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Caldeirão da Bolsa

Situação na Itália - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Ultima Hora

por Trisquel » 12/11/2011 20:17

Berlusconi apresenta demissão oficial hoje ás 19:30h
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por PMACS » 11/11/2011 19:00

Itália pode ter "mexido" nas contas para poder entrar no euro

A Grécia falseou os seus números para poder adequar-se aos critérios de adesão à união monetária europeia. Isso já se sabe. Mas parece que Itália terá feito o mesmo.

Nos últimos dias, vários meios de comunicação social pegaram no caso. Itália pode ter falseado as suas contas para poder entrar no euro. E, tal como aconteceu com a Grécia, pode ter sido o Goldman Sachs a assessorar as operações. Nessa altura, o presidente do Tesouro italiano era Mario Draghi, que assumiu a 1 de Novembro a presidência do BCE, sucedendo assim a Jean-Claude Trichet. E Draghi foi vice-chairman do Goldman Sachs International.

Numa notícia intitulada “Itália cometeu fraude para entrar no euro?”, o “Cinco Días” refere que o país ainda liderado por Silvio Berlusconi utilizou artimanhas financeiras com derivados para receber antecipações de dinheiro sobre emissões de dívida e reduzir o seu défice em 1997 (que passou de 7% para 2,7%), podendo assim ser membro da Zona Euro.

Estas suspeitas, sublinha o jornal espanhol, já têm uma década. Isto porque em 2001 o economista italiano Gustavo Piga publicou um estudo intitulado “Derivatives and Public Debt Management” - em colaboração com o “think tank” Conselho de Relações Externas e com a Associação Internacional de Mercados de Valores – onde faz precisamente essa referência.

O estudo, que se debruçou sobre o uso dos derivados na gestão da dívida pública, fala de um país (cujo nome Piga não cita devido a um acordo de confidencialidade) que celebrou um acordo de permuta financeira com um banco de investimento numa elaborada artimanha que se assemelha à que foi utilizada pela petrolífera norte-americana Enron – protagonista de um dos grandes escândalos contabilísticos dos EUA.

O referido país, apesar de não ser oficialmente enunciado, é Itália, sublinha o “Cinco Días”. Isto porque, entre outros aspectos, a divisa fictícia usada por Piga para explicar a operação tem o mesmo tipo de câmbio face ao iene que a lira italiana. Um dos directores do Conselho de Relações Externas estabeleceu também, em 2002, um paralelismo entre Itália e a Enron, refere o jornal.

Assim, com este esquema, Itália conseguiu cumprir o critério de Maastricht relacionado com a dívida pública, ao conseguir que esta se fixasse abaixo dos 3% do PIB. “De facto, de 1996 a 1997, segundo os dados do Eurostat, que validou este tipo de maquilhagem, o défice público italiano passou de 7% para 2,7%. O modelo é semelhante ao utilizado pela Grécia com a assessoria do Goldman Sachs”, diz o jornal.

Apesar de não se saber oficialmente se terá sido mesmo o Goldman Sachs a mediar estas operações, visto que essa informação também é confidencial, muitos estudiosos apontam para aí (se bem que jornais como o “Financial Times” e “New York Times” já tenham referido que se tratou do JP Morgan).

E a propósito deste banco de investimento norte-americano, o “National Journal” publicou ontem uma reflexão sobre o mesmo assunto, numa peça intitulada “’Government Sachs’, Italian Style”. “É apenas uma coincidência que algumas das figuras-chave da crise europeia sejam ‘Goldman guys’? Não. É provavelmente por essa razão que estamos metidos nesta confusão”, sublinha aquela publicação norte-americana.

E um dos aspectos curiosos é que o Departamento italiano do Tesouro era, nessa altura, comandado por Draghi, agora presidente do BCE. “Mario Draghi, que talvez seja agora o homem mais poderoso da Europa, na qualidade de líder do BCE, disse em Junho perante uma comissão do Parlamento Europeu que ‘não tinha nada a ver’ com aquelas transacções [referidas por Gustavo Piga] (…). Mas após Draghi ter saído do Tesouro de Itália, integrou de imediato o Goldman Sachs International (de 2002 a 2005) como vice-chairman e administrador executivo”, salienta o “National Journal”.

E vai mais longe: “acontece agora que o homem que foi designado para substituir Berlusconi num governo de emergência criado para conduzir Itália num tempo de crise fez também parte do Goldman Sachs: Mario Monti”.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=518825
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Re: a itália pode ser a nossa "safa"

por Marco Martins » 11/11/2011 10:44

mcarvalho Escreveu:Krugman exorta BCE a comprar dívida italiana

11/11/2011

O norte-americano Nobel da Economia Paul Krugman aconselha os europeus a porem a trabalhar a máquina de imprimir dinheiro do Banco Central Europeu para comprar a dívida italiana que for necessária para enfrentar a crise.

"Eventualmente o BCE vai olhar para cima e dizer: esqueçamos todas as regras, temos de comprar dívida", declarou Krugman em entrevista publicada hoje pelo diário económico alemão Handelsblatt ao alertar que o preço da desagregação da zona euro seria demasiado elevado.

Para Krugman, é inevitável que o BCE acabe por comprar "tanta dívida quanto seja necessária" para enfrentar a crise e garante que os perigos inflacionistas são absolutamente controláveis.

"Estamos a enfrentar o ano da hiperinflação alemã de 1923", disse o Nobel da Economia, ao considerar que "em situações extremas há que romper com as regras" mesmo que com isso se vá contra o tratado de Maastricht.

Krugman considera que os países da zona euro e o BCE estão inevitavelmente condenados a impedir a pior opção possível que seria a saída de Itália da zona euro e um assalto em massa dos italianos aos bancos.

O Nobel da Economia alerta que essa situação iria contagiar imediatamente a Espanha e depois a França com a consequência de que o "euro acabaria por se transformar num marco alemão ampliado".


O custo da desagregação europeia será grande para quem?

Acho que a seguir à europa, o USA são os senhores que se seguem... pois o tapete deles está cheio de lixo...

Será que o Krugman ("ou Krugger do halloween económico") também considera que os states devam comprar a dívida das câmaras americanas que estão a entrar em insolvência e que são 2,5 vezes mais problemáticas do que a Itália?
 
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a itália pode ser a nossa "safa"

por mcarvalho » 11/11/2011 10:18

Krugman exorta BCE a comprar dívida italiana

11/11/2011

O norte-americano Nobel da Economia Paul Krugman aconselha os europeus a porem a trabalhar a máquina de imprimir dinheiro do Banco Central Europeu para comprar a dívida italiana que for necessária para enfrentar a crise.

"Eventualmente o BCE vai olhar para cima e dizer: esqueçamos todas as regras, temos de comprar dívida", declarou Krugman em entrevista publicada hoje pelo diário económico alemão Handelsblatt ao alertar que o preço da desagregação da zona euro seria demasiado elevado.

Para Krugman, é inevitável que o BCE acabe por comprar "tanta dívida quanto seja necessária" para enfrentar a crise e garante que os perigos inflacionistas são absolutamente controláveis.

"Estamos a enfrentar o ano da hiperinflação alemã de 1923", disse o Nobel da Economia, ao considerar que "em situações extremas há que romper com as regras" mesmo que com isso se vá contra o tratado de Maastricht.

Krugman considera que os países da zona euro e o BCE estão inevitavelmente condenados a impedir a pior opção possível que seria a saída de Itália da zona euro e um assalto em massa dos italianos aos bancos.

O Nobel da Economia alerta que essa situação iria contagiar imediatamente a Espanha e depois a França com a consequência de que o "euro acabaria por se transformar num marco alemão ampliado".
 
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por Marco Martins » 10/11/2011 13:40

Só uma curiosidade significativa...

Na última reunião da europa onde se decidiu o perdão fiscal à Grécia, foi referido que o fundo de de estabilização financeira iria aumentar de 400 para 900 mil milhões...

Mas isso tem de ter algo escrito e que demora pelo menos um ou dois meses, não é?

Quer dizer que se neste momento a Itália precisar de ajuda... só terá acesso ao restante dos 400 mil milhões?
 
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por Marco Martins » 9/11/2011 10:49

Eduardo99 Escreveu:Berlusconi demite-se e sai de cena na proxima semana.

Troika entra em Itália para ver contas.

Taxa de juros a 10 anos:"Lisboa, 08 nov (Lusa) -- Os juros a 10 anos da dívida pública italiana atingiram hoje 6,73 por cento, um novo recorde desde a criação do euro, noticiou a agência francesa AFP.

As taxas de juro dos títulos de Itália a 10 anos passaram o limiar simbólico dos seis por cento no dia 28 de outubro e na sexta-feira passada (em plena cimeira do G20) atingiram 6,4 por cento, um nível considerado insuportável para o país, que tem de fazer frente a uma dívida de 1.900 milhões de euros (correspondente a 120 por cento do Produto Interno Bruto)
."

Estamos a pouco tempo de problemas muito sérios


Infelizmente isto acontece numa altura problemática onde os interesses políticos tenderão a minar as medidas a adoptar.
Agora Itália andará ao sabor do vento, tal como Espanha até que exista uma definição política consistente.

Eleições só daqui a 3 meses, significa que só daqui a 5 meses poderá haver medidas concretas.

Antes disso ainda iremos ver qual será a orientação dos espanhóis dado que este mês terão eleições...
 
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por Icaro00 » 8/11/2011 23:55

Berlusconi demite-se e sai de cena na proxima semana.

Troika entra em Itália para ver contas.

Taxa de juros a 10 anos:"Lisboa, 08 nov (Lusa) -- Os juros a 10 anos da dívida pública italiana atingiram hoje 6,73 por cento, um novo recorde desde a criação do euro, noticiou a agência francesa AFP.

As taxas de juro dos títulos de Itália a 10 anos passaram o limiar simbólico dos seis por cento no dia 28 de outubro e na sexta-feira passada (em plena cimeira do G20) atingiram 6,4 por cento, um nível considerado insuportável para o país, que tem de fazer frente a uma dívida de 1.900 milhões de euros (correspondente a 120 por cento do Produto Interno Bruto)
."

Estamos a pouco tempo de problemas muito sérios
 
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por Automech » 8/11/2011 17:30

Berlusconi vence votação crucial no Parlamento
08 Novembro 2011 | 15:25

O primeiro-ministro conseguiu fazer com que esta tarde o Parlamento italiano aprovasse o relatório relativo à execução orçamental do ano passado. Berlusconi ameaçara apresentar uma moção de confiança se não obtivesse este voto favorável. Cenário de demissão fica, assim, mais distante. Mas Berlusconi não obteve maioria absoluta.
À segunda foi de vez. O primeiro-ministro italiano conseguiu esta tarde reunir os votos necessários no Parlamento para aprovar em definitivo as contas públicas referentes a 2010.

Ainda assim, Sílvio Berlusconi, que lidera uma ampla coligação governamental de centro-direita, foi incapaz de reunir uma maioria absoluta, o que confirma votos dissidentes vindos do seio do arco político que sustenta o seu Executivo.

O relatório foi votado favoravelmente por 308 num total de 630 deputados, menos que os 316 necessários a uma maioria absoluta, numa votação em que os partidos da oposição não participaram alegando tratar-se de um "acto de responsabilidade" no sentido da estabilidade financeira do país.

Segundo relata a Reuters, no rescaldo da votação a oposição reclamou, em bloco, a demissão de Berlusconi, considerando que a perda da maioria absoluta confirma que este não tem condições políticas para prosseguir à frente do Governo italiano.

“Peço-lhe, com todas as minhas forças, para que finalmente se dê conta da situação e se demita”, apelou Pier Luigi Bersani, líder da principal força da oposição, o Partido Democrático.

Berlusconi tem sido crescentemente pressionado, externa e internamente, para que se demita e abra caminho a um novo chefe de Governo no contexto da mesma aliança parlamentar, o que evitaria a necessidade de convocar eleições antecipadas.

Ainda hoje, Umberto Bossi, líder da Liga do Norte e parceiro na coligação, confirmou que já ontem pediu a demissão de Berlusconi e que este cedesse o lugar a Angelo Alfano, secretário-geral do seu partido, o "Povo da Liberdade".

O principal índice da Bolsa italiana permaneceu em terreno positivo, com ganhos acima de 1,5%. No mercado secundário da dívida pública, a "yield" a dez anos continua a subir, acima de 6,7%, mas já esta manhã estivera mais próxima da barreira de não-retorno dos 7%, que acabou por ditar o pedido de ajuda externa da Grécia, da Irlanda e de Portugal.

(notícia actualizada às 16h15)
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=517759
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por andre_ferreira » 7/11/2011 13:20

não durou muito

Berlusconi Rumor Rejected

BERLUSCONI DENIES RESIGNATION RUMOR, ANSA REPORTS

http://www.zerohedge.com/
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por Tojo » 7/11/2011 12:39

Já agora, o que aconteceu à bolsa no preíodo pré e pós guera? Subiu?
 
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por rantomix » 7/11/2011 12:32

A Reuters também avança o mesmo:

Italy's PM Berlusconi could resign Monday: Reuters
 
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por Marco Martins » 7/11/2011 12:26

andre_ferreira Escreveu:mais uma canhota para a fogueira

ALERT: There Are Rumors Flying That Berlusconi Is Going To Resign


Read more: http://www.businessinsider.com/is-berlu ... z1d17tnOer


Já a algum tempo que a europa enfrenta problemas... mas neste momento parece que cada vez mais estamos no fio da navalha e com uma perna para cada lado...


Os três casos mais problemáticos e com capacidade de causar afundamento na europa estão assim:
Espanha em período de eleições (sem governo)
Grécia em período de eleições (sem governo)
Itália possivelmente em período de eleições (governo quase a cair)

Estamos assim neste momento a começar a viver o momento político pré-guerra, que levou a Alemanha a encontrar um líder que a promovesse e tirasse da crise.

A própria Alemanha corre o risco de ter uma grande mudança política...
 
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por andre_ferreira » 7/11/2011 12:14

mais uma canhota para a fogueira

ALERT: There Are Rumors Flying That Berlusconi Is Going To Resign


Read more: http://www.businessinsider.com/is-berlu ... z1d17tnOer
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por PC05 » 7/11/2011 8:56

6.57 (novo max.) na taxa a 10 anos da dívida pública!!!!
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por tiopatinhas » 7/11/2011 0:03

Parece-me estar na calha a mudança de primeiro ministro em Itália :roll: Se repararem já mudaram em portugal, grécia, será em espamha e ....Os mercados são tramados :mrgreen: :mrgreen:
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BCE: Compra de dívida italiana

por VALHALLA » 6/11/2011 18:26

Jornal de Negócios Escreveu:A continuação da compra de dívida soberana de Itália pelo Banco Central Europeu (BCE) está "condicionada" à execução das reformas por Silvio Berlusconi, disse hoje Yves Mersch, membro do Conselho de Governadores do BCE.

"Se o Conselho [de Governadores] do BCE concluir que as condições que o levaram a tomar uma decisão já não existem, é livre para mudar de ideias a qualquer momento", disse Mersch em entrevista ao jornal La Stampa, publicada hoje. "O nosso dever não é corrigir os erros na política", acrescentou o também governador do Banco Central do Luxemburgo, que integra o BCE desde a sua fundação, em 1998.

O governo de centro-direita de Silvio Berlusconi aprovou dois planos de austeridade (em Julho e Setembro) no valor de 60 mil milhões de euros em três anos com o objectivo de equilibrar as contas do Estado italiano até 2013.

No entanto, o país continua na mira dos mercados que duvidam da capacidade do primeiro-ministro de executar esses compromissos e uma série de reformas económicas prometidas à União Europeia na cimeira de final de Outubro.

Para o líder luxemburguês, a compra de títulos de um país pelo BCE deve ser "limitada em quantidade e no tempo” e tem o “único objectivo” de assegurar a “transmissão integral da política monetária”.

Por esse motivo, afirmou, se o BCE constatar que as intervenções no mercado secundário de dívida “são prejudicadas pela falta de esforços dos Governos nacionais” estas devem ser repensadas.

O BCE decidiu no início de Agosto retomar o seu programa de compra de títulos soberanos de países da Zona Euro (adoptada na primavera de 2010 para prestar assistência à Grécia) devido ao agravamento da crise da dívida soberana e o seu contágio a Itália e Espanha.

Estas aquisições ajudaram a acalmar as tensões durante algum tempo, fazendo descer de níveis recordes as taxas de juro cobradas pelos investidores para transaccionarem títulos de Itália ou Espanha.

Ainda assim, a 28 de Outubro, as taxas de juro dos títulos de Itália a 10 anos passaram o limiar simbólico dos seis por cento e na sexta-feira (em plena cimeira do G20) atingiram 6,4%, um nível considerado insuportável para a Itália, que tem de fazer frente a uma dívida de 1.900 milhões de euros (correspondente a 120% do Produto Interno Bruto).

Precisamente na sexta-feira, o Executivo de Roma pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para monitorizar as contas do país, ainda que tenha rejeitado o apoio financeiro providenciado pela instituição.
SE NÃO FOSSE PARA GANHAR...
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Começa a tragédia Italiana esta semana?

por PMACS » 6/11/2011 17:13

Intrigue, betrayal in Rome as Berlusconi fights on


With Silvio Berlusconi's fate resting on a group of party rebels threatening to pull the rug from under his government next week, the Italian prime minister is using carrot and stick to try to win over the doubters and pull off yet another parliamentary escape.

Estimates vary widely over how many center-right deputies will jump ship in a crunch vote on public finance in the Chamber of Deputies on Tuesday. Berlusconi's message to potential "traitors" is clear: you have nowhere else to go and you will be rewarded if you stay.

The 75-year-old media tycoon has defied all calls to step down and is adamant that he can battle on.

"We have checked in the last few hours and the numbers are certain, we still have a majority," he told party followers on Sunday.

Newspapers have estimated the number of potential defectors at between 20 and 40, which would be more than enough to bring down the government, but in previous narrow escapes Berlusconi has proved his powers of last-minute persuasion.

He has been meeting and telephoning rebels since he returned from a humiliating international summit in France on Friday which agreed the International Monetary Fund would visit Italy quarterly to check its progress in passing long-delayed reforms.

A deputy from his ruling coalition said after meeting Berlusconi that the premier was ready to reward doubters with "well-deserved jobs" in government. Berlusconi said on Friday defectors would be "betraying the government and the country."

Italy is the third biggest economy in the euro zone and its political woes and debt worries are seen as a huge threat in the wider crisis facing the single currency.

Berlusconi's latest assurance over his majority may be bad news for Italian bonds, which sold off again on Friday to push their yield to a record euro-era high above 6.4 percent. The spread over German bunds, reflecting the higher risk premium investors place on Italy, also hit a record above 4.6 percentage points.

Bond prices would recover and the yield spread would fall by a full percentage point if the government should fall, according to a Reuters survey of 10 fund managers, market analysts and strategists last week.

Economy Minister Giulio Tremonti was forced to deny reports that he had forecast a "catastrophe" on financial markets next week unless Berlusconi stepped down.

ECB DOUBTS

European Central Bank council member Yves Mersch underscored the high stakes on Sunday, saying in a press interview that the ECB frequently debates the option of ending its purchases of Italian bonds unless Rome delivers on reforms.

Without that bond-buying program, the run on Italian bonds would probably already have spiraled way out of control.

Berlusconi on Sunday rejected talk of being succeeded by an unelected technocrat government or a political administration with the backing of all the forces in parliament, saying: "The only alternative to this government would be elections."

He also seemed to be having second thoughts over the IMF monitoring, saying the initiative for the visits "came from us and we can withdraw it whenever we want."

Commentators say the behind-the-scenes maneuvers are reminiscent of the so-called "first republic" that ruled Italy for nearly 50 years after World War Two, when new governments were constantly formed and dismantled in parliament by the many factions of the all-powerful Christian Democrat party.

Many of the center-right waverers are ex-Christian Democrats and are being tempted by offers from the small, centrist UDC party to join forces behind a new government with broad cross-party support spanning both the center-right and the opposition.

These negotiations will continue even if Berlusconi wins Tuesday's vote to ratify 2010 public accounts, with no let-up in the atmosphere of intrigue and above all uncertainty ahead of more key votes on budget measures due later this month.

Lower house speaker Gianfranco Fini, a former ally and now arch-enemy of the prime minister, made the point strongly when he appealed to Berlusconi to resign on Sunday.

"The government must understand that it is not credible even if it wins in parliament by a vote, because with a majority of one vote you can survive but you cannot govern."

http://www.reuters.com/article/2011/11/ ... UT20111106
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por atomez » 5/11/2011 22:38

BCE ameaça deixar de comprar dívida italiana se não cumprirem as reformas acordadas

Reuters Escreveu:ECB debates ending Italy bond buys if reforms don't come

(Reuters) - The European Central Bank often discusses the possibility ending the purchase of Italian government bonds if it concludes Italy is not adopting promised reforms, ECB Governing Council Member Yves Mersch said.

"If we observe that our interventions are undermined by a lack of efforts by national governments then we have to pose ourselves the problem of the incentive effect," Mersch said according to extracts of an interview with Italian daily La Stampa to be published on Sunday.

Asked if this meant the ECB would stop buying Italy's bonds if it did not adopt reforms it has promised to the European Union, Mersch, who heads Luxembourg's central bank, replied:

"If the ECB board reaches the conclusion that the conditions that led it to take a decision no longer exist, it is free to change that decision at any moment. We discuss this all the time."

Since the ECB resumed its bond buying programme (SMP) around three months ago it has purchased some 100 billion euros of government bonds, a majority of which are thought to be Italian BTPs.

Mersch said the ECB did not want to become a lender of last resort to help the euro zone solve its debt crisis and said it was concerned that its job could be made more difficult by governments that "don't meet their responsibilities."

"Our job is not to remedy the errors of politicians," he said.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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E o precipício está já ali....

por Icaro00 » 4/11/2011 23:17

Oi ppl,
Agora sim. Parece que estamos à beira de um precipício.

A Grécia está agora a votar a moção de confiança ao governo. Papandreus diz que ainda está pronto para se demitir e pode cair. Ou seja, temos um governo nada estável, durante uma crise financeira europeia. Provavelmente cai este fim-de-semana.
O país não tem dinheiro que chegue para o próximo mês!!!

Portugal está a lutar para mostrar que é um bom aluno, mas o resultado dos seus esforços será apenas igual ao que lhe permitirem. Isto é, será arrastado pelos acontecimentos.

Itália encontra-se à beira do precipício, mas o problema é que tem amarrada a si um conjunto de países que serão arrastados consigo na queda.
Lembra-se dos 7% a que o ministro de Sócrates dizia que seria impossível aguentar a despesa com os juros? Pois a Itália com um GDP de 125% e com uma taxa de juros a 10 anos de 6,38% aproxima-se muito rapidamente desse valor e o monstro de 2 cabeças “Mercozy” (Merkel + Sarcozy), não parece ser capaz de antecipar os verdadeiros problemas com que a Europa se debate.

O G20 esteve reunido mas chegar a um consenso, que era bom, não foi possível. Não há acordo para criar a “bolsa sem fundo”, capaz de sossegar os mercados. Capaz de salvar uma Itália e de uma Espanha.

Para a semana acredito que teremos fortes quedas na Europa, com ênfase na Itália.
Mas sinceramente espero que não…
Como alguém hoje dizia temos de ter esperança...
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Aqui estaa !

por bboniek33 » 4/11/2011 21:12

AutoMech Escreveu:
Agressões no Parlamento italiano
26 Outubro 2011 | 17:02

Deputados italianos agrediram-se devido ao debate sobre a reforma das pensões. Em causa estiveram declarações do presidente do Parlamento, Gianfranco Fini, que, num programa de televisão revelou que a mulher do líder de um dos partidos de coligação se tinha reforma aos 39 anos. Veja as imagens.

As declarações feitas pelo presidente do Parlamento, durante um programa de televisão, incendiaram o debate, com responsáveis do partido da Liga do Norte a considerarem lamentáveis as declarações. Gianfranco Fini, presidente do Parlamento e do partido de Sílvio Berlusconi, revelou durante um programa de televisão que a mulher de Umberto Bossi, líder da Liga do Norte – partido da coligação -, se tinha reformado com apenas 39 anos.

Estas declarações assumiram maior relevância porque Itália está a discutir a reforma das pensões, com o objectivo de aumentar a idade de reforma para os 67 anos. Contudo, Berlusconi não está a conseguir obter consenso, com Umberto Bossi a ser contra esta alteração.

Os deputados envolveram-se numa discussão acesa, que levou inclusivamente a que dois deputados se agredissem. Veja as imagens captadas pelo “Corriere dela Sera”.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=515087


Fico a aguardar ansiosamente o comentário do bboniek, o nosso especialista em matéria de pancadaria :)


Gostei de saber que houve porrada entre os parlamentares... aquilo deve ter metido as maes e as manas de uns e outros, que os italianos sao muito machos e aquilo ee logo a dizer mal das gajas uns dos outros e coiso.

Agora, no lado triste da situac,ao, ao darem soo 4 dias aa Itaalia para apresentar o trabalhinho, jaa estragaram o fim-de-semana ao Bunga-Bunga...

Il Cavaliere teraa que delegar em algueem que cumpra o servicinho. Coitado, todo esticado com Botox e agora lixam-lhe o weekend na Ilha. Sacanooides ! :x
Imagem
 
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mar de sangue nos mercados na segunda-feira

por PMACS » 4/11/2011 20:52

Italian Finance Minister Warns Berlusconi: If You Don't Resign, There's Going To Be A Bloodbath In The Markets On Monday


Italian Finance Minister Giulio Tremonti threatened PM Silvio Berlusconi today that, if the PM doesn't resign, there will be a steep price to pay.

Via the Financial Times:
“I am saying that on Monday there will be a disaster on the markets if you, Silvio, stay at your post and do not go. Because the problem for Europe and the markets, correct or not as it may be, is in fact you.”

The relationship between Tremonti and Berlusconi has long been testy, but this appears to be a serious escalation of the tension between them.

Berlusconi is rapidly losing political clout as his coalition majority vanishes. A squabble with IMF chief Christine Lagarde isn't helping matters, either.


http://www.businessinsider.com/tremonti ... ay-2011-11
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por _urbanista_ » 2/11/2011 11:13

Itália convoca reunião de emergência para esta tarde

Económico com Lusa
02/11/11 09:50

O Comité de Estabilidade Financeira italiano foi convocado para se reunir hoje à tarde, anunciou o ministério da Economia e das Finanças.

"O ministro da Economia e das Finanças, Giulio Tremonti, convocou para hoje, quarta-feira 2 de novembro, às 15:00 locais (a mesma hora em Lisboa) no ministério da Economia e das Finanças, o Comité para a salvaguarda da estabilidade financeira", indicou o ministério num comunicado.

Além de Tremonti, o comité reúne o novo governador do Banco de Itália, Ignazio Visco, o diretor-geral do Tesouro, Vittorio Grilli, o presidente do regulador dos seguros ISVAP, Giancarlo Giannini e o presidente da autoridade bolsista CONSOB, Giuseppe Vegas.

Criado em 2008 durante a crise financeira, o comité é regularmente convocado, sobretudo quando o clima é difícil nos mercados, para fazer um ponto da situação do setor financeiro italiano.

A Bolsa de Milão afundou-se 6,8 por cento na terça-feira, devido a uma queda livre das ações do setor bancário devido aos temores dos investidores de ver Itália afundar-se numa crise depois do anúncio da realização de um referendo na Grécia ao plano de resgate europeu.

Depois desta queda, que foi maior da praça financeira italiana desde o início da crise financeira em 2008, as cotações na bolsa de Milão estavam a subir hoje cerca de 1,13 por cento cerca das 8:30 TMG.
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por Icaro00 » 1/11/2011 20:16

ITALIA e a divida
as obrigações a 10 anos a aproximarem-se do ponto de não retorno (7%)
E depois, será altura da Espanha? E será que há dinheiro suficiente para aguentar estes monstros? e será que há vontade política?
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por Soma e segue » 1/11/2011 11:41

altrio Escreveu:As obrigações a 2 anos da Itália ultrapassaram hoje os 5%.

Note-se que Portugal ultapassou esta marca em Março deste ano, portanto a Itália está apenas com 7-8 meses de atraso...


... é só uma questão de tempo. Há-de chegar a altura da própria Alemanha :wink:
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por altrio » 1/11/2011 11:34

As obrigações a 2 anos da Itália ultrapassaram hoje os 5%.

Note-se que Portugal ultapassou esta marca em Março deste ano, portanto a Itália está apenas com 7-8 meses de atraso...
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