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Caldeirão da Bolsa

Funcionários públicos portugueses trabalham menos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 10/11/2011 19:45

pocoyo Escreveu:Artista desde 2006 que mais ninguem entrou para CGA.
Ou seja quando fores efectivo não vais passar para a CGA, isso é só para quem já lá estava.

Eu sei que é uma vantagem para quem está na CGA, mas desde 2006 que isso não é um factor diferenciador entre contratados e efectivos.

PS. Pelo menos é a ideia que tenho.
PS2 Mas não desanimes e inuncia mais diferenças. :)


Se calhar é mas não deixa de ser um factor diferenciador... estamos numa escola 100 professores a fazer as mesmas coisas, com regimes muito diferentes claramente mais favoráveis a uns que a outros, que é que importa se é desde 2006 ou se já era assim antes?! Aliás, desde 2006 que também não deve ter entrado ninguém para a carreira, se entraram foram muito poucos!

3- Os efectivos têm lugar garantido os contratados, mesmo estando há muitos anos no ensino (no meu caso há 15), têm de se sujeitar aos concursos. Este facto traz consigo uma série de desvantagens... queres mesmo que as enuncie?! São tantas e já estou um bocado farto disto! :)

4- Os professores contratados têm muitas vezes de se sujeitar a dar aulas em mais que uma escola para ter um horário completo, ou mais perto de o ser...

5- Os professores contratados que não têm horário completo ou é completo em duas escolas, só recebem subsídio de refeição nos dias em que têm 4 ou mais tempos lectivos. Até me parece que a idéia é justa, mas na prática acaba por ser muito desfavorável aos professores nestas situações.. os professores efectivos têm muitas vezes um dia em que não têm actividades lectivas mas recebem subsídio de refeição. Os outros normalmente acabam por só receber dois ou três dias por semana... Por exemplo, este ano estou em duas escolas, os dois horários dão um horário completo (22 tempos lectivos) mas, devido à distribuiçao desiquilibrada do horário só tenho direito a subsídio de refeição 2 dias por semana, porque consideram os contratos independentes, nem consideram que o horário é completo, nem consideram os dias em que tenho 2 tempos numa escola + 3 na outra!

Bem, para já fico por aqui, quando me lembrar de mais coloco aqui...
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
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por pocoyo » 10/11/2011 18:22

artista Escreveu:
pocoyo Escreveu:Estás a ver estás enganado, as diferenças são colossais, pelo menos nos professores são, se quiseres posso-te dizer meia dúzia delas!


Ok, se não te importares.
Alem da do vencimento, porque essa eu sei.
Olha que eu estou a falar de contratados e efectivos e não efectivos com 60 anos de idade. :)

artista Escreveu:Estou no meio de duas aulas, vou só deixar-te uma ou duas para ficares já com água na boca! :mrgreen:

1- Descontando para a SS e não para a CGA, os professores contratados não recebem os 3 primeiros dias de um atestado médico que coloquem. Os efectivos só não recebem o subsídio de refeição do dia...

2- Para faltar por doença preciso de ir ao meu médico de família, enquanto que os efectivos podem ir a qualquer médico com acordo com a ADSE...

Depois deixo-te aqui mais...


Artista desde 2006 que mais ninguem entrou para CGA.
Ou seja quando fores efectivo não vais passar para a CGA, isso é só para quem já lá estava.

Eu sei que é uma vantagem para quem está na CGA, mas desde 2006 que isso não é um factor diferenciador entre contratados e efectivos.

PS. Pelo menos é a ideia que tenho.
PS2 Mas não desanimes e inuncia mais diferenças. :)
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por artista_ » 10/11/2011 18:00

pocoyo Escreveu:Estás a ver estás enganado, as diferenças são colossais, pelo menos nos professores são, se quiseres posso-te dizer meia dúzia delas!


Ok, se não te importares.
Alem da do vencimento, porque essa eu sei.
Olha que eu estou a falar de contratados e efectivos e não efectivos com 60 anos de idade. :)
[/quote]

Estou no meio de duas aulas, vou só deixar-te uma ou duas para ficares já com água na boca! :mrgreen:

1- Descontando para a SS e não para a CGA, os professores contratados não recebem os 3 primeiros dias de um atestado médico que coloquem. Os efectivos só não recebem o subsídio de refeição do dia...

2- Para faltar por doença preciso de ir ao meu médico de família, enquanto que os efectivos podem ir a qualquer médico com acordo com a ADSE...

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por rmachado » 10/11/2011 17:50

Verdade seja dita e benzendo-me várias vezes..

as leis da reforma mudaram e como tal já não deverá acontecer o que acontece hoje (passou a contar toda a carreira contributiva).

Para mim esta questão (reforma/envelhecimento) só se resolve se se plafonar as reformas o mais rápido possivel (tipo Suiça) e se alterarem outras questões relacionadas com elas.

Não esquecer que em não é só a pessoa que recebe reforma... se ficar viúvo/viúva continua a receber parte da reforma do conjuge.. (não sei os casos todos para ter os valores)
 
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por majomo » 10/11/2011 17:07

MarcoAntonio Escreveu:Quanto ao avisar a tempo, eu também gostaria que me tivessem avisado a tempo de uma série de coisas.

Dos aumentos do IVA aos abonos de família que tiraram e o diabo a quatro, tudo sem aviso prévio, eu também gostaria que me tivessem avisado com umas três décadas de antecedência que era para eu me preparar devidamente para o que me iam tirar e buscar ao bolso...

Esse tipo de argumento simplesmente não funciona porque tu não estás (ou estarias) a ser vítima de qualquer discriminação negativa. Pelo contrário, a generalidade dos actuais pensionistas é objecto de uma discriminação positiva, não lhes sendo aplicadas as mesmas regras que são aplicadas aos outros!


Como concordo com estas palavras...

Eu quando entro numa discussão com algumas pessoas já reformadas e lhes apresento estes argumentos, ficam todas exaltados... parece que lhes queremos roubar, enfim... "quem ficar para último que desligue a feche a porta".
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
-A tendência é minha amiga
-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
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por phedon » 10/11/2011 16:42

Peço desculpa meter a minha colherada mas, o que Rui Rio quis dizer, e muitos simpatizantes de opinião igual à dele, é precisamente o que aqui está a acontecer neste momento.
Um simples esgrimir de brasas para a sua sardinha.

E ainda a procissão vai no adro...
Então quando se efectivar a falta do dinheiro no bolso...
Já viram para o ano, quando uns estiverem a receber subsídios de férias e de Natal, a poderem fazer mais despesa, a mostrarem que o podem fazer porque receberam para isso, e outros ficarem a olhar.
Isso sim, vai criar divisão e azedumes entre pessoas.
Como Sócrates - Cicuta. Quando mais não restar, somente cicuta.
 
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por MarcoAntonio » 10/11/2011 16:31

Quanto ao avisar a tempo, eu também gostaria que me tivessem avisado a tempo de uma série de coisas.

Dos aumentos do IVA aos abonos de família que tiraram e o diabo a quatro, tudo sem aviso prévio, eu também gostaria que me tivessem avisado com umas três décadas de antecedência que era para eu me preparar devidamente para o que me iam tirar e buscar ao bolso...

Esse tipo de argumento simplesmente não funciona porque tu não estás (ou estarias) a ser vítima de qualquer discriminação negativa. Pelo contrário, a generalidade dos actuais pensionistas é objecto de uma discriminação positiva, não lhes sendo aplicadas as mesmas regras que são aplicadas aos outros!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 10/11/2011 16:15

oscar.coelho Escreveu:
A deselegância já chegou à Administração do forum



Estás à vontade. Eu fui ligeiramente abrasivo dada a provocação no teu post que deixaste a todos quantos descontam para receberes a tua pensão. A deselegância foi tua e cito:

oscar.coelho Escreveu:
Se não quer entrar no esquema então saia do comboio. Trabalhe por conta própria, faça um PPR e felicidades...



Deixas esta sugestão quando os outros são obrigados a descontar para ti e não têm como sair do comboio.

Mas percebo que fiques melindrado!



oscar.coelho Escreveu:
Fizeste as contas?



As contas (gerais, por alto) já estão atrás no tópico.


oscar.coelho Escreveu:
Não descontei para pagar os que estavam reformados enquanto estive no activo?



A questão não é se tu descontaste para outros (como agora outros descontam para ti) mas se tu descontaste o suficiente para justificar uma pensão próxima do valor final dos teus rendimentos e que receberás (em média) durante cerca de 20 anos.



oscar.coelho Escreveu:
Eu até nem me importava de receber zero (pelo menos não tinha de estar aqui com estas conversas) mas o que queria era que me tivessem avisado a tempo, não era agora.



Mas quem é que está a propor que tu recebas zero?

Isto é deturpar completamente a questão!


Eu estou a discutir a relação entre a contribuição e o benefício e não se deve existir benefício ou não deve existir benefício nenhum. E depois, eu não estou sequer a inventar nada mas a discutir um problema de que a Europa toda já está ciente e está reflectido em relatorios como os da OCDE. A replacement rate vai continuar a baixar (para menos de 60%) e as idades de reforma terão de ser adiadas (o que já mal cobre a extensão da esperança média de vida!).



oscar.coelho Escreveu:
É lamentável o estado a que chegámos: Funcionários Públicos contra Funcionários Privados; Reformados contra Activos; Desempregados contra Empregados; Novos contra Velhos. Mas pronto, há quem ache que assim é que é bom.



É lamentável o estado a que chegamos, efectivamente.

Portugal está afundado em dívida e do Orçamento de Estado vão quase 40 mil milhões para prestações sociais, dos quais mais de 20 mil milhões vão para pensões de reforma. Não são tremoços!

É por ser lamentável o Estado a que chegamos que isto tem de ser tudo bem debatido em lugar de varrer o problema para debaixo do tapete ou empurra-lo para a frente com a barriga e quem vier atrás que o resolva...
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por pocoyo » 10/11/2011 15:57

artista Escreveu:
pocoyo Escreveu:Não concordas com isso?
Não estou aqui para dizer mentiras.
O que eu acho é que a grande diferença entre os contratados e os efectivos é a maneira como se renovam contratos e terminam os contratos na função publica são um escandalo. Mas durante o tempo em que vigora o contrato não há grande diferença entre ambos.


Estás a ver estás enganado, as diferenças são colossais, pelo menos nos professores são, se quiseres posso-te dizer meia dúzia delas!


Ok, se não te importares.
Alem da do vencimento, porque essa eu sei.
Olha que eu estou a falar de contratados e efectivos e não efectivos com 60 anos de idade. :)


pocoyo Escreveu:Artista tal como está não há futuro, é preciso cortar despesas, com isto não estou a dizer que tem que ser subsidios. Pode ser cortar serviços (despedindo quem presta esses serviços) tipo o que vão fazer com evt, tambem podiam fazer o mesmo com portugues ou matematica é uma questão de escolhas politicas e da sociedade em geral. Falo do ensino porque sei que estás ligado, mas podia estar a falar de hospitais ou outra coisa qualquer.

O que eu achava mais justo era que se cortasse pensões de uma forma mais agressiva. (desculpe Sr. Cavaco, sou jovem e só digo asneiras)
Era só vantagens,
se fizessem greve, ninguem ligava;
se dessem porrada, eram leves;
e sempre andavam entertidos... (há velhos a mais em portugal :mrgreen: )

artista Escreveu:Sim eu também concordo que é preciso cortar, tenho consciência disso, a questão aqui é que estes cortes nos subsídios não são estruturais, foram apresentados como extraordinários, para tapar buracos, se é assim todos deviam contribuir... além disto duvido que estes cortes todos fossem necessários se não fosse preciso financiar tanta coisa no privado, obviamente com a banca à cabeça. Ou seja, o problema é nacional e parece que apenas uns têm de contribuir para a sua resolução... basta ver o que disse o Rui Rio ontem na RTP informação, para ele, como para mim, a questão é "tão fácil de perceber que nem percebe como é que não vêm", mas ele também disse que tem amigos no privado, que até ganham bem, que nem o podem ouvir falar disso, simplesmente porque nem querem pensar em contribuir... típico do tuga! :roll:


A história da banca vamos todos pagar com o corte do subsidio de natal deste ano. Repara que foi um custo extraordinario e logo uma medida extraordinária. Se houver novos resgastes na banca não tenhas duvidas que toda gente vai pagar esses resgastes, não vão ser só os funcionários publicos.

Eu acho que já te disse isto, o corte dos subsidios só vai ser feito porque neste momento não há dinheiro para despedir. Esta medida representa um despedimento teorico de funcionários publicos e uma eliminação teorica de pensionistas.

Se se tomar esta medida e não se permitir que entrem novos funcionários publicos, daqui por uns anos os funcionários publicos podem voltar a receber os subsidios. Em troca terao que aceitar trabalhar mais horas para fazer face ao aumento de trabalho por funcionário.

Quanto aos reformados acho que nunca mais recuperam os subsidios. (desculpe Sr. Cavaco)

Se esta medida se aplicasse ao privado, quem iria ganhar com isto eram as empresas. Deixavam de pagar a TSU. A segurança social levava um abano sério.
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por oscar.coelho » 10/11/2011 15:57

MarcoAntonio Escreveu:
oscar.coelho Escreveu:
Eu, enquanto trabalhador no activo, descontei mas não foi para mim. Os meus descontos serviram para pagar as reformas de uns quantos (olhe que foram alguns) que foram à minha frente. Agora que já não estou no activo é altura de fazerem o mesmo por mim.



... porque estás do lado beneficiado, do lado que recebe o benefício da extorsão de terceiros!


A deselegância já chegou à Administração do forum

MarcoAntonio Escreveu:Sobre os descontos, tu não descontaste o suficiente.


Fizeste as contas? Não descontei para pagar os que estavam reformados enquanto estive no activo?


MarcoAntonio Escreveu:Mas, quem está hoje a descontar para ti já sabe que vai receber menos...



Eu até nem me importava de receber zero (pelo menos não tinha de estar aqui com estas conversas) mas o que queria era que me tivessem avisado a tempo, não era agora.
É que a malta nova já sabe com o que conta e está muito a tempo de resolver a sua situação. Diga-se de passagem que nem os estou a ver fazer muito por isso.

É lamentável o estado a que chegámos: Funcionários Públicos contra Funcionários Privados; Reformados contra Activos; Desempregados contra Empregados; Novos contra Velhos. Mas pronto, há quem ache que assim é que é bom.
 
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por LTCM » 10/11/2011 15:54

pocoyo Escreveu: já não existe o FET?

Podes meter o link?


Eu disse que o tal FET não existe? 8-)

O que eu disse é que os 3 salários, além dos 14 regulares, são uma mentira.

O valor do FET é variável, não representa nem nunca representou 3 salários, e não é para todos os funcionários.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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Re: Funcionários públicos portugueses trabalham menos

por Aze » 10/11/2011 15:28

rmachado Escreveu:
Aze Escreveu:
rmachado Escreveu:
Aze Escreveu:São dos que trabalham menos na UE, mas fazem greve.
Agora não é equitativo o corte dos vencimentos.
Querem que os privados também sofram um corte.
Mas ninguém fala, que trabalham menos 1 hora dia, 5 horas semana, 22 horas mês, ou seja trabalham menos um mês por ano que os privados.
Alguém fala nisto, menos um mês por ano....


Onde estão estes dados?

Não conheço FP's assim...


Exato, no publico o horário semanal é de 35 h, no privado 40 h, diferença por semana 5h, por mes 22 h, por ano dá mais de um mês, e ainda falta os 30 m apartir de 2012


Conhece alguém que trbalhe na Função publica ? pergunte-lhe quantas horas trabalha por semana.


Oh Meu Amigo... vivo com uma, e digo-lhe que são 35 horas (com ponto, horário pré estabelecido) logo não me venha perguntar isso... e conheço outros iguais...

Eu "cheira-me" que os 22 horas serão professores/educadores.. ou estou errado?
 
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por artista_ » 10/11/2011 15:18

MarcoAntonio Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Em concreto nao sei, mas quem me contou disse que os sindicatos dos "outros" tb devem ter negociado certo tipo de regalias ou entao andam a dormir.

Ps. Ja disse que pode nao ser dinheiro.


De "certeza" passou a uma espécie de "acho que ou há ou os sindicatos andam a dormir".

Ok, o que interessa é metralhar em cima dos funcionários públicos nem que seja preciso inventar...


Isto é o que dá quando se tem uma coisa metida na cabeça que nos dá jeito pensar que é assim, faz-nos bem ao ego! :mrgreen: :mrgreen:
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por artista_ » 10/11/2011 15:16

rmachado Escreveu:Artista... se existe classe "privilegiada" dentro do sistema de ensino são as educadoras de infância... até em relação a que elas se querem equiparar que são todos os outros professores... é ridiculo um horário das 9h-12h 13h-15h30 e acontece, além de que em muitos casos quem trabalha "mesmo" são as auxiliares...
Diferenças de vencimento com 20 anos de "casa"
2000-2500€ educadora500-600€ Auxiliar...


Isso é um educadora de infância com que idade?! Um professor em início de carreira não ganha muito mais de 1000 euros líquidos!
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por artista_ » 10/11/2011 15:12

fooman Escreveu:Achar que o final desses contratos equivale a um despedimento é outra completamente distinta. Não é um despedimento e ponto final. Quem achar o contrário está errado e muito errado.


Eu só queria que eles me tratassem como obrigatoriamente me trataria uma empresa privada, porque seria obrigada a cumprir a lei... e esse tratamento passa por no dia em que não me renovarem o contrato me indemnizarem em função do tempo que trabalhei... e isso o estado não faz, pelo menos nos professores deixou de o fazer!!
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por artista_ » 10/11/2011 15:06

pocoyo Escreveu:Não concordas com isso?
Não estou aqui para dizer mentiras.
O que eu acho é que a grande diferença entre os contratados e os efectivos é a maneira como se renovam contratos e terminam os contratos na função publica são um escandalo. Mas durante o tempo em que vigora o contrato não há grande diferença entre ambos.


Estás a ver estás enganado, as diferenças são colossais, pelo menos nos professores são, se quiseres posso-te dizer meia dúzia delas!

pocoyo Escreveu:40 mil em 600 mil, dá vontade de generalizar...


Eu disse que 40 mil tenho a certeza, mas esse é apenas o número de professores contratados, certamente não serão os únicos, também há enfermeiros, auxiliares de educação, etc...

pocoyo Escreveu:Artista tal como está não há futuro, é preciso cortar despesas, com isto não estou a dizer que tem que ser subsidios. Pode ser cortar serviços (despedindo quem presta esses serviços) tipo o que vão fazer com evt, tambem podiam fazer o mesmo com portugues ou matematica é uma questão de escolhas politicas e da sociedade em geral. Falo do ensino porque sei que estás ligado, mas podia estar a falar de hospitais ou outra coisa qualquer.

O que eu achava mais justo era que se cortasse pensões de uma forma mais agressiva. (desculpe Sr. Cavaco, sou jovem e só digo asneiras)
Era só vantagens,
se fizessem greve, ninguem ligava;
se dessem porrada, eram leves;
e sempre andavam entertidos... (há velhos a mais em portugal :mrgreen: )


Sim eu também concordo que é preciso cortar, tenho consciência disso, a questão aqui é que estes cortes nos subsídios não são estruturais, foram apresentados como extraordinários, para tapar buracos, se é assim todos deviam contribuir... além disto duvido que estes cortes todos fossem necessários se não fosse preciso financiar tanta coisa no privado, obviamente com a banca à cabeça. Ou seja, o problema é nacional e parece que apenas uns têm de contribuir para a sua resolução... basta ver o que disse o Rui Rio ontem na RTP informação, para ele, como para mim, a questão é "tão fácil de perceber que nem percebe como é que não vêm", mas ele também disse que tem amigos no privado, que até ganham bem, que nem o podem ouvir falar disso, simplesmente porque nem querem pensar em contribuir... típico do tuga! :roll:
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por vitcosta » 10/11/2011 15:03

Num EPE tens funcionários públicos que foram "herdados" e tens contratados: CIT.

Eu sou CIT (Contrato individual trabalho)

Desconto para a SS e não tenho ADSE, teoricamente a lei que me abrange é a lei geral.

Mas levo com cortes todos os meses e vou perder os subsídios..

Dizemos por aqui, que para o que interessa não somos funcionários públicos mas para o resto levamos na mesma...

São conceitos mistos de constitucionalidade duvidosa, mas perfeitamente possível num país com esta justiça.

Mas se quisermos mexer noutras áreas aí, já não é legalmente possível....
 
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por MarcoAntonio » 10/11/2011 14:53

Fooman, desculpa mas estás completamente equivocado e tens uma série de noções erradas sobre esta matéria. Os Hospitais EPE não implicam gestão privada sequer!

(nota: há hospitais com gestão privada e hospitais com gestão pública, hospital epe não significa que tenha gestão privada)

Por mais que insistas, os trabalhadores que estão a trabalhar nos Hospitais EPE são mesmo funcionários públicos, lamento ser um desmancha-prazeres uma vez que obviamente estavas totalmente convencido que não eram. Se tens dúvidas, podes sempre deslocar-te a um e perguntar...

E não, não têm nada dessas coisas que falas sejam médicos, enfermeiros, técnicos de saúde ou administrativos. Efectivamente tens noções equívocas e ficaste com ou alguém te passou as ideias erradas sobre esta matéria!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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por mapaman » 10/11/2011 14:48

fooman Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Só falta chamar e bem. Porque efectivamente são funcionários públicos!


Enganas-te... tomara a maioria dos FPs terem as regalias que a malta que trabalha nas "empresas do sector público do estado" tem... (a excepção talvez sejam os enfermeiros).

Exemplos: fundos de pensões, carro, telemóvel, etc etc etc


Enquanto funcionário de uma EPE gostava de o informar que devido ao trabalho por turnos não tenho feriados,pontes ou fim de semana.

Sim,tenho telémóvel e carro mas pagos do meu bolso e fundo de pensões descontado do meu ordenado.

Ou fala de uma realidade que não conhece de facto ou então está a confundir a gestão de topo com um trabalhador "normal".

Devido ao sector onde está inserida a empresa e pelo serviço prestado entendido como uma exportação,e ao modelo de negócio que obedece a regras internacinais para o sector qualquer quebra nos custos da empresa(massa salarial,investimentos técnicos) causa imediatamente uma diminuição nos proveitos.

À conta disso o Estado perdeu este ano um valor estimado de 23 M€,devido aos cortes impostos pelo anterior governo.

No próximo ano as perdas devem ser bem maiores pois os cortes aumentam e mantêm-se as reduções nomeadamente nos salários.

É de questionar como é possivel o Estado com tanta falta de dinheiro deixar perder estas receitas?

Simples,o anterior Governo devido à situação politica não teve coragem de isentar a empresa e o actual Governo vai pelo mesmo caminho.No fundo falta-lhes aquela coisa sabe.

Tudo isto para tentar demonstrar que no sector Estado tambem existem empresas " à holandesa",pena é que sejam metidas todas no mesmo saco.

cumps
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por fooman » 10/11/2011 14:43

Os Hospitais EPE são empresas juridicamente equiparadas a privadas, em cujo unico accionista é o Estado.

Repara que o texto diz que quem "tutela" é o Estado. Mas não diz que quem "gere" é um privado - que é ou irá ser o caso em todos os hospitais EPE do país.

É o mesmo que dizer que quem "tutela" as auto-estradas é o Estado, mas a verdade é que quem as gere, ou seja, quem tem o proveito económico, é um privado (via PPP ou concessão directa).
 
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por MarcoAntonio » 10/11/2011 14:29

fooman Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Só falta chamar e bem. Porque efectivamente são funcionários públicos!


Enganas-te... tomara a maioria dos FPs terem as regalias que a malta que trabalha nas "empresas do sector público do estado" tem... (a excepção talvez sejam os enfermeiros).

Exemplos: fundos de pensões, carro, telemóvel, etc etc etc


Fooman, eu conheço várias pessoas que trabalham em Hospitais EPE (incluindo familiares directos). São funcionários públicos. E não têm nenhuma dessas regalias sejam enfermeiros ou não. Médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e administrativos (por acaso conheço pessoas a trabalhar em Hospitais EPE em todos estes cargos) não têm nada dessas coisas de que estás a falar como carro ou telemóvel (quanto à pensão, é a CGA claro)!


Já agora, deixo-te um link com alguma informação sobre o que é um Hospital EPE dado que a certa altura fazes comparações com Brisas e Motas-Engis quando são coisas completamente diferentes, um Hospital EPE é uma empresa pública tutelada pelos ministérios da saúde e das finanças enquanto uma brisa e uma mota-engil são empresas privadas que fazem um contrato com o estado, coisas completamente diferentes:

http://www.hospitaisepe.min-saude.pt/Ho ... efault.htm


Um Hospital EPE é um serviço público integrado no Serviço Nacional de Saúde e quem trabalha lá dentro é funcionário público (no caso assalariado do ministério da sáude). A natureza empresarial é meramente organizacional. E até podiam não lhes chamar funcionários públicos, para o caso era igual (dado que eram assalariados públicos a prestar um serviço público). Mas por acaso, chamam!
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 10/11/2011 14:44, num total de 1 vez.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por fooman » 10/11/2011 14:21

MarcoAntonio Escreveu:Só falta chamar e bem. Porque efectivamente são funcionários públicos!


Enganas-te... tomara a maioria dos FPs terem as regalias que a malta que trabalha nas "empresas do sector público do estado" tem... (a excepção talvez sejam os enfermeiros).

Exemplos: fundos de pensões, carro, telemóvel, etc etc etc
 
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por MarcoAntonio » 10/11/2011 13:51

fooman Escreveu:
Só falta chamar funcionário público aos enfermeiros que trabalham nos Hospitais EPE...



Só falta chamar e bem. Porque efectivamente são funcionários públicos!


fooman Escreveu:
É como nas empresas privadas, todos podem ser despedidos, mas se não houver uma razão, não há despedimento que lhe valha.



Como assim?

As empresas privadas também pode despedir. E despedem. Claro que têm de pagar uma indemnização...


fooman Escreveu:
Quanto à retórica de esquerda, dá ideia que te inspiraste nos textos mais ousados do PCP.

(...)

(já que estamos a falar de ideologia)



Eu francamente nem sei do que estás a falar. O que é óbvio é que não estamos a falar das mesmas coisas.

Mas qual ideologia qual carapuça, eu não falei de ideologia nenhuma. Falei de semântica e nem sequer disse se era a favor ou contra, não sei onde foste ler essas coisas...

E o pior é que insistes!

:twisted:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por fooman » 10/11/2011 13:51

MarcoAntonio Escreveu:
fooman Escreveu:
Peço desculpa MarcoAntonio, mas dizer o que escreveste é que é retórica... tipo esquerda decadente.



O que é que o que eu escrevi tem que ver como esquerda ou direita?


fooman Escreveu:
É por ideias dessas que o país não avança.



Mas de que ideia estás a falar. Eu em lado algum disse que deviam ser despedidos ou não. Deve existir aqui uma confusão qualquer...


fooman Escreveu:
O que tu dizes é que (...)



O que eu digo é que as pessoas afirmam a torto e a direito que os funcionários públicos não podem ser despedidos ou não são despedidos mas isso não é inteiramente verdade. É a única coisa que eu estou a discutir...


Podemos ficar aqui a discutir o dia todo. Os funcionários públicos PODEM ser despedidos, é claro que podem, mas isso é um exercício teórico. Na prática, só poderão ser despedidos se houver uma justa causa que seja imbatível.

É como nas empresas privadas, todos podem ser despedidos, mas se não houver uma razão, não há despedimento que lhe valha.

O problema é que para uma empresa privada - que produz (a maioria) - é fácil provar a necessidade do despedimento, nem que seja por falta de produtividade. No público - em que a maioria nada produz - é extremamente difícil ser-se despedido porque não há forma de medir se se é produtivo ou não, entre outros indicadores que se possam usar.

Quanto à retórica de esquerda, dá ideia que te inspiraste nos textos mais ousados do PCP. Lê este do Francisco Lopes e vê lá quantas vezes é que ele escreve o que tu escreveste (embora por outras palavras, mas dando exactamente a mesma ideia (já que estamos a falar de ideologia)).

http://www.omilitante.pcp.pt/pt/294/Trabalhadores/221/

:)
 
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por MarcoAntonio » 10/11/2011 13:39

fooman Escreveu:
Peço desculpa MarcoAntonio, mas dizer o que escreveste é que é retórica... tipo esquerda decadente.



O que é que o que eu escrevi tem que ver como esquerda ou direita?


fooman Escreveu:
É por ideias dessas que o país não avança.



Mas de que ideia estás a falar?

Eu em lado algum disse que deviam ser despedidos ou não. Deve existir aqui uma confusão qualquer, portanto...


fooman Escreveu:
O que tu dizes é que (...)



O que eu digo é que as pessoas afirmam a torto e a direito que os funcionários públicos não podem ser despedidos ou não são despedidos mas isso não é inteiramente verdade. É a única coisa que eu estou a discutir...

Tu saltaste para começar a falar de outra completamente diferente que era se isso devia ou não acontecer, se o modelo deve ser este ou outro quando eu não falei sequer de tal coisa!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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