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Caldeirão da Bolsa

Funcionários públicos portugueses trabalham menos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Lion_Heart » 9/11/2011 10:51

Ainda nao comentei este tipo de tópicos , pois estava de férias numa tempestade tropical.

Acho muito bem que se corte os subsidios e acho ainda melhor que sejam aos f. publicos e aos reformados/pensionistas.
E acho porque se esta a cortar na despesa , e é isso que é preciso fazer. Claro que é da forma mais facil, mas tb ja disse que este governo ficou sem as balls que parecia ter.

Quando nao se tem balls corta-se no mais facil e poe-se todos a pagar para a minoria continuar a reinar e a viver a grande.

Não se esqueçam que todas estas medidas se destinam a que quem esta hoje a usufruir de salarios chorudos, pensoes e reformas elevadas as continuem a manter (apesar de ter alguns cortes) , enquanto que os jovens que estao a contribuir para isto, na altura deles vao receber peanuts ou nada.


Outra coisa que sempre achei engraçada é a lei das reformas ter sido de 65 e agora 67 anos creio , mas a média de idade de reforma em Portugal ser de 60 anos ou menos! E viva os Gregos.
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por futriber » 9/11/2011 10:43

[quote="LFA1"]

Então e se começassemos por congelar os salários de todos os trabalhadores do privado durante quase dez anos, como no público?
Então e se logo a seguir lhes impusessemos e aumentássemos a retenção na fonte do IRS como no público?
Então e se de seguida, dissessemos a todos os trabalhadores do privado que nos próximos dez anos não progrediriam nas suas empresas ainda que fossem os melhores trabalhadores, como no público?
Então e se logo de seguida diminuíssemos a todos os trabalhadores do privado que ganhassem mais de 1500 euros por mês o salário em média 5%, como no público em 2010?
Então e se logo de seguida diminuíssemos mais 14,3% o salário de todos os do privado que ganham mais de 1000 euros por mês e 7,2% dos que ganham 485 euros por mês, como no público?
Então e se de seguida mais de 30% dos funcionários públicos deixassem de pagar impostos como os do privado?
Então, uma coisa vos posso dizer: eu de seguida, se fosse funcionário público, não teria a lata de vir para aqui dizer que "a tão chamada equidade está à vista" como que a dizer que eu é que ainda estou prejudicado com tudo isto!!!

[quote]

Eu perante tudo isto, procurava e ia trabalhar para o privado
 
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por aaugustobb_69 » 9/11/2011 1:52

Eu no meu circulo de amizade e conhecidos que trabalham no setor privado, sei que cerca de pelo menos 80% deles declaram o salário minimo, alguns pouco mais do que isso e na realidade muitos deles ganham muito mais do dobro!!!...acham isso equidade???...e quase de certeza os muitos que aqui reclamam pela equidade...tambem NÃO PAGAM os seus impostos na integra!!!...muitos passam o tempo a arranjar formas de escapar...para isso para passar a haver equidade, tambem teremos que dar as mesmas oportunidades aos FPs... :roll:
 
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 1:51

Aqui fica um post onde fiz o apanhado da evolução das principais parcelas da despesa entre 2006 e 2011 (note-se que despesas com pessoal vai dar mais um tombo em 2012):

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &start=423


Entre 2006 e 2011, em milhões de euros:

Educação: 7 346 -> 7 711
Saúde: 8 871 -> 9 035

P.Sociais: 28 235 -> 37 820
Desp.Pess: 21 207 -> 19 271



Saúde e Educação juntas sobem 0.5 mil milhões (onde há que descontar ainda a inflação).

O total das prestações sociais sobe 9.5 mil milhões de euros.

As despesas com pessoal recuaram 1.9 mil milhões de euros.


Dito de outra forma: ajustados à inflação ou crescimento do PIB, Saúde e Educação não cresceram nada; as despesas com pessoal reduziram-se ainda mais; as prestações sociais continuaram a subir muito.



Agora, olhemos para as medidas desta semana: a "novidade" foi um corte brutal que inclui trabalhadores com salários logo a partir do salário mínimo e onde um trabalhador com 800 e tal euros vai levar um corte de 14%!

Em relação ao memorandum da troika, deixaram cair o corte que lá estava e os igualava aos trabalhadores no activo (o tal corte para pensões acima dos 1500 euros que os trabalhadores já levaram).



Agora, voltemos a olhar para os números de cima que eu coloquei.

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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por migluso » 9/11/2011 1:49

MarcoAntonio Escreveu:
migluso Escreveu:
Já estava à espera dessa resposta. Na minha opinião, não justifica a diferença de tratamento.



Qual diferença? A diferença do Estado poder baixar os salários unilateralmente (e já o ter feito) e o privado não?


Estava a referir-me a serviços que tu dizes que os cidadãos exigem ter.

Dito da forma que disseste, até parece que a prestação desses serviços não acontecia se não fosse o Estado a prestar.

O privado pode. Na maior parte dos casos há uma componente variável, como por exemplo prémios, que podem ser reduzidos praticamente de forma unilateral.

De resto, e voltamos ao mesmo, em cima da mesa de negociação está sempre a questão do despedimento, do tipo, ou aceitas ou vamos todos pelo cano.

No Estado essa questão não se coloca, e pelo que vou observando, seria impossível chegar a acordo com os Fpu para uma redução salarial, pelo que ela infelizmente tem que ser imposta.
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 1:46

Eu já mostrei diversas vezes quais são as parcelas que estão a aumentar, com os diversos OE's.

O grande monstro (eu sei, lá vem o chato outra vez quando metralhar nos FPs era mais "chique") são as despesas com as prestações sociais!


Entretanto, as despesas de capital (a partir de 2008 também vieram mandar mais uma pedrada) mas são as despesas sociais no seu todo e não as despesas com pessoal que são o grande glutão do Estado.
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por altrio » 9/11/2011 1:43

O recém divulgado Government at a Glance da OCDE mostra claramente que as despesas do estado têm vindo a aumentar na última década (em % do PIB), enquanto que as despesas salariais têm vindo a diminuir.

Mais especificamente,

em 2000 o estado gastava 41,1% do PIB, sendo 13,6% do PIB para salários.
em 2009 o estado gastava 48,2% do PIB, sendo 12,3% do PIB para salários.

Portanto o facto de o estado não ter dinheiro não está relacionado com as despesas salariais, mas sim com os outros gastos.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman

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por MarcoAntonio » 9/11/2011 1:31

migluso Escreveu:
Já estava à espera dessa resposta. Na minha opinião, não justifica a diferença de tratamento.



Qual diferença? A diferença do Estado poder baixar os salários unilateralmente (e já o ter feito) e o privado não?
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por migluso » 9/11/2011 1:29

MarcoAntonio Escreveu:Mas depois, para além disso a tua questão por um lado não faz sentido na medida que equaliza o que não é igual - muito funcionário público desempenha um trabalho/serviço que o cidadão exige ter e os impostos são a forma do cidadão pagar esse serviço - e por outro por subentender-se que isso não acontece de todo quando acontece já parcialmente: o Estado injecta dinheiro nas empresas privadas das mais variadas formas (desde as PPPs à subsidiação e etc, para não falar de outras ajudas e incentivo à criação de emprego) e portanto, já há muitos salários no privado que não chegaram a ser baixados porque o Estado (e logo o contribuinte) para lá já contribuiu!


Já estava à espera dessa resposta. Na minha opinião, não justifica a diferença de tratamento.

Já agora, e não é que interesse para o cerne do debate, mas tenho conhecimento de fortes cortes salariais e milhares de despedimentos em empresas que têm PPPs com o Estado, sobretudo as ligadas à construção que estão quase todas na penúria.
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 1:21

migluso Escreveu:
Mas não acabei de admitir?!?



Estou-me a meter contigo, migluso...

:wink:


migluso Escreveu:
Acho curioso que ninguém se pronuncie sobre o aumento de impostos para garantir o nível salarial dos empregados cujas empresas vêm na redução salarial a única saída possível.



Bom, eu não tenho porque me pronunciar logo a começar pelo facto de (como já disse logo no tópico do OE2012) ser a favor de um corte específico para os FPs (que não seria este que o governo fez, contudo, com diferenças que na altura deliniei).

Mas depois, para além disso a tua questão por um lado não faz sentido na medida que equaliza o que não é igual - muito funcionário público desempenha um trabalho/serviço que o cidadão exige ter e os impostos são a forma do cidadão pagar esse serviço - e por outro por subentender-se que isso não acontece de todo quando acontece já parcialmente: o Estado injecta dinheiro nas empresas privadas das mais variadas formas (desde as PPPs à subsidiação e etc, para não falar de outras ajudas e incentivo à criação de emprego) e portanto, já há muitos salários no privado que não chegaram a ser baixados porque o Estado (e logo o contribuinte) para lá já contribuiu!
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por migluso » 9/11/2011 1:13

MarcoAntonio Escreveu:
migluso Escreveu:No fundo representa uma diminuição de pessoal. Não há dúvida. Quer seja no público ou no privado.


Gostei dos floreados!

:lol:


Bolas, migluso, admite lá que são despedimentos "no fundo" e "à superfície". Vais ver que não custa assim tanto...

:wink:


Mas não acabei de admitir?!?

Mas já agora diz-me lá quantos são os "indespedíveis". 300 mil?!?

Acho curioso que ninguém se pronuncie sobre o aumento de impostos para garantir o nível salarial dos empregados cujas empresas vêem na redução salarial a única saída possível.

Todos aqueles que estão aqui a defender aumentos de impostos, estão no fundo a exigir às pessoas que já viram ou vão ver os salários reduzidos que simplesmente paguem também mais impostos para uma determinada classe não ser atingida.

EDIT - Erro ortográfico
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por migluso » 9/11/2011 1:09

MarcoAntonio Escreveu:Só para recordar: entre pensionistas da SS e da CGA o Estado gasta por ano mais de 20 mil milhões de euros.

Com os trabalhadores no activo vai gastar menos de 17 mil milhões, segundo o OE2012...


Tens toda a razão e compete aos jovens fazer essa luta.

Mas a geração à rasca e os indignados tugas andam distraídos com a "precariedade".
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por Piston » 9/11/2011 1:08

Não me posso queixar, de ter votado neste governo, porque ainda votei mais à direita, que o governo!

Porque, aquilo que verdadeiramente me dói, é:
Entrar na Seg. Social e ver muita gente que nunca trabalhou e que nem vai trabalhar, a pedir os subsídios todos e mais alguns!
Muitos que chegam a Portugal e a primeira coisa que fazem é pedirem uma "ajudinha"...
Aqueles que andam a vender na feira e que andam de Mercedes e ainda têm direito a rendimento mínimo, e etc...

Seg. Social a quem trabalha!
 
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 1:06

migluso Escreveu:No fundo representa uma diminuição de pessoal. Não há dúvida. Quer seja no público ou no privado.


Gostei dos floreados!

:lol:


Bolas, migluso, admite lá que são despedimentos "no fundo" e "à superfície". Vais ver que não custa assim tanto...

:wink:
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 1:04

Só para recordar: entre pensionistas da SS e da CGA o Estado gasta por ano mais de 20 mil milhões de euros.

Com os trabalhadores no activo vai gastar menos de 17 mil milhões, segundo o OE2012...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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por migluso » 9/11/2011 1:02

mapaman Escreveu:A beleza disto é que para contabilizar o monstro são funcionários do Estado mas quando vão para a rua são contratados.


No fundo representa uma diminuição de pessoal. Não há dúvida. Quer seja no público ou no privado.

És a favor do aumento de impostos de modo a ser possível manter o nível salarial em todas as empresas do país?
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por Perigoso Neoliberal » 9/11/2011 1:02

MarcoAntonio Escreveu:O Estado pode despedir.


Estes parece que não pode:
"trabalhadores do Estado que não podem ser despedidos são os funcionários públicos com vínculo permanente à administração central, local ou sector empresarial do Estado" (fonte: http://www1.ionline.pt/conteudo/121427- ... s-em-risco)

Era interessante ter a contabilidade de quem é quem, ou seja, quantos são os que se encaixam na definição acima, quantos são os que têm contrato individual de trabalho, quantos são os precários (recibos verdes, etc.).

MarcoAntonio Escreveu:E despede, só este ano já despediu dezenas de milhares de trabalhadores e vai continuar nos próximos anos, tudo indica.


Dezenas de milhares? Se calhar já colocaste informação sobre isto noutro tópico, só que eles já são tantos e com tantas páginas que um gajo perde-se. Podes dar uma ajuda?
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 1:01

O que eu não percebo bem é porque é que se fala tanto dos FPs (trabalhadores) quando o verdadeiro "monstro" são os pensionistas que estão em casa (quantas vezes com bem menos de 65 anos e com que rendimentos) os quais este Governo, que a quem tem um vencimento líquido de 700 euros vai cortar forte, resolveu poupar ao não levar para a frente o corte que já estava previsto no memorandum (corte esse que os trabalhadores do activo já levaram).

Fala-se dos FPs para trás e para a frente quando, hoje, grande parte deles não ganha nada de especial e - perdoem-me a expressão - já são mandados para casa com um pontapé no traseiro como já aconteceu este ano a dezenas de milhares.

Mas não se discute porque é que os pensionistas com 2000 euros e mais estão a ser poupados a um corte que estava no memorandum (e que já nem devia estar no memorandum porque devia ter sido feito logo que foi feito aos trabalhadores).


Aliás, bastava fazer isso para não se estar agora a cortar fortemente a quem tem salários líquidos de 700 euros...
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por mapaman » 9/11/2011 0:56

migluso Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Aze Escreveu:A tão chamada equidade está à vista.
E já agora, por questões de equidade, que tal se na Função Publica, fossem introduzidos os despedimentos, tal como no Privado?


O Estado pode despedir. E despede, só este ano já despediu dezenas de milhares de trabalhadores e vai continuar nos próximos anos, tudo indica.


Despede ou não renova contrato?


A beleza disto é que para contabilizar o monstro são funcionários do Estado mas quando vão para a rua são contratados.

Torna-se penoso ouvir certos membros do governo ao fim de tão pouco tempo principalmente para quem votou, mas contra mim falo que bem avisado fui do calibre destes pistoleiros.
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por Mcmad » 9/11/2011 0:55

Mcmad Escreveu:Há uma outra coisa que toda a gente ignora. O Estado Português pagou acima do que realmente podia aos seus trabalhadores, prova disso são os cortes salariais já efectuados e por efectuar e acumulação de défices orçamentais.

Ora o que tem que acontecer para além dos cortes salariais?

A devolução do dinheiro pago acima deste equilíbrio durante todos estes anos. Primeiro, cortando nas reformas dos ditos, segundo, providenciando um imposto especial sobre riqueza acumulada!


Gostava de ouvir os vossos comentários.
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por LFA1 » 9/11/2011 0:52

darkvader escreveu:
A tão chamada equidade está à vista.
E já agora, por questões de equidade, que tal se na Função Publica, fossem introduzidos os despedimentos, tal como no Privado?

Equidade?!

Então e se começassemos por congelar os salários de todos os trabalhadores do privado durante quase dez anos, como no público?
Então e se logo a seguir lhes impusessemos e aumentássemos a retenção na fonte do IRS como no público?
Então e se de seguida, dissessemos a todos os trabalhadores do privado que nos próximos dez anos não progrediriam nas suas empresas ainda que fossem os melhores trabalhadores, como no público?
Então e se logo de seguida diminuíssemos a todos os trabalhadores do privado que ganhassem mais de 1500 euros por mês o salário em média 5%, como no público em 2010?
Então e se logo de seguida diminuíssemos mais 14,3% o salário de todos os do privado que ganham mais de 1000 euros por mês e 7,2% dos que ganham 485 euros por mês, como no público?
Então e se de seguida mais de 30% dos funcionários públicos deixassem de pagar impostos como os do privado?
Então, uma coisa vos posso dizer: eu de seguida, se fosse funcionário público, não teria a lata de vir para aqui dizer que "a tão chamada equidade está à vista" como que a dizer que eu é que ainda estou prejudicado com tudo isto!!!

Aze escreveu:
Que tal se trabalhassem e deixassem de se queixar

E que tal se todos os do privado pagassem os impostos que têm para pagar em vez de se queixarem dos FPS?
 
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por migluso » 9/11/2011 0:45

Já agora, eu pergunto:

São a favor de aumentos de impostos de forma a contribuir para a manutenção do nível salarial dos funcionários da empresa Rodo Cargo ou de todas as outras que chegaram a acordo com os seus funcionários para redução de salários?

Eu até acho é que devemos todos juntar o dinheiro num saco e dividir por 10 milhões. Que dizem, hein? :wink:
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por Mcmad » 9/11/2011 0:44

Há uma outra coisa que toda a gente ignora. O Estado Português pagou acima do que realmente podia aos seus trabalhadores, prova disso são os cortes salariais já efectuados e por efectuar e acumulação de défices orçamentais.

Ora o que tem que acontecer para além dos cortes salariais?

A devolução do dinheiro pago acima deste equilíbrio durante todos estes anos. Primeiro, cortando nas reformas dos ditos, segundo, providenciando um imposto especial sobre riqueza acumulada!
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por MarcoAntonio » 9/11/2011 0:40

Mcmad Escreveu:Despede como assim? Não renova contratos?


Na esmagadora maioria dos casos.

Aliás, a razão porque o Estado não despede mais é porque não é praticável. Não tem que ver com poder ou não poder, estar ou não estar instituído... e o Ministro Vitor Gaspar até foi bem claro numa declaração há semanas atrás: não é praticável e o Estado não poupava nada a curto-prazo (antes pelo contrário, entre o que tinha de pagar em indemnizações e mais os encargos a seguir com subsídio de desemprego, ainda saía mais caro).

Claro que onde não tem de pagar indemnizações o problema já está meio resolvido (só terá de suportar os subsídios de desemprego) e aí já mandou para casa dezenas de milhares este ano.



Se quiserem agora dizer que não é despedimentos, isso é retórica do mais lírico que pode existir como é óbvio!



Mcmad Escreveu:Nós queremos equidade. Uma empresa falida fecha portas e toda a gente vai para casa. Um Estado falido deve fazer o mesmo, por uma questão de equidade!


Seguramente, não é o que eu quero enquanto cidadão, que o Estado desate a fechar escolas, hospitais, tribunais, postos de polícia, etc como uma fábrica de sapatos fecha as portas de um dia para o outro!

Eu concordo que as condições devem ser tendencialmente semelhantes (do ponto de vista dos trabalhadores) e discordo de algumas diferenças que ainda susbsistem.


Mas o Estado não é uma empresa. Para funcionar tal e qual uma empresa privada, nem valia a pena ser Estado. Privatizava-se tudo e pronto...
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por migluso » 9/11/2011 0:37

smiile Escreveu:Dividir para reinar...como é fácil aos nossos agentes da propaganda política manipular os ingénuos e preguiçosos mentais dos Portugueses, povinho mais cobarde e conformista, verdadeira matéria fecal da herança judaico-cristã.


Por isso é que devíamos estar focados na origem do problema:

ARBITRARIEDADE DAS LEIS

Durante 35 anos beneficiou os Fpu em detrimento dos Fpr. Agora está a acontecer o inverso.

Mas será que os Fpu querem leis iguais?

Não me parece. Julgam que o mundo funciona como na sua "pequena comunidade socialista de 500 mil pessoas" onde tudo é rígido, inflexível e acontece à velocidade do caracol, não sabendo sequer que a protecção que lhes assiste é à custa da desprotecção de terceiros. Ou se sabem são egoístas.
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