Caldeirão da Bolsa

Sindicatos em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por AxeRiver » 21/11/2011 1:58

Os sindicatos servem os encostados. Quem realmente trabalha a valer, quem realmente tem valor não fica contente com 2% de aumento ao ano em vez de 0,8%.

Isto tratar todos da mesma forma, os encostados e os esforçados só é bom para os encostados.

Na FP acho mal cortarem os subsídios de férias e natal aqueles que são os bons trabalhadores na FP, porque esses também existem.

Em vez de se reduzir o nº de funcionários, corta-se a todos. O problema fica lá... Paga o justo pelo pecador.

Se num sitio onde trabalham 10 e só são precisos 6, em vez de se despedir 4, corte 2 salários aos 10 ( poupa-se 20 salários por ano em média ). Se despedissem somente 2 funcionários poupariam 28 salários. Se fossem 4 ( ficavam os 6 melhores ), poupariam 56 salários.

Se continuam com esta política do corte a todos, qualquer dia viramos todos "encostados" porque ser esforçado deixa de compensar.

Muita gente protesta, nem sabe porquê nem para quê. Sabem que está mal, mas não sabem alternativas ( porquê na maioria das vezes não as há ).

Ou alguém julga que o Passos Coelho ou qualquer outro governante não prefere aumentar salários do que enfrentar a realidade e tomar estas decisões difíceis e impopulares? Isso foi o que aconteceu nos últimos 20 anos. E veja-se no que deu...

Quando uma pessoa está num trabalho e não se sente valorizada... o mercado está aberto. Se lhe derem as mesmas ou melhores condições noutro lugar, quem não muda?
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por JMHP » 21/11/2011 1:16

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por A330-300 » 19/11/2011 20:06

AutoMech Escreveu:
A-330 Escreveu:Está a dizer com outras palavras o que eu disse acima e em posts/tópicos anteriores.

Pois, mas eu acho gravíssimo que os sindicatos optem por posições mais extremadas, que são recusadas pelos trabalhadores, votando contra o próprio sindicato, mas admito que esteja a ver mal a questão. Fica a sensação que (alguns) sindicatos preferem sangue ao interesse dos trabalhadores, o que pode ser perigoso se os trabalhadores forem manipuláveis (assim de repente estou a lembra-me da Opel Azambuja).


Não é que eles prefiram sangue.O que ocorre eles tem um comportamento padrão para todos.Cabe aos trabalhadores de cada empresa dizer ao sindicato o que quer. Isso é a diferença entre o fracasso e o sucesso.
Os da Auto europa juntaram-se,comprometeram-se com a sua causa e tiveram sucesso.
Os da Opel , deixaram tudo na mão dos sindicatos.Com certeza muita gente preferia os almoços em família , e o sindicato que fizesse o que quisesse. Foi o fracasso.

Não há ninguém melhor do que nós mesmos para cuidarmos dos nossos interesses.E isso vale para tudo.

A-330 Escreveu:Por acaso não me revejo , mas também acho que não é a figura mais importante de um sindicato , daí que se ele fosse o presidente do meu sindicato , pouca ou nenhum relevo teria na decisão dos associados , já que lá tudo é votado pelos associados.O presidente nada mais é do que um porta voz do grupo.Apenas isso.

Mas a animosidade das pessoas vem precisamente das faces principais (o primeiro a sofrer no governo será o PPC e não um mero secretário de estado). Ora, o Carvalho da Silva é tudo menos uma pessoa razoável, o que funciona precismanete como dissuasor dos sindicatos de quem não se revê no discurso radical, anti-patrão, anti-economia, anti-lucros, anti-todas as propostas, anti-tudo. São eles que afastam as pessoas dos sindicatos e fazem com que os patrões achem que nem vale a pena falar com eles.




O que o presidente do sindicato diz...é apenas o que ele diz.E depois,não é porque não concordamos ou não gostamos de um presidente que vamos abandonar o sindicato.Já houve presidentes do meu sindicato que eu não gostava nem confiava , mas nas eleições seguintes tive a oportunidade de votar em outro.
As pessoas não tem que necessariamente se identificar com uma pessoa , mas com a instituição.Instituição essa que lhes pertence.

As palavras de um presidente só tem peso se as pessoas não estiverem envolvidas , porque aí o sindicato vai agir de acordo com o presidente e suas palavras.Outra vez exemplo prático foi a Autoeuropa. Os trabalhadores uniram-se e disseram ao seu sindicato.-Nós não queremos as tuas palavras /atos. Nós queremos que no nosso emprego as coisas sejam feitas de forma X.
O sindicato é apenas a voz dos trabalhadores.Não nos esqueçamos disso.

Quant à figura do presidente ,imagine que metade do país saísse de Portugal por não gostar do Socras e agora a outra metade saísse por não gostar do PPC.Já não teríamos habitantes.

Se as pessoas querem apostar no seu emprego e nas suas condições de trabalho , não devem fugir dos problemas , mas encará-los de frente.

Costumo dizer, problema é como um tarado bem dotado.Se lhe virarmos as costas é pior.

Muitos e muitos dias de folga deixei a namorada e amigos de lado para passá-los dentro do sindicato.E foi assim durante 10 anos da minha vida.
Hoje já não contribuo diretamente com o sindicato até por me encontrar fora do país , mas continuo a pagar as minhas quotas religiosamente como se ainda aqui estivesse porque acredito no conceito , na instituição.

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por Automech » 19/11/2011 15:06

A-330 Escreveu:Está a dizer com outras palavras o que eu disse acima e em posts/tópicos anteriores.

Pois, mas eu acho gravíssimo que os sindicatos optem por posições mais extremadas, que são recusadas pelos trabalhadores, votando contra o próprio sindicato, mas admito que esteja a ver mal a questão. Fica a sensação que (alguns) sindicatos preferem sangue ao interesse dos trabalhadores, o que pode ser perigoso se os trabalhadores forem manipuláveis (assim de repente estou a lembra-me da Opel Azambuja).

A-330 Escreveu:Por acaso não me revejo , mas também acho que não é a figura mais importante de um sindicato , daí que se ele fosse o presidente do meu sindicato , pouca ou nenhum relevo teria na decisão dos associados , já que lá tudo é votado pelos associados.O presidente nada mais é do que um porta voz do grupo.Apenas isso.

Mas a animosidade das pessoas vem precisamente das faces principais (o primeiro a sofrer no governo será o PPC e não um mero secretário de estado). Ora, o Carvalho da Silva é tudo menos uma pessoa razoável, o que funciona precismanete como dissuasor dos sindicatos de quem não se revê no discurso radical, anti-patrão, anti-economia, anti-lucros, anti-todas as propostas, anti-tudo. São eles que afastam as pessoas dos sindicatos e fazem com que os patrões achem que nem vale a pena falar com eles.
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por A330-300 » 19/11/2011 12:29

AutoMech Escreveu:
A-330 Escreveu:Cabe lembrar também que os sindicatos são a voz dos trabalhadores.E atuam de acordo com as especificidades de cada emprego desde que os trabalhadores lhes transmitam com que linhas guiar-se.
Mas para isso é preciso que os trabalhadores estejam empenhados na sua causa.

Um exemplo disso foi a Auto-europa.


Na Auto-europa os trabalhadores votaram por diversas vezes em plenários contra a opinião dos sindicatos, o que mostra que estes estavam a leste dos interesses dos trabalhadores e queriam posições mais extremadas.

Aliás, basta ver que o Chora meteu na gaveta a cartilha do Bloco de Esquerda, ao qual pertence. Caso contrário já tinha sido corrido pelos trabalhadores que, sendo pessoas inteligentes e preocupadas pelo seu trabalho, não se revêm naquele discurso de comunismo radical.


Está a dizer com outras palavras o que eu disse acima e em posts/tópicos anteriores.



mapaman escreveu:
O mundo sindical vai muito para além do que passa nos telejornais e é um erro tomar o todo pela parte.

Agora é que reparei que tinhas esta outra mensagem com a qual concordo inteiramente.

Só uma nota em relação a este parágrafo. A animosidade contra os sindicatos vem precisamente das faces mais visíveis e que representam mais gente, como sejam o Carvalho da Silva, a Ana Voila, o Mário Machado e mais uns quantos que, como sabemos, são basicamente o Jerónimo de Sousa travestido em sindicatos e para quem, quanto pior, melhor.

Muito me surpreenderia se tu ou o A-330 se revissem, por exemplo, no Carvalho da Silva como vosso representante. icon_wink.gif


Por acaso não me revejo , mas também acho que não é a figura mais importante de um sindicato , daí que se ele fosse o presidente do meu sindicato , pouca ou nenhum relevo teria na decisão dos associados , já que lá tudo é votado pelos associados.O presidente nada mais é do que um porta voz do grupo.Apenas isso.

Um presidente ganha relevo quando os associados não estão comprometidos com o seu sindicato , quando não participam.Quando deixam tudo para o sindicato decidir. Nesse caso , o presidente é quem decide tudo.Para o bem e para o mal.

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por Automech » 19/11/2011 4:59

mapaman Escreveu:O mundo sindical vai muito para além do que passa nos telejornais e é um erro tomar o todo pela parte.

Agora é que reparei que tinhas esta outra mensagem com a qual concordo inteiramente.

Só uma nota em relação a este parágrafo. A animosidade contra os sindicatos vem precisamente das faces mais visíveis e que representam mais gente, como sejam o Carvalho da Silva, a Ana Voila, o Mário Machado e mais uns quantos que, como sabemos, são basicamente o Jerónimo de Sousa travestido em sindicatos e para quem, quanto pior, melhor.

Muito me surpreenderia se tu ou o A-330 se revissem, por exemplo, no Carvalho da Silva como vosso representante. :wink:
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por Automech » 19/11/2011 4:56

A-330 Escreveu:Cabe lembrar também que os sindicatos são a voz dos trabalhadores.E atuam de acordo com as especificidades de cada emprego desde que os trabalhadores lhes transmitam com que linhas guiar-se.
Mas para isso é preciso que os trabalhadores estejam empenhados na sua causa.

Um exemplo disso foi a Auto-europa.


Na Auto-europa os trabalhadores votaram por diversas vezes em plenários contra a opinião dos sindicatos, o que mostra que estes estavam a leste dos interesses dos trabalhadores e queriam posições mais extremadas.

Aliás, basta ver que o Chora meteu na gaveta a cartilha do Bloco de Esquerda, ao qual pertence. Caso contrário já tinha sido corrido pelos trabalhadores que, sendo pessoas inteligentes e preocupadas pelo seu trabalho, não se revêm naquele discurso de comunismo radical.
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por mapaman » 18/11/2011 10:49

“Não sei se será uma decisão tão definitiva e tão importante. Tudo depende agora do puzzle que vai ser as negociações. Mas, seguramente, para mim, isso não devia ser factor de divisão. Se tiver de cair, que caia. Pronto. Paciência”, disse Silva Peneda numa entrevista à Antena 1.

“Não penso que isso seja um factor tão fundamental que vá criar a competitividade. Se demonstrar que isso vai criar a competitividade das empresas e aumentar as exportações de um modo muito significativo, muito bem, mas ninguém me pode demonstrar isso. Portanto, eu não acredito”, argumentou.

“Sorte” com os dirigentes sindicais e patronais

Silva Peneda apela à concertação entre os parceiros e diz que Portugal tem muita sorte em ter os líderes sindicais e patronais que tem.

Portugal tem sorte em ter os dirigentes que tem nos parceiros sociais, tanto da parte sindical como da parte patronal. Aliás, eu sou uma testemunha. E não estou a fazer nenhum elogio de fácil simpatia”, afirmou à mesma emissora de rádio.

“Vejo e constato a forma empenhada como as pessoas discutem os problemas na Concertação Social e avançam com propostas. Não vejo nenhuma atitude passiva, à espera que as coisas aconteçam por acaso ou pela acção do Divino. Vejo um empenho muito grande”, sublinhou ainda.

http://economia.publico.pt/Noticia/silv ... al-1521500
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por A330-300 » 18/11/2011 9:37

mapaman Escreveu:Vou tentar demonstrar em breves linhas a área de actuação do sindicato ao qual pago mensal e religiosamente quotas,eu e mais 99% dos profissionais do ramo.

Enquanto conjunto de associados,permite-nos negociar regalias junto de empresas privadas para a obtenção de serviços vários que não importa referir,pois não diferem muito daqueles que podem ser obtidos com outros organismos por ex. ACP

Adiante,o principal papel é o de interlocutor junto da empresa para questões que digam respeito ao exercicio da profissão.

Um conselho de administração não recebe com a mesma facilidade um funcionário do que alguem da direcção do sindicato.Espero que que esta parte seja entendível.

A forma de actuar varia de acordo com o perfil dos responsáveis que representam os profissionais,e enquantos uns optam por uma estratégia com mais visibilidade outros,preferem manter algum distanciamento,credibilizando assim o seu próprio papel.Espero que tambem seja entendível.

Por força das quotas que cobra,surge a possibilidade de, e se necessário, recorrer a aconselhamento juridico especializado em várias áreas,sendo que, isoladamente nenhum profissional poderia pagar aquilo que é cobrado à instituição.Simplesmente porque os muito bons são muito caros.

Não pretendo detalhar,pois não se trata de elencar questões de determinado grupo profissional mas tão somente dar uma ideia geral.

Na poucas greves a que aderimos,muito poucas mesmo,é estabelecido de comum acordo com a empresa os serviços minimos a prestar por forma a minorar o impacto nos clientes.

Com esta postura ao longo 35 anos conseguimos aquilo que pretendiamos ser: respeitados


O mundo sindical vai muito para além do que passa nos telejornais e é um erro tomar o todo pela parte.


Nem mais !!! Aí está uma relação sadia com os sindicatos.

Cabe lembrar também que os sindicatos são a voz dos trabalhadores.E atuam de acordo com as especificidades de cada emprego desde que os trabalhadores lhes transmitam com que linhas guiar-se.
Mas para isso é preciso que os trabalhadores estejam empenhados na sua causa.

Um exemplo disso foi a Auto-europa.

Até que enfim alguém com lucidez!!

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por Automech » 17/11/2011 19:53

mapaman Escreveu:
AutoMech Escreveu:
mapaman Escreveu:Muitos que os criticam ainda vão ver na centrais sindicais os seus únicos defensores e não vai ser preciso esperar muito.

Pobre do trabalhador que precisa do Carvalho da Silva para o defender (e que se identifica naquele discurso populista).


E com a palavra pobre dizes quase tudo.

Eu não alinho muito no discurso do Carvalho da Silva,agora outra coisa bem diferente é não dar importância a uma estrutura sindical até porque faço parte de um.

Mas tens dúvidas que num País de trabalhadores com baixa qualificação escolar,os sindicatos têm um papel importante?

abraço


Por acaso até nem concordo contigo Mapaman. No limite não são os não qualificados (porque podem mudar de emprego facilmente) que estão mais desprotegidos. Há outras profissões que, por trabalharem para um monopólio (ou quase), torna o trabalhador mais vulnerável. Nesses casos eventualmente faz mais sentido o sindicato (e tu percebes de que tipo de profissão estamos a falar e não são de baixa qualificação :wink: )
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por Palmix » 17/11/2011 18:26

mapaman Escreveu:Adiante,o principal papel é o de interlocutor junto da empresa para questões que digam respeito ao exercicio da profissão.

Um conselho de administração não recebe com a mesma facilidade um funcionário do que alguem da direcção do sindicato.Espero que que esta parte seja entendível.

Esta parte será discutivel, depende das empresas e dos conselhos de administração. Claro que é inviável estar a negociar com largas centenas de pessoas. Normalmente nomeia-se um representante, mesmo sem sindicato. Mas é um papel preponderante na negociação, como é óbvio.

Por força das quotas que cobra,surge a possibilidade de, e se necessário, recorrer a aconselhamento juridico especializado em várias áreas,sendo que, isoladamente nenhum profissional poderia pagar aquilo que é cobrado à instituição.Simplesmente porque os muito bons são muito caros.

Meu caro, a este nível tenho alguns exemplos de advogados que trabalham para alguns sindicatos que ninguém percebe que lá trabalham. Já me passaram pelas mãos alguns pareceres que pareciam abortos, completamente negligentes para com o trabalhador.
Mas concordo que há alguns sindicatos que oferecem excelente apoio juridico.

Na poucas greves a que aderimos,muito poucas mesmo,é estabelecido de comum acordo com a empresa os serviços minimos a prestar por forma a minorar o impacto nos clientes.

Com esta postura ao longo 35 anos conseguimos aquilo que pretendiamos ser: respeitados


O mundo sindical vai muito para além do que passa nos telejornais e é um erro tomar o todo pela parte.


Posso-lhe dar um exemplo que não conheço por dentro, o caso do sindocato dos trabalhadores da Autoeuropa.
Por aquilo que se sabe na comunicação social é o top dos sindicatos em Portugal. Quando a empresa está a passar por dificuldades, toda a gente arregaça as mangas e trabalha, fazem o que for preciso para dar a volta, mas depois colhem os frutos.
Isto é uma relação saudável.

Mas aquilo que se vê na maioria dos casos em Portugal, principalmente na CGTP e UGT é uma divisão entre patronato e trabalhadores.
E as pessoas já perceberam que isso não leva a lado nenhum...por isso há cada vez menos sindicalizados.

Se vir os meus posts vê que não meto todos no mesmo saco, refiro-me aos sindicatos "de uma forma geral", pois raros são so que realmente defendem os interesses dos trabalhadores.
 
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por mapaman » 17/11/2011 16:35

Vou tentar demonstrar em breves linhas a área de actuação do sindicato ao qual pago mensal e religiosamente quotas,eu e mais 99% dos profissionais do ramo.

Enquanto conjunto de associados,permite-nos negociar regalias junto de empresas privadas para a obtenção de serviços vários que não importa referir,pois não diferem muito daqueles que podem ser obtidos com outros organismos por ex. ACP

Adiante,o principal papel é o de interlocutor junto da empresa para questões que digam respeito ao exercicio da profissão.

Um conselho de administração não recebe com a mesma facilidade um funcionário do que alguem da direcção do sindicato.Espero que que esta parte seja entendível.

A forma de actuar varia de acordo com o perfil dos responsáveis que representam os profissionais,e enquantos uns optam por uma estratégia com mais visibilidade outros,preferem manter algum distanciamento,credibilizando assim o seu próprio papel.Espero que tambem seja entendível.

Por força das quotas que cobra,surge a possibilidade de, e se necessário, recorrer a aconselhamento juridico especializado em várias áreas,sendo que, isoladamente nenhum profissional poderia pagar aquilo que é cobrado à instituição.Simplesmente porque os muito bons são muito caros.

Não pretendo detalhar,pois não se trata de elencar questões de determinado grupo profissional mas tão somente dar uma ideia geral.

Na poucas greves a que aderimos,muito poucas mesmo,é estabelecido de comum acordo com a empresa os serviços minimos a prestar por forma a minorar o impacto nos clientes.

Com esta postura ao longo 35 anos conseguimos aquilo que pretendiamos ser: respeitados


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por acintra » 17/11/2011 16:07

mapaman Escreveu:
AutoMech Escreveu:
mapaman Escreveu:Muitos que os criticam ainda vão ver na centrais sindicais os seus únicos defensores e não vai ser preciso esperar muito.

Pobre do trabalhador que precisa do Carvalho da Silva para o defender (e que se identifica naquele discurso populista).


E com a palavra pobre dizes quase tudo.

Eu não alinho muito no discurso do Carvalho da Silva,agora outra coisa bem diferente é não dar importância a uma estrutura sindical até porque faço parte de um.

Mas tens dúvidas que num País de trabalhadores com baixa qualificação escolar,os sindicatos têm um papel importante?

abraço


Só são importantes por quem se deixa levar em ilusões e acha que o mundo não evoluiu!
Um abraço e bons negócios.

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por Palmix » 17/11/2011 14:33

mapaman Escreveu:
Palmix Escreveu:
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AutoMech Escreveu:
mapaman Escreveu:Muitos que os criticam ainda vão ver na centrais sindicais os seus únicos defensores e não vai ser preciso esperar muito.

Pobre do trabalhador que precisa do Carvalho da Silva para o defender (e que se identifica naquele discurso populista).


E com a palavra pobre dizes quase tudo.

Eu não alinho muito no discurso do Carvalho da Silva,agora outra coisa bem diferente é não dar importância a uma estrutura sindical até porque faço parte de um.

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abraço


Claro que se há pessoas pouco esclarecidas, tendem a ir atrás de alguém que se diz muito esclarecido...
Em terra de cegos quem tem olho é rei!


Palmix,

Os seus argumentos tendem a ser demasiado primários e incorporam desconhecimento sobre as matérias em apreço,tal como já foi claramente desmontado no tópico da TAP pelo que apartir de agora abstenho-me de comentar e ler qualquer post vindo de si.


É um direito que lhe assiste como dizia o outro...
Cada um tem direito à sua opinião...
 
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por mapaman » 17/11/2011 14:23

Palmix Escreveu:
mapaman Escreveu:
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mapaman Escreveu:Muitos que os criticam ainda vão ver na centrais sindicais os seus únicos defensores e não vai ser preciso esperar muito.

Pobre do trabalhador que precisa do Carvalho da Silva para o defender (e que se identifica naquele discurso populista).


E com a palavra pobre dizes quase tudo.

Eu não alinho muito no discurso do Carvalho da Silva,agora outra coisa bem diferente é não dar importância a uma estrutura sindical até porque faço parte de um.

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Claro que se há pessoas pouco esclarecidas, tendem a ir atrás de alguém que se diz muito esclarecido...
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Palmix,

Os seus argumentos tendem a ser demasiado primários e incorporam desconhecimento sobre as matérias em apreço,tal como já foi claramente desmontado no tópico da TAP pelo que apartir de agora abstenho-me de comentar e ler qualquer post vindo de si.
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por Palmix » 17/11/2011 14:06

mapaman Escreveu:
AutoMech Escreveu:
mapaman Escreveu:Muitos que os criticam ainda vão ver na centrais sindicais os seus únicos defensores e não vai ser preciso esperar muito.

Pobre do trabalhador que precisa do Carvalho da Silva para o defender (e que se identifica naquele discurso populista).


E com a palavra pobre dizes quase tudo.

Eu não alinho muito no discurso do Carvalho da Silva,agora outra coisa bem diferente é não dar importância a uma estrutura sindical até porque faço parte de um.

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por mapaman » 17/11/2011 14:03

AutoMech Escreveu:
mapaman Escreveu:Muitos que os criticam ainda vão ver na centrais sindicais os seus únicos defensores e não vai ser preciso esperar muito.

Pobre do trabalhador que precisa do Carvalho da Silva para o defender (e que se identifica naquele discurso populista).


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por Automech » 17/11/2011 13:41

mapaman Escreveu:Muitos que os criticam ainda vão ver na centrais sindicais os seus únicos defensores e não vai ser preciso esperar muito.

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por Lion_Heart » 17/11/2011 13:30

migluso Escreveu:Não. Foi na URSS de Stalin e na China de Mao. Agradece a eles esse direito que te assiste.


De certeza que foi ai??? :shock:
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por mapaman » 17/11/2011 13:28

Quando os bancos entenderam pressionar a Troika acerca das condições de refinanciamento não o fizeram de forma isolada mas sim através da APB.

Querem melhor argumento que justifique a existência e validade de sindicatos.Até os banqueiros têm uma estrutura que fala pelo conjunto.

Muitos que os criticam ainda vão ver na centrais sindicais os seus únicos defensores e não vai ser preciso esperar muito.
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por Lion_Heart » 17/11/2011 13:26

A syndicate is a self-organizing group of individuals, companies or criminals formed to transact some specific business, or to promote a common interest or in the case of criminals, to engage in organized crime. The term is also associated with anarchist theory, specifically anarcho-syndicalism, in which it forms an alternative to both the nation state and capitalist corporations.[1]

The word syndicate comes from the French word syndicat which means trade union (syndic meaning administrator), from the Latin word syndicus which in turn comes from the Greek word óýíäéêïò (syndikos) which means caretaker of an issue, compare to ombudsman or representative.


O sindicalismo tem origem nas corporações de ofício na Europa medieval. No século XVIII, durante a revolução industrial na Inglaterra, os trabalhadores, oriundos das indústrias têxteis, doentes e desempregados juntavam-se nas sociedades de socorro mútuos.

Durante a revolução francesa surgiram idéias liberais, que estimulavam a aprovação de leis proibitivas à atividade sindical, a exemplo da Lei Chapelier que, em nome da liberdade dos Direitos do Homem, considerou ilegais as associações de trabalhadores e patrões. As organizações sindicais, contudo, reergueram-se clandestinamente no século XIX. No Reino Unido, em 1871, e na França, em 1884, foi reconhecida a legalidade dos sindicatos e associações. Com a Segunda Guerra Mundial, as idéias comunistas e socialistas predominaram nos movimentos sindicais espanhóis e italianos.

Nos Estados Unidos, o sindicalismo nasceu por volta de 1827 e, em 1886, foi constituída a Federação Americana do Trabalho (AFL), contrária à reforma ou mudança da sociedade. Defendia o sindicalismo de resultados e não se vinculava a correntes doutrinárias e políticas.



In Wikipedia
Editado pela última vez por Lion_Heart em 17/11/2011 13:29, num total de 1 vez.
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por Automech » 17/11/2011 13:21

LOL, bem visto Migluso :lol:
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por L.S.S » 17/11/2011 13:21

Os Sindicatos Portugueses- CGTP e UGT


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O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
 
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por migluso » 17/11/2011 13:10

AutoMech Escreveu:
A-330 Escreveu:E não há ninguém melhor do que nós mesmos para tratar dos nosso interesses.

Essa, para mim, é a razão da inutiidade dos sindicatos. Ninguém me vai defender melhor do que eu próprio. Se o meu patrão me trata mal ou me paga mal, arranjo outro patrão. Não fico a fazer queixinhas ao sindicato, nem à espera que eles me tratem do assunto.


Ó AM, mas não vês que no tempo da escravatura não havia sindicatos e tu nem sequer te podias defender?!?

Agradece aos sindicatos e à ideologia que eles apregoam a liberdade que te assiste e com ela o fim da escravatura.

Ou julgas que esses ideais de liberdade, como por exemplo o de ir trabalhar para onde se quer, surgiram com o iluminismo e com o pensamento liberal que caracterizou essa época?

Não. Foi na URSS de Stalin e na China de Mao. Agradece a eles esse direito que te assiste.

Dizerem-me que na URSS de Stalin ou na China de Mao não havia sindicatos, apenas reforça o cúmulo que é determinados sindicatos defenderem a ideologia desses regimes. Eu, pelo menos, só o consigo entender se os líderes de tais sindicatos pretenderem ser os próprios Stalin ou Mao, pois de outro modo defendem um regime que levará à extinção das instituições que representam. :roll:
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por Palmix » 17/11/2011 13:02

AutoMech Escreveu:
A-330 Escreveu:
AutoMech Escreveu:
A-330 Escreveu:E não há ninguém melhor do que nós mesmos para tratar dos nosso interesses.

Essa, para mim, é a razão da inutiidade dos sindicatos. Ninguém me vai defender melhor do que eu próprio. Se o meu patrão me trata mal ou me paga mal, arranjo outro patrão. Não fico a fazer queixinhas ao sindicato, nem à espera que eles me tratem do assunto.


Correto. Se tiver opções...Também eu fiz isso ao longo da minha vida.

A330


Pois, mas há pessoas que, embora tenham essas opções (eu até diria que são uma maioria), preferem ficar a gritar e a queixarem-se. É mais confortável e gostam do circo.


É nesse ponto que digo que os sindicatos perderam a noção das necessidades actuais...
A maioria das pessoas não quer circos...mas os dirigentes dos sindicatos gostam de fazer de palhaços...
 
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