Máquina de lavar da Troika
Acho que o que as pessoas precisam é uma redução de direitos e aumento de salários para aumentar o consumo e mexer a economia.
Não sei como é que se fala em reduzir salários em um país que já os tem dos mais baixos da Europa.Se outros países pagam mais e conseguem exportar , não vejo que sejam os salários o problema daqui.
O problema aqui é a produtividade , que não descola por causa do excesso de direitos.
Penso eu de que...
A330
Não sei como é que se fala em reduzir salários em um país que já os tem dos mais baixos da Europa.Se outros países pagam mais e conseguem exportar , não vejo que sejam os salários o problema daqui.
O problema aqui é a produtividade , que não descola por causa do excesso de direitos.
Penso eu de que...
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O comentário feito pela troika foi que competíamos com países onde o custo do pessoal era muito baixo (ou seja, em áreas de pouco valor acrescentado). E para podermos ser competitivos, teríamos também que baixar ordenados... Claro está que seria melhor aumentar produtividade via capital mas não parece que o capital seja um recurso que seja possível usar neste momento.
E claro está que seria melhor reconverter os sectores onde produzimos mas isso é um projecto de muito mais longo prazo e que mexe com toda a estrutura produtiva, a começar com a educação da população.
E claro está que seria melhor reconverter os sectores onde produzimos mas isso é um projecto de muito mais longo prazo e que mexe com toda a estrutura produtiva, a começar com a educação da população.
Medida completamente disparatada.
Cada empresa paga aquilo que pode, acha e entende.
Se uma empresa é lucrativa com o nível de remunerações que tem vai reduzir salários para quê?
Certamente só para aumentar o lucro dos accionistas, pois a empresa não vai com certeza baixar o preço dos produtos que vende só porque os salários baixaram.
E mesmo que baixe o preço, é certo que a facturação absoluta seja superior? Pode dar-se o caso de mesmo baixando o preço, e mesmo aumentando as unidades vendidas, a facturação absoluta ser menor na medida em que o aumento nas unidades vendidas não chegue para cobrir a redução de preço. E mesmo que a facturação absoluta seja superior? O que acontece ao excedente? Vai uma vez mais para o accionista, não vai ser distribuído ao empregado. O que é que isso contribui para a melhoria do nível de vida dos empregados? ZERO
Fixar reduções salariais por decreto é pura e simplesmente distorcer toda a lógica económica e interferir directamente na economia produzindo efeitos contrários ao bom e desejável equilibrio dos vários factores económicos.
Estender a redução de salários ao sector privado poderá inclusivamente levar a um cenário de deflação, o que certamente só agravaria ainda mais o cenário de crise em que estamos.
Reduzir salários amplamente = reduzir consumo e investimento = reduzir vendas das empresas = reduzir empresas lucratvias = aumento desemprego = espiral negativa
Aumento da produtividade e qualidade sim, desvalorização do factor trabalho como aumento da competitividade não. É totalmente errado.
E há que separar as águas. O Estado está falido, e como falido que está tem que cortar. Outra coisa é o privado, que não está falido mas assim para lá caminha...
Cada empresa paga aquilo que pode, acha e entende.
Se uma empresa é lucrativa com o nível de remunerações que tem vai reduzir salários para quê?
Certamente só para aumentar o lucro dos accionistas, pois a empresa não vai com certeza baixar o preço dos produtos que vende só porque os salários baixaram.
E mesmo que baixe o preço, é certo que a facturação absoluta seja superior? Pode dar-se o caso de mesmo baixando o preço, e mesmo aumentando as unidades vendidas, a facturação absoluta ser menor na medida em que o aumento nas unidades vendidas não chegue para cobrir a redução de preço. E mesmo que a facturação absoluta seja superior? O que acontece ao excedente? Vai uma vez mais para o accionista, não vai ser distribuído ao empregado. O que é que isso contribui para a melhoria do nível de vida dos empregados? ZERO
Fixar reduções salariais por decreto é pura e simplesmente distorcer toda a lógica económica e interferir directamente na economia produzindo efeitos contrários ao bom e desejável equilibrio dos vários factores económicos.
Estender a redução de salários ao sector privado poderá inclusivamente levar a um cenário de deflação, o que certamente só agravaria ainda mais o cenário de crise em que estamos.
Reduzir salários amplamente = reduzir consumo e investimento = reduzir vendas das empresas = reduzir empresas lucratvias = aumento desemprego = espiral negativa
Aumento da produtividade e qualidade sim, desvalorização do factor trabalho como aumento da competitividade não. É totalmente errado.
E há que separar as águas. O Estado está falido, e como falido que está tem que cortar. Outra coisa é o privado, que não está falido mas assim para lá caminha...
Também recomendava descer a TSU, mesmo sendo considerada uma medida disparatada pela quase totalidade dos economistas, visto o impacto que teria na na segurança social.
Cortar salários no privado, parece-me que iria tirar impostos ao estado, menos receita mais austeridade seria preciso para manter a máquina.
Se com o corte nos funcionários públicos, o comércio já treme como varas verdes, imagine-se com os privados também com cortes, o que acontecia o consumo retraía ainda mais, o que levaria a mais despedimentos e menos impostos para o estado e e mais despesa social com subsidios de desemprego.
E as empresas privadas que têm lucros, o que acontecia, cortava-se dinheiro nos salários e ficavam directamente para os accionistas? Aumentavam-se os lucros accionistas por via da lei?
Onde está aqui o menos estado na economia? A intromissão grotesta na massa salarial de empresas privadas é respeitar o mercado livre? Ou é interferir claramente com o mercado, servindo apenas os accionistas e os balanços das empresas?
E não me digam que é para aumentar a competetividade salarial, porque não pega. Os nossos problemas de competetividade estão na justiça, nas leis, na complicação que é abrir uma empresa e os custos inerentes à manutenção da mesma.
P.S.- Não sou extrema esquerda, concordo com parte dos sacrificios, os cortes na educação, na saúde, na S.S, serão necessários para manter o que for possível a funcionar, agora não percebo são estas postas de pescada sem nexo e enviadas para a praça abrindo a porta a comportamentos dos privados para apenas aumentarem lucros e dividendos, sem beneficio para o estado..... isso não percebo.
Cortar salários no privado, parece-me que iria tirar impostos ao estado, menos receita mais austeridade seria preciso para manter a máquina.
Se com o corte nos funcionários públicos, o comércio já treme como varas verdes, imagine-se com os privados também com cortes, o que acontecia o consumo retraía ainda mais, o que levaria a mais despedimentos e menos impostos para o estado e e mais despesa social com subsidios de desemprego.
E as empresas privadas que têm lucros, o que acontecia, cortava-se dinheiro nos salários e ficavam directamente para os accionistas? Aumentavam-se os lucros accionistas por via da lei?
Onde está aqui o menos estado na economia? A intromissão grotesta na massa salarial de empresas privadas é respeitar o mercado livre? Ou é interferir claramente com o mercado, servindo apenas os accionistas e os balanços das empresas?
E não me digam que é para aumentar a competetividade salarial, porque não pega. Os nossos problemas de competetividade estão na justiça, nas leis, na complicação que é abrir uma empresa e os custos inerentes à manutenção da mesma.
P.S.- Não sou extrema esquerda, concordo com parte dos sacrificios, os cortes na educação, na saúde, na S.S, serão necessários para manter o que for possível a funcionar, agora não percebo são estas postas de pescada sem nexo e enviadas para a praça abrindo a porta a comportamentos dos privados para apenas aumentarem lucros e dividendos, sem beneficio para o estado..... isso não percebo.
Careca da Bolsa
Para mais análises ao PSI-20 e outro material sobre análise Técnica.
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Análise técnica a índices e acções dos mercados fora de Portugal
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_urbanista_ Escreveu:Troika recomenda cortes salariais no sector privado
Eudora Ribeiro
16/11/11 18:10
Comunicado da ‘troika' defende que "os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público".
"A fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra, os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções sustentadas", lê-se num comunicado conjunto dos membro da Comissão Europeia, Fundo Monetário e Internacional e Banco Central Europeu (BCE), que acompanham o programa de assistência a Portugal.
Jurgen Kroger, da Comissão Europeia, disse durante a conferência de imprensa que, "se no sector público se diminui o custo da mão-de-obra, o sector privado vai reagir porque mais pessoas tenderão a ir para o sector privado".
O responsável de Bruxelas declarou ainda que "Portugal tem um grande problema de competitividade e há duas maneiras de melhorar: pagar menos à mão de obra e aumentar a produtividade".
Recorde-se que há menos de um mês foi o próprio primeiro-ministro a defender que é "inevitável a redução de salários no sector privado". No congresso dos economistas, Pedro Passos Coelho defendeu que a "racionalização de custos no sector privado significará, em muitos casos, um aumento do desemprego, a redução de salários" e sublinhou que este é o caminho que "teremos de fazer" se quisermos "ultrapassar a crise económica e lançar as bases do crescimento futuro".
"Sabemos que a racionalização de custos no sector privado significará em muitos casos um aumento do desemprego, a redução de salários, ou de outras compensações como o bónus, benefícios e prémios de desempenho", afirmou Passos Coelho na mesma ocasião.
Não é 2011 o ano do voluntariado?
Porque não em 2012 o ano de voluntariado nas empresas? Racionalizar-se-ia todos os custos de uma vez só. E se for a pão e água fará do sacrificio um valor nobre.
Cumps
Troika recomenda cortes salariais no sector privado
Eudora Ribeiro
16/11/11 18:10
Comunicado da ‘troika' defende que "os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público".
"A fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra, os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções sustentadas", lê-se num comunicado conjunto dos membro da Comissão Europeia, Fundo Monetário e Internacional e Banco Central Europeu (BCE), que acompanham o programa de assistência a Portugal.
Jurgen Kroger, da Comissão Europeia, disse durante a conferência de imprensa que, "se no sector público se diminui o custo da mão-de-obra, o sector privado vai reagir porque mais pessoas tenderão a ir para o sector privado".
O responsável de Bruxelas declarou ainda que "Portugal tem um grande problema de competitividade e há duas maneiras de melhorar: pagar menos à mão de obra e aumentar a produtividade".
Recorde-se que há menos de um mês foi o próprio primeiro-ministro a defender que é "inevitável a redução de salários no sector privado". No congresso dos economistas, Pedro Passos Coelho defendeu que a "racionalização de custos no sector privado significará, em muitos casos, um aumento do desemprego, a redução de salários" e sublinhou que este é o caminho que "teremos de fazer" se quisermos "ultrapassar a crise económica e lançar as bases do crescimento futuro".
"Sabemos que a racionalização de custos no sector privado significará em muitos casos um aumento do desemprego, a redução de salários, ou de outras compensações como o bónus, benefícios e prémios de desempenho", afirmou Passos Coelho na mesma ocasião.
Eudora Ribeiro
16/11/11 18:10
Comunicado da ‘troika' defende que "os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público".
"A fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra, os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções sustentadas", lê-se num comunicado conjunto dos membro da Comissão Europeia, Fundo Monetário e Internacional e Banco Central Europeu (BCE), que acompanham o programa de assistência a Portugal.
Jurgen Kroger, da Comissão Europeia, disse durante a conferência de imprensa que, "se no sector público se diminui o custo da mão-de-obra, o sector privado vai reagir porque mais pessoas tenderão a ir para o sector privado".
O responsável de Bruxelas declarou ainda que "Portugal tem um grande problema de competitividade e há duas maneiras de melhorar: pagar menos à mão de obra e aumentar a produtividade".
Recorde-se que há menos de um mês foi o próprio primeiro-ministro a defender que é "inevitável a redução de salários no sector privado". No congresso dos economistas, Pedro Passos Coelho defendeu que a "racionalização de custos no sector privado significará, em muitos casos, um aumento do desemprego, a redução de salários" e sublinhou que este é o caminho que "teremos de fazer" se quisermos "ultrapassar a crise económica e lançar as bases do crescimento futuro".
"Sabemos que a racionalização de custos no sector privado significará em muitos casos um aumento do desemprego, a redução de salários, ou de outras compensações como o bónus, benefícios e prémios de desempenho", afirmou Passos Coelho na mesma ocasião.
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