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Caldeirão da Bolsa

Boas noticias sobre a Economia de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Nyk » 21/10/2011 6:40

Australianos da Rio Tinto querem investir mil milhões euros em Portugal

O projecto será realizado nas minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, um dos maiores depósitos de minério de ferro da Europa.
Australianos da Rio Tinto querem investir mil milhões euros em Portugal Os australianos da Rio Tinto, a maior empresa de minas do mundo, querem investir cerca de mil milhões de euros na exploração de ferro em Portugal, disse fonte próxima das negociações à Agência Lusa.

O projecto será realizado nas minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, um dos maiores depósitos de minério de ferro da Europa, com recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas de minério e recursos inferidos de mil milhões de toneladas.

O investimento está a ser negociado entre o Governo, a empresa que detém a concessão da mina até 2070, a MTI – Minning Technology Investments, e a Rio Tinto, refere a mesma fonte.

O Ministério da Economia confirma oficialmente que está “a desenvolver negociações com uma das maiores empresas do mundo para um grande investimento no sector mineiro em Portugal”, sem, no entanto, avançar qualquer dado sobre o assunto.

Álvaro Santos Pereira já tinha anunciado a 27 de setembro na RTP que existia uma multinacional que pretendia fazer um grande investimento em Portugal, escusando-se na altura a avançar com detalhes.

O investimento vai permitir, numa primeira fase, a criação de 420 novos postos de trabalho directos e cerca de 800 indirectos, bem como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano, com parcerias com instituições locais e internacionais.
Este projecto criará, segundo a MTI, “um novo mercado de exportação da economia portuguesa” e a “valorização e rentabilização da linha ferroviária do Douro e da navegabilidade do Douro”.

Fontes ligadas às empresas referem que, caso as negociações com a Rio Tinto cheguem a bom porto, o investimento vai permitir que a pequena vila transmontana receba “uma autêntica cidade, porque é preciso fazer tudo desde o início”, e será provável que o investimento demore cerca de 10 anos a concretizar até que comece a laborar.

Os direitos de exploração das minas Moncorvo pertencem à MTI, uma empresa constituída por capitais nacionais e estrangeiros, que conta entre os seus accionistas com empresários e quadros técnicos de “vasta experiência mineira”, pode ler-se no ‘site’ da companhia.

Segundo a mesma fonte, este é um investimento que já estaria a ser negociado pelo anterior governo, mas que agora deu um passo em frente após o reforço do interesse da Rio Tinto.

Segundo o ‘site’ da MTI, os direitos de prospecção e pesquisa foram obtidos através de um contrato assinado com o Governo em 2008, mas a atribuição da concessão de exploração das minas só aconteceu em 05 de Janeiro deste ano, “assegurando à MTI os direitos de exploração das Minas de Ferro de Moncorvo até 2070”.

A MTI encetou conversações com a Rio Tinto para se tornar parceira maioritária no projecto, que, numa primeira fase, vai explorar a Mina da Mua, com reservas medidas e indicadas de 120 milhões de toneladas.

Segundo o sítio da empresa na internet, o projecto tem “reduzidos constrangimentos ambientais”, “proximidade dos portos atlânticos de Aveiro e Leixões”, “apoio institucional das autoridades nacionais, regionais e locais” e “disponibilidade total e imediata de água, energia, infraestrutura e capacidade de escoamento”.

Fonte oficial da Rio Tinto contactada pela Agência Lusa em Londres escusou-se a confirmar ou desmentir a informação, afirmando que a empresa não comenta “rumores”.

A concretizar-se o investimento, marcaria o regresso do Rio Tinto a Portugal, depois de a empresa ter mantido, durante vários anos, um investimento nas minas de cobre de Neves-Corvo.

Em 1983, a Rio Tinto foi convidada a participar no projecto das minas, inicialmente uma ‘joint-venture’ [empresa conjunta] do Governo e de investidores privados franceses.Depois de um período de avaliação, em 1985 a Rio Tinto comprou os 49 por cento de capital francês, tendo a produção começado em 1989.

A Rio Tinto acabou por vender em 2004 toda a sua participação aos canadianos da EuroZinc.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=513917
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por Presa36 » 13/10/2011 16:27

Mares Escreveu:
O "Sócas" estava certo... ("Ainda vão têr saudades do PECIV .... :mrgreen: )

Abraço,

Mares.


Já não posso ouvir isto.
É mesmo de muito mau gosto. :x

Presa35
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por atomez » 13/10/2011 16:12

djovarius Escreveu:Mas Marco e restantes. Nós não vendemos para a rede. O Solar instalado é para o nosso consumo. Não recebemos subsídios, nem sequer para a aquisição dos materiais.

Recomendaria que vissem bem os números e as contas porque de certeza que estão a perder dinheiro, e muito.

De certeza que estão a pagar por KWh 3 ou 4 vezes mais o que pagariam se os fossem buscar à rede.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Mares » 13/10/2011 15:57

Quico Escreveu:
Mares Escreveu:Quico,

a questão da eólicas operarem junto das barragens, já foi aqui discutido.
Quando as eólicas estão a produzir em excesso (que a rede não precise dessa energia), parte dessa energia servirá para revertêr o curso dos rios.
Neste caso irás armazenar energia na albufeira para que depois essa energia seja injectada na rede através do acionamento das barragens.

Sendo o custo de investimento/produção das eólicas próxima da hidrica, então está aí a solução.

A conversão das barragens deve ter ficado de borla, deve!... (Devem ser contas à moda do teu amigo Socas!... Oops! Peço desculpa... afinal és "apartidário"... como se pôde constatar). :twisted:
Para além do mais, isso não resolve tudo, sobretudo em períodos onde há-que garantir caudais ecológicos e etrando em linha de conta com o peso cada vez mais brutal da capacidade instalada em eólica (como já referi).
Mares Escreveu:O "Sócas" estava certo... ("Ainda vão têr saudades do PECIV .... :mrgreen: )
...tal como o falido tem saudades do tempo em que só teve que vender o BMW, mesmo quando sabia que isso não ia resolver nada!
Ou ainda queres convencer alguém que era esse senhor que nos ia tirar do buraco onde nos meteu? Haja paciência, ó Mares! :roll:


Quico,

pareçe-me a solução idela eólicas-hidricas.

Para melhorar esse projecto, proponho:

- as barrgens deveriam ser cobertas (fisicamente ou quimicamente) por forma diminuír a evaporação.

- Criação de albufeiras próximas ao mar, com água salina e usando o excesso de energia que estivesse na rede elétrica para as encher. Esta energia armazenada nessas albufeiras sería usada para os picos de consumo.

- Atingír-se os 100%, das necessidades de energia eléctrica, no prazo máximo de 5 anos.

- Incentivar a substituíção das fontes de energia geradas por combustíveis fósseis, por energia limpa (fogões, aquecimento, autocarros, ....)

Então precisamos de gerar mais de 100% da energia elétrica que hoje se consome em Portugal.

xxxxxxxxx

Quanto às "saudades do PECIV" só foi mesmo para te espicaçar :P .

Diga-se de passagem que ninguém tem saudades dos PEC´s....

Preferímos os OiEs.... :mrgreen:
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por tava3 » 13/10/2011 15:56

Mas também não nos queiram convencer que são estes que nos vão tirar do buraco, é quase certo que vamos afundar mais, muito mais. :wink:
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por Quico » 13/10/2011 15:27

Mares Escreveu:Quico,

a questão da eólicas operarem junto das barragens, já foi aqui discutido.
Quando as eólicas estão a produzir em excesso (que a rede não precise dessa energia), parte dessa energia servirá para revertêr o curso dos rios.
Neste caso irás armazenar energia na albufeira para que depois essa energia seja injectada na rede através do acionamento das barragens.

Sendo o custo de investimento/produção das eólicas próxima da hidrica, então está aí a solução.

A conversão das barragens deve ter ficado de borla, deve!... (Devem ser contas à moda do teu amigo Socas!... Oops! Peço desculpa... afinal és "apartidário"... como se pôde constatar). :twisted:
Para além do mais, isso não resolve tudo, sobretudo em períodos onde há-que garantir caudais ecológicos e etrando em linha de conta com o peso cada vez mais brutal da capacidade instalada em eólica (como já referi).
Mares Escreveu:O "Sócas" estava certo... ("Ainda vão têr saudades do PECIV .... :mrgreen: )
...tal como o falido tem saudades do tempo em que só teve que vender o BMW, mesmo quando sabia que isso não ia resolver nada!
Ou ainda queres convencer alguém que era esse senhor que nos ia tirar do buraco onde nos meteu? Haja paciência, ó Mares! :roll:
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por Mares » 13/10/2011 14:38

Quico Escreveu:Há um factor que te estás a esquecer, Mares. Nos moldes actuais, em que o distribuidor é obrigado a aceitar toda a energia de origem eólica que é injectada na rede.
A aleatoriedade com que ela é produzida (ignorando, obviamente, períodos de consumo, e "entrando" e "saindo" conforme os "humores" do vento) introduz no restante sistema de produção e distribuição verdadeiras dores de cabeça de gestão - arranques e paragens bruscas de centrais térmicas ou hídricas, oscilações de tensão na rede - que logicamente geram custos muito importantes; e tão mais importantes quando é cada vez maior a fatia correspondente à eólica na capacidade de produção instalada.
Esses custos são - acredita - enormes e parece-me que não estão aí contemplados.


Quico,

a questão da eólicas operarem junto das barragens, já foi aqui discutido.
Quando as eólicas estão a produzir em excesso (que a rede não precise dessa energia), parte dessa energia servirá para revertêr o curso dos rios.
Neste caso irás armazenar energia na albufeira para que depois essa energia seja injectada na rede através do acionamento das barragens.

Sendo o custo de investimento/produção das eólicas próxima da hidrica, então está aí a solução.

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Abraço,

Mares.
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por futriber » 13/10/2011 14:29

djovarius Escreveu:Boas Marco,

Não, não estamos a vender nada à rede. É e sempre será para consumo próprio. Este não foi um daqueles projetos de micro-geração tão polémicos.
dj


Estranho... porque normalmente até montam contadores diferentes para ser mais rentável aos produtores.
Mas sendo assim estão de parabéns e são um exemplo a seguir.

Por aqui me fico, e venham daí mais boas de economia que é disso que o tópico/país precisa.
 
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por futriber » 13/10/2011 14:25

Quico Escreveu:Há um factor que te estás a esquecer, Mares. Nos moldes actuais, em que o distribuidor é obrigado a aceitar toda a energia de origem eólica que é injectada na rede.
A aleatoriedade com que ela é produzida (ignorando, obviamente, períodos de consumo, e "entrando" e "saindo" conforme os "humores" do vento) introduz no restante sistema de produção e distribuição verdadeiras dores de cabeça de gestão - arranques e paragens bruscas de centrais térmicas ou hídricas, oscilações de tensão na rede - que logicamente geram custos muito importantes; e tão mais importantes quando é cada vez maior a fatia correspondente à eólica na capacidade de produção instalada.
Esses custos são - acredita - enormes e parece-me que não estão aí contemplados.

Realmente é assim... Nós pagamos potência contratada, porque a EDP também paga a produtores (centrais) a disponibibilidade para estarem prontos a produzir a qualquer momento. Mesmo estando parados estão a receber...
Imaginem máquinas que produzem 500MW de potência, estarem paradas e em minutos estarem no pico da produção. É equipamento que atinge altas temperaturas/velocidades/pressões, que não são baratos, sofrem desgastes brutais com arranques e paragens. Para além disso se o arranca não for bem sucedido são fortemente penalizadas.
Li em tempos que graças às eólicas, houve períodos que exportamos energia. O problema é que essa energia que pagamos a um preço alto, era vendida quase dada a "nuestros hermanos".
Ouço falar nas energia nuclear, como alternativa... Mas estas centrais produzem constantemente GW, e só iria agravar o problema.
Editado pela última vez por Visitante em 13/10/2011 14:33, num total de 1 vez.
 
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por Mkpt » 13/10/2011 12:39

Ter retorno do investimento de produção de electricidade a partir de painéis fotovoltaicos em 6 anos parece-me muito muito ambicioso.

Perto de 8 anos parece-me mais realista.
Se bem que agora com os aumentos, e já se fala em mais um imposto..., os 7 anos ou perto disso poderão ser realistas...



No entanto é um prazo ainda longo e em muitas situações ainda não compensa - em zonas com o clima menos favorável [centro-norte] e onde resido, por exemplo, em que a distância ao mar é muito pouca e em 6/8 anos haverá uma deterioração severa dos painéis/componentes..
 
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por djovarius » 13/10/2011 12:03

Boas Marco,

Não, não estamos a vender nada à rede. É e sempre será para consumo próprio. Este não foi um daqueles projetos de micro-geração tão polémicos.
E sabemos bem quanto custavam as facturas da EDP antes do sistema instalado, sabemos quanto custariam agora, devido aos aumentos anuais da eletricidade e também sabemos quanto iriam custar já a partir deste mês, devido ao aumento do IVA, embora este seja dedutível, neste caso especifíco.
Daí que tudo leve a crer que o investimento se pague a si próprio no máximo dos máximos em 6 / 7 anos, o que nos pareceu razoável, apesar de sabermos que nesse espaço de tempo, os mesmos possam ficar de alguma forma obsoletos do ponto de vista tecnológico.

Mas do ponto de vista nacional, e em termos económicos, seria melhor uma central nuclear.
Se querem ir por aí, tudo bem, matam vários coelhos com uma só cajadada.

Abraço

dj
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por Quico » 13/10/2011 12:02

Há um factor que te estás a esquecer, Mares. Nos moldes actuais, em que o distribuidor é obrigado a aceitar toda a energia de origem eólica que é injectada na rede.
A aleatoriedade com que ela é produzida (ignorando, obviamente, períodos de consumo, e "entrando" e "saindo" conforme os "humores" do vento) introduz no restante sistema de produção e distribuição verdadeiras dores de cabeça de gestão - arranques e paragens bruscas de centrais térmicas ou hídricas, oscilações de tensão na rede - que logicamente geram custos muito importantes; e tão mais importantes quando é cada vez maior a fatia correspondente à eólica na capacidade de produção instalada.
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 11:58

É importante notar que é o custo estimado com base na tecnologia actual, isto é centrais eléctricas construídas agora. Não representa por exemplo o custo médio das que já estão instaladas em Portugal que utilizam tecnologia mais antiga...

A Energia Eólica evoluiu bastante ao nível das turbinas, tanto quanto sei (particularmente na Alemanha).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Mares » 13/10/2011 11:48

MarcoAntonio Escreveu:Já agora, deixo o quadro com as estimativas da EIA no Energy Outlook de 2011, considerando a tecnologia mais recente (isto é, considerando que se fazem os investimentos agora com a tecnologia actual) para o custo de produção por fonte:

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Pela tabela observa-se que a energia eólica tem um dos custos mais baixos, sendo esta apenas superada pela queima de gás natual (mais poluente) e pela energia hídrica (com potêncial de aproveitamento quase esgotado em Portugal).
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 11:33

Já agora, deixo o quadro com as estimativas da EIA no Energy Outlook de 2011, considerando a tecnologia mais recente (isto é, considerando que se fazem os investimentos agora com a tecnologia actual) para o custo de produção por fonte:

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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por MarcoAntonio » 13/10/2011 11:21

djovarius Escreveu:Bom dia,

Mas Marco e restantes. Nós não vendemos para a rede. O Solar instalado é para o nosso consumo. Não recebemos subsídios, nem sequer para a aquisição dos materiais.


Djovarius, assim é impossível concluir o que quer que seja uma vez que não há um único número.

Sem sabermos o que investiram, o que produzem, quanto deixaram de comprar à rede, se estão realmente a vender algo à rede ou não, sem saber que impostos é que estão a deixar de pagar (que os outros consumidores têm de pagar), etc, etc, etc não sabemos porque é que estão satisfeitos. No limite, até podem estar satisfeitos por não saberem fazer as contas correctamente. Como é que vamos saber sem qualquer número?

A energia solar é das mais caras que existe, mesmo quando é obtida em grandes parques solares (bom, consegue ser ultrapassada largamente pela energia das ondas que é exorbitantemente cara). Como é que me queres convencer que uma microprodução é rentável?

Se é rentável é à custa de uma qualquer distorção de mercado e é apenas rentável na óptica do consumidor que a instala.

Mas o que eu estou a discutir e o que eu quero saber, o que interessa estabelecer numa óptica de estratégia nacional para a energia, é a rentabilidade para a economia e não para o consumidor em virtude de impostos ou distorções de mercado.

É a mesma história dos veículos eléctricos e que já ilustrei n vezes que antes de impostos e em iguais condições (ainda) não compensa, para o país acaba a sair mais caro!
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por djovarius » 13/10/2011 10:54

Bom dia,

Mas Marco e restantes. Nós não vendemos para a rede. O Solar instalado é para o nosso consumo. Não recebemos subsídios, nem sequer para a aquisição dos materiais.
E logo a minha entidade patronal, que tem horror à subsidio-dependência :lol: E eu também !!

Não, eu concordo com alguns dos vossos argumentos, mas ainda é uma aposta a ter em conta.
E eu estou numa região onde o Sol abunda. A rentabilidade deste investimento é maior do que no norte. E o mesmo em relação às eólicas. Aqui há ventos abundantes ou de quadrante norte ou de sueste. Maior rentabilidade do investimento.


Mas já que estamos no tópico das boas notícias para a Economia portuguesa, há que dizer que a tendência para o crescimento do turismo é para manter.
Nada como lidar com "inside information".

Há um renovado interesse dos novos mercados turisticos e uma recuperação de alguns dos tradicionais. Como não há bela sem senão, temos a questão dos preços. Não há margem para subidas, o que nos leva à questão dos custos...

Abraço

dj
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por Josytoc » 13/10/2011 1:13

O Marco António tem razão, aliás mais que razão. È um dos principais problemas o elevado custo com a energia, vejo isso quase todos os dias especialmente em empresas industrias, todos se queixam o custo é exorbitante e constitui um facto amplamente reconhecido. Os sucessivos governos têm privilegiado e beneficiado a EDP em quase todos os domínios, restringindo a concorrência em detrimento da competitividade do pais e de todos os consumidores.
Também defendo as energias renováveis mas elas têm que ser competitivas e não subsídio dependentes.

A legislação favorece escandalosamente a EDP em prejuízo dos consumidores e precisa de ser toda revista.

Se tivesse que decidir, ficava caladinho e primeiro vendia, depois contava-lhes uma história…

Farto-me de rir sempre que vejo o anúncio da EDP.
“Estamos a crescer “ – pudera á nossa custa
“Produzimos do que é nosso” – leia-se vosso, os vossos recursos hídricos, as vossas condições geográficas, etc.
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por otangas » 12/10/2011 16:23

Há 27.005 novas empresas em Portugal este ano

Nos primeiros nove meses de 2011, foram constituídas mais três mil empresas do que em igual período do ano passado.
Foram criadas 27.005 novas empresas em Portugal nos primeiros nove meses do ano, indicam os dados da Coface.

O número representa um aumento de 15% em relação às 23.447 constituições verificadas no período homólogo.

Apesar do aumento, os números dos últimos meses ficam abaixo dos registados nos primeiros meses do ano. Por exemplo, em Janeiro foram constituídas 4.371 empresas. Em Setembro, o valor fica-se pelos 2.398.

Ainda assim, em quase todos os meses, as firmas criadas em 2011 superaram os valores de 2010. As únicas excepções foram Março e, precisamente, Setembro.

De acordo com o estudo da Coface, o saldo positivo justifica-se principalmente pelo contributo dado pelas empresas criadas com um capital social inferior a 5.000 euros, com um crescimento de 25,6%. Na generalidade dos restantes escalões, o número de firmas constituídas em 2011 foi inferior ao de 2010.

Em Março de 2011, foi publicado em Diário da República um diploma que reduz o requisito mínimo de capital social de uma empresa, descendo de 5.000 euros para 1 euro por cada sócio.

A Coface revela que os distritos com maior número de novas empresas são Lisboa (com 7.690) e o Porto (com 5.019). Já pela negativa destaca-se a Horta (69) e Angra do Heroísmo (73).

Em igual período de 2011, a Coface mostra ainda que mais de 4 mil empresas estiveram em acções em insolvências.


http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=511411
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por MarcoAntonio » 12/10/2011 16:13

djovarius Escreveu:Edito o tópico só para dizer que a organização turistica para a qual trabalho apostou em painéis solares de última geração e não podíamos estar mais contentes quando comparamos as faturas de eletricidade de hoje com as do passado. Excelente investimento que se paga, no nosso caso, em meia dúzia de anos.


Claro que estão e é precisamente o que eu estou a criticar: a poupança é um subsídio, é uma fantasia que é paga por mim e pelos restantes contribuintes e consumidores.

O preço pago por kwh em Portugal já é alto. E os próximos dois ou três anos a factura vai ser sempre a subir para pagar estes e outros desvarios...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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por futriber » 12/10/2011 16:02

djovarius Escreveu:Edito o tópico só para dizer que a organização turistica para a qual trabalho apostou em painéis solares de última geração e não podíamos estar mais contentes quando comparamos as faturas de eletricidade de hoje com as do passado. Excelente investimento que se paga, no nosso caso, em meia dúzia de anos.

Abraço

dj

Deduzo que têm fotovoltaicos...
O problema é que para essa "alegria" pagam todos os consumidores.
Gostava era que a energia produzida fosse para consumo, e que a EDP apenas pagasse o exedente.
Certamente essa "alegria", não se manifestava da mesma forma na fatura.
 
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por djovarius » 12/10/2011 15:38

Ah bom,

Mas eu defendo mesmo as energias renováveis !!
E não precisei de Sócrates algum para isso, coitado, até parece que descobriu alguma coisa de novo.
E ainda teríamos de apostar na energia das marés, por acaso, mas agora não me parece que seja o melhor momento do ponto de vista financeiro.
A verdade é que por toda a Europa se investe nesta área.
E quanto aos custos: é verdade que não é barata, mas ajuda a travar as importações, que são hoje um dos nossos grandes problemas. Compramos com dinheiro que não nos pertence.

O preço da eletricidade subirá? Pois bem, vamos ver se criamos então hábitos de poupança no nosso dia-a-dia.
Basta ver, no caso da iluminação pública, a barbaridade que é ver uma luz de rua a acender às 20:00 (fim de Junho) quando há Sol durante mais uma hora e meia.

Para não falar das alterações de preços que estão a caminho no que diz respeito às quotas nacionais de emissões de dióxido de carbono. Veremos depois o que é barato e o que é caro....

E a alternativa seria o Nuclear. Sem dúvida que é a alternativa mais interessante do ponto de vista económico.
Mas será que eu quero pagar menos 10 euros por mês na minha conta em troco de um potencial grande susto??

Edito o tópico só para dizer que a organização turistica para a qual trabalho apostou em painéis solares de última geração e não podíamos estar mais contentes quando comparamos as faturas de eletricidade de hoje com as do passado. Excelente investimento que se paga, no nosso caso, em meia dúzia de anos.

Abraço

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por Mkpt » 12/10/2011 14:41

altrio Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:a energia solar é das mais caras de todas


Esta afirmação é capaz de não tomar em conta as somas colossais (e estas é que serão mesmo colossais) que serão necessárias para combater os futuros efeitos nefastos das emissões de carbono fóssil...


Essa afirmação tem em conta esse e ..todos os outros custos.
:)

Energia eólica e a solar são demasiado caras, a tecnologia actual não permite um rendimento adequado para bom custo/benefício.


Não percebo a demagogia do não ao nuclear.
Há centrais nucleares ao lado da fronteira, fazia-se também uma central junto à fronteira.

Permitia produzir energia barata, o investimento em melhorar as hídricas não seria necessário e entre o que já existe [eólica, hídrica + nuclear] reduzia-se a necessidade de produzir por centrais térmicas, reduzindo as importações e a poluição.


E apostar, em vez de financiar empresas privadas sem concurso para 'montar' computadores cuja tecnologia que fica em pt é zero, em tecnologia que fique cá e que permita reduzir a dependência energética/melhor eficiência, tipo produzir led's...
 
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por altrio » 12/10/2011 13:52

MarcoAntonio Escreveu:a energia solar é das mais caras de todas


Esta afirmação é capaz de não tomar em conta as somas colossais (e estas é que serão mesmo colossais) que serão necessárias para combater os futuros efeitos nefastos das emissões de carbono fóssil...
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por MarcoAntonio » 12/10/2011 12:59

djovarius Escreveu:
Há que continuar a apostar nas energias alternativas custe o que custar.



Não: esse foi o caminho que veio a ser traçado e que falhou redondamente, essa era precisamente a estratégia na política energética durante o anterior governo e na minha opinião uma das áreas onde precisamente actuou pior (olhar para a conta da luz - que ainda por cima foi deixando déficit tarifário - é de resto um bom indicador).


O que é que devemos fazer para resolver na medida do possível o nosso déficit energético e o peso que tem na Balança Comercial?


A primeira coisa é promover a poupança de energia. Esse é o primeiro passo e onde praticamente nada tem sido feito. Aqui ao lado em Espanha por exemplo desde 2008 que o consumo de combustíveis fósseis nas descolações terrestres tem vindo a baixar continua e consideravelmente. Em Portugal só se nota um recuo em 2011 e por fruto da crise e da quebra de consumo, não em função de uma estratégia de longo-prazo. Portanto, a primeira coisa é promover o consumo racional e a poupança de energia.


A segunda coisa é apostar na produção de energia mais barata. O que também não tem sido feito realmente (ou tem sido feito de forma muito deficiente). O que se faz é por vezes precisamente o contrário: por exemplo, paga-se às pessoas para instalarem paineis solares em casa quando a energia solar é das mais caras de todas. Produzir e promover que as pessoas utilizem as soluções energéticas mais económicas seria o segundo ponto.



Mas não: isenta-se de ISV e subsidiam-se veículos eléctricos que não são rentáveis e saiem mais caro na prática (os veículos eléctricos também são importados e são caríssimos a preços de importação). Era economica e energeticamente mais eficaz apoiar a venda de veículos de baixo consumo. E era interessante que o ISV em lugar de incidir fortemente sobre a cilindrada - o que hoje em dia é quase "meaningless" - incidisse antes sobre os consumos, usando por exemplo por base o mesmo ciclo europeu que é utilizado para as emissões de CO2. De resto, os veículos convencionais são os veículos que as pessoas continuam massivamente a comprar e é onde existe sensibilidade para alterar consideravelmente o consumo médio per capita.


Muito disto centra-se nos transportes terrestres claro pois é nos transportes terrestres que o grosso dos combustíveis fósseis são utilizados em Portugal...
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