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Caldeirão da Bolsa

Situação na Itália - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por nook » 10/1/2012 13:49

Fitch: Corte do rating de Itália está cada vez mais próximo
10 Janeiro 2012 | 10:40
Rita Faria - afaria@negocios.pt


David Riley, responsável pelos ratings soberanos da Fitch, garante que a situação italiana se alterou, o que se traduzirá numa provável descida de rating quando terminar o período de revisão.


A agência de notação financeira Fitch acredita que é cada vez mais provável que o rating italiano sofra um “downgrade”, avança o diário espanhol Expansión.

Actualmente, a dívida soberana de Itália tem um rating de A+, com vigilância negativa.

“Uma coisa que ajudaria a Itália, mas que está fora do seu controlo imediato, era dissipar as dúvidas sobre a sua liquidez, o que significa, basicamente, ter uma rede de segurança, como os fundos europeus”, afirmou Riley.

“Neste momento não temos isso, o que é um motivo de grave preocupação em relação a Itália. É uma das razões porque está sob vigilância negativa, e explica porque acreditamos que, assim que se conclua a revisão, o seu rating cairá”, concluiu.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=530543
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por _urbanista_ » 29/12/2011 11:56

Itália paga perto de 7% para vender dívida a 10 anos

Eudora Ribeiro
29/12/11 10:35

Itália colocou no mercado 7 mil milhões de euros em obrigações. Os juros desceram de máximos mas ficaram perto dos 7% no prazo a 10 anos.

Itália voltou hoje aos mercados para se financiar em sete mil milhões de euros, através da emissão de títulos de dívida com várias maturidades. O montante indicativo situava-se entre os 5 e os 8,5 mil milhões de euros.

No leilão a 10 anos, o Tesouro italiano pagou um juro de 6,98%, abaixo dos 7,56% - um máximo desde a criação do euro - registados no último leilão comparável, mais ainda assim bem perto dos 7%, um nível considerado insustentável no longo prazo para a terceira maior economia do euro.

Na emissão de obrigações a 3 anos, o juro também recuou até aos 5,62% face ao nível recorde de 7,89% verificado na última emissão comparável, de há apenas um mês.

Ontem, o Tesouro italiano colocou nove mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro a 6 meses, com um juro de 3,251%, bem abaixo dos 6,504% que pagou no leilão anterior de 25 de Novembro.

Itália espera ir ao mercado para se financiar num total de 450 mil milhões de euros no próximo ano, o suficiente para cobrir os 202 mil milhões de euros em obrigações que vão atingir a maturidade em 2012 e financiar o défice de 23,6 mil milhões de euros, conforme revelou Maria Cannata, responsável pela gestão da dívida pública italiana na semana passada.

http://economico.sapo.pt/noticias/itali ... 34746.html
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por lmmj » 28/12/2011 20:13

Boa noite, alguém sabe a que horas é amanhã o leilão de divida italiana?
 
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por _urbanista_ » 28/12/2011 11:49

Isto foi uma descida vertiginosa, só resta saber quem estará por traz destas compras :roll:
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por _urbanista_ » 28/12/2011 11:46

Custos de financiamento de Itália caem a pique

Mafalda Aguilar
28/12/11 10:22

Itália testou hoje com sucesso o mercado de dívida. Num leilão de dívida a seis meses o preço caiu para metade.

O Tesouro italiano levantou hoje 9 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a seis meses, o montante máximo previsto, e teve de pagar apenas uma taxa média ponderada de 3,251%, metade do preço (6,504%) desembolsado no último leilão com condições semelhantes, realizado a 25 de Novembro. A procura superou em 1,7 vezes a oferta, também melhor que o rácio de 1,47 verificado há um mês.

O País liderado por Mario Monti colocou ainda 1,7 mil milhões de euros em obrigações a dois anos, quando o montante indicativo oscilava entre 1,5 e 2,2 mil milhões de euros. Nesta operação, Itália comprometeu-se a pagar um preço de 4,85%, bastante abaixo face aos 7,8% exigidos pelos investidores em Novembro.

Tudo somado e Itália angariou hoje 10,7 mil milhões de euros.

http://economico.sapo.pt/noticias/custo ... 34671.html
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por Elias » 27/12/2011 18:26

O Berlusconi é como os gatos, tem sete vidas :roll:



Nobel diz que Berlusconi poderá regressar para liderar Itália
27 Dezembro 2011 | 13:30
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

Silvio Berlusconi poderá voltar a ser primeiro-ministro, considera o laureado com o Prémio Nobel da Economia, Robert Mundell.

Robert Mundell, Nobel da Economia, diz que o ex-chefe de governo italiano Silvio Berlusconi, que se demitiu no mês passado – numa altura em que a crise da dívida europeia ameaçava esmagar Itália – poderá regressar.

O actual primeiro-ministro, Mario Monti, que lidera um governo de figuras não-políticas, “não será capaz de terminar a tarefa” de consertar as finanças públicas do país, declarou Mundell em entrevista à Bloomberg TV. “Existe a probabilidade de Berlusconi regressar, porque ele é o mais forte político de Itália desde a Segunda Guerra Mundial”, declarou o laureado com o Prémio Nobel da Economia.

Monti, que foi comissário europeu da Concorrência, conseguiu na semana passada a aprovação de um pacote de corte de gastos e aumento de impostos, elevando a cerca de 5% do PIB as medidas de austeridade que os italianos têm de suportar desde Junho.

A dívida de Itália ascende a 1,9 biliões de euros e é superior à de Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda juntas.

Os receios dos investidores de que Itália possa ter dificuldades em financiar essa dívida fizeram disparar os custos dos empréstimos contraídos por este país para o nível mais alto desde a entrada no euro.

Berlusconi “não fez muito para reduzir os direitos sociais, mas também não impediu que eles se deteriorassem”, disse Mundell. “Talvez ele seja demasiado impopular para poder regressar, mas ele é dono de uma força poderosa e eu não o subestimaria”, acrescentou.

Silvio Berlusconi afirmou ontem, no website “Sky Italia”, que quer “lembrar toda a gente que ainda somos o partido da maioria no Parlamento e que as sondagens mostram que o apoio que nos é dado está a aumentar, pois os italianos estão preocupados”.
 
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por Automech » 13/12/2011 23:22

Itália propõe imposto de 34 euros por cada conta bancária
13 Dezembro 2011 | 19:27

O governo italiano procedeu a alterações ao plano de ajustamento que foi aprovado em finais de Novembro. Agora pretende que seja aplicado um imposto de 34 euros por cada conta bancária com um saldo médio anual acima de 5.000 euros. Se for uma empresa, o valor do imposto sobe para 100 euros.
O Executivo italiano, liderado por Mario Monti, apresentou hoje várias alterações ao programa de ajustamento orçamental aprovado no final de Novembro. Entre essas emendas – que serão sujeitas a votação esta semana – está a introdução de um imposto sobre as contas correntes, já a partir de 1 de Janeiro, avança o “El Economista” citando o “Corriere della Sera”.

Esse imposto será de 34,2 euros por cada conta corrente de pessoas físicas com um saldo médio anual superior a 5.000 euros. No caso das empresas, esse imposto passa para 100 euros, nos termos desta proposta.

O governo de Mario Monti avançou com outras propostas, como o estabelecimento de uma taxa de 0,76% para os imóveis no estrangeiro destinados “a qualquer tipo de uso” das pessoas físicas “residentes no território do Estado”, refere a mesma fonte.

Por outro lado, o Executivo planeia introduzir no plano de ajustamento uma taxa de 0,1% sobre as actividades financeiras realizadas no estrangeiro por pessoas residentes em Itália entre 2011 e 2012 e de 0,15% a partir de 2013. Com isto, o governo italiano prevê angariar um total de 8,9 milhões de euros no biénio de 2011-2012 e 13,4 milhões em 2013.

Em relação às pensões, a equipa de Mario Monti prevê introduzir uma “taxa de solidariedade” sobre as pensões superiores a 200.000 euros.

Este plano de ajustamento está na Comissão de Orçamento e Finanças do Parlamento à espera de ser apresentado amanhã de forma definitiva perante o Parlamento italiano, sublinha o “El Economista”. No entanto, a introdução destas alterações poderá atrasar a sua apresentação junto da Câmara dos Deputados e do Senado, atrasando também a sua aprovação, que está prevista para sábado.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=525165
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por pokilo » 4/12/2011 23:16

mas esta noticia que saiu a pouco , a europa gosta :lol: , tudo o que é austuridade a europa gosta
 
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Italy PM prepares to adopt crisis measures

por PMACS » 4/12/2011 18:33

Italy PM prepares to adopt crisis measures

(Reuters) - Prime Minister Mario Monti accelerated plans on Sunday to approve a 20 billion-euro austerity package aimed at shoring up Italy's strained finances and stemming a crisis that threatens to overwhelm the euro zone.


A cabinet meeting on the package of tax increases and spending cuts originally scheduled for Monday was brought forward to 1500 GMT (3 p.m. British time) on Sunday after meetings with party leaders and unions, the prime minister's office said.

Expected reforms include an increase in the retirement age for many workers, liberalisation of professional services, a hike in income tax for higher income brackets and new taxes on private assets and housing.

The measures come before one of the most crucial weeks since the creation of the single currency more than a decade ago, with European leaders due to meet on Thursday and Friday in Brussels to try to agree a broader rescue plan for the bloc.

"The choice is between adopting tough austerity measures and starting the euro rescue, or Italy not being able to stand on its feet, and we risk the collapse of the euro," said Emma Marcegaglia, head of Italian employers' lobby Confindustria.

Italy, with a public debt of around 120 percent of gross domestic product, has been at the centre of Europe's debt crisis since yields on its 10-year bonds shot up to around 7 percent, similar to levels seen when countries such as Greece and Ireland were forced to seek a bailout.

Adoption of the package is seen as vital for re-establishing Italy's shattered credibility with financial markets after a series of unfulfilled promises by the previous centre-right government of former Prime Minister Silvio Berlusconi.

Unions said the cuts will hit poorer workers and pensioners disproportionately hard, but there was little sign of serious political opposition to Monti's plan, which is expected to be approved in parliament before Christmas.

With Italy, the euro zone's third-largest economy, close to a debt emergency that would destroy Europe's financial defences, EU leaders will meet in Brussels this week hoping to agree steps to bind the bloc more closely with tougher fiscal rules.

SEVERE

Sources present at discussions on the new fiscal measures said they would total around 20 billion euros (17.2 billion pounds). An extra 4 billion euros would come from automatic cuts to tax breaks and welfare measures outlined but not clearly identified in the austerity package presented by the previous government.

Monti will have to balance the competing needs of showing budget rigour while not choking off growth, without which it will be impossible to reduce a 1.8-trillion-euro debt mountain.

About half of the overall package is expected to be used to cut the budget deficit and help balance the budget by 2013 despite the economic downturn and rising borrowing costs.

The other half will free up resources to try to regenerate Italy's chronically stagnant economy, which is widely expected to go into recession next year.

Changes to pensions will be key in the new reform plan, with eligibility requirements toughened up for so-called seniority pensions which are based on a combination of workers' age and the years for which they have paid contributions.

The minimum number of years workers have to pay contributions is set to go up to 42 years for men and 41 years for women from its current level of 40 years. Inflation indexing will be cut back, leaving only the lower brackets of pensions fully indexed.

Susanna Camusso, leader of Italy's biggest union CGIL, said the reforms would be an "extremely heavy blow" for pensioners and said she would propose that parliament make some amendments.

Planned cuts to the national health service budget are expected to be accelerated by one year, to reduce spending by 2.5 billion euros in 2012 and 5 billion euros from 2013, a local government source said.

Graziano Delri, head of Italy's local government association, said 10-11 billion euros would be raised from property taxes, with the reintroduction of a tax on principal residences that was scrapped by Berlusconi.

Scrapping the so-called ICI housing tax in 2008 cost Italy an estimated 3.5 billion euros annually but the total could increase depending on possible adjustments to the assessment basis on which the tax is raised.

Other expected measures include further increases in value added tax rates and a ban on cash transactions above 1,000 euros in an effort to tackle tax evasion.

But the package will contain no reform of job contracts that hinder companies from laying off workers, a measure seen as key to overhauling the labour market but which is bitterly opposed by unions.

http://uk.reuters.com/article/2011/12/0 ... HO20111204
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
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Bora todos para Italia

por COFRES » 27/11/2011 16:54

silva74 Escreveu:FMI prepara "pacotão" de €600 mil milhões para Itália


Christine Lagarde, a diretora-geral do fundo, está disposta a dar uma "almofada" de liquidez de 18 meses a Mario Monti, segundo o jornal La Stampa. Linkiesta, por seu lado, fala de €300 mil milhões


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/fmi-prepara-pa ... z1etpUN9Up


Fo?? vao chover € la :mrgreen: toca a fugir
para la
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por silva74 » 27/11/2011 11:16

FMI prepara "pacotão" de €600 mil milhões para Itália


Christine Lagarde, a diretora-geral do fundo, está disposta a dar uma "almofada" de liquidez de 18 meses a Mario Monti, segundo o jornal La Stampa. Linkiesta, por seu lado, fala de €300 mil milhões


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/fmi-prepara-pa ... z1etpUN9Up
 
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por Marco Martins » 25/11/2011 21:53

mcarvalho Escreveu:quando todos os países estiverem em lixo.. Portugal será o maior... exportador e ai acabou a crise
bfs

mcarvalho


...Apesar da “prosperidade e diversidade da sua economia aberta”, a dívida da Bélgica está sob “vigilância negativa”, o que indica que poderá vir a sofrer um novo corte. O "rating" será reduzido também se a dívida soberana líquida ultrapassar os 100% do PIB...



É curioso como é que a dívida apenas tem algum peso no rating dos países da Europa!!!!

Os USA não serão um país?!?!?! ou esses apenas merecem chamadas de atenção?!?!
 
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por mcarvalho » 25/11/2011 21:45

quando todos os países estiverem em lixo.. Portugal será o maior... exportador e ai acabou a crise
bfs

mcarvalho

..........

Standard & Poor¿s corta "rating" da Bélgica em um nível

25/11/2011

A Standard & Poor’s anunciou hoje o corte da notação financeira da Bélgica em um nível e indicou que o seu "rating" está sob "vigilância negativa", o que indica que podem ocorrer novas reduções.

O “rating” da Bélgica estava, até hoje, em “AA+”, o segundo melhor nível para a agência de classificação de risco, apenas atrás do “triplo A”, a notação máxima. Agora, desceu para “AA”, o terceiro nível de investimento.

Os riscos enfrentados pelo sector financeiro são os motivos apresentados pela Standard & Poor’s. A agência refere-se aos maiores riscos no mercado de financiamento, sendo que a banca poderá precisar de maior apoio soberano, como aconteceu já com o Dexia, na opinião da S&P. A dívida soberana poderá chegar a 93% do PIB este ano, mas a S&P teme que tal poderá superar os 100%.

Neste momento, no mercado em que os investidores trocam títulos de dívida entre si, os retornos exigidos pela dívida belga estão em máximos desde a fundação do euro. Os seguros contra incumprimento da dívida seguem também num recorde. Hoje, só os "credit default swaps" portugueses e irlandeses subiram mais que os belgas.

Além disso, a pesar na decisão de hoje esteve também a elevada exposição da economia belga às exportações, o que poderá prejudicar a procura externa. A isto junta-se a ausência de um poder político executivo com força para implementar medidas estruturais e orçamentais mais profundas, já que Yves Leterme (na foto) está ainda à frente de um Governo provisório há 17 meses.

Apesar da “prosperidade e diversidade da sua economia aberta”, a dívida da Bélgica está sob “vigilância negativa”, o que indica que poderá vir a sofrer um novo corte. O "rating" será reduzido também se a dívida soberana líquida ultrapassar os 100% do PIB.

As agências de “rating” têm estado bastante activas nos últimos dias, numa altura em que a crise da dívida parece chegar a países do “coração” da Zona Euro, como classificou o comissário europeu Olli Rehn.

A S&P anunciou esta semana que os “ratings” da dívida de países da Zona Euro poderão vir a cair ainda mais, caso a região volte a entrar em recessão.
 
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por Marco Martins » 25/11/2011 15:03

Mas o que ficará mais caro a Itália? Endividar-se a 7, 8 ou 10% ou pedir um resgate ao FMI/BCE e pagar 50% como Portugal?

Mais vale fazerem os cortes que têm de fazer e usar a mesma quantidade de dinheiro para ajudar a essa reestruturação, ou então fazerem um pacote de estímulos por exemplo a obras nos imóveis para promover a economia e reduzir o desemprego.
 
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Itália será o próximo?

por Figueiraa1 » 25/11/2011 14:48

Comportamento das"yields" de Itália assemelha-se ao das "yields" gregas e portuguesas antes do resgate

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=521991
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por mcarvalho » 17/11/2011 23:05

aliás.. nem de proposito.. começam as convulsões:

Protestos em Itália contra "Governo de banqueiros" em Itália

17/11/2011

Ao mesmo tempo que Mario Monti anunciava ao Senado italiano que poderia ter de implementar mais austeridade, estudantes de várias cidades italianas protestavam contra o “Governo de banqueiros” liderado por Monti.

A acusação deve-se ao facto de o antigo comissário europeu ter formado um Governo à sua imagem, ou seja, constituído por “tecnocratas”. A acusação relativa aos banqueiros deve-se, por exemplo, ao facto de o administrador executivo do banco Intesa Sanpaolo, Corrado Passera, ser ministro do Desenvolvimento Económico.

O próprio Monti disse ontem, na cerimónia de posse como primeiro-ministro, que a ausência de políticos do Executivo, era uma forma de facilitar o trabalho governamental.

Protestos de Milão à porta de universidade de Monti

Mas se os mercados viram com bons olhos o novo Governo – ainda hoje a Fitch mostrou confiança nas reformas a implementar por Monti e salientou a “janela de oportunidade” para a reconquista da confiança dos investidores –, o mesmo não aconteceu com os jovens por todo o país, que já tinham marcado estes protestos antes mesmo da nomeação de Monti.

Um dos centros de destaque dos protestos de hoje foi a universidade Luigi Bocconi, em Milão. De acordo com a Reuters, a instituição é presidida por Monti, tendo acabado por se tornar no símbolo do Executivo de tecnocratas escolhido pelo antigo comissário europeu. Razão para que os estudantes a tentassem alcançar durante os protestos.

A AGI (Agência Jornalística Italiana) noticia, segundo a Reuters, que falsas notas de dólares foram atiradas contra o prédio da associação da banca de Itália.

Em Palermo, na Sicília, foram atirados ovos contra um banco, de acordo com a “BBC News”. Roma, Florença e Turim foram outras cidades em que os protestos se desenvolveram, criticando o novo Governo e as medidas de austeridade aprovadas pelo Executivo de Berlusconi.

Pirómanos são agora os bombeiros

Além das manifestações, também hoje um dos aliados parlamentares do antigo primeiro-ministro, Sílvio Berlusconi, que se demitiu esta semana, se mostrou contra a constituição do novo Executivo. “Estamos preocupados. A nossa Itália está a ser liderada por banqueiros”, assinalou o deputado Domenico Scilipoti.

“É caso para dizer que os pirómanos se tornaram bombeiros”, acusou o deputado.


e


Fitch ameaça cortar "rating" caso Itália perca acesso aos mercados

17/11/2011

A Fitch voltou hoje a dizer que a classificação de risco da dívida da Itália poderá ser reduzida caso se deteriore a sua situação nos mercados financeiros.

Numa altura em que as rendibilidades exigidas pelos investidores continuam em níveis considerados preocupantes no mercado secundário, a agência de notação financeira indicou que se a Itália deixar de se conseguir financiar nos mercados, o “rating” poderá deixar o grau de investimento médio alto. em que se encontra actualmente.

Neste momento, a notação financeira da dívida de Itália é de “A-”, mas a vigilância é “negativa”, o que assinala que novos cortes poderão ocorrer. A Fitch lança hoje uma nota em que aponta novamente para essa possibilidade, porque o actual “rating” tem como premissa principal a manutenção do acesso aos mercados por parte de Itália.

A agência de “rating” sublinha que mesmo que Itália deixe de se conseguir financiar no mercado, não está em causa a insustentabilidade orçamental do país, porque o Tesouro tem uma margem para um elevado custo com os financiamentos por um “período prolongado”.

Mas a União Europeia tem de colaborar para que a Itália não perca o acesso ao mercado de dívida, ou seja, tem de impedir que as taxas de juro implícitas da dívida do país continuem próximas dos 7% no mercado secundário, a barreira ultrapassada pela Grécia, Irlanda e Portugal e que os levou a pedir um resgate financeiro. O que poderá diminuir os juros pedidos no mercado primário, ou seja, quando o Tesouro italiano emite dívida.

O “rating” italiano está “especialmente vulnerável a uma intensificação da crise da Zona Euro” mas a Fitch está certa de que as autoridades do Velho Continente irão impedir que haja uma crise de liquidez num país “com importância sistémica”, como é o caso de Itália.

Governo vai mostrar-se capaz de implementar a reforma que Itália precisa

No comunicado hoje enviado, a entidade mostra-se optimista em relação ao novo Governo liderado por Mario Monti. A nota assinada pelo director executivo David Riley indica que o Executivo se vai mostrarcapaz de empreender a reforma económica que o país precisa.

“O primeiro teste para o novo Governo é assegurar um apoio público e parlamentar alargado ao Executivo e ao seu programa de reformas económica e orçamental”, assinala a agência.

Para a Fitch, há uma "janela de oportunidade" para que o recém formado Governo italiano consiga conduzir a uma "surpresa positiva", que coloque termo "às dinâmicas negativas do mercado" e que leve "as 'yields' para um nível mais sustentável".

Neste momento, além do "rating" "A-" pela Fitch, a dívida italiana é classificada com um "A" pela Standard & Poor's e em A2 pela Moody's. Estes dois últimos estão um patamar acima da notação dada pela Fitch.
 
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por mcarvalho » 17/11/2011 22:33

:wink:


concordo djovarius

pior talvez não houvesse mas igual ou melhor parece que também não :(

a opinião publica , que vale o que vale , começa a manisfestar a sua preocupação com os tecnocrátas não politicos e a criticar o abandono de Berlusconi..

pois a ele já o conheciam

abraço

mcarvalho
 
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por djovarius » 17/11/2011 14:53

Ah, Ok, entendi agora :)

A propósito, estas mudanças de Governo não me parecem ser solução, embora no caso de Berlusconi... impossível, pior é impossível :evil: :twisted:

dj
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por mcarvalho » 17/11/2011 14:20

djovarius

interprete com humor o que tentei transmitir

O Pib é muito superior mas não pela produção e rentabilidade



abraço

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por djovarius » 17/11/2011 14:06

Viva,

Não entendi esse comentário.

Em Portugal, Lisboa e Algarve (regiões mais a Sul) têm um PIB per capita superior a algumas regiões do Norte.
Mais, o Algarve tem um PIB per capita superior à média da Alemanha, facto que vi num gráfico semelhante no mesmo Der Spiegel.
Seria bom procurar informação antes de intervir no Caldeirão.

Abraço

dj
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por mcarvalho » 17/11/2011 13:28

djovarius Escreveu:Ora viva de novo,

O problema estrutural da Itália (diferença Norte/Sul) será impeditivo a uma recuperação sólida.

Ou o país vai a falência (calote, digamos)...
ou separa-se, sendo o Norte uma futura quase-Alemanha e o Sul uma nova Grécia, mais fácil de apoiar em caso de emergência financeira.



......................

O mesmo se passa com PORTUGAL..

"Ou o país vai a falência (calote, digamos)...
ou separa-se, sendo o Norte uma futura quase-Alemanha e o Sul uma nova Grécia, mais fácil de apoiar em caso de emergência financeira."

"mais fácil de apoiar em caso de emergência financeira" e não só .. sempre apoiado e de que maneira
 
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por djovarius » 17/11/2011 13:21

Ora viva de novo,

O problema estrutural da Itália (diferença Norte/Sul) será impeditivo a uma recuperação sólida.

Ou o país vai a falência (calote, digamos)...
ou separa-se, sendo o Norte uma futura quase-Alemanha e o Sul uma nova Grécia, mais fácil de apoiar em caso de emergência financeira.
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por atomez » 16/11/2011 3:02

Fim de festa à italiana...
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por _urbanista_ » 14/11/2011 18:08

Maior banco italiano com prejuízo de 10,6 mil milhões

Económico com Lusa
14/11/11 16:58

Os prejuízos hoje anunciados pelo Unicredit contrastam com os lucros de 335 milhões de euros do período homólogo.

O maior banco italiano, Unicredit, reportou perdas de 10,6 mil milhões de euros no terceiro trimestre e anunciou um plano estratégico que prevê aumentar o capital em 7,5 mil milhões de euros e o despedimento de 5.200 pessoas.

A recapitalização visa satisfazer as exigências dos reguladores a nível dos fundos próprios, motivo pelo qual não serão também distribuídos dividendos este ano.

O Unicredit indicou também num comunicado que vai desfazer-se dos seus activos não estratégicos e suprimir 5.200 postos de trabalho até 2015, num total de 62 mil trabalhadores.

Depois do Unicredit anunciar os seus gigantescos prejuízos, que comparam com lucros de 335 milhões de euros no período homólogo, a negociação em bolsa foi suspensa e reabriu mais tarde a cair 6,2%.

O Unicredit adianta que "o desempenho financeiro do grupo foi significativamente afetado pela volatilidade do mercado", mas espera atingir lucros de 5,5 mil milhões de euros no final do plano deste plano de cinco anos (2010-2015).
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por mcarvalho » 12/11/2011 22:58

 
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