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Caldeirão da Bolsa

Alemanha - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Mart77 » 13/12/2011 0:13

Enquanto os mediterranicos e latinos tem uma visão "despreocupada" das responsabilidades e que em nada os abona...os alemães e nordicos também têm uma visão que só eles é que cumprem e olham de um modo muito "sobranceiro" para estes paises...portanto é tudo uma questão de visão...no entanto irão se não mudarem o rumo sofrer (se calhar um pouco menos) como que os do "sul"...

Era bem melhor que percebem-se que isto agora funciona assim:

EUA
America do Sul
China

Portanto só vamos lá nesta "guerra" se formos EU doutro modo Alemanha bem pode "espernear". Vender Sharans da Autoeuropa para China não chega.
 
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por BearManBull » 12/12/2011 21:58

Fenicio Escreveu:Certas pessoas, quando aparecem a público a evocar "questões pendentes" da Segunda Guerra Mundial e a tentarem inserí-las no contexto actual, perdem toda e qualquer credibilidade!!

Esse texto que foi partilhado pelo Trisquel é, a meu ver, no mínimo ridículo!

Sinceramente... :roll:


Concordo, este tipo de pensamento é uma barbaridade continuam a atribuir a culpa a quem não a tem... Ainda para mais chamar à questão acontecimentos com 3 gerações de distância é uma falta de respeito autentica ao povo Alemão.

Estes gregos é só greves (nós só temos os senhores da TAP e da CP), queimar coisas e apontar dedos. Eu já me arrependi à muito das escolhas do passado, eleição do senhor Sócrates no segundo mandato onde se assumiu como um verdadeiro Déspota e levou o país ruína.

Pelo menos em Portugal temos outra mentalidade, gostava muito de ver o Sócrates e os seus boys serem responsabilizados mas importante mesmo é solucionarmos a crise e criar leis para impedir que se repita no futuro.
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por Las_Vegas » 12/12/2011 21:53

Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público


É pena é que os Georgios e companhia só agora piam...

Enquanto os milhões entravam à força toda ninguém os ouviu.

Que lindo... e agora a culpa é dos marotos que lhes venderam os BMW, Audis, submarinos e restante tralha...

Tadinhos, tão inocentes que eles eram.
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British euroscepticism

por oscar.coelho » 12/12/2011 20:47

Cá vai uma boa dose de british euroscepticism.
As verdades que ninguém quer ouvir.

http://youtu.be/E5wOyAeWtLk

Um abraço
oscar
 
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E sempre que volto aa Paatria...

por bboniek33 » 12/12/2011 20:13

...e sinto que regressei a Casa.

Vejo, com crescente apreensao, esta animosidade contra o princiipio Teutoonico de pura alma Prussiana intrinsecamente imbuiido de rectidao (oobvio legado da inalieneaavel heranc,a Luterana), vejo, dizia eu, esta animosidade contra os que querem a Ordem, a Disciplina, a Norma.

Sei que voltei ao Mundo Latino. Aqui, o Sol, mesmo o que menos brilha nos Invernos temperados, daa aos corpos uma ineercia quasi-tropical e aas mentes uma dormencia de quem espera pela Morte com a Serenidade de quem alijou todos os Pecados na uultima Confissao.
Grac,as a deus !

Hajam povos assim, prontos a esperar, acreditando.
Fatima ee em Portugal. Nao podia ser em outro lugar qualquer.

Amen.
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por Pantone » 12/12/2011 18:52

No Draghi Ex Machina
by Paul Krugman

So last week European leaders announced a plan that, on the face of it, was pure nonsense. Faced with a crisis that is mainly about the balance of payments, with fiscal crisis as a secondary consequence, they supposedly committed everyone to severe fiscal austerity, which would guarantee a recession while leaving the real problem unaddressed.

But all this was supposed to work, according to many observers — and, briefly, the market — because the pain would provide the cover the ECB needed to step in and buy lots of Italian and Spanish bonds. In effect, the plan is supposed to rely on a Draghi ex machina, which turns contractionary policies expansionary.

It’s actually quite remarkable how many sensible people base their analyses on the presumption that the ECB will do what has to be done. Barry Eichengreen, who is a genuine expert on all things euro, starts his analysis of prospects for 2012 with the confident assertion that Draghi will ride to the rescue.

But as far as anyone can tell, the monetary cavalry aren’t coming. And the bond market has figured this out.

What Anglo-Saxon economists need to understand is that the Germans and the ECB really, really don’t share our worldview; they really do believe that austerity is all you need. And all indications are that they will cling to that belief, even as the euro falls apart — an event they will insist was caused by the fecklessness of the debtors. Given a choice between saving Europe and remaining righteous, they’ll choose the latter.

in http://krugman.blogs.nytimes.com/2011/1 ... x-machina/
 
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por Nyk » 11/12/2011 16:53

Maioria dos alemães acredita na união da Europa apesar do veto britânico

A maioria dos alemães acredita que a União Europeia vai manter-se unida, de acordo com uma sondagem divulgada hoje.

Num inquérito levado a cabo a mil pessoas na quinta e sexta-feira para o jornal Bild am Sonntag", 60% das pessoas questionadas responderam 'não' à pergunta "Acredita que a União Europeia a 27 se vai desintegrar", apesar de um terço (33%) dos inquiridos acreditar que essa é uma possibilidade concretizável.

O veto britânico à modificação dos tratados europeus para aumentar a disciplina orçamental preocupa bastante a imprensa alemã deste fim-de-semana.

Nas colunas do Bild am Sonntag, o eurodeputado Martin Schulz, presidente eleito do Parlamento Europeu, disse ter "dúvidas de que o Reino Unido permaneça na União Europeia".

"A União Europeia pode passar sem o Reino Unido, mas sem a União Europeia, o Reino Unido vai ter graves problemas", afirmou o líder dos deputados socialistas europeus.

"Lamento que os nossos amigos britânicos não queiram fazer parte de uma nova Europa estável, e que só pensem nos seus próprios benefícios", disse, por seu lado, o presidente do grupo parlamentar conservador em declarações ao jornal Frankfurter Allgemeine
Sonntagszeitung.

O ministro alemão da Economia, o liberal Philipp Rösler, disse acreditar que Londres "vai reconhecer mais cedo ou mais tarde que o caminho para uma União de estabilidade é o melhor", numa entrevista dada ao jornal Bild am Sonntag.

http://economico.sapo.pt/noticias/maior ... 33428.html
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Re: Caros

por Billy Ray Valentine » 11/12/2011 0:36

jotabilo Escreveu:Na eurozona e nos USA-UK existe uma aristocracia que se está a encher de dinheiro, explorando a nível global a mão de obra do oriente.
Deste facto, resulta o desemprego das massas trabalhadoras na Europa e nos USA-UK e consequentemente o embobrecimento e a miséria no seio dessas massas.
Essa aristocracia está actualmente em estado de ganância e de olhar perdido na têta de onde escorre leite e mel.....e naturalmente não quer ver...quer empalear....de "cimeira " em "cimeira" o status quo onde quer permanecer até onde puder.
Só a violência pode desmamar essa aristocracia e será isso que sucederá se esta situação se mantiver.

cumps


Subscrevo na integra. E a crise explica-se acrescentando a isso a gestão criminosa e irresponsável dos dinheiros públicos efectuada pelos politicos nos ultimos anos.
Abraço
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Caros

por jotabilo » 10/12/2011 22:36

Na eurozona e nos USA-UK existe uma aristocracia que se está a encher de dinheiro, explorando a nível global a mão de obra do oriente.
Deste facto, resulta o desemprego das massas trabalhadoras na Europa e nos USA-UK e consequentemente o embobrecimento e a miséria no seio dessas massas.
Essa aristocracia está actualmente em estado de ganância e de olhar perdido na têta de onde escorre leite e mel.....e naturalmente não quer ver...quer empalear....de "cimeira " em "cimeira" o status quo onde quer permanecer até onde puder.
Só a violência pode desmamar essa aristocracia e será isso que sucederá se esta situação se mantiver.

cumps
 
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Re: Alemanha - Tópico Geral

por Pantone » 10/12/2011 12:24

pepi Escreveu:
Nyk Escreveu:"A Alemanha tem dívidas mais elevados do que Espanha. Mas aqui ninguém quer saber disso", comentou Juncker, que se mostrou compreensivo quanto aos receios daquele país perante a actual crise financeira.


A dívida tem que ser analisada em % do PIB... parece-me uma frase descontextualizada para fazer manchete de jornal. :roll:


pepi, aqui vai o contexto ou sobre como a Espanha está lixada com o Euro enquanto os alemães continuam a dizer (e a fazer) disparates destrás de disparates...

Myth and Reality About the Euro Crisis
By THOMAS CATAN

It's tempting to view the European debt crisis as a simple morality tale. Hard-working, fiscally responsible northern Europeans such as the Germans and the Dutch are being forced to pick up the tab for their profligate southern neighbors—the Greeks, the Italians and the Spanish.

Germans tend to see the problem this way and, increasingly, so do many U.S. commentators. Unfortunately, that attractively simple story doesn't always stack up—most notably in the case of Spain.

In 2007, before the crisis struck, Spain had a modest debt load representing just 36% of its economy, according to European Union figures. And those responsible Germans? They had 65%.

During the past decade, Germany repeatedly breached the euro rules by running too large a budget deficit. Spain actually ran a modest budget surplus in the years before the crisis hit.

But haven't things changed since then? The German economy has powered through the crisis while the Spanish economy has languished, so you would think the two would have traded places.

You'd be wrong. Last year, Spain's public debt load represented 61% of its economy. Germany's rose to 83%. In fact, Spain's debt burden last year remained below that of the Netherlands (63%), France (83%) and, for comparison, the U.S. (93%).

So if public debt is your yardstick, then the Spaniards were paragons of virtue. They borrowed lightly despite the fact that their euro-zone membership gave them an all-you-can-eat buffet of financing at bargain-basement rates.

As Europe scrambles to find a solution to a debt crisis that's threatening the world economy, it's crucial to understand what actually happened in countries like Spain. Otherwise, policymakers will end up prescribing the wrong medicine, with disastrous results.

"The whole euro-zone strategy is predicated on the assumption that fiscal ill-discipline caused this crisis," said Simon Tilford, chief economist for the Center for European Reform. "That is a radically incomplete analysis."

If you believe that Spain's problem was that its government spent and borrowed too much, then the solution is simple: more austerity. But Spain's problem wasn't public debt—it was private debt.

For much of the past decade, the European Central Bank set interest rates at the appropriate level for countries like Germany. That rate was far too low for countries, like Spain, on the euro-zone's edge.

So for years, Spain actually had negative real interest rates, because its inflation rate was higher than the ECB-set interest rate. That gave Spanish households and businesses a huge incentive to borrow. They did, with gusto, and ploughed the money mostly into housing, inflating a giant property bubble.

When the financing dried up after Lehman collapsed, Spanish banks and households were saddled with a glut of overpriced housing. As Spaniards labor to pay off that debt with ever-shrinking assets, the economy has ground to a halt, and unemployment has soared to 23%.

That means that the economy cannot restart and makes investors leery of lending to a country without any growth prospects.

Seeking to get back into the good graces of investors, the newly elected Spanish government has vowed to impose punishing new austerity measures. That could prove counterproductive. With households and businesses still paying down their debt, further cuts in government spending could tip the economy back into recession. And that, in turn, will make Spain less able to service its debts.

"Fiscal austerity of this order against a backdrop of recession is only going to make things worse, says Mr. Tilford. By prescribing only austerity, euro-zone leaders "have already dramatically exacerbated the problems in Portugal, Greece and Ireland. Now they risk making similar mistakes in Spain and Italy."

So even though it's wrong, the idea that Spain took on too much public debt that it cannot now pay threatens to become a self-fulfilling prophesy.

If government spending wasn't the problem in Spain, then what was? The country's experience points to a different, more troubling culprit: the euro itself.

The prevailing view of the crisis is that southern Europeans destroyed the euro with their spendthrift ways. But in Spain's case, you could make the opposite case—that the euro has destroyed its economy.

According to this line or argument, Germany wasn't a victim of the single European currency—it was its chief beneficiary. Interest rates were set at a low rate for their benefit, even as other, overheating euro members snapped up their exports.

But after that unsustainable model broke, it was Spaniards who have been left to suffer the consequences. Nearly a quarter of their work force is unemployed and the country is facing years of economic misery. Meanwhile, Germany has been enjoying a spurt of economic growth.

The point here isn't to assign blame for the crisis. There's plenty of that to go around. It is that the truth is more complex than either of those caricatures. If Europeans accept the prevailing morality play that sets some member nations against others, they'll all end up the losers.

in http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 28632.html
 
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por Opcard » 10/12/2011 11:40

Os números da China indicam um cenário semelhante ,é evidente uma quebra no comercio mundial, o que eu preciso de saber é se fica por aqui ou vai agravar-se.

O superávit comercial da China em Novembro caiu 34,9% para 14.520 milhões de dólares no ano 174.460 milhões de dólares , neste ano as exportações chinesas cresceram 13,8%

Nyk Escreveu:Superávit comercial da Alemanha encolhe em outubro

Exportações alemãs caíram no período; superávit caiu de 15,1 bilhões de euros para 12,6 bilhões de euros

O superávit comercial da Alemanha caiu fortemente em outubro, para 12,6 bilhões de euros, frente aos 15,1 bilhões de euros de setembro, informou nesta sexta-feira o Destatis, departamento de estatísticas do país. O resultado veio abaixo da previsão dos analistas, que era de um saldo comercial positivo de 14,5 bilhões de euros.

As exportações caíram 3,6% entre setembro e outubro, para 88,1 bilhões de euros, a maior queda desde abril, enquanto as importações recuaram 1%, para 75,5 bilhões de euros. Na avaliação da economista Annalisa Piazza, da Newedge, os dados "mostram os primeiros sinais de deterioração significativa do comércio do maior país da zona do euro, provocada pelos efeitos da desaceleração cíclica em curso".

O superávit na conta de transações correntes também diminuiu, passando de 16 bilhões de euros em setembro para 10,3 bilhões de euros em outubro; o resultado ficou abaixo da expectativa dos economistas, que era de 13,9 bilhões de euros. De certa maneira, os números parecem contradizer outros indicadores recentes de atividade, como a produção industrial e as encomendas à indústria, que apontavam para a resistência da economia alemã em meio à crise de seus vizinhos.

Além disso, a taxa de desemprego do país caiu para 6,9% em novembro, voltando ao nível de setembro, que por sua vez é o menor em 20 anos. Annalisa disse que o "mercado de trabalho sólido" está atualmente sustentando a demanda doméstica, mas "a demanda estrangeira claramente aponta para baixo, representando risco de enfraquecimento" do PIB alemão no quarto trimestre.

http://economia.ig.com.br/superavit-com ... 89755.html
 
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por Nyk » 10/12/2011 10:34

Superávit comercial da Alemanha encolhe em outubro

Exportações alemãs caíram no período; superávit caiu de 15,1 bilhões de euros para 12,6 bilhões de euros

O superávit comercial da Alemanha caiu fortemente em outubro, para 12,6 bilhões de euros, frente aos 15,1 bilhões de euros de setembro, informou nesta sexta-feira o Destatis, departamento de estatísticas do país. O resultado veio abaixo da previsão dos analistas, que era de um saldo comercial positivo de 14,5 bilhões de euros.

As exportações caíram 3,6% entre setembro e outubro, para 88,1 bilhões de euros, a maior queda desde abril, enquanto as importações recuaram 1%, para 75,5 bilhões de euros. Na avaliação da economista Annalisa Piazza, da Newedge, os dados "mostram os primeiros sinais de deterioração significativa do comércio do maior país da zona do euro, provocada pelos efeitos da desaceleração cíclica em curso".

O superávit na conta de transações correntes também diminuiu, passando de 16 bilhões de euros em setembro para 10,3 bilhões de euros em outubro; o resultado ficou abaixo da expectativa dos economistas, que era de 13,9 bilhões de euros. De certa maneira, os números parecem contradizer outros indicadores recentes de atividade, como a produção industrial e as encomendas à indústria, que apontavam para a resistência da economia alemã em meio à crise de seus vizinhos.

Além disso, a taxa de desemprego do país caiu para 6,9% em novembro, voltando ao nível de setembro, que por sua vez é o menor em 20 anos. Annalisa disse que o "mercado de trabalho sólido" está atualmente sustentando a demanda doméstica, mas "a demanda estrangeira claramente aponta para baixo, representando risco de enfraquecimento" do PIB alemão no quarto trimestre.

http://economia.ig.com.br/superavit-com ... 89755.html
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por Marco Martins » 18/11/2011 13:19

Fenicio Escreveu:
Trisquel Escreveu:
Fenicio Escreveu:Certas pessoas, quando aparecem a público a evocar "questões pendentes" da Segunda Guerra Mundial e a tentarem inserí-las no contexto actual, perdem toda e qualquer credibilidade!!

Esse texto que foi partilhado pelo Trisquel é, a meu ver, no mínimo ridículo!

Sinceramente... :roll:


Podemos concordar ou não mas ignorar que os povos entre si pensam desta forma é também ignorar um problema.

Esse também é um problema da Europa!!!

Povos com culturas diferentes e com ressabiamentos do passado, estigmas que perduram no tempo.


Concordo contigo, Trisquel! No entanto, é preciso olharmos para o futuro pois foi a olhar para o passado que a tragédia da Segunda Guerra Mundial aconteceu.

As ofensas, as pilhagens, os saques, os assassínios, tudo isto pertence ao passado. A pergunta que se impõe é: o que queremos para o futuro?

Queremos um futuro com uma Europa 100% integrada, tanto a nível económico como também a nível fiscal, político, "social", etc.? Ou queremos uma Europa dividida por ressabiamentos e estigmas do passado?

É por isso que opiniões como a deste senhor são perigosas e, a meu ver, completamente descabidas no contexto actual.

Abraço,


curiosamente os contextos são sempre os mesmos... porque os medos das pessoas, bem como o comportamento de sobrevivencia também é sempre igual...

os medos de perda de autonomia, dominancia por outros povos, empobrecimento, etc, etc, é tudo igual...

quanto aos ressabiamentos de guerras anteriores, existem e nao desaparecem de um dia para o outro ou mesmo em 100 anos...
 
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por mfsr1980 » 18/11/2011 12:20

Ferradura, afasta para lá essa boca!
A Esquerda ressabiada quer à viva força criar agitação no forte descontentamento geral da população, mas a cura só se fará com fortes medidas de austeridade e bastantes injecções de dinheiro para não sofucar. Vai ser um trabalhode muitos anos.
Não vejo a guerra como uma solução! Essa criará decerto pior mal estar à população.
Toda a Europa teve fortes responsabilidades no actual estado em que se encontra, não foi a Alemanha!

Abraço mfsr1980
 
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por ferradura » 18/11/2011 11:57

Por isso digo...uma guerra mundial está próxima...
Já tenho dito isso alguns topicos.
Quando é que acreditam em mim ?
Os dois maiores conflitos mundiais comecaram na europa.E o terceiro também vai nascer por cá.

Odios antigos começam a vir ao de cima.

Infelizmente, só sobre a morte é que pode haver cescimento economico, pois esse é o modelo criado.

Infelizmente é esta a humanidade que temos.

Todas as guerras tiveram o poder economico como base.

Penso que já não haverá grande alternativa.

As posições vão comecar a extremar-se



Fenicio Escreveu:Certas pessoas, quando aparecem a público a evocar "questões pendentes" da Segunda Guerra Mundial e a tentarem inserí-las no contexto actual, perdem toda e qualquer credibilidade!!

Esse texto que foi partilhado pelo Trisquel é, a meu ver, no mínimo ridículo!

Sinceramente... :roll:
 
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por Fenicio » 18/11/2011 11:54

Trisquel Escreveu:
Fenicio Escreveu:Certas pessoas, quando aparecem a público a evocar "questões pendentes" da Segunda Guerra Mundial e a tentarem inserí-las no contexto actual, perdem toda e qualquer credibilidade!!

Esse texto que foi partilhado pelo Trisquel é, a meu ver, no mínimo ridículo!

Sinceramente... :roll:


Podemos concordar ou não mas ignorar que os povos entre si pensam desta forma é também ignorar um problema.

Esse também é um problema da Europa!!!

Povos com culturas diferentes e com ressabiamentos do passado, estigmas que perduram no tempo.


Concordo contigo, Trisquel! No entanto, é preciso olharmos para o futuro pois foi a olhar para o passado que a tragédia da Segunda Guerra Mundial aconteceu.

As ofensas, as pilhagens, os saques, os assassínios, tudo isto pertence ao passado. A pergunta que se impõe é: o que queremos para o futuro?

Queremos um futuro com uma Europa 100% integrada, tanto a nível económico como também a nível fiscal, político, "social", etc.? Ou queremos uma Europa dividida por ressabiamentos e estigmas do passado?

É por isso que opiniões como a deste senhor são perigosas e, a meu ver, completamente descabidas no contexto actual.

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por Trisquel » 18/11/2011 11:51

Fenicio Escreveu:Certas pessoas, quando aparecem a público a evocar "questões pendentes" da Segunda Guerra Mundial e a tentarem inserí-las no contexto actual, perdem toda e qualquer credibilidade!!

Esse texto que foi partilhado pelo Trisquel é, a meu ver, no mínimo ridículo!

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Podemos concordar ou não mas ignorar que os povos entre si pensam desta forma é também ignorar um problema.

Esse também é um problema da Europa!!!

Povos com culturas diferentes e com ressabiamentos do passado, estigmas que perduram no tempo.
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por Fenicio » 18/11/2011 11:40

Certas pessoas, quando aparecem a público a evocar "questões pendentes" da Segunda Guerra Mundial e a tentarem inserí-las no contexto actual, perdem toda e qualquer credibilidade!!

Esse texto que foi partilhado pelo Trisquel é, a meu ver, no mínimo ridículo!

Sinceramente... :roll:
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por Trisquel » 18/11/2011 11:28

Foi publicada , na revista, Stern uma "carta aberta"
de um cidadão alemão, WalterWuelleenweber, dirigida a "caros gregos", com um título e sub-título:



Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos,

agora tem de salvar também a Grécia



Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro,

agora, em vez de fazerem economias, fazem greves



Caros gregos,

Desde 1981 pertencemos à mesma família.

Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.

Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.

Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos.

O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.

No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.
Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo

Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.

Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.

Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!



Na semana seguinte, Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Wuelleenweber:



Caro Walter,

Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não "empregado público" como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.

O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.

Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.

A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes "comissões" aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.

Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE, da JUSTIÇA e do CORRECTO.

Estimado Walter,

Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.
QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.

Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:

1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;

2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.

3. Os empréstimos em obrigações que contraíu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.

4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.

5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).

6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.



Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.

Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.

Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.

Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia?

Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes "compatriotas" da
Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.

Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.

E, finalmente, Walter, devemos "acertar" um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:

EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!

Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.

E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.



Cordialmente,



Georgios Psomás
Cumpts.
Trisquel

A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
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por Marco Martins » 18/11/2011 10:18

K. Escreveu:Factos,

1) Foi a Alemanha o primeiro pais a solicitar permissao para quebrar o limite dos 3% do defice.


2) A divida da Alemanha em % do PIB e muito superior a da Espanha.

3) Os CDS Alemaes estao a subir.

4) As obrigacoes Alemas estao a subir e ja todos os paises tem um spread consideravel, mesmo a Holanda e Finlandia.

Pergunta-Como e possivel 3) e 4) juntos?

A minha opiniao especulativa-o mercado acredita que a Alemanha vai sair do Euro, o que levaria a valorizacao do marco, logo das obrigacoes, caso sejam redenominadas em marcos.

Logo, compra divida Alema. Para manter as carteiras neutras, compram tambem CDS contra o Default Alemao. Assim, se a Alemanha sair do Euro e redenominar a divida em Marcos ha um ganho, se nao sair a carteira fica neutra. A isto chama-se hipotese de arbitragem (algo que raramente aparece-risco perto de zero com potencial de ganho significativo).


Faz sentido!
 
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por Nyk » 18/11/2011 8:11

França e Alemanha não se entendem e incendeiam mercados

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Paris e Berlim assumiram posições opostas sobre o papel do BCE. Os mercados castigaram França e Espanha.
"Se os políticos pensam que o BCE pode solucionar a crise do euro, estão enganados." Foi assim que Angela Merkel assumiu publicamente discordar do que o ministro francês das Finanças havia dito na noite anterior (anteontem). "O caminho para prevenir o contágio é o FEEF ter uma licença bancária", sublinhou. Para a ter, o BCE assumiria o papel de financiador. Um papel muito além daquele que desempenha hoje. Em consequência, Espanha financiou-se ontem a um preço recorde. França também pagou mais do que o "rating" AAA faria prever
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por Nyk » 17/11/2011 13:10

Paris e Berlim em rota de colisão frontal por causa do papel do BCE na crise da dívida


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Nunca foi segredo que ambos os países encaram diferentemente o papel que pode ser desempenhado pelo BCE para tentar serenar os investidores. Mas a guerra de palavras começa a ser ensurdecedora. Hoje voltaram a ser trocados recados no seio de um motor que parece cada vez mais desalinhado.
A chanceler alemã Angela Merkel voltou hoje a afirmar que não concorda com a possibilidade de o Banco Central Europeu funcionar como credor de último recurso dos Estados do euro, nem com a ideia de avançar com a emissão conjunta de dívida públuca (eurobonds), considerando que ambos os expedientes não resolveriam problema algum no contexto actual.

Falando em Berlim, Merkel insistiu que não há soluções mágicas nem rápidas para combater os sintomas de um processo de endividamento excessivo que vem de longe. “Estou, por isso, convencida de que nenhuma destas duas abordagens, se aplicadas neste momento, trará uma solução para esta crise”.

A advertência da chanceler alemã surge depois de ainda ontem à noite o ministro das Finanças francês, François Baroin, ter voltado a defender um maior envolvimento do Banco Central Europeu (BCE) no combate a uma crise “sistémica”, em que a França se vê cada vez mais mergulhada.

“Consideramos que a melhor forma de evitar o contágio é ter um mecanismo de segurança sólido”, argumentou Baroin, ao defender, de novo, que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) seja transformado num banco, com capacidade, portanto, de se refinanciar junto do BCE.

“Não faremos disto uma causa de guerra, mas naturalmente continuamos a pensar que seria a melhor forma de trazer estabilidade à Europa”, precisou o ministro francês.

A discórdia entre a França e a Alemanha em torno do papel do BCE vem de longe, mas regressou à praça pública em força, à medida que os juros da dívida pública francesa e o “spread” face aos alemães começaram a bater recordes sucessivos, à semelhança do que sucede com os de Itália, Espanha, Bélgica e Áustria. Paris teme que, em breve, o aumento das taxas de juro acabe por lhe custar a descida do "rating" máximo de que dispõe, ficando com uma nota inferior à da Alemanha, que comprometerá ainda mais o tradicional (ainda que frágil) equilíbrio político entre os dois países.

"Efeito dominó" da crise

A crise da dívida da Zona Euro está a agravar-se, frustrando as esperanças dos líderes europeus e evidenciando a insuficiência dos compromissos políticos assumidos até agora. A par das dúvidas sobre o regresso de Grécia, Irlanda e Portugal aos mercados, a indefinição quanto ao futuro da união monetária contribuiu para que economias como a italiana e a espanhola estejam "sob fogo". Os últimos dias trouxeram sinais de preocupação sobre outros países "suspeitos", como a França, a Áustria e a Bélgica.

Os alarmes soaram ontem na Bélgica. O Tesouro local, que este ano nunca havia pago um juro superior a 1,88% por dívida de curto prazo, teve de entregar uma rendibilidade de 3,34% para atrair investidores na sua dívida com prazo a 12 meses. Por pouco que o montante mínimo pretendido no leilão (2,7 mil milhões de euros) não era conseguido, o que corresponderia a um fracasso da operação.

O episódio mostra que começam a materializar-se os receios de que possam perder o acesso aos mercados mais países da Zona Euro além dos já intervencionados. Com Itália na "zona de perigo" e Espanha a dar novos sinais de vulnerabilidade, as atenções viram-se para outros países da chamada "segunda linha de periféricos".

Há vários meses apontada como vulnerável pelo facto de não ter governo há ano e meio, a Bélgica começa agora a "sentir na pele" um agravamento dos juros da dívida que levou mesmo a uma intervenção do Rei.

Já o Chipre continua a ser visto como "resgatável" depois da catástrofe nuclear e devido à ligação dos bancos com a Grécia, ao passo que também a Áustria tem vindo a ser penalizada pela exposição às dificuldades económicas da Hungria.


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por K. » 17/11/2011 12:37

Factos,

1) Foi a Alemanha o primeiro pais a solicitar permissao para quebrar o limite dos 3% do defice.


2) A divida da Alemanha em % do PIB e muito superior a da Espanha.

3) Os CDS Alemaes estao a subir.

4) As obrigacoes Alemas estao a subir e ja todos os paises tem um spread consideravel, mesmo a Holanda e Finlandia.

Pergunta-Como e possivel 3) e 4) juntos?

A minha opiniao especulativa-o mercado acredita que a Alemanha vai sair do Euro, o que levaria a valorizacao do marco, logo das obrigacoes, caso sejam redenominadas em marcos.

Logo, compra divida Alema. Para manter as carteiras neutras, compram tambem CDS contra o Default Alemao. Assim, se a Alemanha sair do Euro e redenominar a divida em Marcos ha um ganho, se nao sair a carteira fica neutra. A isto chama-se hipotese de arbitragem (algo que raramente aparece-risco perto de zero com potencial de ganho significativo).
 
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por Billy Ray Valentine » 17/11/2011 11:52

Alemanha alcança maior nível de emprego desde a reunificação
17 | 11 | 2011 09.08H
A Alemanha alcançou no terceiro trimestre de 2011 o maior nível de emprego desde a reunificação do país, em 1990, com um total de 41,2 milhões de trabalhadores registados, anunciou hoje o instituto de estatística alemão (Destatis).

Destak/Lusa | destak@destak.pt

Os técnicos do Destatis sublinharam o aumento de 495 mil trabalhadores, ou 1,2 por cento, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Os maiores aumentos do emprego foram registados nos setores dos serviços empresariais (3,6 por cento), comércio, transportes e hotelaria (1,5 por cento), construção (1,4 por cento) e agricultura e pescas (1,3 por cento).

http://www.destak.pt/artigo/110794-alem ... unificacao
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por Marco Martins » 17/11/2011 10:42

A Merkel anda sempre a dizer que todos devem por as contas em ordem... mas não tarda muito vira-se o feitiço contra o feiticeiro e os outros países começam a exigir à Alemanha o mesmo comportamento para as suas contas...

Neste momento estamos num barco no meio do oceano e com tempestade... vamos ver se todos os ratos ficarão no porão e quais é que vão sair primeiro...

Temos de ter em conta que aqueles que sairem primeiro, embora tenham custos, não terão de assumir as despesas e empréstimos dos outros. Ou seja, não terão de participar nos empréstimos para salvar os outros países da zona euro.
 
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