Off-Topic: Casar compensa cada vez menos no IRS
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aimf, tanto quanto me disseram (nunca precisei de confirmar, pelos motivos acima) só precisas de ir à Junta de Freguesia obter comprovativo de "Unido de Facto" caso o casal tenha o mesmo domicílio fiscal há menos de 2 anos. Quem tem há mais de 2 anos não precisa de qualquer comprovativo.
Também conforme me disseram, depois de apresentar uma como unidos, nada nos impede de no ano seguinte apresentar separados.
Mas sinceramente, e dada a antiguidade das informações que me deram, se estiveres a considerar utilizar este sistema, confirma primeiro junto de uma repartição do que precisas para apresentar como unido e se no ano seguinte podes apresentar separado mesmo mantendo ambos o mesmo domicílio fiscal.
Poseidon635 e Pastel, respeito as vossas crenças assim como verifico pelo vosso cuidado em expressar as opiniões que respeitam a minha(nossa) opção. Agradeço-vos isso!
Notem que eu e a minha mulher quando falamos nisto a amigos dizemos sempre que o mais importante é fazerem aquilo com que se sentem melhor ou que fará as famílias (pais e avós) ficarem melhor com a coisa. No fim de contas, não é por 500€/ano que o bebé fica sem comida
Mas na verdade, eu e a minha mulher achamos que o importante é o que sentimos um pelo outro e não o papel que assinamos. Os nossos pais não ligam ao papel, os avós aceitaram a coisa bem... Conjugou-se tudo.
Mas já agora repito o que disse antes. Isto já é assim desde os anos 80. Não é uma coisa de governos recentes a criarem leis a favorecer homosexuais. Sempre foi assim. Por isso desde os anos 90 se fala de fazermos como a Espanha, em que um casal casado não é obrigado a entregar conjunto. Mas na minha opinião isso nunca avançou pois, num país em que a maioria vê o papel assinado como importante, permitir aos casados apresentar em separado iria representar uma redução fiscal. E quando isso passar a ser permitido, tenho a certeza que as deduções serão alteradas para os separados pagarem o mesmo que os casados (e não o oposto).
Haja estabilidade e amor, o resto arranja-se
Também conforme me disseram, depois de apresentar uma como unidos, nada nos impede de no ano seguinte apresentar separados.
Mas sinceramente, e dada a antiguidade das informações que me deram, se estiveres a considerar utilizar este sistema, confirma primeiro junto de uma repartição do que precisas para apresentar como unido e se no ano seguinte podes apresentar separado mesmo mantendo ambos o mesmo domicílio fiscal.
Poseidon635 e Pastel, respeito as vossas crenças assim como verifico pelo vosso cuidado em expressar as opiniões que respeitam a minha(nossa) opção. Agradeço-vos isso!
Notem que eu e a minha mulher quando falamos nisto a amigos dizemos sempre que o mais importante é fazerem aquilo com que se sentem melhor ou que fará as famílias (pais e avós) ficarem melhor com a coisa. No fim de contas, não é por 500€/ano que o bebé fica sem comida

Mas na verdade, eu e a minha mulher achamos que o importante é o que sentimos um pelo outro e não o papel que assinamos. Os nossos pais não ligam ao papel, os avós aceitaram a coisa bem... Conjugou-se tudo.
Mas já agora repito o que disse antes. Isto já é assim desde os anos 80. Não é uma coisa de governos recentes a criarem leis a favorecer homosexuais. Sempre foi assim. Por isso desde os anos 90 se fala de fazermos como a Espanha, em que um casal casado não é obrigado a entregar conjunto. Mas na minha opinião isso nunca avançou pois, num país em que a maioria vê o papel assinado como importante, permitir aos casados apresentar em separado iria representar uma redução fiscal. E quando isso passar a ser permitido, tenho a certeza que as deduções serão alteradas para os separados pagarem o mesmo que os casados (e não o oposto).
Haja estabilidade e amor, o resto arranja-se

HappyFather
http://caprichosdebolsa.blog.pt/ (inactivo)
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HappyGuy Escreveu:
Vivendo no mesmo domicílio fiscal há mais de 2 anos, temos a liberdade de nuns anos declarar união de facto e noutros em separado. Nunca declarámos união, em quase 10 anos. Apenas transferir o miúdo entre declarações passou a ser mais difícil agora, que algumas facturas vêm com o NIF do responsável e não o do miúdo.
Não há complicações burocráticas para essa mudança de estado? Ie, tens que ir à JFreguesia unir-e-separar de facto?
Obrigado
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Obrigado a todos pelas vossos comentários.
No entanto, tal como "Pastel" referiu", eu também tenho as minhas convicções e não é por alguns euros ou pelo o que o estado decide, que vou desistir delas e deixar de ser casado, nem que seja apenas no papel. ( e parece que em termos monetários a diferença não é muito significativa) !!
Penso é que é injusto para quem decide casar e ter filho!! Mas neste país, tudo é possível!!
Se se juntarem 2 homens ou 2 mulheres, tudo bem, mas se for um casal heterossexual a casar e ter filhos, paga tudo e mais alguma coisa (e ainda mais...)!!!
Nos últimos anos só se preocuparam em criar leis para "homossexuais"... Enfim.
Mas que país é este????
BN
No entanto, tal como "Pastel" referiu", eu também tenho as minhas convicções e não é por alguns euros ou pelo o que o estado decide, que vou desistir delas e deixar de ser casado, nem que seja apenas no papel. ( e parece que em termos monetários a diferença não é muito significativa) !!
Penso é que é injusto para quem decide casar e ter filho!! Mas neste país, tudo é possível!!
Se se juntarem 2 homens ou 2 mulheres, tudo bem, mas se for um casal heterossexual a casar e ter filhos, paga tudo e mais alguma coisa (e ainda mais...)!!!
Nos últimos anos só se preocuparam em criar leis para "homossexuais"... Enfim.
Mas que país é este????

BN
Pastel Escreveu:HappyGuy Escreveu:Eu e a minha mulher nunca casámos.
Casar é bom, principalmente se for com a própria mulher![]()
Agora a sério, prezo mais as minhas convições do que eventuais benefícios fiscais, não é o Estado que vai decidir se eu estou casado ou não.
Mesmo que isso implique pagar mais uns dinheiros de IRS (embora em abono da verdade no meu caso específico isso não altere, quer seja casado, solteiro ou unido de facto).
Pena que o Estado penalize fiscalmente quem assume o seu compromisso perante a sociedade e premeie quem não o faça formalmente (julgo que tive cuidado suficiente na escolha de palavras para não existirem más interpretações)
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HappyGuy Escreveu:Eu e a minha mulher nunca casámos.
Casar é bom, principalmente se for com a própria mulher

Agora a sério, prezo mais as minhas convições do que eventuais benefícios fiscais, não é o Estado que vai decidir se eu estou casado ou não.
Mesmo que isso implique pagar mais uns dinheiros de IRS (embora em abono da verdade no meu caso específico isso não altere, quer seja casado, solteiro ou unido de facto).
Pena que o Estado penalize fiscalmente quem assume o seu compromisso perante a sociedade e premeie quem não o faça formalmente (julgo que tive cuidado suficiente na escolha de palavras para não existirem más interpretações)
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poseidon635, sem considerar a pensão de alimentos, existem outras vantagens.
Eu e a minha mulher nunca casámos. Temos um filho. Somos co-proprietários do nosso apartamento em 50% cada um. Todos os anos, na altura de entregar o IRS, perdemos mais meia-hora para simular os 3 cenários possíveis: 1) Separados, ela com o miúdo; 2) Separados, eu com o miúdo; 3) União de facto.
Os benefícios têm vindo a ser menores mas para veres a diferença, entre o 1) e o 2) há uma diferença de cerca de 100€ a favor de 1). A diferença entre 1) e 3) referente ao IRS de 2010 foi de cerca de 550€ a favor de 1).
Basta ver que passas a poder deduzir o dobro pelo empréstimo da casa, o plafond de saúde é ligeiramente maior, etc.
Vivendo no mesmo domicílio fiscal há mais de 2 anos, temos a liberdade de nuns anos declarar união de facto e noutros em separado. Nunca declarámos união, em quase 10 anos. Apenas transferir o miúdo entre declarações passou a ser mais difícil agora, que algumas facturas vêm com o NIF do responsável e não o do miúdo.
Isto não é novidade... Quando se mudou o imposto de rendimento em Portugal e passou a haver IRS, ainda nos anos 80, lembro-me do meu pai contar que uns colegas dele se tinham divorciado por causa disso.
Feliz divórcio!
Eu e a minha mulher nunca casámos. Temos um filho. Somos co-proprietários do nosso apartamento em 50% cada um. Todos os anos, na altura de entregar o IRS, perdemos mais meia-hora para simular os 3 cenários possíveis: 1) Separados, ela com o miúdo; 2) Separados, eu com o miúdo; 3) União de facto.
Os benefícios têm vindo a ser menores mas para veres a diferença, entre o 1) e o 2) há uma diferença de cerca de 100€ a favor de 1). A diferença entre 1) e 3) referente ao IRS de 2010 foi de cerca de 550€ a favor de 1).
Basta ver que passas a poder deduzir o dobro pelo empréstimo da casa, o plafond de saúde é ligeiramente maior, etc.
Vivendo no mesmo domicílio fiscal há mais de 2 anos, temos a liberdade de nuns anos declarar união de facto e noutros em separado. Nunca declarámos união, em quase 10 anos. Apenas transferir o miúdo entre declarações passou a ser mais difícil agora, que algumas facturas vêm com o NIF do responsável e não o do miúdo.
Isto não é novidade... Quando se mudou o imposto de rendimento em Portugal e passou a haver IRS, ainda nos anos 80, lembro-me do meu pai contar que uns colegas dele se tinham divorciado por causa disso.
Feliz divórcio!
HappyFather
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Re: Casar?
Josytoc Escreveu:Fiquei completamente baralhado, casar? Mas o que é isso, isso ainda se usa?
Esta adesão dos portugueses à burocracia é algo surpreendente.
Como podes ver casar também pode ser um bom negócio. Tens é que te divorciar quando tiveres mais vantagens em deixar de ser casado.

PS. É tipo estar "longo (casado)" ou "curto (separado)".

Re: Ao que nós chegamos...
poseidon635 Escreveu::lol:
Claro que nem tudo na vida se resume a benefícios monetários, mas como as coisas estão, poderá não ser mau "negócio"
Já agora, alguém me poderá indicar qual a diferença, considerando um casal (por exemplo) com 2 filhos, ambos empregados? No caso de divórcio ("apenas no papel), qual os ganhos fiscais nesta situação?
BNpaulop2009 Escreveu:pocoyo Escreveu:Normalmente o casamento é um mau negócio, em termos fiscais.
Só compensa se um for desempregado, já que um tem que viver à custa do outro, que vivam os dois tambem um pouco à custa do estado, pagando menos impostos.![]()
Por isso já sabem se quiserem casar procurem desempregados/as, quando arranjarem emprego peçam o divorcio.
E o divórcio é também fiscalmente interessante havendo filhos, devido à forma como são alocadas as pensões.
Isto não faz nenhum sentido moral, mas é a verdade...
Funciona ou funcionava assim, se tu tivesses que pagar uma pensão de alimentos à tua ex mulher esse valor abatia aos teus rendimentos, logo tu pagavas menos imposto. A tua ex mulher tinha que declarar o mesmo valor, mas como rendimento da categoria H. Como os valores de pensões inferiores a 6000€ desta categoria não pagavam imposto nenhum, havia o beneficio para quem as pagava porque abatia aos rendimentos.
Se fosse um "arranjo" entre os dois só tinham a ganhar com esta jogada.
Para 2011 os limites dos beneficios fiscais são muito baixo o que poderá não compensar.
PS. Posso estar a dizer alguma asneira, se estiver que me corrijam.
Ao que nós chegamos...

Claro que nem tudo na vida se resume a benefícios monetários, mas como as coisas estão, poderá não ser mau "negócio"

Já agora, alguém me poderá indicar qual a diferença, considerando um casal (por exemplo) com 2 filhos, ambos empregados? No caso de divórcio ("apenas no papel), qual os ganhos fiscais nesta situação?
BN
paulop2009 Escreveu:pocoyo Escreveu:Normalmente o casamento é um mau negócio, em termos fiscais.
Só compensa se um for desempregado, já que um tem que viver à custa do outro, que vivam os dois tambem um pouco à custa do estado, pagando menos impostos.![]()
Por isso já sabem se quiserem casar procurem desempregados/as, quando arranjarem emprego peçam o divorcio.
E o divórcio é também fiscalmente interessante havendo filhos, devido à forma como são alocadas as pensões.
Isto não faz nenhum sentido moral, mas é a verdade...
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paulop2009 Escreveu:pocoyo Escreveu:Normalmente o casamento é um mau negócio, em termos fiscais.
Só compensa se um for desempregado, já que um tem que viver à custa do outro, que vivam os dois tambem um pouco à custa do estado, pagando menos impostos.![]()
Por isso já sabem se quiserem casar procurem desempregados/as, quando arranjarem emprego peçam o divorcio.
E o divórcio é também fiscalmente interessante havendo filhos, devido à forma como são alocadas as pensões.
Isto não faz nenhum sentido moral, mas é a verdade...
Bom exemplo.

Penso que há quem faça isto propositado...
Mas têm que ser os dois licenciados em contabilidade. Porque senão é motivo para um ser atirado pela janela quando fizer a proposta.

Os que não provocam o divorcio ficticio (efectivo), quando descobrem que afinal o estado os apioa nesta situação, ficam lixados por não terem tomado esta decisão mais cedo.

pocoyo Escreveu:Normalmente o casamento é um mau negócio, em termos fiscais.
Só compensa se um for desempregado, já que um tem que viver à custa do outro, que vivam os dois tambem um pouco à custa do estado, pagando menos impostos.![]()
Por isso já sabem se quiserem casar procurem desempregados/as, quando arranjarem emprego peçam o divorcio.
E o divórcio é também fiscalmente interessante havendo filhos, devido à forma como são alocadas as pensões.
Isto não faz nenhum sentido moral, mas é a verdade...
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Normalmente o casamento é um mau negócio, em termos fiscais.
Só compensa se um for desempregado, já que um tem que viver à custa do outro, que vivam os dois tambem um pouco à custa do estado, pagando menos impostos.
Por isso já sabem se quiserem casar procurem desempregados/as, quando arranjarem emprego peçam o divorcio.
Só compensa se um for desempregado, já que um tem que viver à custa do outro, que vivam os dois tambem um pouco à custa do estado, pagando menos impostos.

Por isso já sabem se quiserem casar procurem desempregados/as, quando arranjarem emprego peçam o divorcio.

Off-Topic: Casar compensa cada vez menos no IRS
Casados têm direito a metade dos abatimentos no IRS em comparação com os casais que vivam juntos e apresentem declaração de rendimentos separada.
Do ponto de vista estritamente fiscal, o casamento é uma decisão cada vez menos compensadora. Casar amarra os contribuintes a uma declaração de IRS única que os deixa em desvantagem em relação a quem resolve partilhar uma vida comum sem a formalização do acto: a partir de 2012, essa desvantagem significa ter direito a abater apenas metade das despesas no IRS.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=516957
Isto não é justo....
Do ponto de vista estritamente fiscal, o casamento é uma decisão cada vez menos compensadora. Casar amarra os contribuintes a uma declaração de IRS única que os deixa em desvantagem em relação a quem resolve partilhar uma vida comum sem a formalização do acto: a partir de 2012, essa desvantagem significa ter direito a abater apenas metade das despesas no IRS.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=516957
Isto não é justo....
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