Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Tragam a fábrica de iPads para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por atomez » 15/10/2011 0:21

Entretanto no Brasil:

Brazil’s states in ‘tax war’ to win iPad production

Boasting few transport links with the outside world other than the airport and the Amazon river, Manaus would today be a backwater were it not for the tax breaks that has turned it into the jungle version of a Chinese free trade zone.

Surrounded by impenetrable rainforest, this historic Brazilian rubber capital of some 2m people produces 90 per cent of Brazil’s motorcycles, including upmarket BMWs and Harley-Davidsons, most of its bicycles, a third of its watches and much of its flat screen televisions and other electronics.

“Around 90 per cent of our economy is based on industrial activity,” says Marcelo Lima Filho, secretary of planning for the state government of Amazonas, of which Manaus is the capital. “There are more than 100,000 jobs in the industrial zone.”

Yet today Manaus is fighting for its life. The city is vying to secure one of the biggest technology projects Brazil has ever seen – a $12bn plan to produce iPads.

But more powerful states, particularly São Paulo, Brazil’s wealthiest and most industrialised, are trying to win the project by offering tax breaks of their own – benefits that Manaus claims are illegal under the constitution and could fatally erode the tax advantages of manufacturing in the Amazon.

“We are fighting not just to protect our interests but to protect our rights,” says Wilson Périco, president of one of Manaus’ biggest industry lobby groups.

Located near the “encontro das águas”, or the meeting of the rivers, where two of the mightiest arms of the Amazon river system come together, Manaus has always been an anomaly.

During its heyday in the rubber boom of the late 19th century, the city’s fabulously rich tycoons lavished their millions on building the Teatro Municipal, or Municipal Theatre, which attracted the best international acts of the day. The pink and white Renaissance-style landmark still dominates the rundown downtown area today, where Amazon ferries with names such as Sacred Heart of Jesus moor at the docks.

After the rubber industry faded, the city’s fortunes were revived in the 1960s, when Brazil’s former military dictatorship began efforts to populate the vast emptiness of the Amazon.

They awarded tax breaks to companies to manufacture in Manaus. Today, these benefits, which are enshrined in the constitution, make it 35 per cent cheaper to produce goods such as electronics in the city than elsewhere in Brazil, according to Ernst & Young.

Manaus’ tax breaks are particularly attractive given Brazil’s tortuous tax system, ranked 152nd by the World Bank for its unwieldiness, which can add up to 60 per cent to the retail cost of goods in Brazil.

But the city’s fortunes have become caught up in what are known as the “tax war” in Brazil, under which states compete to attract manufacturers by offering fiscal incentives.

Technically, these must first be approved by all of the other states. In practice, many states push ahead with them anyway without the approval of their peers, leading to a spate of lawsuits and increasing confusion for investors.

“This is very political, the discussions are very tough,” Sérgio Fontenelle, partner for customs & international trade at Ernst & Young in São Paulo, says of the tax negotiations between states.

In the latest round, Manaus is suing São Paulo for its offer of the tax-related incentives to attract Taiwan’s Foxconn, the maker of Apple’s iPad, to the state in a project the government claims will create 100,000 jobs.

“We have roads, we have logistics and we have a supply of engineers and workers,” says José Clovis Cabrera, a senior official of the São Paulo finance secretariat, of the state’s bid to win the project.
The jury is still out on the case. But Manaus’ industrialists are on edge. They know that their very existence on the verge of the wilderness depends on how well they can defend their cherished system of incentives.

“It is because of the federal tax regime that we are competitive,” admits Mr Lima.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por Mares » 3/10/2011 23:49

Mares Escreveu: Algumas das críticas que eu faço aqui, está a ser discutido no "Prós&contras", sobre a reforma do poder local.

Convidado: Miguel Relvas


Miguel Relvas: "Todos têmos de dar o exemplo pois o país está falído"...

Se quêr poupar nos duzentos e tal euros num presidente de junta de freguesia, a quantos salários de pres. de Junta ele ganha?

O ministro de um país falído quanto devería ganhar?

Vamos então esperar pelo tal exemplo. :roll:
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por Mares » 3/10/2011 23:39

MarcoAntonio Escreveu:Mares, eu não sei porque é que me estás a citar para discutir coisas que eu não discuti!

Eu não gosto nada de ver as discussões em que intervenho transformadas em coisas difusas.

Mas eventualmente o defeito é meu...


Tens razão.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por MarcoAntonio » 3/10/2011 23:34

Mares, eu não sei porque é que me estás a citar para discutir coisas que eu não discuti!

Eu não gosto nada de ver as discussões em que intervenho transformadas em coisas difusas.

Mas eventualmente o defeito é meu...
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Mares » 3/10/2011 23:29

Mares Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
MarcoAntonio,

se ficarmos só no mundo da especulação não chegamos a lado nenhum.



Mares, não fui eu quem introduziu aqui um cálculo especulativo sem fundamento que obviamente não nos leva a lado nenhum.

Mas ainda bem então que estamos de acordo, então!


Algumas das críticas que eu faço aqui, está a ser discutido no "Prós&contras", sobre a reforma do poder local.

Convidado: Miguel Relvas


É o discurso da poupança nos tostões ....da completa miséria!

Enquanto isso são gastos milhares de milhões em reformas....
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por Mares » 3/10/2011 23:21

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
MarcoAntonio,

se ficarmos só no mundo da especulação não chegamos a lado nenhum.



Mares, não fui eu quem introduziu aqui um cálculo especulativo sem fundamento que obviamente não nos leva a lado nenhum.

Mas ainda bem então que estamos de acordo, então!


Algumas das críticas que eu faço aqui, está a ser discutido no "Prós&contras", sobre a reforma do poder local.

Convidado: Miguel Relvas
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por MarcoAntonio » 3/10/2011 23:18

Mares Escreveu:
MarcoAntonio,

se ficarmos só no mundo da especulação não chegamos a lado nenhum.



Mares, não fui eu quem introduziu aqui um cálculo especulativo sem fundamento que obviamente não nos leva a lado nenhum.

Mas ainda bem então que estamos de acordo, então!
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Mares » 3/10/2011 23:10

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
Será preciso poupar sim (onde não gera retorno), mas negar qualquer investimento será o suicídio.



O que é que isto tem que ver com o que tu escreveste antes e eu comentei?

Eu não disse em parte alguma que não se devia fazer investimento algum. O que disse foi que o teu cálculo é completamente espatafúrdio e não constituía um processo correcto de estimar os retornos de um investimento!


MarcoAntonio,

se ficarmos só no mundo da especulação não chegamos a lado nenhum.

Dei-te exemplos que o investimento é bom: num computador para cada criança; na formação dos jovens e da sociedade; investimento em infraestruturas quando necessários para o desenvolvimento do país; etc.

O problema não está no investimento, mas sim na forma como são feitos e aos custos associados à sua concretízação/exploração.

Neste país há dinheiro, mas infelizmente esse dinheiro vai pelos "ralos".
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por MarcoAntonio » 3/10/2011 22:58

Mares Escreveu:
Será preciso poupar sim (onde não gera retorno), mas negar qualquer investimento será o suicídio.



O que é que isto tem que ver com o que tu escreveste antes e eu comentei?

Eu não disse em parte alguma que não se devia fazer investimento algum. O que disse foi que o teu cálculo é completamente espatafúrdio e não constituía um processo correcto de estimar os retornos de um investimento!
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Mares » 3/10/2011 22:44

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
No mundo das especulações, o contrário também poderá ser verdade.



Ou ainda, uma analogia igualmente absurda era imaginar que o Estado resolvia investir na formação dos estudantes com um pouco de informação financeira no seu currículo e depois justificar o investimento calculando especulativamente sobre os resultados tendo por base a fortuna do Warren Buffet.

Mas, como já disse, não é assim de todo que se calcula/estima o retorno esperado de um investimento!


Infelizmente não seguimos o exemplo de outros:

(Foxconn já está fabricando iPhone no Brasil, diz site- http://www1.folha.uol.com.br/tec/984737 ... site.shtml)

E possivelmente a fábrica de Ipads (tema deste tópico) também não será em Portugal:

http://aeiou.exameinformatica.pt/fabric ... a=f1010608

Será preciso poupar sim (onde não gera retorno), mas negar qualquer investimento será o suicídio.

Quanto a investir na formação financeira dos estudantes concordo completamente. Devería ser uma matéria a ser introduzída no primeiro cíclo e presente em todos os níveis de ensino (pelo menos em um ano a cada nível de ensino).
Se iría formar um "Buffet" não sabêmos.
Mas é bem possível que a dívida privada não atingí-se um valor superior ao nosso PIB. Possivelmente o grande erro esteja em não têr existído essa formação financeira, quando o português acabou por endividar-se a qualquer custo.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por TheTraveler » 3/10/2011 22:35

SMALL1969 Escreveu:tal como o "Magalhães" também foi "pensado em Portugal".


Pensado em Portugal, só se for na cabeça do senhor Sócrates. O portátil que nós copiámos em 2008 e que dizemos que é nossa invenção, já existia há dois anos, e há dois anos que estava a ser entregue em África.
Imagem
 
Mensagens: 475
Registado: 10/10/2003 10:04

por MarcoAntonio » 3/10/2011 22:13

Mares Escreveu:
No mundo das especulações, o contrário também poderá ser verdade.



Ou ainda, uma analogia igualmente absurda era imaginar que o Estado resolvia investir na formação dos estudantes com um pouco de informação financeira no seu currículo e depois justificar o investimento calculando especulativamente sobre os resultados tendo por base a fortuna do Warren Buffet.

Mas, como já disse, não é assim de todo que se calcula/estima o retorno esperado de um investimento!
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Mares » 3/10/2011 22:09

MarcoAntonio Escreveu:Bom, com exemplos e especulações desse calibre simplesmente não há mau investimento que resista. Conseguimos sempre justificar praticamente qualquer um. Tipo, um Governo mete 200 milhões no sector automóvel, ok, vai-se buscar o valor de mercado da Toyota e está justificado!


No mundo das especulações, o contrário também poderá ser verdade.

Um governo que não tenha 2 mil milhões para uma ligação rápida entre 2 capitais europeias (onde a maior parte do dinheiro viría da CE, geraría empregos imediatos e potenciaria o turismo) acaba-se por ficar com meio TGV ou algo parecído...

Só falta mesmo anunciarem que as máquinas serão a gasóleo....
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por MarcoAntonio » 3/10/2011 21:56

Mares Escreveu:
Achava que a questão dos submarinos fosse obra do governo PSD-CDS (2002-2005).



É um equívoco frequente dado que acabou sendo o executivo seguinte a executar a compra, mas a compra foi o resultado de um processo de substituição de submarinos da marinha portuguesa que durou uns 5 anos e que já vinha de finais da década de 90. António Guterres já se tinha decidido pela compra de três submarinos mas acabou por ser o governo seguinte a efectivar a compra...




Quanto às tuas contas, enfim, por todos os motivos e mais algum acho-as completamente sem nexo. Achava que o meu comentário anterior já enterrava o assunto - afinal a que propósito é que tu vais assumir que uma empresa que surge é causa directa e exclusiva do projecto magalhães? - mas não, tu dás o passo seguinte e começas a especular sobre o surgimento de uma empresa com um valor de mercado da ordem de grandeza de todo o PIB português e a fazer cálculos tendo por base esses valores...

:shock:

Bom, com exemplos e especulações desse calibre simplesmente não há mau investimento que resista. Conseguimos sempre justificar praticamente qualquer um. Tipo, um Governo mete 200 milhões no sector automóvel, ok, vai-se buscar o valor de mercado da Toyota e está justificado!


Esse cálculo é completamente espatafúrdio e não é assim que se calculam espectativas de retorno de todo.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 3/10/2011 22:10, num total de 2 vezes.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Mares » 3/10/2011 21:34

MarcoAntonio Escreveu:
Mares Escreveu:
Isso é quase nada quando comparado com a estória dos submarinos!

No primeiro caso são dados computadores às crianças pequenas (se 1 deles gerar 1 microsoft, pagará todos os computadores).

Já no segundo caso são dados brinquedos caros a crianças adultas...


Bom, para começar eu praticamente não vejo a relação a não ser no aspecto de ambas coisas serem ideias do PS e ambas as coisas custarem dinheiro ao contribuinte.

Isto é onde as duas apostas mais se tocam...



Quanto à história do gerar "1 microsoft": em primeiro lugar é preciso considerar que 1 deles gerará uma microsoft e não a geraria de outra forma (isto é, sem o magalhães), o que é um salto considerável. Não só à entrada do século XXI a maior parte dos estudantes já acabaria de qualquer forma por ter computador (financiado pelos pais, na generalidade dos casos, em lugar de ser financiado pelo contribuinte). E não só isto é verdade, como não era necessário que a informatização se desse a este nível, bastaria por exemplo informatizar as escolas (o que já estava em curso). Portanto, estar a assumir que a "produção" de uma microsoft seria resultado do "magalhães" é esticar a corda para fazer render o peixe. Em todo o caso, não tenho dúvidas que contribuiu para reduzir a info-exclusão (mais até dos familiares dos estudantes do que dos próprios estudantes) mas isso já tinha referido e nisso teve um papel positivo.



Em segundo lugar, também é preciso ignorar que no âmbito da mesma aposta no choque tecnológico não só potencialmente se gera "uma microsoft" como ainda se geram alguams anti-microsoft que em lugar de produzirem valor, destroem-no (do que já há por aí alguns casos, apadrinhados pelo governo anterior).

Portanto, não se vai agora pintar a coisa cor de rosa para fazer render o peixe...



Aliás, eu até acho que Portugal já é um país que se mantém informatico-tecnologicamente bastante actualizado porque existe um apetite natural do tuga pelas tecnologias.

Nós, pelo contrário, gostamos de estar muito à frente nestas coisas, como se nota numa série de estatísticas desde as ligações móveis de banda larga, penetração de smartphones, etc como até na introdução de uma série de utilizações práticas tecnológicas de que fomos pioneiros (por exemplo, na diversificação de pagamentos por multibanco e homebanking para citar só um).

Pelo que não é realmente necessário o Estado criar impulsos adicionais. Na minha opinião este deve centrar-se nos aspectos importantes onde existe falta de apetite nacional, isto é, onde realmente temos um handicap. Agora, enterrar dinheiro onde não temos um handicap é antes torrar dinheiro em algo que à partida já se sabe que vai ser bem recebido pelo contribuinte - dado que ele gosta dessas coisas - mesmo que o potencial impacto positivo não seja particularmente interessante.



Há outro caso semelhante que é o incentivo ao abate: nós temos um parque automóvel bastante bom. Nunca percebi porque é o que o Estado dá incentivos ao abate num país como Portugal. O tuga adora automóveis, Portugal tem um dos maiores parques automóveis per capita da Europa e não era preciso incentivo nenhum para ele renovar o parque, o tuga troca de carro mesmo que para isso se tenha de endividar.

É outro caso onde se enterra dinheiro em algo em que não é necessário mas o tuga gosta...


Achava que a questão dos submarinos fosse obra do governo PSD-CDS (2002-2005).

Mas isso não tem interesse para aqui.

Vamos a números:

Se cada computador custar 300 euros dado a 1 milhão de crianças, terêmos 300 milhões de euros nesse programa.

O valor de mercado da microsoft estará nos 200 mil milhões de dólares (150 mil milhões de euros).

Vêmos que esse programa de entrega de computadores às crianças portuguêsas corresponde somente 0,2% do valor de mercado da microsoft.

O PIB português (~250 mil milhões de dólares) é ligeiramente superior ao valor de mercado da microsoft.

Vêmos que esses 300 milhões no programa será menos que 0,2% da riqueza gerada em 1 ano.

Poderá nem ser gerada 1 microsoft (1 criança em 1 milhão que gerou 1 caso de sucesso), mas o ganho introduzído (mesmo que marginal para cada caso), irá gerar uma riqueza muito superior aos 0,2% introduzídos por esse programa.

(quanto a incentivos a abate de carros, etc, etc.... sabes perfeitamente que sou muito contra)
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por MarcoAntonio » 3/10/2011 21:02

João Ventura, essa operação está algo confusa, um efeito não diminuiu com o alargamento do universo mas antes aumenta, por mais marginal que seja o efeito individual.

Mas imagino que não interesse perceber o cálculo, o objectivo suponho que é transmitir a evidência anedótica para que depois seja generalizada, certo?

:wink:




Só para concluir, apesar de ver uma série de aspectos negativos e altamente discutíveis no projecto, não concordo com o que escreveste, como generalização. Não é por achar que a ideia foi mal concebida e o seu efeito global é duvidoso, não o vou pintar de negro em todas as suas facetas. Mas também não vale a pena ficarmos aqui a trocar posts sobre isso, provavelmente ficava cada um na sua...

:lol:
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por silvaxico » 3/10/2011 21:01

joaoventura Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Em termos de reduzir a info-exclusão, estou certo que desempenhou um papel positivo.


Olá,

a irmã da minha namorada teve um destes "cagalhães", como carinhosamente o chamava, e tenho a impressão que o computador só serviu mesmo para jogar ao clone do SuperMario que aquilo tinha no Linux.. Dois anos depois já aquilo deve estar tudo partido, nem se sabe bem por onde anda! Multiplica pelos restantes alunos, e o "papel positivo" que mencionas tende a esbater-se e a "tender para zero", tal exponencial decrescente.. :roll:

Cumps,
João Ventura


Aqui concordo com o MarcoAntonio. Com todos os defeitos que a iniciativa teve, pelo menos colocou muitos miúdos a brincar com um computador, ou seja, fez que com muitos miúdos tivessem o primeiro contacto com ele.

Mesmo podendo concordar que o custo foi excessivo, a ideia foi, na minha opinião, positiva.
 
Mensagens: 494
Registado: 30/11/2007 21:12
Localização: Leiria

por joaoventura » 3/10/2011 20:57

MarcoAntonio Escreveu:Em termos de reduzir a info-exclusão, estou certo que desempenhou um papel positivo.


Olá,

a irmã mais nova da minha namorada teve um destes "cagalhães", como carinhosamente o chamava, e tenho a impressão que o computador só serviu mesmo para jogar ao clone do SuperMario que aquilo tinha no Linux.. Dois anos depois já aquilo deve estar tudo partido, nem se sabe bem por onde anda! Multiplica pelos restantes alunos, e o "papel positivo" que mencionas tende a esbater-se e a "tender para zero", tal exponencial decrescente.. :roll:

Cumps,
João Ventura
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 276
Registado: 21/1/2011 13:02
Localização: Palmela

por MarcoAntonio » 3/10/2011 20:39

Mares Escreveu:
Isso é quase nada quando comparado com a estória dos submarinos!

No primeiro caso são dados computadores às crianças pequenas (se 1 deles gerar 1 microsoft, pagará todos os computadores).

Já no segundo caso são dados brinquedos caros a crianças adultas...


Bom, para começar eu praticamente não vejo a relação a não ser no aspecto de ambas coisas serem ideias do PS e ambas as coisas custarem dinheiro ao contribuinte.

Isto é onde as duas apostas mais se tocam...



Quanto à história do gerar "1 microsoft": em primeiro lugar é preciso considerar que 1 deles gerará uma microsoft e não a geraria de outra forma (isto é, sem o magalhães), o que é um salto considerável. Não só à entrada do século XXI a maior parte dos estudantes já acabaria de qualquer forma por ter computador (financiado pelos pais, na generalidade dos casos, em lugar de ser financiado pelo contribuinte). E não só isto é verdade, como não era necessário que a informatização se desse a este nível, bastaria por exemplo informatizar as escolas (o que já estava em curso). Portanto, estar a assumir que a "produção" de uma microsoft seria resultado do "magalhães" é esticar a corda para fazer render o peixe. Em todo o caso, não tenho dúvidas que contribuiu para reduzir a info-exclusão (mais até dos familiares dos estudantes do que dos próprios estudantes) mas isso já tinha referido e nisso teve um papel positivo.



Em segundo lugar, também é preciso ignorar que no âmbito da mesma aposta no choque tecnológico não só potencialmente se gera "uma microsoft" como ainda se geram alguams anti-microsoft que em lugar de produzirem valor, destroem-no (do que já há por aí alguns casos, apadrinhados pelo governo anterior).

Portanto, não se vai agora pintar a coisa cor de rosa para fazer render o peixe...



Aliás, eu até acho que Portugal já é um país que se mantém informatico-tecnologicamente bastante actualizado porque existe um apetite natural do tuga pelas tecnologias.

Nós, pelo contrário, gostamos de estar muito à frente nestas coisas, como se nota numa série de estatísticas desde as ligações móveis de banda larga, penetração de smartphones, etc como até na introdução de uma série de utilizações práticas tecnológicas de que fomos pioneiros (por exemplo, na diversificação de pagamentos por multibanco e homebanking para citar só um).

Pelo que não é realmente necessário o Estado criar impulsos adicionais. Na minha opinião este deve centrar-se nos aspectos importantes onde existe falta de apetite nacional, isto é, onde realmente temos um handicap. Agora, enterrar dinheiro onde não temos um handicap é antes torrar dinheiro em algo que à partida já se sabe que vai ser bem recebido pelo contribuinte - dado que ele gosta dessas coisas - mesmo que o potencial impacto positivo não seja particularmente interessante.



Há outro caso semelhante que é o incentivo ao abate: nós temos um parque automóvel bastante bom. Nunca percebi porque é o que o Estado dá incentivos ao abate num país como Portugal. O tuga adora automóveis, Portugal tem um dos maiores parques automóveis per capita da Europa e não era preciso incentivo nenhum para ele renovar o parque, o tuga troca de carro mesmo que para isso se tenha de endividar.

É outro caso onde se enterra dinheiro em algo em que não é necessário mas o tuga gosta...
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Mares » 3/10/2011 20:25

MarcoAntonio Escreveu:
O mérito disto?

Bom, certamente o programa "democratizou" o acesso à informática e praticamente obrigou cada lar - por um preço baixo - a ter pelo menos um computador em casa (considerando que grande parte dos lares familiares têm crianças em idade escolar). Em termos de reduzir a info-exclusão, estou certo que desempenhou um papel positivo.

Ao mesmo tempo, teve vários efeitos negativos: os custos orçamentais pois é o contribuinte em geral que está a cobrir a venda de portáteis abaixo do preço de custo de produção a enormes fatias da população, ou seja, mais uma pedrada no déficit; os efeitos no mercado pois estamos para todos os efeitos a falar de dumping institucionalizado, ie, quem vende/vendia PC's no decurso de uma actividade comercial normal, viu-se de repente face a um concorrente desleal - o Estado - que vende massivamente computadores a baixo do preço de custo, usando o bolso do contribuinte para tapar o buraco.



Isso é quase nada quando comparado com a estória dos submarinos!

No primeiro caso são dados computadores às crianças pequenas (se 1 deles gerar 1 microsoft, pagará todos os computadores).

Já no segundo caso são dados brinquedos caros a crianças adultas...
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2504
Registado: 20/10/2010 17:33
Localização: 16

por MarcoAntonio » 3/10/2011 20:08

Já agora fica aqui uma breve história da ideia...

Uma das primeiras entidades a formular a ideia, precisamente sobre o chavão "um computador para cada criança" foi a Fundação sem fins lucrativos One Laptop per Child Association, Inc.

Um dos primeiros fabricantes a colocar em prática esta ideia ao criar um PC à medida (e que por algum tempo fez parte dos membros daquela fundação) foi a Intel, que no âmbito do projecto construiu o ClassMate.

O ClassMate - que foi lançado no mercado em 2006 - foi o primeiro dos Magalhães, que surge só em 2008:


Intel World Ahead Program

Intel’s World Ahead Program was established May 2006. The program designed a platform for low cost laptops that third party manufacturers could use to produce low cost machines under their own respective brands.

The Classmate PC is a reference design by Intel. Intel does not build the subnotebooks, but does produce the chips that power them. The reference design is then used by original equipment manufacturers (OEMs) worldwide to build their own branded Classmate PC.


(...)

On July 31, 2008, Intel, JP Sá Couto (the producer of the Tsunami Portuguese computers) and the Portuguese Government headed by Prime Minister José Sócrates announced the production of the "Magalhães" (a tribute to Portuguese navigator Magellan), a Intel Classmate-based computer that will be produced in Portugal (by JP Sá Couto) and distributed to Portuguese children in primary education for 50€ (free or at 20€ for students on social aid), as well as being exported to other countries.[26]



http://en.wikipedia.org/wiki/Classmate_PC


Entretanto, o mercado de netbooks e subnotebooks expandiu-se enormemente nos últimos anos e o "Magalhães" tem utilizado vários outros destes PC's (já vai na terceira versão ou quê) todos eles criados lá fora e numa aplicação portuguesa de uma ideia que vem também lá de fora, como aqui se mostra claramente.


O mérito disto?

Bom, certamente o programa "democratizou" o acesso à informática e praticamente obrigou cada lar - por um preço baixo - a ter pelo menos um computador em casa (considerando que grande parte dos lares familiares têm crianças em idade escolar). Em termos de reduzir a info-exclusão, estou certo que desempenhou um papel positivo.

Ao mesmo tempo, teve vários efeitos negativos: os custos orçamentais pois é o contribuinte em geral que está a cobrir a venda de portáteis abaixo do preço de custo de produção a enormes fatias da população, ou seja, mais uma pedrada no déficit; os efeitos no mercado pois estamos para todos os efeitos a falar de dumping institucionalizado, ie, quem vende/vendia PC's no decurso de uma actividade comercial normal, viu-se de repente face a um concorrente desleal - o Estado - que vende massivamente computadores a baixo do preço de custo, usando o bolso do contribuinte para tapar o buraco.





Nota: acerca do iPad, a ideia dos tablets pc também não é original da Apple, mas o ipad em si é um produto Apple com características próprias, portanto é um tablet PC criado verdadeiramente criado pela Apple. Além disso, é o primeiro tablet PC a ter grande sucesso comercial.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por MarcoAntonio » 3/10/2011 19:40

SMALL1969 Escreveu:Só se "engineered in the US" significar "pensado no US".


Engineered in the US significa que foi concebido (pensado e desenhado, tecnologicamente falando) nos Estados Unidos, claro.


SMALL1969 Escreveu:tal como o "Magalhães" também foi "pensado em Portugal". Fabricado...são os 2 na China.


O Magalhães não foi pensado em Portugal:

- o conceito PC's lowcost comercializados em larga escala e utilizados para e na educação não foi uma ideia original portuguesa, no máximo Portugal foi um dos países pioneiros a pôr em prática a ideia que já existia;

- o tipo de pc's utilizados também não é original português, trata-se de assemblagem em Portugal e já numa fase adiantada da produção (assemblagem final) uma vez que já vem quase tudo feito de fora, no fundo tratam-se de portáteis de linha branca concebidos lá fora, onde no final juntam um módulo de memória, um disco ou coisa do género e colam um autocolante. No máximo definem a configuração final de várias possíveis, é o que já se faz há várias décadas na informática e o que a própria JP Sá Couto (e muitos outros na área da informática) já faziam há uns bons 15 anos. Por exemplo, antes dos Magalhães a JP Sá Couto já "fabricava" os Tsunami, um marca própria que de própria praticamente só tinha o nome uma vez que tal como no caso do Magalhães, trata-se meramente de assemblagem final de produtos que vêm lá de fora e levam um autocolante português.



Não é o mesmo que um iPad, que foi criado (concebido e desenhado) pela Apple e depois pode ser fabricado em qualquer local à escolha de acordo com o que a Apple pretende que seja...




Portanto, o Magalhães não é um produto português nem no conceito nem no equipamento. De português tem o autocolante e, por vezes, um módulo de memória fabricado em Portugal. Tudo o resto foi concebido e fabricado lá fora e mesmo dizer que de português tem a assemblagem é um exagero uma vez que já vem muito assemblado de fora!
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40935
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por axman » 3/10/2011 19:37

SMALL1969 Escreveu:
axman Escreveu:O magalhães é o INVERSO do iPad senão vejam:

iPad: engineered in the US, assembled in China
Magalhães: engineered in China, assembled in Portugal


Só se "engineered in the US" significar "pensado no US".
tal como o "Magalhães" também foi "pensado em Portugal". Fabricado...são os 2 na China.

Agora o concurso ganho e subsídio pago à JP Sá Couto, isso é que só podia ter sido "pensado e colocado em prática em Portugal".


E não foi só a JP Sá Couto.. houve outros beneficiados
 
Mensagens: 231
Registado: 1/8/2009 0:16
Localização: 1

por SMALL1969 » 3/10/2011 19:26

axman Escreveu:O magalhães é o INVERSO do iPad senão vejam:

iPad: engineered in the US, assembled in China
Magalhães: engineered in China, assembled in Portugal


Só se "engineered in the US" significar "pensado no US".
tal como o "Magalhães" também foi "pensado em Portugal". Fabricado...são os 2 na China.

Agora o concurso ganho e subsídio pago à JP Sá Couto, isso é que só podia ter sido "pensado e colocado em prática em Portugal".
 
Mensagens: 1273
Registado: 3/2/2009 12:21
Localização: 16

por atomez » 2/10/2011 6:24

Novo iPhone 4 mais barato, Made in Brazil, já está pronto

Produzir iPad no Brasil? Complicado, caro, demora. Mas iPhones, por que não? De acordo com nossas fontes a fábrica da Foxconn está fabricando iPhones a pleno vapor. As maçãzinhas estão basicamente prontas para serem entregues, como mostram essas fotos conseguidas com exclusividade. O mais interessante: eles são um novo modelo que, tudo indica, terá menor capacidade e será mais barato. É, amiguinhos. Falta pouco para você ver um iPhone 4 made in Brazil a um preço razoável. Juntemos as peças:

Desde o anúncio do Governo brasileiro que a Foxconn investiria bilhões no Brasil, só se fala praticamente em “fabricar iPads”. Mas em algumas entrevistas, o ministro Aloízio Mercadante deixou claro que os primeiros produtos com a maçã a sair da fábrica da Foxconn em Jundiaí seriam iPhones e iPods – a quantidade de adaptações necessárias para fabricá-los é bem menor. O que não deixa de ser um privilégio: esta é a primeira fábrica de iCoisas fora da China. Mercadante prometeu que os primeiros produtos da Apple seriam fabricados aqui “a partir de julho”. A informação que temos é que o time de iPods e iPhones na Foxconn está 100% dedicado aos smartphones por ora. E agora não só temos provas disso, como parece que a produção foi ligeiramente atrasada para coincidir com a chegada dos novos iPhones. Veja esta foto:

Imagem

O codinome do iPhone 4 é N90. Ali no canto superior esquerdo deste lote aparentemente reprovado (por lentes “manchadas”, talvez), lê-se N90A . Vários rumores nos últimos dias, como este post do 9to5Mac, apontam para a inclusão deste novo modelo entre os produtos da Apple. Nossa aposta é que ele é o iPhone 4 de 8 GB bastante especulado. Por fora, ao menos nas fotos que temos, ele é rigorosamente igual ao iPhone 4:

Imagem

Em toda atualização de iPhone, a Apple reduz o preço dos aparelhos da geração anterior. Hoje você consegue encontrar o iPhone 3GS de 8GB por R$ 999 desbloqueado, o que ainda é bastante caro, mas é uma vitória no nosso mercado. Um iPhone 4 assim, por esse preço faria todo o sentido, e justificaria a construção de uma fábrica aqui. Somos o terceiro mercado mobile do mundo, mas temos uma quantidade muito pequena de smartphones – apenas 5,8% das vendas do último ano, segundo a Nielsen. O iPhone tem apenas 10% de participação aqui, contra 39% do Android – há bastante espaço para crescimento e, com um smartphone sensacional como o iPhone 4 a um preço decente, o jogo deve mudar. Ao menos as pessoas não comprarão Galaxies por falta de aparelhos da Apple no estoque.

Saberemos mais detalhes na terça-feira, quando a Apple apresentará o novo aparelho, que pode ser um bastante remodelado iPhone 5 ou um iPhone “4S”. De uma forma ou de outra, é certo que ele terá uma nova câmera de 8MP e o processador A5 do iPad 2. E, mais certo ainda: logo logo poderemos achar um iPhone 4 com “Designed by Apple in California, Assembled in Brazil” nas lojas. Quem aqui vai comprar?
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

Próximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: GalegoPT, Google Adsense [Bot], lfstorres, PAULOJOAO e 388 visitantes