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Caldeirão da Bolsa

Preferem receber menos ou ser despedidos?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por ferradura » 16/12/2011 22:50

Sobre os 30 minutos diários, prefiro que as empresas e os empresários vão à falência e fechem as empresas.
Isto é escravatura para alguns senhores continuarem a andar de ferrari.
Se fosse 30 minutos em que o tal "patrão" pagava, mas esse dinheiro fosse para o estado, ainda compreendia.
Agora trabalhar de borla, para os ladroes dos patrões encherem os bolsos.
Antes a destruição !
 
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por alexandre7ias » 16/12/2011 17:46

A Direcção Regional de Setubal do PCP enviou às redacções a seguinte nota sobre a pergunta entregue hoje pelo Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português na Assembleia da República – Ministério da Economia e do Trabalho, acerca da ameaça de eventual deslocalização da Delphi, no concelho do Seixal.

«O Grupo Parlamentar do PCP teve conhecimento que um auditor externo fez uma proposta aos trabalhadores da Delphi, situada no Concelho do Seixal: ou aceitam a adaptabilidade para trabalharem 12 horas diárias, ou a Delphi é deslocalizada para a Polónia. Acrescentou de seguida que mesmo que aceitem a adaptabilidade não é garantido que a empresa se mantenha em Portugal. Estão em causa 700 postos de trabalho. É inadmissível a chantagem e a pressão feita aos trabalhadores da Delphi, para retirarem os seus direitos e aumentar brutalmente a exploração. Querem impor aos trabalhadores a desregulação total do horário de trabalho, pondo e dispondo da vida dos trabalhadores como se fosse pertença da empresa. A possibilidade de deslocalização da Delphi para outro país constituiria mais um passo na destruição do aparelho produtivo, na destruição de postos de trabalho e consequentemente atiraria para o desemprego centenas de trabalhadores, assim como criaria mais dificuldades para as suas famílias, para a região e para o país, num momento em que o desemprego, as desigualdades e a pobreza aumentam no nosso país, ao mesmo tempo que o Governo se prepara para implementar novas reduções nas prestações sociais, como por exemplo no subsídio de desemprego. O Governo tem de intervir, através de todos os meios que estiverem ao seu alcance, para evitar a deslocalização da Delphi, salvaguardar os postos de trabalho e a continuação da laboração desta empresa em Portugal. Podem contar com a luta dos trabalhadores da Delphi na defesa dos seus direitos e dos seus postos de trabalho. Ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo, que por intermédio do Ministério da Economia e do Emprego, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos: 1. O Governo tem conhecimento da intenção de deslocalização da Delphi para a Polónia? Em caso positivo, como tomou conhecimento? 2. Que medidas vai o Governo tomar para evitar a deslocalização da Delphi e salvaguardar os postos de trabalho? 3. O Governo atribuiu algum apoio para a instalação da Delphi? Quais? Que compromissos foram assumidos pela empresa e qual o nível de cumprimento?




:mrgreen: +meia hora
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por alexandre7ias » 16/12/2011 6:35

Mais de metade dos jovens com menos de 25 anos ganha menos de 500 euros, assim como um quarto dos jovens entre os 25 e os 34 anos, sobretudo porque têm empregos precários e de baixa qualificação.

De acordo com um estudo que vai hoje ser divulgado pela CGTP, 51 % dos jovens trabalhadores com menos de 25 anos têm um salário inferior a 500 euros, tal como 24,5 % dos jovens entre os 25 e os 34 anos.

Segundo o documento, a que a Agência Lusa teve acesso, 40 % dos jovens têm um contrato de trabalho a prazo e um quarto ocupa postos de trabalho de baixa qualificação, o que, juntamente com a elevada concentração em setores de atividade com salários baixos, leva a que a maioria dos jovens tenha salários inferiores a 750 euros.

Jovens mais atingidos pela precariedade

A análise feita aponta ainda como razão para os baixos salários entre os jovens a discriminação entre trabalhadores permanentes e precários, dado que os contratados a prazo ganham menos 25 % por hora que os permanentes, diferença que no caso das empresas de trabalho temporário chega aos 40%.

Embora a precariedade atinja todas as camadas etárias (28,7 % dos trabalhadores), são os jovens os mais atingidos, pois representam 57 % do total dos precários.

Citando dados do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, o texto refere que em 2010 trabalhavam por conta de outrem 1,2 milhões de jovens entre os 18 e os 34 anos.

O emprego dos jovens está concentrado no setor dos serviços (68,3 %) e na indústria (30,4 %).

Aumento do desemprego de longa duração

Entre 1998 e 2009 perderam-se mais de 160 mil postos de trabalho (42 %) na indústria transformadora que eram ocupados por jovens.

Os jovens são também os mais penalizados pelo aumento do desemprego, em particular pelo desemprego de longa duração.

No início da década de 2000, os jovens desempregados representavam menos de quatro % do total de desempregados e em 2010 passaram a representar 19 %.

O estudo vai ser divulgado num seminário sobre o estatuto laboral e social dos jovens promovido pela CGTP e resultou de uma colaboração entre o gabinete de estudos da central sindical e o ISCTE.
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por alexandre7ias » 16/12/2011 6:27

Governo pede urgência no aumento de horas de trabalho

Já chegou ao Parlamento a proposta de lei para aumentar em mais meia hora o tempo de trabalho diário.

Com um 'pedido de prioridade e urgência', deu ontem entrada na Assembleia da República a proposta de lei que vem alargar o horário diário de trabalho do sector privado em mais meia hora.

O projecto terá agora um período de discussão pública - que poderá ir até 30 dias - para depois ser discutido e aprovado pelo Parlamento.

A proposta, que conta com o vivo repúdio das organizações sindicais e as dúvidas de algumas das organizações patronais, é apresentada pelo Governo como um meio de 'promover a melhoria do desempenho económico das empresas'.

A ser aprovada - como se prevê - pela maioria parlamentar, a lei vai prevalecer sobre as cláusulas dos contratos individuais de trabalho, bem como sobre os acordos colectivos.

Governo avança sem parceiros sociais

O projecto fazia parte do vasto pacote de medidas em discussão em sede de Concertação Social, da qual fazem ainda parte as indemnizações por despedimento, as alterações aos motivos de justa causa de despedimento, assim como matérias de formação profissional e de incentivo ao emprego.

No entanto, no Conselho de Ministros do passado dia 7, o Governo fez aprovar o projeto e avançou com a iniciativa legislativa, mesmo antes do acordo entre parceiros sociais.

De fora neste alargamento do horário de trabalho ficam as empresas que promovam despedimentos, bem como as trabalhadoras grávidas, trabalhadores estudantes ou deficientes.

A norma vigora apenas enquanto durar o programa de assistência económica a Portugal, isto é, no mínimo até 2013.


Tanta urgencia deve ser para receber mais uns milhões da troika. É urgente é urgente :mrgreen: :mrgreen: toca a trabalhar
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por alexandre7ias » 16/12/2011 6:00

:mrgreen:

Meia hora extra trocada por trabalho grátis nos feriados



Havendo acordo, será possível ter sábados e feriados de trabalho a custo zero. Todos os trabalhadores privados ficam sujeitos à meia hora.

As empresas poderão convocar os empregados para trabalhar nos feriados sem que, para tal, tenham de pagar qualquer remuneração ou dar uma folga. Ano Novo ou 1.º de Maio podem estar em risco, na sequência da proposta de lei do Governo que vai ser discutida no Parlamento. De acordo com o projecto que regula o aumento do horário de trabalho em mais meia hora por dia, todos os trabalhadores do privado ficam sujeitos à medida, que também vai prevalecer sobre as convenções colectivas.
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por alexandre7ias » 15/12/2011 9:42

Empresas que despeçam vão poder usar a meia hora extra se voltarem a contratar o mesmo número de trabalhadores despedidos.

E têm 30 dias para o fazer, a contar da data do despedimento.

O Governo já tinha dito que a utilização da meia hora não se aplicava a empresas em que houvesse destruição líquida de emprego. Mas a proposta que ontem entrou no Parlamento só refere a situação de despedimento colectivo ou extinção de posto; não fala em rescisões por acordo (como foi referido pelo Governo), cessação de contratos a termo, despedimento por inadaptação ou outros.

A proposta também define o procedimento a tomar: no mesmo prazo de 30 dias, a empresa comunica aos serviços oficiais a admissão do novo trabalhador. Na situação de despedimento colectivo, estes serviços têm de comunicar à Autoridade para as Condições do Trabalho os casos em que há destruição líquida de emprego, nos 15 dias seguintes ao período que a empresa tinha para contratar.

O aumento da meia hora também vai aplicar-se a trabalhadores em adaptabilidade ou bancos de horas mas no caso de pessoas com isenção de horário, deixa de fora os que não estão sujeitos aos limites máximos do período normal de trabalho.

O diploma também prevê que os regimes legais especiais que já possibilitam um período normal de trabalho inferior não possam aumentar ao ponto de ultrapassar esse tecto.

Mais uma vez se define que, por acordo com o trabalhador, o tempo extra de trabalho possa acumular durante quatro semanas e ser usado na semana seguinte, fora do dia de descanso obrigatório.



Pelos vistos trabalhar mais não chega....a proxima é ganhar menos. Há sempre alguem disposto a trabalhar mais e a ganhar menos......acho que 250€ mes e 12 horas de trabalho durante seis dias por semana era o ideal.
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por A330-300 » 15/12/2011 9:33

Pata-Hari Escreveu:
ferradura Escreveu:Prefiro que uma empresa vá à falência do que baixar o salário.
Uma empresa falir, é como um doente que tem uma doença grave, e mais vale morrer.
Baixar salários, da forma como se pretende fazer, é únicamente para encher os bolsos aos mesmos, e piorar drasticamente o equilibrio orçamental.
Quanto menos se ganha, menos se contribui, e eu penso que as pessoas esqueçem-se desse "pormenor".
Se todos "excepto F.P", recebeçem o ordenado minimo, o estado não teria dinheiro para o estado social.

Deixo aqui duas questoes:
Penso que foi o senhor A330 que deixou um link com os salários praticados na Irlanda.
É incrivel que eles têm salários cerca de 3X superiores ao nossos para as mesmas posições.
No entanto são muito competitivos.
A Alemaha tem salários tb muito supeiores aos nossos, mas é muito mais competitiva.

O nosso problema está no nosso patronato, pois afinals não são empresários, mas sim o velho e tipico patrão, que mal sabe ler, e quer é pagar nada.

O trabalhador, esse, perante tão pouco, está-se nas tintas para o trabalho.


Deveria de haver um compromisso, bons empresários geram bons colaboradores e com isso uma boa economia.


Ferradura, os trabalhadores que se estão nas tintas podem sair. Há muitos outros que querem trabalhar por menos. Tu, o trabalhador individual, não és o centro do mundo e não tens o direito de impor ao resto do mundo que não pode trabalhar por menos dinheiro.


Não discordo totalmente do Ferradura quando diz que é estranho que haja países que pagam mais e são mais competitivos que nós.
Será que isso ocorre por causa da dificuldade de despedir os maus empregados?
Se for isso , vem de encontro ao que eu dizia há tempos em algum post. Acho que se deve abrir mão de direitos adquiridos relativamente ao despedimento e outras coisas, mas isso não deve ser feito como querem fazer que é simplesmente tirar.
Isso deveria ser negociado entre sindicatos e governo e trocado por dinheiro.

Aí sim , deixaríamos de ser um país de miseráveis.

Também estou de acordo quando diz que os empresários aqui são um bando de Joaquins da mercearia com a caneta na orelha.

Quanto a fechar as empresas,não.Na maioria das vezes as pessoas não querem trabalhar por menos.Tem que trabalhar por menos.E acaba sendo uma solução para alguns.
Eu mesmo poderia aceitar trabalhar por menos , mas era da maneira que me punha a andar em dois tempos.Era limpinho.

A330

PS: Não fui eu que pus o link dos salários e o senhor está no céu.Aqui sou só A330.
A única pessoa que está no céu e tem o direito de ser chamada de senhora é a Pata.:)
 
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por alexandre7ias » 15/12/2011 9:29

O horário de trabalho vai passar a ter mais 30 minutos adicionais e a pertinência da medida já gerou muitas discussões. A Renascença ouviu um investigador e um empresário sobre as vantagens e desvantagens do tempo extra e o entuasiasmo não é intenso quanto à eficácia da medida.

Para Luís Bento, especialista em recursos humanos, os 30 minutos adicionais não vão tornar a generalidade das empresas portuguesas mais competitivas e podem gerar um forte aumento do desemprego.

"Os primeiros seis meses de 2012 vão ser um período de adaptação e é muito provável que depois desse período esta medida vá gerar desemprego e vamos ver os efeitos no segundo semestre do ano que vem. Pode ser um semestre devastador no aumento do desemprego em Portugal."

O novo cenário pode mesmo piorar um quadro que tem ficado cada vez mais negro, considera Luís Bento.

“Já este ano não conseguimos corrigir a taxa de desemprego, como habitualmente, pelo efeito da sazonalidade. As estimativas para 2012 têm vindo a subir progressivamente. A própria Eurostat tem vindo a corrigir a nossa taxa de desemprego trimestralmente em valores muito perto dos 0,5% e as expectativas para 2012 apontam para que o desemprego se venha a situar entre os 14 e 15%”, considera Luís Bento.

Segundo o investigador, a economia portuguesa não tem condições para suportar um aumento tão drástico. E socialmente também não, até porque, sublinha o especialista, Portugal está a cortar nos apoios sociais em clima de recessão, ao contrário do que fizeram outros países.

“Ora, numa situação de crise, essa é uma área na qual não se pode cortar, porque a crise vai gerar mais necessidades sociais e não podemos continuar a deixar que a crise se agrave, aumentando as necessidades sociais e, paralelamente, cortando os apoios, porque com isso estamos a caminhar para uma espiral de empobrecimento sem paralelo nos últimos 60 ou 70 anos em Portugal”, considera.

Luís Bento conclui, por isso, que Portugal continua a ter um modelo de desenvolvimento errado.

Ajuda, mas pouco Do lado do Fórum para a Competitividade, a medida é uma pequena ajuda para a economia nacional. Pedro Ferraz da Costa, presidente deste fórum, diz que a medida, por si só, não chega para resolver o problema do país.

“Se quisermos avaliar em termos de um plano, é poucochinho. Se quiser medir-se, apesar de tudo, em termos absolutos, é uma ajuda - pequena, mas é uma ajuda. É melhor que se faça do que não se faça, mas o país precisa de muito mais que isso para poder resolver o seu problema de competitividade externa - e vai ter resolver, sob pena de continuar a assistir a um aumento brutal do desemprego.”

Ferraz da Costa lamenta ainda que a descida da taxa social única não tenha ido para a frente.“Temos necessidade de reduzir fortemente os custos unitários de trabalho, mas, ao mesmo tempo, ter sistemas de remuneração que possam ser motivadores. Na nossa opinião, isso tinha-se resolvido muito mais facilmente chegando-se a um acordo, se os sindicatos olhassem para isso de forma aberta, o que não fizeram, através da redução da taxa social única. Nós conseguíamos, com essa medida, simular uma desvalorização.”
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por alexandre7ias » 15/12/2011 9:17

O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, afirmou que "é inevitável" que o Governo recue na implementação da meia hora extra no horário diário, uma vez que se trata de uma medida sem "racionalidade económica".

"Eu diria que é inevitável que o Governo mude de posição, sob pena de estar em causa o tipo de sociedade que temos e a própria democracia", afirmou Carvalho da Silva no final de uma reunião com o presidente da CIP -- Confederação da Indústria Portuguesa, António Saraiva.

Segundo considerou, "o aumento do horário de trabalho configura-se como horário forçado, não tem outro enquadramento e não tem nem racionalidade económica, nem racionalidade do ponto de vista social e só deve ter um caminho que é desaparecer".

A CGTP reuniu-se, esta quarta-feira à tarde, com a CIP, naquela que foi a segunda reunião bilateral entre a central sindical e o representante dos patrões, no sentido de encontrar pontos de convergência que dinamizem a economia portuguesa.

Dar prioridade ao investimento, disponibilizar mecanismos de apoio financeiro às empresas, para que estas não encerrem "por ausência de soluções de tesouro financeiro e de tesouraria", são matérias de convergência entre ambos.

Destes encontros pretende-se, segundo Carvalho da Silva, soluções que dêem prioridade à estrutura produtiva, à economia e à dinamização da economia.

António Saraiva afirmou, por seu turno, que esta reunião se destinou a discutir "um conjunto de matérias que carecem de solução, nomeadamente, a contratação colectiva".
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por Pata-Hari » 15/12/2011 8:32

ferradura Escreveu:Prefiro que uma empresa vá à falência do que baixar o salário.
Uma empresa falir, é como um doente que tem uma doença grave, e mais vale morrer.
Baixar salários, da forma como se pretende fazer, é únicamente para encher os bolsos aos mesmos, e piorar drasticamente o equilibrio orçamental.
Quanto menos se ganha, menos se contribui, e eu penso que as pessoas esqueçem-se desse "pormenor".
Se todos "excepto F.P", recebeçem o ordenado minimo, o estado não teria dinheiro para o estado social.

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Penso que foi o senhor A330 que deixou um link com os salários praticados na Irlanda.
É incrivel que eles têm salários cerca de 3X superiores ao nossos para as mesmas posições.
No entanto são muito competitivos.
A Alemaha tem salários tb muito supeiores aos nossos, mas é muito mais competitiva.

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O trabalhador, esse, perante tão pouco, está-se nas tintas para o trabalho.


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por migluso » 15/12/2011 0:25

Não aparecemos no gráfico, mas ficaríamos no pódio... é fazer as contas...

http://www.economist.com/blogs/graphicdetail

mas desconfio que o ferradura é menino para defender a pena de morte a quem ousar retirar um feriado ou um dia de férias...
:P
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por ferradura » 15/12/2011 0:11

Prefiro que uma empresa vá à falência do que baixar o salário.
Uma empresa falir, é como um doente que tem uma doença grave, e mais vale morrer.
Baixar salários, da forma como se pretende fazer, é únicamente para encher os bolsos aos mesmos, e piorar drasticamente o equilibrio orçamental.
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Se todos "excepto F.P", recebeçem o ordenado minimo, o estado não teria dinheiro para o estado social.

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O trabalhador, esse, perante tão pouco, está-se nas tintas para o trabalho.


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por Mart77 » 14/12/2011 22:23

É verdade que é uma consequência os cortes ou despedimentos, mas tem conhecimento de demissão de administradores ou directores pelas más estratégias defenidas que fizeram que as empresas estejam agora em más condições? Ou a crise actual sobrepoe-se as estratégias?
 
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por Trisquel » 18/10/2011 7:21

Muitos funcionários públicos até gostam de estar no privado! 8-)

Parece irónico? E é!

Conheço na primeira pessoa alguns casos em que conseguem ter vida profissional paralela no privado ou seja o trabalho público é um hobie e remunerado.

Falo de duplo emprego em que os horários de trabalho se sobrepõem, como é isto possível?

Os casos que conheço estão ligados ao Ministério Defesa, Câmara Municipal, Bombeiros Sapadores. Provavelmente não serão casos únicos.

Mas existe outro tipo de funcionário público que até cumpre o horário e está presente mas durante o mesmo trata de assuntos pessoais, tais como, uma empresa online, ajuda nos trabalhos dos filhos, marcação de actividades, etc... Uns por opção outros porque não tem mesmo nada para fazer e têm de passar o tempo. Atenção no privado também existe mas parece haver mais algum controlo!

Ainda existe os outros que aprecio muito porque são profissionais, por vezes demasiado zelosos, cumpridores das suas tarefas, horários. A esses desejo vida eterna e trabalho na mesma dose :P !

Agora a limpeza tem de existir e muita sem indeminização porque o despedimento por justa causa é possível, haja coragem!
Cumpts.
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A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
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È gordo porque é ineficiente

por Josytoc » 18/10/2011 1:41

Farto-me de ir a serviços públicos e raramente encontro um com ambiente de trabalho. Falo de trabalho a sério com concentração e sem distracções e falatórios inuteis e também tenho observado que os que menos ganham são os que nunca estão parados, por exemplo os ajudantes no caso da saúde.
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por mfsr1980 » 17/10/2011 22:19

poseidon635 Escreveu:msfr1980 escreveu
Eu pasmo com este funcionalismo público agarrado a direitos que deviam pertencer ao passado!
Neste momento o País não produz riqueza para sustentar-vos mesmo que quisesse(não emprestam mais dinheiro!)e a solução encontrada foi reduzir os vossos salários.
Os privados estão a aguentar isto em pontas, muitos estão a fechar portas porque a pressão fiscal é muita e o mercado está péssimo.
Não percebo como sonham manter os vossos direitos quando a alternativa é ficarem sem ordenado.



Eu pasmo é com este tipo de argumentos.
Então o direito ao subsídio de férias e de natal devia pertencer ao passado para os FPs e para os privados não?!
Desde já fica a saber que se depois de 2013 não repuserem os subsídios em questão para os FPS e acabarem com os mesmos, juridicamente isso implica o fim destes subsídios para os trabalhadores do sector privado, porque não podes ter leis que atribuam direitos a estes subsídios apenas a alguns sectores de trabalhadores sob pena de estares a violar toada a legislação laboral e a própria constituição.
Por outro lado, também te digo que este tipo de medidas é péssima para o sector privado, pois com a falta de poder de compra dos FPs e pensionistas este sector vai-se ressentir gravemente (veja-se restauração, turismo, bens duradouros de consumo, etc, etc) aumentando inexoravelmente o desemprego neste sector.
Mas esta evidência parece que ainda não chegou a quem só se regozija com o mal na casa do vizinho.


Caro poseidon635,
Lamento mas não vejo nas minhas palavras regozijo.
Como deves saber, o Estado encontra o seu financiamento nos impostos que privados pagam. Nestes últimos anos a carga fiscal agravou-se substancialmente quer para as empresas privadas quer para os seus trabalhadores. A carga têm subido tão drásticamente que as empresas se encontram em estado de aflição e muitas têem fechado as portas.
E o Estado o que fez? ENGORDOU!!!
Pois é meu caro Poseidon635 o Estado, de ano para ano gastava mais!
Chegou a aumentar os ordenados e tudo! Era a loucura total!
Como os gastos ultrapassavam em muito as receitas dos privados como é que este resolvia o problema?
Simples! meu caro Poseidon635 era só pedir emprestado mais, Mais MAIS MAISSSS!
Loucura total aos 1.000 milhões por semana! PARECIA UM JACKPOT DO EUROMILHÕES!!!
Como imaginas isto tinha de acabar mal, não achas?
O Estado agora é obrigado a emagrecer para caber no orçamento dos privados e para emagrecer assim só há 2 soluções: despedimento imediato sem justa causa ou passar por aquelas cenas dos pesos pesados e que é o racionamento de alimento.
O estado optou pela segunda!
Recnheço que é muito duro mas o Governo não têm alternativa ou é assim ou vamos todos ter que andar ao caixote de lixo procurar comida porque nem isso produzimos.

Abraço mfsr1980

PS: Como qualquer Português tenho sido muito prejudicado.
 
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por rmachado » 17/10/2011 17:45

Ok. Obrigado Marco.

Eu gostava de perceber a "utilidade" do plafonamento.
É que se fala muito nisto mas se tivermos 90% das pessoas reformas de menos de 1000 Euros... é coisa para não resultar muito em termos de valor. Já em termos de "solidariedade social" é outra coisa...
 
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por MarcoAntonio » 17/10/2011 16:43

Aqui ficam alguns números:

Segurança Social - ~14 mil milhões de euros
.... dos quais:
.... pensões: ~11 mil milhões
.... s.desemp: 1.7 mil milhões
.... s.doença: 0.5 mil milhões
.... abonos etc: 1.0 mil mihões

Caixa Geral de Aposentações - ~8.5 mil milhões de euros

Isto são basicamente as despesas com prestações sociais de base contributiva. Mas depois há uma série de outras (e da maior parte eu não tenho valores, a não ser do rendimento social de desemprego que é da ordem de 0.4 mil milhões) onde se incluem os rsi's, as comparticipações em medicamentos, os apoios à alimentação de menores e outros apoios de âmbito escolar, os apoios à habitação, etc, etc, etc.

Como digo, da maior parte disto não tenho valores (se entretanto encontrar dados relevantes poderei oportunamente colocar).
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 17/10/2011 15:46

rmachado Escreveu:Marco

Tens acesso a dados que façam o breakdown das prestações sociais?


Ou sei uma ou outra, outras não sei e terei de pesquisar.

Sei que CGA e SS juntas ultrapassam em pensões o que o Estado gasta com salários de funcionários (soma 20 e qq coisa mil milhões de euros).

Sei também que em RSI (rendimento social de inserção) são menos de 0.5 mil milhões de euros (é na ordem dos 400 milhões).


Poderei tentar juntar mais dados...



Ou seja consegue-se perceber por exemplo qual a média de pensão que se paga em Portugal e a mediana (ou um gráfico de percentil tipo crescimento dos bébés)?

É que sem estes números é dificil ver o impacto directo de uma plafonamento da reforma tirando a parte de justiça inerente ao mesmo.

Curioso é ver aquele antes de depois de estar no governo publicado no expresso se não me engano... talvez assim se entenda a animosidade contra os politicos... que não querem mexer nisto.[/quote]
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por rmachado » 17/10/2011 13:26

Marco

Tens acesso a dados que façam o breakdown das prestações sociais?

Ou seja consegue-se perceber por exemplo qual a média de pensão que se paga em Portugal e a mediana (ou um gráfico de percentil tipo crescimento dos bébés)?

É que sem estes números é dificil ver o impacto directo de uma plafonamento da reforma tirando a parte de justiça inerente ao mesmo.

Curioso é ver aquele antes de depois de estar no governo publicado no expresso se não me engano... talvez assim se entenda a animosidade contra os politicos... que não querem mexer nisto.
 
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por m3a4424 » 17/10/2011 13:10

richardj Escreveu:não há vez nenhuma que vá as finanças e não de depare com a seguinte situação: fila de espera grande, apenas metade das mesas estão ocupadas por funcionários e regra geral apanho-os à conversa apesar de ser uma hora critica.


Não costumo participar muito no fórum pois não sou muito conhecedor dos mercados e estou aqui para aprender, mas como esta observação tinha a ver com o meu trabalho, não pude deixar de comentar.

Por vezes dizem-se coisas erradas por ignorância da realidade onde se inserem, como aconteceu aqui com o amigo richardj.

Posso informar que trabalho num serviço de finanças de uma cidade pequena, onde em média 45% do atendimento sou eu que realizo.

Não porque sou melhor que os outros, mas sim porque me está destinado pelos "iluminados" lá de cima, de Lisboa.

"Iluminados" esses que ordenam que cerca de 40% ou 50% (não sei bem), das repartições, estajam no serviço das execuções fiscais.

Aqui na minha repartição, temos 5 pessoas nas execuções fiscais.
Em média, por dia, esses 5 Funcionários, atendem 6 contribuintes (+ou-).

Agora, vocês podem dizer "porque é que é que o chefe não os destina a outro serviço?"

É simples, porque as ordens que tem lá de Lisboa, não o permitem.

Ou seja, se virem pessoas na repartição a conversar umas com as outras, provavelmente não é porque sejam preguiçosas mas sim porque não têm nada para fazer, nem podem fazer pois não lhes é permitido que façam mais nada. (Pelo menos a maioria delas).

Neste caso, ou conversam ou ficam a olhar para a parede sem fazer nada, não é?
É que não estou a ver mais nada que se possa fazer.

Eu, ao contrário, estou o dia todo a atender pessoas, e por ordens "lá de cima" não poso ter nenhum colega que me ajude.

Por vezes, quando as filas já chegam à rua, lá tenho um colega que me ajuda mas quase às escondidas pois não há autorização superior para isso.
 
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por Palmix » 17/10/2011 13:00

Socialmente falando penso que será perigoso demitir colaboradores...o número de pessoas a dispensar criaria uma convulsão no país. Pelo que aqui compreendo a redução do salario.

Por outro lado, é imperioso deixar sair os elementos menos eficientes. Aqueles parafusos soltos na engrenagem que a impedem de andar. Pelo que, se não os mandarmos embora o quanto antes a máquina não melhora, a doença fica lá.

Penso que o melhor é, e aproveitando a situação, o despedimento...contra mim falo, trabalho no sector público, mas já não sou funcionário público, mas vejo a necessidade de se fazer algo do género.
Tem que meter a máquina do Estado a trabalhar, a produzir...
Os problemas vêm de várias vertentes...de vários níveis da hierarquia...
Abanem as estruturas e façam cair quem boicota o sistema, e deixem entrar quem traz ideias para inovar, quem quer fazer a máquina trabalhar!

O problema é que isto já deveria ter sido feito. Numa altura destas, esta medida era a loucura...ou não!
O sector privado jamais iria agarrar toda esta cambada que seria dispensada...
A começar, teria que ser por cima...os decisores têm que estar comprometidos com o objectivo e ser gente séria e capaz...com conhecimento, com visão, capaz de definir uma estratégia...
 
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SÓ TRETAS!

por NurseTrader » 17/10/2011 12:42

Ao ler estes comentários só me apetece rir...

Esses funcionários públicos malandros...

Eu sou funcionário público e também tenho um amigo que estava sempre com essa treta. Então perguntei-lhe:
Trabalhas ao fim-de-semana, noites, feriados? Recebes menos de mil euros? Tens curso superior como eu, certo? Tu recebes prémios da empresa, não recebes? Por acaso a tua empresa trabalha para o estado, não trabalha?
Ele simplesmente calou-se…
Eu respondi-lhe:
Amigo, eu trabalho fins-de-semana, noites (cerca de 2 por semana), feriados (Natal, Ano-Novo),etc. Ganho cerca de 950€/mês. Numa noite tenho cerca de 17 vidas ao meu cargo. Conheço o privado e os rácios são bem melhores.
Por tudo isto, fico indignado com estes comentários. Vocês generalizam e não conhecem a realidade. Vão nas tretas da comunicação social.
Eu só falo das realidades que conheço e não mando bitaites só para "gozar".
Primeiro investiguem e depois critiquem...


Para terminar, digo-vos mais, quase aposto que os patrões vão fazer tudo para também não pagar os subsídios aos privados e aí, eu vou ser também o primeiro a rir...

Cumprimentos
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por poseidon635 » 17/10/2011 11:36

Em Portugal muitos ficam contentes com a desgraça dos outros.... típico.

Se não fossem muitos "privados" a "roubar" os estado não estávamos na situação atual.

Mas a culpa é de quem trabalha! Pelo menos sabemos que que é FP e pensionista tem no mínimo a satisfação de ajudar a salvar o país. O mesmo já não se pode dizer do resto da população.

Já agora, há alguém do BPN preso?? :)

LFA1 Escreveu:
Mas os excessos não estão exactamente no sector público? se todos beneficiassem disso por igual, seria normal participarem de igual modo. O nosso estado é gordo demais para o que produz. O drama nem está no peso relativo, está na falta de produtividade relativa (noutros países com maior peso da função pública, a questão não se coloca).

E os privados já estão a participar por via de aumento de impostos de rendimento, IVAs, etc.

Este tipo de argumentação não resiste a um instante de reflexão.
Mas o que é que os excessos no sector público têm que ver com o facto de serem os funcionários públicos a ter de responder por esses excessos?
Ou seja, se há excesso de gastos na saúde, na educação ou noutra qualquer área de actuação do Estado porque carga de água hão-de ser os funcionários públicos os responsáveis por isso? Foram eles os decisores? Não. Beneficiaram mais eles com isso do que os trabalhadores do sector privado? Não. Com efeito a percentagem gasta em salários com os FP tem vindo a diminuir nos últimos dez anos.
Ou os funcionários públicos usam mais os hospitais,
as escolas, a segurança policial, as estradas, etc, etc, do que os do privado?!
Isto não faz sentido nenhum!
É que por esta teoria também só os trabalhadores do sector privado deveriam arcar com os excessos nas parcerias público-privadas, onde os privados estão a encher os bolsos de forma selvática à custa do Estado; só os trabalhadores do sector privado é que deveriam responder pelos gastos com os crimes realizados no BPN, com a recapitalização da banca, com os subsídios milionários pagos à EDP (empresa maioritariamente privada) para a produção de energia, etc, etc.
E são os funcionários públicos os responsáveis pela fuga aos impostos dos privados (em vinte e tal por cento da ecominia?)?!
E os FP não estão já a participar como os outros com todas as outras medidas?!

msfr1980 escreveu
Eu pasmo com este funcionalismo público agarrado a direitos que deviam pertencer ao passado!
Neste momento o País não produz riqueza para sustentar-vos mesmo que quisesse(não emprestam mais dinheiro!)e a solução encontrada foi reduzir os vossos salários.
Os privados estão a aguentar isto em pontas, muitos estão a fechar portas porque a pressão fiscal é muita e o mercado está péssimo.
Não percebo como sonham manter os vossos direitos quando a alternativa é ficarem sem ordenado.



Eu pasmo é com este tipo de argumentos.
Então o direito ao subsídio de férias e de natal devia pertencer ao passado para os FPs e para os privados não?!
Desde já fica a saber que se depois de 2013 não repuserem os subsídios em questão para os FPS e acabarem com os mesmos, juridicamente isso implica o fim destes subsídios para os trabalhadores do sector privado, porque não podes ter leis que atribuam direitos a estes subsídios apenas a alguns sectores de trabalhadores sob pena de estares a violar toada a legislação laboral e a própria constituição.
Por outro lado, também te digo que este tipo de medidas é péssima para o sector privado, pois com a falta de poder de compra dos FPs e pensionistas este sector vai-se ressentir gravemente (veja-se restauração, turismo, bens duradouros de consumo, etc, etc) aumentando inexoravelmente o desemprego neste sector.
Mas esta evidência parece que ainda não chegou a quem só se regozija com o mal na casa do vizinho.
 
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por LFA1 » 17/10/2011 10:53

Mas os excessos não estão exactamente no sector público? se todos beneficiassem disso por igual, seria normal participarem de igual modo. O nosso estado é gordo demais para o que produz. O drama nem está no peso relativo, está na falta de produtividade relativa (noutros países com maior peso da função pública, a questão não se coloca).

E os privados já estão a participar por via de aumento de impostos de rendimento, IVAs, etc.

Este tipo de argumentação não resiste a um instante de reflexão.
Mas o que é que os excessos no sector público têm que ver com o facto de serem os funcionários públicos a ter de responder por esses excessos?
Ou seja, se há excesso de gastos na saúde, na educação ou noutra qualquer área de actuação do Estado porque carga de água hão-de ser os funcionários públicos os responsáveis por isso? Foram eles os decisores? Não. Beneficiaram mais eles com isso do que os trabalhadores do sector privado? Não. Com efeito a percentagem gasta em salários com os FP tem vindo a diminuir nos últimos dez anos.
Ou os funcionários públicos usam mais os hospitais,
as escolas, a segurança policial, as estradas, etc, etc, do que os do privado?!
Isto não faz sentido nenhum!
É que por esta teoria também só os trabalhadores do sector privado deveriam arcar com os excessos nas parcerias público-privadas, onde os privados estão a encher os bolsos de forma selvática à custa do Estado; só os trabalhadores do sector privado é que deveriam responder pelos gastos com os crimes realizados no BPN, com a recapitalização da banca, com os subsídios milionários pagos à EDP (empresa maioritariamente privada) para a produção de energia, etc, etc.
E são os funcionários públicos os responsáveis pela fuga aos impostos dos privados (em vinte e tal por cento da ecominia?)?!
E os FP não estão já a participar como os outros com todas as outras medidas?!

msfr1980 escreveu
Eu pasmo com este funcionalismo público agarrado a direitos que deviam pertencer ao passado!
Neste momento o País não produz riqueza para sustentar-vos mesmo que quisesse(não emprestam mais dinheiro!)e a solução encontrada foi reduzir os vossos salários.
Os privados estão a aguentar isto em pontas, muitos estão a fechar portas porque a pressão fiscal é muita e o mercado está péssimo.
Não percebo como sonham manter os vossos direitos quando a alternativa é ficarem sem ordenado.



Eu pasmo é com este tipo de argumentos.
Então o direito ao subsídio de férias e de natal devia pertencer ao passado para os FPs e para os privados não?!
Desde já fica a saber que se depois de 2013 não repuserem os subsídios em questão para os FPS e acabarem com os mesmos, juridicamente isso implica o fim destes subsídios para os trabalhadores do sector privado, porque não podes ter leis que atribuam direitos a estes subsídios apenas a alguns sectores de trabalhadores sob pena de estares a violar toada a legislação laboral e a própria constituição.
Por outro lado, também te digo que este tipo de medidas é péssima para o sector privado, pois com a falta de poder de compra dos FPs e pensionistas este sector vai-se ressentir gravemente (veja-se restauração, turismo, bens duradouros de consumo, etc, etc) aumentando inexoravelmente o desemprego neste sector.
Mas esta evidência parece que ainda não chegou a quem só se regozija com o mal na casa do vizinho.
 
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