Mega plano orçamental foi promulgado por Trump

[pdcarrico]

....

Isto porque, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, o "bolo" de acções emprestadas, que serve como indicador das operações de ‘short selling', disparou no último mês para 11,6% das acções. Este valor compara com os 9,5% verificados em Julho, o que representa a maior subida desde pelo menos 2006, segundo informação facultada pela londrina Data Explorers.

.....

É talvez graças a um volume alto de short sellers que ocorrem rebounds fortes. Se 11% do mercado precisa de recomprar para cortar perdas num rebound, então existe fuel para alimentar uma subida.

A questão é ir monitorando este índice, que infelizmente não é divulgado com a frequência que se desejaria.

Aliás para os entusiastas de AT, existem duas figuras interessantes, tradicionalmente frequentes em mercados derivados mas que podem ter paralelo em mercado cash - o selling climax e o blow-off.

Em ambos os casos há redução expressiva do open interest, associada a movimento forte no volume e na cotação (subida no blow-off e descida no selling climax). Normalmente o volume que ocorre por redução do open interest, é essencialmente alimentado por stops.

A questão que diria é: se o pessimismo que subiu tanto em Agosto voltar a cair, e o se o volume de shorts voltar a ser mais baixo, cai um dos drivers da subida e temos possibilidade de novas quedas.

Se esta percentagem de curtos continuar muito alta, então mais gente terá que comprar se o índice subir e nesse sentido a subida pode continuar. De referir que este volume de 11,6% se refere a Agosto. Se de lá para cá, este valor tiver caído, então é sinal de que a subida pode frear. Eu teria particular curiosidade para ver esta percentagem no dia 4 de Outubro (a meio da sessão) e hoje. Concerteza seria um dado interessante para uma opção de investimento de curto prazo.

[goldentrader]

Começam a aparecer na comunicação social notícias que revelam um nível de pessimismo muito alto instalado nos mercados...será uma primeiro sinal de inversão dos mercados????


Mercado
Pessimismo faz disparar vendas a descoberto para máximos de cinco anos
Catarina Melo
15/10/11 20:28

Apesar de as avaliações das acções estarem ao nível mais baixo desde 2009, os investidores não se mostram confiantes.

Os mercados accionistas enfrentam uma das tempestades mais violentas da sua história. O crescendo da incerteza em relação à futura evolução da economia mundial, o alastrar da crise da dívida soberana europeia e a instabilidade que atinge o sector financeiro já levou a que muitas praças bolsistas entrassem mesmo num cenário de ‘bear market'. Desde Maio, as perdas que atingiram as bolsas foram de tal ordem que já ultrapassam o Produto Interno Bruto combinado dos conhecidos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Mas os investidores parecem duvidar que, após 11 biliões de euros que se "esfumaram" do mercado accionista, se avizinhem tempos de bonança. Estarão mesmo a apostar que ocorram mais quedas nas bolsas.

Isto porque, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, o "bolo" de acções emprestadas, que serve como indicador das operações de ‘short selling', disparou no último mês para 11,6% das acções. Este valor compara com os 9,5% verificados em Julho, o que representa a maior subida desde pelo menos 2006, segundo informação facultada pela londrina Data Explorers. No caso das operações que apostam na queda das acções chinesas, estas atingiram um máximo de quatro anos, enquanto que no caso do mercado accionista norte-americano estão no patamar mais elevado desde 2009. Já na Europa, a média das posições curtas, em proporção das acções, disparou para 2,8%, o nível mais elevado desde Junho e comparam com 2,6% verificados no início de Setembro. Recorde-se que a 11 de Agosto os reguladores em Itália, Espanha, França e Bélgica baniram as novas posições curtas em títulos de 66 instituições financeiras, numa altura em que o índice Euro Stoxx para o sector da banca já perdia 33% desde o início do ano.

Curiosamente, o ‘short selling' está a aumentar numa altura em que as acções estão num nível historicamente barato. O índice MSCI All-Country World transacciona a 11,8 vezes os lucros reportados, o que compara com 11,9 vezes nos cinco meses que se seguiram ao colapso da Lehman Brothers. A medida média para o PER (price earnings ratio) desde 1995 é de 21, segundo a Bloomberg.

Mas, como explicou à Bloomberg Alex Au, responsável pela gestão da Richard Capital Management, "o pior ainda está por vir". Segundo este responsável, "ao olhar para os fundamentais, vê-se que muitas acções estão muito baratas e a tentação é para comprar, mas isto é muito perigoso". A mesma opinião é partilhada por outro gestor de activos. Como refere Filippo Garbarino, "o mercados estão tão subavaliado que é muito difícil assumir uma posição curta [...] mas ao mesmo tempo, atendendo à economia, é difícil estar longo".

Contudo, o pessimismo de alguns contrasta com o optimismo de outros. Alguns estrategas de Wall Street acreditam que, após ter entrado em ‘bear market' na semana passada, o S&P 500 deverá apresentar no último trimestre deste ano o maior ‘rally' dos últimos 13 anos. Esperam que o índice norte-americano valorize 13% nesse período.

‘Short selling'

O ‘Short Selling ‘ é uma estratégia cujo objectivo é lucrar com a descida das cotações. Para tal, o investidor vai vender títulos que não tem em carteira (pedindo-os emprestados) tendo como objectivo recomprar os títulos a um preço mais baixo, obtendo assim uma mais-valia. Para realizar essa operação o investidor paga uma comissão a quem lhe emprestou as acções. Este movimento tende a provocar uma pressão em baixa das cotações em causa.