa de que Portugal irá cumprir o acordo de ajuda financeira negociado com a ‘troika’ e que estão já a ser realizadas reformas estruturais para aumentar a produtividade.
Antevendo um «recuo» de 2,8 por cento na economia portuguesa no próximo ano, Cavaco Silva aponta como principal desafio para Portugal mostrar que é possível fazer melhor.
«O motor da economia portuguesa é as exportações. O investimento vai aumentar, mas isso depende da confiança dos investidores», acrescenta o chefe de Estado.
Recusando comparar a situação de Portugal à da Grécia, garantindo que «não há comparação possível», o chefe de Estado reconhece que o problema italiano é completamente diferente.
«Não é um problema de solvência, é um problema de liquidez», vinca o Presidente da República, recordando que apesar de a Itália ser a terceira maior economia da União Europeia e a oitava a nível mundial, «os mercados não confiam» no país.
Mas, acrescenta, agora a Itália tem à frente do Governo «um homem muito capaz», realçando e os mercados não prestam atenção apenas às medidas, mas também aos políticos.
Na entrevista, Cavaco Silva considera ainda a ‘Primavera Árabe’ como um desenvolvimento positivo, lembrando que Portugal tem importantes empresas a operar na Líbia, no Egipto ou em Marrocos.
«Agora é uma questão de saber como os ajudar a construir instituições democráticas saudáveis. A Europa deve envolver-se na consolidação do processo democrático», advoga.
Lusa/SOL
Se o homem disse, tá dito!
"Para venceres nos mercados, como na vida, terás de vencer primeiro a tua angústia."
mfsr1980 Escreveu:Eu não estou a ver crise nenhuma no EURO!
Se assim fosse, porque continua forte nos mercados?
A crise é dos países periféricos, esses sim estão entalados...
Também acho.
Aliás o ataque ao euro provávelmente vem de onde o que se pretende é desviar as atenções do próprio dólar. Esse sim. Vamos falando da crise do euro e distraimo-nos com o dólar que está muito, mas muito, pior que o próprio euro.
A crise dos periféricos também é algo vantajosa para o próprio euro.
Se a zona euro fosse só alemanha, holanda, finlandia e mais dois ou três isso é que era ver a hiper-valorização do euro. Cada euro estaria para aí a 3 dólares ou mais.
Se com as economias doentes do sul ainda está bem valorizado relativamente às principais moedas, sem estas então disparava.
A crise do euro é a imcompetência política e não só destes líderes europeus. Merkel, Sarkozy e outros nem para chefes de gabinete serviriam de enormes políticos que a europa já teve e agora não tem, infelizmente.
Cumprimentos,
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Mcmad Escreveu:O escudo também não acabou. Tenho alguns em casa guardados como prova disso....
Se voltassemos aos escudo, esses escudos antigos também já não iam correr.
Mas para responder ao artista, aquela hipotese de rumo no indice eu assinalei bem que era só exclusivamente se Socrates ganhasse as eleições, já disse. Não há certezas, era hipótese.
as moedas de estudo estão aqui http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=33668
acho que devem esperar um pouco mais
acho que devem esperar um pouco mais

EuroVerde Escreveu:Este tópico nunca fez sentido...
Isto porque o euro (divisa) não vai acabar, pelo 20 anos futuros pelo menos. então superará a actual
Ui, queres ver que o euro já era!!
Tinhas a certeza que o Psi-20 não cairia abaixo dos 5700 pontos até 2017, em menos de meio ano quebrou esse nível... com o teu comentário fico deveras preocupado com a duração do euro!!



Desculpa mas não resisti...


Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Re: Regresso ao Escudo
Parabolic Escreveu:bonsinvestimentos Escreveu:Este tópico é pertinente e várias pessoas me têm contactado com perguntas semelhantes às colocadas aqui.
Acredito que o cenário de regresso ao escudo apresenta elevada probabilidade nos próximos 24 meses.
Primeiro passo como protecção e inclusive bom investimento, é comprar ouro e prata físicos (moedas e barras) e guardar em casa. No mínimo as quantidades equivalentes às necessidades de dinheiro de 3 meses.
O bull market nos metais preciosos ainda tem muito espaço para cima, segundo a minha análise as próximas semanas serão um bom período para realizar as compras de ouro e prata, que poderão nos próximos 18 meses valorizar 50% a 100%, com o Ouro acima dos $2400 e a Prata acima dos $60.
Os factores que os têm feito subir nos últimos anos mantêm-se e têm inclusivamente sido reforçados.
Basta observar a história:
TODAS as moedas de papel faliram.
O Ouro é dinheiro há 5.000 anos.
Lançámos recentemente a GoldDirect.pt para tornar o mercado de metais preciosos mais transparente em Portugal e nos próximos meses apresentaremos mais soluções de investimento nesta àrea.
É tomar acção agora ou ficar à espera do regresso ao escudo e perca imediata de pelo menos 30 a 50% do poder de compra
Bons Investimentos.
Não percebi muito bem se você recomenda metais preciosos porque acredita que eles vão subir ou porque abriu uma casa de investimento que vai oferecer isso aos seus clientes...![]()
Só dois comentários: num cenário de impressão por parte do BCE, um cenário que cada vez ganha mais forma, o Euro vai tender a desvalorizar e arrastar os metais preciosos consigo na queda (valorizando o Dólar). Por outro lado, diz que o ideal era ter barras de ouro em casa correspondentes a 3 meses de despesas. Você compra comida dando barras de ouro em troca é? Onde isso é refugio?
Tenho sugerido o Ouro e a Prata como bons investimentos publicamente desde 2002, desde essa altura o Ouro já valorizou mais de 5 vezes (dos $330 para os $1750) e a Prata mais de 8 vezes (dos $3,80 para os $32).
Para mais informações ler os artigos no site bonsinvestimentos.com
Os factores que têm levado à forte subida dos metais preciosos nos últimos 10 anos continuam e têm sido reforçados. Há várias maneiras de calcular o preço do Ouro, uma delas é dividir a massa monetária pelo ouro existente e isso dá valorizações superiores a $7.000 a onça (só para manter os rácios de há poucos anos atrás).
O ideal é ter uma quantia de ouro e prata em casa, para cobrir as despesas de alguns meses, isso é refúgio em caso de colapso das moedas ou restricções tipo "corralito", feriados nos bancos, etc.
Acredito que os investidores devem ter mais de 25% da sua carteira em Ouro e Prata.
Temos que agir depressa.
Jaa alguem comec,ou a tentar encontrar 3 pastorinhos inocentes e iletrados ?

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Pois bem se o homem que diz que nunca se engana e raramente tem duvidas, afirma á revista Time que "Será uma moeda credível a nível mundial. A integração é o activo mais importante que a Europa tem e a componente chave da integração europeia é o euro. Dentro de um ano, dentro de 20 anos, o euro estará aqui", então está tudo bem. Até já vou dormir melhor.
Cavaco: 'Dentro de um ano, dentro de 20 anos, o euro estará aqui'
2 de Dezembro, 2011
O Presidente da República considera em entrevista à revista norte-americana Time que a meda única europeia será credível, manifestando a convicção de que dentro de um ano ou de 20 anos «o euro estará aqui».
Questionado sobre se o euro será viável, Aníbal Cavaco Silva respondeu: «Será uma moeda credível a nível mundial. A integração é o activo mais importante que a Europa tem e a componente chave da integração europeia é o euro. Dentro de um ano, dentro de 20 anos, o euro estará aqui».
Na entrevista, composta por dez perguntas e que Cavaco Silva concedeu à Time quando esteve de visita ao Estados Unidos da América em meados de Novembro, Cavaco Silva aponta «a solução» como a próxima fase da crise, notando que na Grécia e em Itália já estão a ocorrer alterações políticas.
Contudo, acrescenta Cavaco Silva, demorou demasiado tempo para que os líderes europeus e mundiais reconhecessem que «nenhum país, nenhuma região» está a salvo do risco de contágio.
Sobre a possibilidade da China participar num resgate da Zona Euro, o Presidente da República recorda que o PIB ‘per capita’ chinês é menos de metade do grego e que os próprios chineses questionam porque razão devem colocar dinheiro no Fundo Europeu de Estabilização Financeira, quando os próprios europeus não o fazem.
«O que eles disseram foi que estão preparados para, talvez, colocarem recursos extra no Fundo Monetário Internacional», lembra Cavaco Silva.
Nas 10 perguntas colocadas ao chefe de Estado português é ainda destacada a situação portuguesa, com Cavaco Silva a apontar algumas das coisas que correram mal, como o aumento da dívida externa ou a subida do défice.
«Agora estamos a corrigir esses erros», refere, reiterando a promessa de que Portugal irá cumprir o acordo de ajuda financeira negociado com a ‘troika’ e que estão já a ser realizadas reformas estruturais para aumentar a produtividade.
Antevendo um «recuo» de 2,8 por cento na economia portuguesa no próximo ano, Cavaco Silva aponta como principal desafio para Portugal mostrar que é possível fazer melhor.
«O motor da economia portuguesa é as exportações. O investimento vai aumentar, mas isso depende da confiança dos investidores», acrescenta o chefe de Estado.
Recusando comparar a situação de Portugal à da Grécia, garantindo que «não há comparação possível», o chefe de Estado reconhece que o problema italiano é completamente diferente.
«Não é um problema de solvência, é um problema de liquidez», vinca o Presidente da República, recordando que apesar de a Itália ser a terceira maior economia da União Europeia e a oitava a nível mundial, «os mercados não confiam» no país.
Mas, acrescenta, agora a Itália tem à frente do Governo «um homem muito capaz», realçando e os mercados não prestam atenção apenas às medidas, mas também aos políticos.
Na entrevista, Cavaco Silva considera ainda a ‘Primavera Árabe’ como um desenvolvimento positivo, lembrando que Portugal tem importantes empresas a operar na Líbia, no Egipto ou em Marrocos.
«Agora é uma questão de saber como os ajudar a construir instituições democráticas saudáveis. A Europa deve envolver-se na consolidação do processo democrático», advoga.
Lusa/SOL
2 de Dezembro, 2011
O Presidente da República considera em entrevista à revista norte-americana Time que a meda única europeia será credível, manifestando a convicção de que dentro de um ano ou de 20 anos «o euro estará aqui».
Questionado sobre se o euro será viável, Aníbal Cavaco Silva respondeu: «Será uma moeda credível a nível mundial. A integração é o activo mais importante que a Europa tem e a componente chave da integração europeia é o euro. Dentro de um ano, dentro de 20 anos, o euro estará aqui».
Na entrevista, composta por dez perguntas e que Cavaco Silva concedeu à Time quando esteve de visita ao Estados Unidos da América em meados de Novembro, Cavaco Silva aponta «a solução» como a próxima fase da crise, notando que na Grécia e em Itália já estão a ocorrer alterações políticas.
Contudo, acrescenta Cavaco Silva, demorou demasiado tempo para que os líderes europeus e mundiais reconhecessem que «nenhum país, nenhuma região» está a salvo do risco de contágio.
Sobre a possibilidade da China participar num resgate da Zona Euro, o Presidente da República recorda que o PIB ‘per capita’ chinês é menos de metade do grego e que os próprios chineses questionam porque razão devem colocar dinheiro no Fundo Europeu de Estabilização Financeira, quando os próprios europeus não o fazem.
«O que eles disseram foi que estão preparados para, talvez, colocarem recursos extra no Fundo Monetário Internacional», lembra Cavaco Silva.
Nas 10 perguntas colocadas ao chefe de Estado português é ainda destacada a situação portuguesa, com Cavaco Silva a apontar algumas das coisas que correram mal, como o aumento da dívida externa ou a subida do défice.
«Agora estamos a corrigir esses erros», refere, reiterando a promessa de que Portugal irá cumprir o acordo de ajuda financeira negociado com a ‘troika’ e que estão já a ser realizadas reformas estruturais para aumentar a produtividade.
Antevendo um «recuo» de 2,8 por cento na economia portuguesa no próximo ano, Cavaco Silva aponta como principal desafio para Portugal mostrar que é possível fazer melhor.
«O motor da economia portuguesa é as exportações. O investimento vai aumentar, mas isso depende da confiança dos investidores», acrescenta o chefe de Estado.
Recusando comparar a situação de Portugal à da Grécia, garantindo que «não há comparação possível», o chefe de Estado reconhece que o problema italiano é completamente diferente.
«Não é um problema de solvência, é um problema de liquidez», vinca o Presidente da República, recordando que apesar de a Itália ser a terceira maior economia da União Europeia e a oitava a nível mundial, «os mercados não confiam» no país.
Mas, acrescenta, agora a Itália tem à frente do Governo «um homem muito capaz», realçando e os mercados não prestam atenção apenas às medidas, mas também aos políticos.
Na entrevista, Cavaco Silva considera ainda a ‘Primavera Árabe’ como um desenvolvimento positivo, lembrando que Portugal tem importantes empresas a operar na Líbia, no Egipto ou em Marrocos.
«Agora é uma questão de saber como os ajudar a construir instituições democráticas saudáveis. A Europa deve envolver-se na consolidação do processo democrático», advoga.
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vset Escreveu:pois tudo parece fácil, a facebook, a amazon, a google
ng disse que seria fácil... eu pelo menos não o disse. Mas a verdade é que com espírito derrotista a prob. ainda diminuiu mais!
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
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VirtuaGod Escreveu:vset Escreveu:só podemos competir com preços baixos, em situaçao de igualdade ninguem compra a portugal
Embora não concorde com muito do que disseste, esta frase esta deixou-me especialmente triste. Enquanto os portugueses acharem que só conseguimos competir pelos preços não vamos a lado nenhum. Pk competir pelos preços? Evoluir é tão fácil como olhar para os outros países e ver como eles fizeram. A BMW, Mercedes etc competem pelos preços? E não venhas dizer que ah e tal eles são alemães. Sempre me perguntei o pk de uma Autoeuropa de VW e não de outras marcas!
Temos grandes marcas que nem vendem cá em PT, vai tudo para exportação. Marcas de qualidade e algumasa de luxo em que "competir com o preço" não faz lógica nenhuma.
Temos de competir pela diferenciação não pelo preço. Mas alguém quer ser como os chineses? Eu quero é ver Portugal como os Alemães e os EUA em termos de produção!! Quero alguém que se lembre de fazer um ipad, alguém que faça a próxima porche ou que faça maquinaria super especializada que custe centenas de milhares!!
P.S. Foi a primeira vez na minha vida que vi alguém referir-se a termos fronteira "apenas" com o mar como desvantagem![]()
pois tudo parece fácil, a facebook, a amazon, a google, e ninguém ca´se lembrou disso que até começou numa garagem
e as chances de grandes feitos em 10 milhoes é muito menor do que em países grandes mais desenvolvidos
agora casos raros vão sempre existir
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