Banca portuguesa pode precisar de 14 mil milhões
PT_Trader Escreveu:Edit: o problema disto é considerar as obrigações a preço de mercado, certo? O que cria o buraco nos bancos...
O interessante da questão é que nos States em 2008 a medida que fez realmente acalmar a crise bancária não foram as injeções de dollars (quantitative easing) nem as nacionalizações temporárias de alguns bancos e AIG nem os "helicópteros negros" do Bernanke a largar dinheiro.
Foi uma simples alteração da regra contabilística que obrigava os bancos a assumir o valor dos ativos tóxicos que detinham ao valor do mercado "mark to market" (que era zero porque o mercado estava paralizado) e passaram a ser avaliados por "um valor adequado" definido pelos próprios bancos.
Assim, de um momento para o outro, como num passe de mágica, os bancos passaram a estar solventes de novo!
Isso fez reanimar o mercado interbancário e as coisas acabaram por se compor.
Porque é que ne UE não fazem o mesmo? Ortodoxia alemã?
Editado pela última vez por atomez em 27/10/2011 18:12, num total de 1 vez.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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K. Escreveu:...Portugal vai ser roubado e obrigado a reestruturar a dívida e a viver na miséria os próximos 20 anos.
Eu não estou a entender a lógica do teu raciocínio.
Tu estás a dizer que Portugal vai entrar em default por causa dos 12 mil milhões destinados à banca e que, se não fosse isso, Portugal teria capacidade para pagar a sua dívida?
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K. Escreveu:Pois bem, aí está: como o artista acima diz, os 15 mil milhões vão adicionar à dívida Portuguesa, que está a aproximar-se do que é considerada a "fronteira" de solvabilidade de um país da União Europeia (que não a Itália nem a Irlanda, que têm as "costas quentes"): os 100%.
Estes 12 mil milhões deverão aumentar em cerca de 7% ou mais, a dívida em função do PIB, correcto?
Edit: o problema disto é considerar as obrigações a preço de mercado, certo? O que cria o buraco nos bancos...
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Não sei se alguém ainda se lembra do meu post em Abril onde dizia exactamente que o FMI e a Europa iam obrigar a utilizar parte do dinheiro do Resgate para recapitalizar os bancos de acordo com os haircuts esperados pelo mercado secundário de obrigações. E que isto era um elemento fundamental no processo que ia levar ao default (ou seja, nada disto é ao acaso, já está tudo planeado há muito tempo). E não é feito por políticos portugueses (eles bem que tentam lutar contra a maré, mas parece não haver mesmo nada a fazer). Puxei este tópico há 3 dias, mas não teve seguimento.
Pois bem, aí está: como o artista acima diz, os 15 mil milhões vão adicionar à dívida Portuguesa, que está a aproximar-se do que é considerada a "fronteira" de solvabilidade de um país da União Europeia (que não a Itália nem a Irlanda, que têm as "costas quentes"): os 100%.
Vejam bem o que se está a preparar: vão injectar nos bancos o correspondente a um valor de haircut da dívida Potuguesa, dívida essa que, se não fosse essa injecção, poderia ser paga (eliminando a necessidade da injecção). Ou se não podesse ser paga, qual seria o nexo destas medidas draconianas de austeridade?
A verdade é que neste momento Portugal pode mesmo recuperar a solvência. Mas depois das injecções já não pode. E porque elas vão ser feitas? Para prevenir o caso da insolvência de Portugal!
Isto não é matar o doente com a cura, é bem pior: é tratar o doente com mais doença...
E assim, enquanto se discute o que roubou este e aquele, e quanto ganha aquele e outro e o subsídio, etc, Portugal vai ser roubado e obrigado a reestruturar a dívida e a viver na miséria os próximos 20 anos. E daqui a 20 anos ainda vão estar a discutir se foi o Alberto João, o Sócrates, o BPN, a Mota-Engil, as Auto-estradas, o chumbo do PEC, o 25 de Abril, a guerra colonial, o Cavaco, os consumistas, os supermercados, os impostos, as invasões Napoleónicas os Rottschild, a queda da monarquia, o Salazar, o Mario Soares...
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11
Será que vão mesmo deixar isto acontecer? Bem que eu gostaria de acreditar que não.
Pois bem, aí está: como o artista acima diz, os 15 mil milhões vão adicionar à dívida Portuguesa, que está a aproximar-se do que é considerada a "fronteira" de solvabilidade de um país da União Europeia (que não a Itália nem a Irlanda, que têm as "costas quentes"): os 100%.
Vejam bem o que se está a preparar: vão injectar nos bancos o correspondente a um valor de haircut da dívida Potuguesa, dívida essa que, se não fosse essa injecção, poderia ser paga (eliminando a necessidade da injecção). Ou se não podesse ser paga, qual seria o nexo destas medidas draconianas de austeridade?
A verdade é que neste momento Portugal pode mesmo recuperar a solvência. Mas depois das injecções já não pode. E porque elas vão ser feitas? Para prevenir o caso da insolvência de Portugal!
Isto não é matar o doente com a cura, é bem pior: é tratar o doente com mais doença...
E assim, enquanto se discute o que roubou este e aquele, e quanto ganha aquele e outro e o subsídio, etc, Portugal vai ser roubado e obrigado a reestruturar a dívida e a viver na miséria os próximos 20 anos. E daqui a 20 anos ainda vão estar a discutir se foi o Alberto João, o Sócrates, o BPN, a Mota-Engil, as Auto-estradas, o chumbo do PEC, o 25 de Abril, a guerra colonial, o Cavaco, os consumistas, os supermercados, os impostos, as invasões Napoleónicas os Rottschild, a queda da monarquia, o Salazar, o Mario Soares...
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Será que vão mesmo deixar isto acontecer? Bem que eu gostaria de acreditar que não.
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Elias, aumentar o IVA faz com diminuir o consumo e é equitativo (quem consome é porque pode consumir, logo, são afectados os que podem pagar). Mas faz com que se comece a trazer de fora coisas que são masi baratas - começas a ir a espanha comprar tudo...
E estou contigo, não entendo que não se mexam nas pensões calculadas com base nos últimos anos contributivos e se aumentem impostos a quem trabalha. ninguém falou em fazer recálculos de pensões. E não me parece que alguém pudesse dizer que seria uma medida injusta. É muitissimo necessário mexer nos sistemas de cálculos de pensões que são de uma injustiça extrema para quem está a contribuir mas, mais uma vez, nisso não se fala. Cortar sim, mas com equidade e com justiça e razoabilidade.
E estou contigo, não entendo que não se mexam nas pensões calculadas com base nos últimos anos contributivos e se aumentem impostos a quem trabalha. ninguém falou em fazer recálculos de pensões. E não me parece que alguém pudesse dizer que seria uma medida injusta. É muitissimo necessário mexer nos sistemas de cálculos de pensões que são de uma injustiça extrema para quem está a contribuir mas, mais uma vez, nisso não se fala. Cortar sim, mas com equidade e com justiça e razoabilidade.
migluso Escreveu:O IVA nos últimos 10 anos subiu 35%. Resolveu alguma coisa?
Não, os portugueses constinuaram a consumir como se não houvesse amanhã!

Na minha opinião isso faz com que haja ainda espaço para mais aumentos a esse nível, parece-me bem mais aceitável que se aumente o IVA para 25% do que aumentar o IVA de alguns produtos de 6 para 23%...
Além do que estamos a falar de uma medida extraordinária, para dois anos!!




migluso Escreveu:A despesa total do Estado foi sempre a subir nesta última década, já depois de termos mergulhado de tanga no pântano.
É verdade que o peso das despesas com pessoal no Estado, nesta última década, aproximou-se da média europeia, no entanto continua acima. Mesmo assim, tenho um palpite que se aproximou devido ao processo de desorçamentação que assistimos nesse período.
O pior é que o grande problema da despesa está nas pensões e subsidios, mas o que têm levado com mais austeridade são os que produzem... ma maioria, para não dizer todos, a trabalhar com muito piores condições do que tiveram os que já se reformaram!

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O IVA nos últimos 10 anos subiu 35%. Resolveu alguma coisa?
A despesa total do Estado foi sempre a subir nesta última década, já depois de termos mergulhado de tanga no pântano.
É verdade que o peso das despesas com pessoal no Estado, nesta última década, aproximou-se da média europeia, no entanto continua acima. Mesmo assim, tenho um palpite que se aproximou devido ao processo de desorçamentação que assistimos nesse período.
Tens razão relativamente ao pinóquio. Enquanto o nossos sistema democrático não garantir a verdade, é isto que nos espera.
A despesa total do Estado foi sempre a subir nesta última década, já depois de termos mergulhado de tanga no pântano.
É verdade que o peso das despesas com pessoal no Estado, nesta última década, aproximou-se da média europeia, no entanto continua acima. Mesmo assim, tenho um palpite que se aproximou devido ao processo de desorçamentação que assistimos nesse período.
Tens razão relativamente ao pinóquio. Enquanto o nossos sistema democrático não garantir a verdade, é isto que nos espera.
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migluso Escreveu:Termino só dizendo isto: adiar a redução da despesa do Estado, só porque o Estado tem o poder de aumentar impostos, não resolve o problema. Só o adia, e quanto mais adiar pior será. É como o pedido de ajuda externa.
O problema está na forma como se está a cortar a despesa, se é que isto se pode considerar cortar na despesa?!... estes cortes cegos e injustos não vão trazer melhorias para ninguém, nem para os privados... ou se calhar, muito menos para a maioria dos privados!
Aumentar os impostos, no caso o IVA, tinha a vantagem de se ser menos recessivo e distribuir bem melhor a austeridade por todos, não provocando tantos danos na economia... para além de tornar o primeiro ministro bem menos "pinóquio"!

O único grande problema da despesa do estado está obviamente nas pensões e subsídios... no resto o que havia a cortar seria sobretudo com despedimentos de funcionários pouco produtivos, não me parece que haja muito mais por onde cortar... a não ser que, por exemplo, na educação os alunos passem a ter apenas Português e Matemática!


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artista Escreveu:Estás a dizer que os erros dos políticos devem ser pagos pelos trabalhadores do estado? Os privados não votam? Já houve aqui quem defendesse que os trabalhadores do estado não deviam votar (![]()
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), nesse caso talvez achasses que quem deveria pagar a crise seriam os privados?!
artista,
A minha opinião sobre este assunto já ficou bem expressa no tópico do orçamento de Estado.
Não vou alimentar mais esse debate.
Termino só dizendo isto: adiar a redução da despesa do Estado, só porque o Estado tem o poder de aumentar impostos, não resolve o problema. Só o adia, e quanto mais adiar pior será. É como o pedido de ajuda externa.
Alternativas a estas medidas? Vamos esperar para ver o que os partidos da oposição têm a dizer. Quero ver se algum faz milagres. Deus queira que sim!!!
Ah, alternativas do lado da despesa, obviamente.
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De qualquer forma gostaria, mais uma vez, de deixar claro que aquilo que não concordo é com as opções da austeridade, acho as medidas injustas, pouco equilibradas e altamente devastadoras para a economia nacional, desta forma, altamente devastadoras para os privados também... aumentar o IVA seria uma opção claramente mais correcta e menos geradora de recessão! Além de que não surpreenderia ninguém, o PPC sempre disse que "se houvesse necessidade de fazer algum ajuste preferia taxar o consumo do que voltar a retirar rendimento às famílias"




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migluso Escreveu:artista Escreveu:E depois quem paga a crise são os trabalhadores do estado, sim ai é que está o problema... não é na Madeira, nem no BPN, nem na banca!!![]()
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Foi o Sócrates que andou quase 2 anos a "obrigar" a banca a comprar dívida soberana portuguesa para o Estado poder pagar os salários da FP, bem como muitos desperdícios, regalias e roubos do dia a dia que se praticam impunemente na máquina do Estado.
Só quando o BCE encostou o BP à parede, o BP encostou os bancos comerciais e este a seguir encostou à parede o Estado, é que Sócrates cedeu e decidiu pedir ajuda externa.
Quanto mais se atrasou o pedido de ajuda, pior para os bancos e em último recurso, como se está agora a comprovar, pior para os contribuintes.
Mas onde estão aqueles que defendiam que se devia evitar o pedido de ajuda a todo o custo? Esses também são responsáveis por uma fatia destes 7 mil milhões (que de outro modo poderiam ser 5 ou 6 MM, não sei).
Portugal agiu como um trader que só fecha a posição quando tem uma margin call. Igualzinho.
Estás a dizer que os erros dos políticos devem ser pagos pelos trabalhadores do estado? Os privados não votam? Já houve aqui quem defendesse que os trabalhadores do estado não deviam votar (




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Pata-Hari Escreveu:Marco, o caso do BPN foi diferente, foi num contexto totalmente diferente e o dinheiro veio efectivamente do estado. Aqui está a falar-se de 12 mil milhões disponibilizados pela troika só e apenas para recapitalizar a banca.
Da troika?! Mas quem é que fica com a dívida desses 12 mil milhões? quem é que paga os juros dessa dívida?! Não é o estado português?! Se os bancos tiverem buracos irrecuperáveis quem é que fica a arder? não é o estado português? Não são todos os portugueses?!
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artista Escreveu:E depois quem paga a crise são os trabalhadores do estado, sim ai é que está o problema... não é na Madeira, nem no BPN, nem na banca!!![]()
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Foi o Sócrates que andou quase 2 anos a "obrigar" a banca a comprar dívida soberana portuguesa para o Estado poder pagar os salários da FP, bem como muitos desperdícios, regalias e roubos do dia a dia que se praticam impunemente na máquina do Estado.
Só quando o BCE encostou o BP à parede, o BP encostou os bancos comerciais e este a seguir encostou à parede o Estado, é que Sócrates cedeu e decidiu pedir ajuda externa.
Quanto mais se atrasou o pedido de ajuda, pior para os bancos e em último recurso, como se está agora a comprovar, pior para os contribuintes.
Mas onde estão aqueles que defendiam que se devia evitar o pedido de ajuda a todo o custo? Esses também são responsáveis por uma fatia destes 7 mil milhões (que de outro modo poderiam ser 5 ou 6 MM, não sei).
Portugal agiu como um trader que só fecha a posição quando tem uma margin call. Igualzinho.
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artista Escreveu:[
Só no BPN o estado meteu os subsídios de Férias e Natal de 2012 de todos os FP's, pensionistas, trabalhadores do estado e trabalhadores de empresas estatais... claro que não tem nada a ver!!![]()
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E depois quem paga a crise são os trabalhadores do estado, sim ai é que está o problema... não é na Madeira, nem no BPN, nem na banca!!


http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... 0000000021
BPN: Custos maiores que cortes
Os custos acumulados da nacionalização do BPN em 2010 e 2011 são superiores ao valor dos cortes dos subsídios de Natal e Férias da Função Pública e pensionistas. Segundo a Unidade Técnica de Apoio Orçamental, os custos do BPN estão avaliados em 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Os cortes nos subsídios representam 2016 milhões de euros (1,2% do PIB).
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migluso Escreveu:O Estado só ganha dinheiro se daqui a uns anos, e se tudo correr bem, alienar a sua posição com mais valia ou ficar umas décadas como accionista a receber dividendos.
Já todos percebemos que é isso mesmo que vai acontecer!!

Quem me dera ser bancário... sendo que banqueiro seria bem mais difícil!

migluso Escreveu:Há um banqueiro que me tem desiludido particularmente: Ulrich. Talvez por ser o que tinha em melhor conta antes desta crise, não sei.
Eu não acredito que ele acreditava naquilo que se ensina nas universidades, isto é, que há um investimento sem risco, neste caso a dívida soberana.
Já somos dois... embora eu já lhe tivesse baixado o rating quando ele não aceitou a fabulástica OPA do BCP!

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MarcoAntonio Escreveu:PIKAS Escreveu:
Quanto aos bancos, a troika empresta, empresta leia-se, compreenda-se empresta ( com juros ) até ao limite de 12 mil milhões para recapitalização da banca, creio que a 8 anos. Quem paga os juros: os bancos. O estado aqui é zero, é apenas o veículo. Não há impostos do povo aqui a não ser que isto vá para os porcos e aí nem estado sobrará, quanto mais dívida...
Claro que não, claro que não. Veja-se o caso do BPN!
Só no BPN o estado meteu os subsídios de Férias e Natal de 2012 de todos os FP's, pensionistas, trabalhadores do estado e trabalhadores de empresas estatais... claro que não tem nada a ver!!


Eu agora, que estou desafogado, vou comprar um carro e fazer umas viagens... se daqui a um ou dois anos não tiver dinheiro para pagar as minhas despesas, isso não terá nada a ver com o que gasto agora!!


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PIKAS Escreveu:Quem pagou os custos: os bancos, não o estado. Logo onde entram os impostos do pessoal? Em lado nenhum.
Cumprimentos,
O Estado só ganha dinheiro se daqui a uns anos, e se tudo correr bem, alienar a sua posição com mais valia ou ficar umas décadas como accionista a receber dividendos.
Até lá, são os contribuintes que pagarão os juros sobre o dinheiro que a troika emprestará ao Estado para este entrar no capital da banca.
Há um banqueiro que me tem desiludido particularmente: Ulrich. Talvez por ser o que tinha em melhor conta antes desta crise, não sei.
Eu não acredito que ele acreditava naquilo que se ensina nas universidades, isto é, que há um investimento sem risco, neste caso a dívida soberana.
O grande risco do perdão de parte da dívida grega é o contágio a outros países do euro.
Uma das medidas que sairá da nova estratégia europeia terá como objectivo evitar o contágio, na esperança que os países equilibrem as contas públicas e os spreads das obrigações desses países em relação às bunds alemãs normalizem, permitindo o regresso ao mercado dos países já intervencionados e retirando das costas do BCE a defesa das yields espanholas e italianas.
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PIKAS Escreveu:
Oh Marco explica-me lá ( como se fosse loiro... )
Como é que o 13º e 14º mês ( medidas extraordinárias e temporárias ) vai contribuir para salvar instituições privadas?
Estes subsídios ( ou o seu não pagamento ) vai permitir baixar as despesas do estado, logo e tão só o deficit orçamental do estado é menor.
Eu tenho a certeza plena de que aplicas exactamente o mesmo raciocínio para outras tantas reduções da despesa:
> A redução das pensões e reformas;
> A redução dos subsídios de desemprego;
> A redução de abonos vários;
> A redução dos benefícios fiscais em sede de IRS (com despesas de saúde, educação, etc);
> Etc.
Até porque grosso modo o Estado gasta nestas despesas entre 35 e 40 mil milhões de euros, quase metade do orçamento e o dobro do que gasta com os seus trabalhadores. As despesas com prestações sociais é a maior parcela a contribuir para o déficit!
Mas isto é assim: aumentar receita, diminuir despesa e ainda gastar dinheiro em partes várias. E as três parcelas são completamente desconexas e nada têm que ver umas com as outros nos seus crescimentos, descrescimentos e esforços relativos. Totalmente de acordo contigo (ou se calhar não, convém esclarecer, caso a ironia não passe).

PIKAS Escreveu:
Quanto aos bancos, a troika empresta, empresta leia-se, compreenda-se empresta ( com juros ) até ao limite de 12 mil milhões para recapitalização da banca, creio que a 8 anos. Quem paga os juros: os bancos. O estado aqui é zero, é apenas o veículo. Não há impostos do povo aqui a não ser que isto vá para os porcos e aí nem estado sobrará, quanto mais dívida...
Claro que não, claro que não. Veja-se o caso do BPN!

Editado pela última vez por MarcoAntonio em 25/10/2011 21:41, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Mcmad Escreveu:
Existiram muitas críticas a um colega de forum que dizia que o BCP ia parar aos 0.5€ quando este cotava acima de 1€. Ele agora está nos 16 cêntimos.
Não foi aqui, foi na concorrência ( nick chinês ).
Lembro-me muitissimo bem dessa iscussão.
Cumprimentos,
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- Localização: Alcabideche
MarcoAntonio Escreveu:O que são 14 mil milhões quando temos tantos contribuintes, consumidores, trabalhadores do privado e funcionários públicos para contribuirem com medidas extraordinárias e temporárias para salvar instituições privadas?
Vocês também fazem confusão com qualquer coisa. Isto não há-de ser nada...
Oh Marco explica-me lá ( como se fosse loiro... )
Como é que o 13º e 14º mês ( medidas extraordinárias e temporárias ) vai contribuir para salvar instituições privadas?
Estes subsídios ( ou o seu não pagamento ) vai permitir baixar as despesas do estado, logo e tão só o deficit orçamental do estado é menor.
Isto é: é certo que mesmo apesar da crise, o estado vai ter mais despesas que receitas e, vai daí, vai ter um déficit que já não é de 9% mas que se pretende que seja 4,9%. Ou seja, o estado vai receber x e vai gastar x+4,9%.
O programa de assistência externa, porque o estado já não tem quem lhe empreste ou empresta a taxas proíbitivas, empresta dinheiro ao estado para cobrir essa diferença, mediante determinadas condições, as quais já estamos a sentir na pele e mais duras ainda aí virão por muitas manifestações que se façam.
É assim: ou queres e tens ou não queres e vai pedir ao totta ( termo técnico para não haver ). Mas para teres, tens que...
Quanto aos bancos, a troika empresta, empresta leia-se, compreenda-se empresta ( com juros ) até ao limite de 12 mil milhões para recapitalização da banca, creio que a 8 anos. Quem paga os juros: os bancos. O estado aqui é zero, é apenas o veículo. Não há impostos do povo aqui a não ser que isto vá para os porcos e aí nem estado sobrará, quanto mais dívida...
Os bancos vão mesmo ter que recorrer à capitalização por via desta linha, disso não tenho dúvidas por muito que eles digam que não querem, mas, pois, blá...
O estado recebe a massa e torna-se um género de avalista, canaliza-a para a banca, assume-se como garante dessa massa e para tal pode tomar ( não é certo que assim seja ) a figura de acionista e controla o destino da massa e garante a aplicação e o pagamento dos respetivos juros e quando tudo estiver regressado à normalidade ausenta-se.
Quem pagou os custos: os bancos, não o estado. Logo onde entram os impostos do pessoal? Em lado nenhum.
Cumprimentos,
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Com o BCP a 4 cêntimos é fácil de verificar que ainda pode cair 100%.
Existiram muitas críticas a um colega de forum que dizia que o BCP ia parar aos 0.5€ quando este cotava acima de 1€. Ele agora está nos 16 cêntimos.
Aguardemos a oficialização da entrada do Estado no seu capital, uma vez que não estou a ver os privados com capital para entrar.

Existiram muitas críticas a um colega de forum que dizia que o BCP ia parar aos 0.5€ quando este cotava acima de 1€. Ele agora está nos 16 cêntimos.
Aguardemos a oficialização da entrada do Estado no seu capital, uma vez que não estou a ver os privados com capital para entrar.
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JCS Escreveu:Se isso fosse tudo verdade e os aumentos de capital fossem sempre cash do banco o BCP hoje tinha nos cofres muito mais de 7200 milhões de euros (porque muitos aumentos de capital foram feitos acima de €1). Não tem. Gastou tudo em balcões?
É verdade no momento em que o aumento de capital ocorre, daí para a frente o mercado descontará o futuro. Até pode subir se o mercado achar que as coisas vão melhorar... o problema está aqui, dificilmente isto melhorará nos próximos anos, em todos os sentidos! Da mesma forma que a degradação crescente das finanças dos países fizeram "desaparecer" o capital que os accionistas têm colocado nos bancos nos últimos anos!
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MarcoAntonio Escreveu:O que são 14 mil milhões quando temos tantos contribuintes, consumidores, trabalhadores do privado e funcionários públicos para contribuirem com medidas extraordinárias e temporárias para salvar instituições privadas?
Vocês também fazem confusão com qualquer coisa. Isto não há-de ser nada...


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