Situação na Grécia - Tópico Geral
Não acredito que em referendo a resposta da Grécia seja um não ao sair do euro. Os gregos não serão tolos. Mas, eles estão desnorteados e...
Em todo o caso parece-me que a zona euro pode muito bem continuar sem a grécia. Há mecanismos que seguram a situação. Agora a banca que andou a investir na divida grega fica atrapalhada. Mas, os bancos têm à disposição dinheiro e, além do mais, pode-se, em ultimo caso, imprimir dinheiro (era o que já se deveria ter feito e que os EUA fizeram)
Em todo o caso parece-me que a zona euro pode muito bem continuar sem a grécia. Há mecanismos que seguram a situação. Agora a banca que andou a investir na divida grega fica atrapalhada. Mas, os bancos têm à disposição dinheiro e, além do mais, pode-se, em ultimo caso, imprimir dinheiro (era o que já se deveria ter feito e que os EUA fizeram)
Papandreou: Referendo deverá ser marcado para 4 de Dezembro
02 Novembro 2011 | 23:36
Ou por outras palavras: a consulta pública terá lugar "poucos dias antes" do país precisar da sexta tranche de ajuda externa, que ficou hoje congelada.
O primeiro-ministro grego anunciou, em Cannes, que este referendo é "necessário" porque o país precisa de "um largo consenso" em torno do que foi acordado na Cimeira Europeia de 26 de Outubro.
George Papandreou mostrou-se confiante em relação ao resultado do referendo e acredita que a maioria da população vai mostrar que quer permanecer no euro.
O referendo deverá ter lugar no dia 4 de Dezembro. Ou seja, poucos "dias antes" da Grécia precisar da sexta tranche de ajuda externa.
Papandreou recusou avançar com a pergunta exacta que vai ser feita no referendo mas fez questão de sublinhar que a questão não será apenas sobre o programa de ajuda externa mas sim sobre a permanência do país na Zona Euro.
Devido à marcação deste referendo, a troika decidiu bloquear, mais uma vez, a sexta tranche de ajuda e aguardar pelo resultado da consulta pública.
Em comunicado, a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, afirmou que "assim que o referendo estiver concluído, e toda a incerteza se tiver dissipado, farei uma recomendação ao Conselho Executivo do FMI tendo em vista a aprovação da sexta tranche".
Esta tranche, no montante de 8 mil milhões de euros, tinha sido aprovada no último Eurogrupo, e deveria ser entregue nas primeiras semanas deste mês.
A entrega da tranche fica assim mais uma vez adiada e só deverá ocorrer após ser conhecido o resultado do referendo.
Angela Merkel garantiu esta noite após um encontro com Papandreou que a Europa está preparada, qualquer que seja o resultado do referendo.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=516689
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
É curiosos como neste momento, a Grécia passou de um país à beira da banca rota, para um país com um enorme poder sobre o mundo!!!
O que aconteceria se a Grécia investisse em todo mundo em warrents e outras esquemas onde apostassem tudo na descida de todos os títulos e índices, e a seguir dissessem: "vamos sair do euro!!!"
Aposto que no dia seguinte seria um dos países mais ricos à face da terra!!!
Por vezes a nossa fraqueza pode ser a nossa maior força... temos é de estar atentos ao momento e como usar esse poder...
O que aconteceria se a Grécia investisse em todo mundo em warrents e outras esquemas onde apostassem tudo na descida de todos os títulos e índices, e a seguir dissessem: "vamos sair do euro!!!"
Aposto que no dia seguinte seria um dos países mais ricos à face da terra!!!
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"Algumas razões para os gregos votarem "não""
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com ... azoes.html
http://blogs.ft.com/brusselsblog/2011/1 ... z1cHIptBCd
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Plan the trade and trade the plan
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Não é novidade
Já tinha previsto isto neste tópico.
"Ai estão os mercados a dizer que pareçe que o acordo foi desfeito.
Naturalmente a troika estará também a considerar a suspensão do que seria a próxima tranche 100 mil milhões a disponibilizar à Grècia. "
"Ai estão os mercados a dizer que pareçe que o acordo foi desfeito.
Naturalmente a troika estará também a considerar a suspensão do que seria a próxima tranche 100 mil milhões a disponibilizar à Grècia. "
Mas vocês acham que, quer haja um golpe de estado ou eleições antecipadas, os gregos vão aceitar estas medidas? E pior, com o perdão de 50% da divida ainda vão levar com outras mais duras, acham que eles vão se calar e cumprir? O problema não é do papandreou, o problema é conseguir aplicar as medidas. E o mesmo pode acontecer noutros países em dificuldades, nós a italia, etc. Isto não vai lá com medidas de austeridade em cima de medidas de austeridade. Se estes lideres europeus não tiverem outra visão o melhor é perdoar as dividas todas e começar do zero.
Caso contrário, isto vai correr muito mal e acabamos todos à batatada...tipo guerra. 


Plan the trade and trade the plan
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Ajuda à Grécia bloqueada até ao referendo
02 Novembro 2011 | 17:55
A sexta tranche de ajuda à Grécia, já aprovada pela União Europeia e que deveria ser entregue no início de Novembro, será novamente retida até que seja conhecido o resultado do referendo.
A informação está a ser avançada pela Reuters, que cita fontes da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
A sexta tranche do plano de ajuda à Grécia, no valor de 8 mil milhões de euros, foi aprovada no Eurogrupo do passado dia 21 de Outubro. Faltava apenas a aprovação do Fundo Monetário Internacional (FMI) para que este montante fosse desbloqueado já este mês.
Mas na última Cimeira Europeia, Christine Lagarde, directora-geral do FMI, garantiu que, em resultado do acordo alcançado no encontro, iria propor ao Conselho Executivo do FMI a aprovação da sexta tranche.
Com a convocação de um referendo, este processo fica agora suspenso a aguardar o resultado da consulta popular.
"O Conselho Executivo do FMI não quer dar dinheiro à Grécia sem saber o que vai acontecer depois. O conselho quer ter a garantia que a Grécia vai cumprir os seus compromissos e, neste momento, Papandreou não pode garantir isso", afirmou uma fonte ligada ao Conselho Executivo do FMI, citada pela Reuters.
Este referendo apanhou a Europa de surpresa e levou Angela Merkel e Nicolas Sarkozy a agendaram uma reunião de emergência com o primeiro-ministro grego para esta noite, em Cannes, onde amanhã começa a reunião do G20.
"Na semana passada, chegamos a um acordo sobre a Grécia. Queremos colocar este plano em prática mas para isso precisamos de clareza. A reunião desta noite poderá ajudar nesse sentido", afirmou Angela Merkel durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=516561
Ora aí está... o princípio do fim da Grécia no euro!!!

Estavam à beira do precipício e neste momento saltaram... será que levam para-quedas ou será que se vão agarrar a mais alguém?!?!
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Outrra perspectiva geral
Na integração de novos países na CEE os dirigentes europeus e os responsáveis de cada estado membro têm tratado de tudo sem intervenção dos eleitorados dos respectivos países.
Os critérios são por vezes difusos e mal entendidos pelos eleitores.
Tais situações geram integrações não consolidadas, problemas mal resolvidos que podem despontar a qualquer altura e nomeadamente em situações de crise trazendo graves problemas a todos. O caso da Roménia e da mobilidade dos seus nacionais no espaço europeu é outro exemplo.
Além de critérios meramente económicos e estratégicos globais, a situação Grega, veio revelar que outros critérios precisam de ser considerados e que terão que ver precisamente com algum grau de esclarecimento, de consciência cívica e participativa dos países aderentes além da real possibilidade de cumprirem regras básicas de governance.
Os critérios são por vezes difusos e mal entendidos pelos eleitores.
Tais situações geram integrações não consolidadas, problemas mal resolvidos que podem despontar a qualquer altura e nomeadamente em situações de crise trazendo graves problemas a todos. O caso da Roménia e da mobilidade dos seus nacionais no espaço europeu é outro exemplo.
Além de critérios meramente económicos e estratégicos globais, a situação Grega, veio revelar que outros critérios precisam de ser considerados e que terão que ver precisamente com algum grau de esclarecimento, de consciência cívica e participativa dos países aderentes além da real possibilidade de cumprirem regras básicas de governance.
Eu não acredito que os gregos ponham em causa a participação do país na zona euro.
Se assim for, até pode ser que o referendo acabe por reforçar a união monetária e legitimar a estratégia de combate à crise que saiu do último Conselho Europeu.
Será que G-Pap foi encostado à parede pelos militares e em troca do referendo exigiu mudanças nas chefias? Ou serão apenas meras coincidências?
Pelo menos é provável que venha a "ganhar paz social" até à data do referendo.
Se assim for, até pode ser que o referendo acabe por reforçar a união monetária e legitimar a estratégia de combate à crise que saiu do último Conselho Europeu.
Será que G-Pap foi encostado à parede pelos militares e em troca do referendo exigiu mudanças nas chefias? Ou serão apenas meras coincidências?
Pelo menos é provável que venha a "ganhar paz social" até à data do referendo.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
alexandre7ias Escreveu:A mesma coragem deviam ter os países que emprestam dinheiro a Grécia e a outros. Deviam perguntar ao povo se querem continuar a emprestar...Numa democracia quem manda são as pessoas...Pois agora está tudo cheio de medo que eles digam que não...tanto de um lado como do outro.
Não será precisa coragem... parece-me que naturalmente esses referendos surgirão noutros países...
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Governo grego troca todas as chefias militares
Económico com AFP
01/11/11 21:18
Os meios de comunicação do país dizem que o executivo temia que os militares estivessem a preparar um golpe de estado.
Um conselho de segurança do Estado, reunido sob a presidência do primeiro-ministro Georges Papandréou, substituiu os quatros responsáveis das forças armadas do país: o chefe do Estado-maior das armadas, os chefes do estado-maior do exército, da marinha e da força aérea.
O conselho afastou ainda das suas funções uma dúzia de oficiais do exército e da marinha, disse o Ministério da Defesa, num comunicado publicado nesta tarde.
Os meios de comunicação do país dizem que o executivo de Papandreou temia que os militares estivessem a preparar um golpe de estado e que se juntassem à contestação social que tem saído às ruas de Atenas.
No entanto, uma fonte do ministério da Defesa disse à AFP que as reuniões tinham sido programa há bastante tempo, e que não estavam relacionadas com a situação política do país.
O partido da oposição criticou de imediato esta reunião. "Vocês estão acabados, deixem as forças armadas tranquilas", disse Margaritis Tsimas, responsável pelas questões de defesa dentro do partido de direita Nova Democracia. Tsimas acusou esta substituição de ser "anti-democrática".
Os outros partidos também olharam com desconfiança para esta medida governamental. "Isto reforça um clima de incerteza e de inquietação na opinião pública", disse a esquerda democrática.
O anúncio acontece um dia depois de o Governo grego ter anunciado um referendo que decidirá se a Grécia aceita ou não o compromisso que fez com a União Europeia.
Económico com AFP
01/11/11 21:18
Os meios de comunicação do país dizem que o executivo temia que os militares estivessem a preparar um golpe de estado.
Um conselho de segurança do Estado, reunido sob a presidência do primeiro-ministro Georges Papandréou, substituiu os quatros responsáveis das forças armadas do país: o chefe do Estado-maior das armadas, os chefes do estado-maior do exército, da marinha e da força aérea.
O conselho afastou ainda das suas funções uma dúzia de oficiais do exército e da marinha, disse o Ministério da Defesa, num comunicado publicado nesta tarde.
Os meios de comunicação do país dizem que o executivo de Papandreou temia que os militares estivessem a preparar um golpe de estado e que se juntassem à contestação social que tem saído às ruas de Atenas.
No entanto, uma fonte do ministério da Defesa disse à AFP que as reuniões tinham sido programa há bastante tempo, e que não estavam relacionadas com a situação política do país.
O partido da oposição criticou de imediato esta reunião. "Vocês estão acabados, deixem as forças armadas tranquilas", disse Margaritis Tsimas, responsável pelas questões de defesa dentro do partido de direita Nova Democracia. Tsimas acusou esta substituição de ser "anti-democrática".
Os outros partidos também olharam com desconfiança para esta medida governamental. "Isto reforça um clima de incerteza e de inquietação na opinião pública", disse a esquerda democrática.
O anúncio acontece um dia depois de o Governo grego ter anunciado um referendo que decidirá se a Grécia aceita ou não o compromisso que fez com a União Europeia.
PMACS Escreveu:Cúpulas militares Gregas substituídas de surpresa hoje...Top brass replaced
In a surprise move, the defence minister proposed on Tuesday evening the complete replacement of the country’s top brass.
At an extraordinary meeting of the Government Council of Foreign Affairs and Defence (Kysea), which comprises the prime minister and other key cabinet members, Defence Minister Panos Beglitis proposed the following changes to the army, navy and air force and the general staff:
General Ioannis Giagkos, chief of the Greek National Defence General Staff, to be replaced by Lieutenant General Michalis Kostarakos
Lieutenant General Fragkos Fragkoulis, chief of the Greek Army General Staff, to be replaced by lieutenant general Konstantinos Zazias
Lieutenant General Vasilios Klokozas, chief of the Greek Air Force, to be replaced by air marshal Antonis Tsantirakis
Vice-Admiral Dimitrios Elefsiniotis, chief of the Greek Navy General Staff, to be replaced by Rear-Admiral Kosmas Christidis
It is understood that the personnel changes took many members of the government and of the armed forces by surprise. (Athens News
http://www.athensnews.gr/portal/8/49916
É para acalmar os mercados...
Lose your opinion, not your money
Cúpulas militares Gregas substituídas de surpresa hoje...
Top brass replaced
In a surprise move, the defence minister proposed on Tuesday evening the complete replacement of the country’s top brass.
At an extraordinary meeting of the Government Council of Foreign Affairs and Defence (Kysea), which comprises the prime minister and other key cabinet members, Defence Minister Panos Beglitis proposed the following changes to the army, navy and air force and the general staff:
General Ioannis Giagkos, chief of the Greek National Defence General Staff, to be replaced by Lieutenant General Michalis Kostarakos
Lieutenant General Fragkos Fragkoulis, chief of the Greek Army General Staff, to be replaced by lieutenant general Konstantinos Zazias
Lieutenant General Vasilios Klokozas, chief of the Greek Air Force, to be replaced by air marshal Antonis Tsantirakis
Vice-Admiral Dimitrios Elefsiniotis, chief of the Greek Navy General Staff, to be replaced by Rear-Admiral Kosmas Christidis
It is understood that the personnel changes took many members of the government and of the armed forces by surprise. (Athens News
http://www.athensnews.gr/portal/8/49916
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
Fast cars and loose fiscal morals: there are more Porsches in Greece than taxpayers declaring 50,000 euro incomes
Jubilation about the German deal to save the euro could prove short-lived if fresh news of Greek tax evasion gains wider currency. There are more Porsche Cayennes registered in Greece than taxpayers declaring an income of 50,000 euros (£43,800) or more, according to research by Professor Herakles Polemarchakis, former head of the Greek prime minister’s economic department.
While German car workers may take pride in this evidence of their export success, German taxpayers may be less keen to bail out a nation whose population appears to take such a cavalier approach to paying its fiscal dues. Never mind all that macroeconomic talk about deficit distress, many Greeks are still plainly riding high on the hog.
Something can’t be right when the modest city of Larisa, capital of the agricultural region of Thessaly with 250,000 inhabitants, has more Porsches per head of the population than New York or London.
Perhaps the penny – or the euro – is already dropping, because Professor Polemarchakis writes that Larissa “is the talk of the town in Stuttgart, the cradle of the German automobile industry, and, particularly, in the Porsche headquarters there”, since it “tops the list, world-wide, for the per-capita ownership of Porsche Cayennes”.
“The proliferation of Cayennes is a curiosity, given that farming is not a flourishing sector in Greece, where agricultural output generates a mere 3.2pc of Gross National Product (GNP) in 2009 – down from 6.65pc in 2000 – and transfers and subsidies from the European Commission provide roughly half of the nation’s agricultural income.
“A couple of years ago, there were more Cayennes circulating in Greece than individuals who declared and paid taxes on an annual income of more than 50,000 euros.”
Hard to believe? Don’t take my word for it. The report in Athens News will add to fears, expressed by leading economist George Soros and others, that last week’s deal to save the euro can only buy a little time – not a permanent solution. China may also question why it should support economies that pay their unemployed more than most of its workers earn.
Binding such widely differing cultures as Greece and Germany together was always going to be a problem; not least because of diverging attitudes to such financial fundamentals as work and tax. Now, ahead of this week’s G20 Summit in Cannes, some euro-enthusiast must be sent to the cradle of culture to explain that deficits will balloon unless all taxpayers pay their fiscal dues. I nominate Vince Cable.
http://blogs.telegraph.co.uk/finance/ia ... o-incomes/
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
referendo?
Parece que as notícias evoluem a um ritmo alucinante hoje...
Boas notícias: Parece que a ideia do referendo irá deixar de ser necessária,
Más notícias: pois provavelmente teremos a queda do governo grego ainda esta semana com eleições 23 dias depois (se 1 partido ou coaligação tiver maioria, porque caso contrário...)
A INCERTEZA é a palavra em cima da mesa.
Boas notícias: Parece que a ideia do referendo irá deixar de ser necessária,
Más notícias: pois provavelmente teremos a queda do governo grego ainda esta semana com eleições 23 dias depois (se 1 partido ou coaligação tiver maioria, porque caso contrário...)
A INCERTEZA é a palavra em cima da mesa.
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Vamos lá ver se isto não significará o princípio do fim da Grécia no Euro (não é no Euro 2004, quem nos dera que eles não viessem
) e o sinal que os mercados precisam para inverter (como sugeriu o Ulisses)?

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Noticia que li depois mas que vai no mesmo sentido com informações que considero muito relevantes e reveladoras:
" Berlim aguarda "informações oficiais" de Atenas para tomar posição.
O Governo alemão mostrou-se hoje surpreendido com a decisão do primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, de referendar as medidas da União Europeia (UE) para reduzir
a dívida helénica, dizendo esperar "informações oficiais" de Atenas para tomar posição.
"São desenvolvimentos da política interna na Grécia sobre os quais o governo federal não tem informações oficiais, e por isso não comenta", disse um porta-voz do Ministério das Finanças alemão referindo-se ao anúncio feito por Papandreou na segunda-feira, no parlamento grego.
Já Rainer Brüderle, líder parlamentar dos liberais, um dos partidos do Executivo germânico, considerou "estranho" o comportamento do Governo grego.
"A decisão parece indicar que a Grécia quer livrar-se dos compromissos assumidos", disse o político alemão à emissora de rádio Deutschlandfunk. "Não podemos aceitar que a Grécia não queira combater a sua própria miséria, mas espere receber generosas ajudas dos europeus", acrescentou Brüderle.
O líder da bancada liberal exortou, simultaneamente, o Governo de Angela Merkel a elaborar um plano B e um plano C para o caso de os gregos rejeitarem em referendo a planeada reestruturação da dívida pública em 50%, decidida na cimeira da zona euro de quarta-feira passada, a anteceder um novo empréstimo de 100 mil milhões de euros da UE e do FMI a Atenas, ainda em preparação. "Tanto a Alemanha como a Comissão Europeia e os outros países da zona euro têm de se preparar para as consequências da atitude da Grécia", sublinhou Brüderle. "Se o povo grego rejeitar os acordos existentes, chega-se a um ponto em que a Grécia que não deve receber mais dinheiro, é necessário então evitar os riscos de contágio de uma bancarrota do país", acrescentou.
Por seu turno, Joerg Rocholl, professor da Escola Europeia de Gestão e Tecnologia, em Berlim, disse à cadeia de televisão ZDF que se os gregos votarem contra a restruturação da dívida pública e os memorandos assinados com a chamada 'troika' da UE e do FMI "é possível" que a Grécia tenha de sair do euro.
Na opinião do mesmo economista, se Atenas não cumprir as suas promessas, "os outros países da moeda única já não se sentirão comprometidos com as ajudas externas, o que significa que a Grécia já não poderia ficar no euro".
Papandreou anunciou perante deputados do seu partido, o PASOK, no parlamento helénico, que o voto no referendo "será vinculativo" e que se o povo grego recusar o novo acordo com os parceiros do euro e com a UE, este não será promulgado.
Segundo o ministro das Finanças grego, o referendo deverá realizar-se depois de serem conhecidos os pormenores sobre o acordo de reestruturação da dívida, um processo que pode durar até princípios de 2012.
A imprensa alemã destacou hoje a decisão do governo grego de referendar as ajudas europeias. "Papandreou Desafia O Seu Povo", disse em manchete o Tagesspiegel, de Berlim, que coloca ao lado um comentário sobre o mesmo tema, intitulado "A Grande Decisão", em que se sustenta que o resultado do referendo será mais importante do que o fim da Ditadura dos Coronéis, ou a adesão da Grécia à UE, por exemplo."
" Berlim aguarda "informações oficiais" de Atenas para tomar posição.
O Governo alemão mostrou-se hoje surpreendido com a decisão do primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, de referendar as medidas da União Europeia (UE) para reduzir
a dívida helénica, dizendo esperar "informações oficiais" de Atenas para tomar posição.
"São desenvolvimentos da política interna na Grécia sobre os quais o governo federal não tem informações oficiais, e por isso não comenta", disse um porta-voz do Ministério das Finanças alemão referindo-se ao anúncio feito por Papandreou na segunda-feira, no parlamento grego.
Já Rainer Brüderle, líder parlamentar dos liberais, um dos partidos do Executivo germânico, considerou "estranho" o comportamento do Governo grego.
"A decisão parece indicar que a Grécia quer livrar-se dos compromissos assumidos", disse o político alemão à emissora de rádio Deutschlandfunk. "Não podemos aceitar que a Grécia não queira combater a sua própria miséria, mas espere receber generosas ajudas dos europeus", acrescentou Brüderle.
O líder da bancada liberal exortou, simultaneamente, o Governo de Angela Merkel a elaborar um plano B e um plano C para o caso de os gregos rejeitarem em referendo a planeada reestruturação da dívida pública em 50%, decidida na cimeira da zona euro de quarta-feira passada, a anteceder um novo empréstimo de 100 mil milhões de euros da UE e do FMI a Atenas, ainda em preparação. "Tanto a Alemanha como a Comissão Europeia e os outros países da zona euro têm de se preparar para as consequências da atitude da Grécia", sublinhou Brüderle. "Se o povo grego rejeitar os acordos existentes, chega-se a um ponto em que a Grécia que não deve receber mais dinheiro, é necessário então evitar os riscos de contágio de uma bancarrota do país", acrescentou.
Por seu turno, Joerg Rocholl, professor da Escola Europeia de Gestão e Tecnologia, em Berlim, disse à cadeia de televisão ZDF que se os gregos votarem contra a restruturação da dívida pública e os memorandos assinados com a chamada 'troika' da UE e do FMI "é possível" que a Grécia tenha de sair do euro.
Na opinião do mesmo economista, se Atenas não cumprir as suas promessas, "os outros países da moeda única já não se sentirão comprometidos com as ajudas externas, o que significa que a Grécia já não poderia ficar no euro".
Papandreou anunciou perante deputados do seu partido, o PASOK, no parlamento helénico, que o voto no referendo "será vinculativo" e que se o povo grego recusar o novo acordo com os parceiros do euro e com a UE, este não será promulgado.
Segundo o ministro das Finanças grego, o referendo deverá realizar-se depois de serem conhecidos os pormenores sobre o acordo de reestruturação da dívida, um processo que pode durar até princípios de 2012.
A imprensa alemã destacou hoje a decisão do governo grego de referendar as ajudas europeias. "Papandreou Desafia O Seu Povo", disse em manchete o Tagesspiegel, de Berlim, que coloca ao lado um comentário sobre o mesmo tema, intitulado "A Grande Decisão", em que se sustenta que o resultado do referendo será mais importante do que o fim da Ditadura dos Coronéis, ou a adesão da Grécia à UE, por exemplo."
Ai estão os mercados a dizer que pareçe que o acordo foi desfeito.
Naturalmente a troika estará também a considerar a suspensão do que seria a próxima tranche 100 mil milhões a disponibilizar à Grècia.
Pareçe agora em causa a permanência da Grécia na zona euro e desta vez será dificil voltar atrás. O que ainda sobrava de confiança por parte dos dirigentes europeus nos gregos personificada na pessoa do seu primeiro-ministro terá sido definitivamente apagada.
Além do mais torna muito dificil, senão impossivel, justificarem perante os respectivos eleitorados uma ajuda a quem pareçe não quer ser ajudado.
Naturalmente a troika estará também a considerar a suspensão do que seria a próxima tranche 100 mil milhões a disponibilizar à Grècia.
Pareçe agora em causa a permanência da Grécia na zona euro e desta vez será dificil voltar atrás. O que ainda sobrava de confiança por parte dos dirigentes europeus nos gregos personificada na pessoa do seu primeiro-ministro terá sido definitivamente apagada.
Além do mais torna muito dificil, senão impossivel, justificarem perante os respectivos eleitorados uma ajuda a quem pareçe não quer ser ajudado.
Se o Papandreu quer referendar que referende logo se a Grécia quer ou não ficar no Euro.
Estes politicos são uns bandidos... e coitados dos gregos que têm um líder ser tomates...
Estes politicos são uns bandidos... e coitados dos gregos que têm um líder ser tomates...
Marco Martins Escreveu:Marco Martins Escreveu:AutoMech Escreveu:Grécia leva a referendo novo programa de ajuda financeira
31 Outubro 2011 | 18:36
O Governo grego tenciona levar a referendo o novo programa de ajuda financeiro, cujos contornos foram delineados na cimeira europeia da passada quinta-feira. A revelação foi feita hoje pelo primeiro-ministro George Papandreou.
"Confiamos nos cidadãos, confiamos nas suas decisões e nas suas escolhas", disse Papandreou no Parlamento helénico, citado pela Reuters. O líder do Partido Socialista anunciou também que irá pedir um voto de confiança aos parlamentares.
O acordo que saiu da cimeira da semana passada ainda não foi completamente detalhado, mas prevê um "corte" de 50% na dívida pública grega detida por investidores privados, bem como um novo envelope financeiro de cerca de 100 mil milhões de euros, com o objectivo de reduzir a dívida pública para 120% do PIB em 2020.
De acordo com sondagens recentes, cerca de 60% dos gregos vê o acordo como sendo "negativo". A contestação nas ruas não tem dado tréguas ao governo, que se tem visto forçado a reforçar frequentemente as medidas de austeridade para cumprir as metas orçamentais.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=516269
Quanto tempo demorará a fazer o referendo, tirar conclusões e aplicar as decisões?
Um referendo deverá demorar pelo menos:
- uma semana para aprovar no parlamento
- duas semanas de discusão pública
- votação e resultados 2 dias
- duas semanas para aplicação da decisão
Se estas medidas deveriam ser tomadas com caracter urgente, com o referendo demorarão pelo menos um mês.
E se as medidas não forem aprovadas? Nesse caso, a Grécia terá um "embróglio" maior para resolver, pois nesse caso terá de:
- fazer outro referendo para saber o que deverá fazer
- terá de tentar renogociar com os credores
- terá de renegociar com a europa
E provavelmente será posta entre a espada e a parede... ou resolvem os problemas por eles, ou então podem sair do euro!
Começam hoje as críticas acentuadas de outros líderes europeus à Grécia e uma especulação maior a itália com base nesta indefinição europeia.
Acredito que esta semana a europa e principalmente a Alemanha coloquem mesmo a Grécia entre a espada e a parede com a pergunta "Ou saiem ou ficam?".
Marco Martins Escreveu:AutoMech Escreveu:Grécia leva a referendo novo programa de ajuda financeira
31 Outubro 2011 | 18:36
O Governo grego tenciona levar a referendo o novo programa de ajuda financeiro, cujos contornos foram delineados na cimeira europeia da passada quinta-feira. A revelação foi feita hoje pelo primeiro-ministro George Papandreou.
"Confiamos nos cidadãos, confiamos nas suas decisões e nas suas escolhas", disse Papandreou no Parlamento helénico, citado pela Reuters. O líder do Partido Socialista anunciou também que irá pedir um voto de confiança aos parlamentares.
O acordo que saiu da cimeira da semana passada ainda não foi completamente detalhado, mas prevê um "corte" de 50% na dívida pública grega detida por investidores privados, bem como um novo envelope financeiro de cerca de 100 mil milhões de euros, com o objectivo de reduzir a dívida pública para 120% do PIB em 2020.
De acordo com sondagens recentes, cerca de 60% dos gregos vê o acordo como sendo "negativo". A contestação nas ruas não tem dado tréguas ao governo, que se tem visto forçado a reforçar frequentemente as medidas de austeridade para cumprir as metas orçamentais.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=516269
Quanto tempo demorará a fazer o referendo, tirar conclusões e aplicar as decisões?
Um referendo deverá demorar pelo menos:
- uma semana para aprovar no parlamento
- duas semanas de discusão pública
- votação e resultados 2 dias
- duas semanas para aplicação da decisão
Se estas medidas deveriam ser tomadas com caracter urgente, com o referendo demorarão pelo menos um mês.
E se as medidas não forem aprovadas? Nesse caso, a Grécia terá um "embróglio" maior para resolver, pois nesse caso terá de:
- fazer outro referendo para saber o que deverá fazer
- terá de tentar renogociar com os credores
- terá de renegociar com a europa
E provavelmente será posta entre a espada e a parede... ou resolvem os problemas por eles, ou então podem sair do euro!
Começam hoje as críticas acentuadas de outros líderes europeus à Grécia e uma especulação maior a itália com base nesta indefinição europeia.
Acredito que esta semana a europa e principalmente a Alemanha coloquem mesmo a Grécia entre a espada e a parede com a pergunta "Ou saiem ou ficam?".
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