Occupy Wall Street - um discurso esclarecedor
Serviam uma série de outros tópicos mas este foi um daqueles onde a questão da desigualdade já foi discutida.
Aqui fica a mais fresca sobre o assunto, chegada do Forum de Davos:
Desigualdade já ameaça tanto o mundo quanto os défices
Esta, já agora, de há uns dias atrás e por via das conclusões de um estudo da União Europeia revela mais uma vez o quão confrangedora é a situação em Portugal:
Portugal é o único país onde a austeridade exigiu mais aos mais ao pobres
Aqui fica a mais fresca sobre o assunto, chegada do Forum de Davos:
Desigualdade já ameaça tanto o mundo quanto os défices
Maiores riscos para a próxima década são económicos. Relatório do Fórum de Davos diz que conjugação de défices elevados, pressões demográficas e desigualdade podem atirar países desenvolvidos para situação de grande instabilidade.
A desigualdade parece definitivamente ter saltado para a ordem do dia. Agora, é o Fórum Económico de Davos que alerta para os problemas que podem ser gerados na próxima década pela crescente disparidade de rendimentos. Um risco que o Fórum considera tão grave como os défices orçamentais galopantes dos países desenvolvidos e que pode atirar países inteiros para situações de grande instabilidade.
Esta, já agora, de há uns dias atrás e por via das conclusões de um estudo da União Europeia revela mais uma vez o quão confrangedora é a situação em Portugal:
Portugal é o único país onde a austeridade exigiu mais aos mais ao pobres
Estudo da Comissão analisa medidas tomadas entre 2009 e 2011 pelos seis países mais afectados pela crise
Entre os seis países da União Europeia mais afectados pela crise, Portugal é o único onde as medidas de austeridade exigiram um esforço financeiro aos pobres superior ao que foi pedido aos ricos, revela um estudo recente publicado pela Comissão Europeia. Na comparação com Grécia, Estónia, Irlanda, Reino Unido e Espanha, Portugal é também o País que regista um dos maiores aumentos de risco de pobreza devido às medidas de consolidação orçamental adoptadas durante a crise, ultrapassando a barreira dos 20% da população em risco.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Bankers’ Salaries vs. Everyone Else’s
Bankers’ Salaries vs. Everyone Else’s
By CATHERINE RAMPELL
Why are the Occupy Wall Streeters so angry at bankers? This chart might give you some idea:
That chart is from a new report from the New York State Comptroller’s office on the securities industry in New York City.
It shows that the average salary in the industry in 2010 was $361,330 — five and a half times the average salary in the rest of the private sector in the city ($66,120). By contrast, 30 years ago such salaries were only twice as high as in the rest of the private sector.
Last year helped contribute to the widening of that gap, too.
That’s not to say that bankers have job security.
The overall financial services sector was disproportionately hit by the financial crisis. The sector employs just 12 percent of the city’s work force, but accounted for one out of every three jobs lost in the recession. Some (not all) of those jobs were regained, but the comptroller’s office says the industry “is likely to experience significant job losses over the course of the next year.”
In particular, the securities sub-sector of financial services “could lose an additional 10,000 jobs by the end of 2012, which would bring total job losses in the industry to 32,000 since January 2008,” the report said.
in: http://economix.blogs.nytimes.com/2011/ ... one-elses/
By CATHERINE RAMPELL
Why are the Occupy Wall Streeters so angry at bankers? This chart might give you some idea:
That chart is from a new report from the New York State Comptroller’s office on the securities industry in New York City.
It shows that the average salary in the industry in 2010 was $361,330 — five and a half times the average salary in the rest of the private sector in the city ($66,120). By contrast, 30 years ago such salaries were only twice as high as in the rest of the private sector.
Last year helped contribute to the widening of that gap, too.
That’s not to say that bankers have job security.
The overall financial services sector was disproportionately hit by the financial crisis. The sector employs just 12 percent of the city’s work force, but accounted for one out of every three jobs lost in the recession. Some (not all) of those jobs were regained, but the comptroller’s office says the industry “is likely to experience significant job losses over the course of the next year.”
In particular, the securities sub-sector of financial services “could lose an additional 10,000 jobs by the end of 2012, which would bring total job losses in the industry to 32,000 since January 2008,” the report said.
in: http://economix.blogs.nytimes.com/2011/ ... one-elses/
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Re: "Restaurar a sociedade do mérito"
Quico Escreveu:Deve ser por isso que uma boa parte das cotadas do PSI20 mudaram a sede para um deles.
Deve ser por pagarem muitos impostos, contribuindo para essa "distribuição da riqueza"...
Qual é o ponto, Quico?
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: "Restaurar a sociedade do mérito"
MarcoAntonio Escreveu:Já agora, os países que têm a melhor distribuição dos rendimentos situam-se no centro e no norte da Europa, a zona geográfica onde encontramos igualmente dos melhores índices de qualidade de vida e várias das melhores Democracias do mundo.
Deve ser por isso que uma boa parte das cotadas do PSI20 mudaram a sede para um deles.
Deve ser por pagarem muitos impostos, contribuindo para essa "distribuição da riqueza"...
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Sim, basicamente. Ou por outra, para se perceber minimamente a realidade geral é preciso olhar para as duas coisas. O que eu pretendo sublinhar é que olhando apenas para o Gini Index não ficamos a saber em que situação a generalidade das pessoas está a viver.
Não quer dizer que as pessoas estejam mal no Cazaquistão por a pobreza estar bem distribuída. Provavelmente ainda estavam pior (a maior parte das pessoas) se para além de terem um PIB baixo ainda tivessem a desigualdade na distribuição da riqueza que se verifica por exemplo, sei lá, na Áfica do Sul.
Não quer dizer que as pessoas estejam mal no Cazaquistão por a pobreza estar bem distribuída. Provavelmente ainda estavam pior (a maior parte das pessoas) se para além de terem um PIB baixo ainda tivessem a desigualdade na distribuição da riqueza que se verifica por exemplo, sei lá, na Áfica do Sul.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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MarcoAntonio Escreveu:andre_ferreira Escreveu:
Cazaquistão ???
Aparentemente sim, quer dizer, mais ou menos, dado que os dados são relativamente consistentes entre diferentes fontes embora um pouco mais altos.
Contudo, é importante notar que o Cazaquistão tem um PIB per capita da ordem dos $13000 (ou seja, mais ou menos metade do que se verifica em Portugal).
Portanto, basicamente, são "todos" pobres...
O índice Gini é mais útil se olharmos ao mesmo tempo para a riqueza per capita (senão, às páginas tantas, não estamos a falar de boa distribuição da riqueza mas de boa distribuição da pobreza).
Então, comparando o indice GINI com o PIB/pc, os paises do Leste saltam todos da lista para fora, não?
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andre_ferreira Escreveu:
Cazaquistão ???
Aparentemente sim, quer dizer, mais ou menos, dado que os dados são relativamente consistentes entre diferentes fontes embora um pouco mais altos.
Contudo, é importante notar que o Cazaquistão tem um PIB per capita da ordem dos $13000 (ou seja, mais ou menos metade do que se verifica em Portugal).
Portanto, basicamente, são "todos" pobres...
O índice Gini é mais útil se olharmos ao mesmo tempo para a riqueza per capita (senão, às páginas tantas, não estamos a falar de boa distribuição da riqueza mas de boa distribuição da pobreza).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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já agora:
Cazaquistão ???
#1 Sweden, GINI 23.0
#2 Hungary, GINI 24.7
#3 Norway, GINI 25.0
#4 Czech Republic, GINI 26.0
#5 Malta, GINI 26.0
#6 Luxembourg, GINI 26.0
#7 Slovakia, GINI 26.0
#8 Austria, GINI 26.0
#9 Kazakhstan, GINI 26.7
#10 Finland, GINI 26.8
#11 Germany, GINI 27.0
http://www.businessinsider.com/the-11-m ... gini-270-1
Cazaquistão ???
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Já agora, a desigualdade da riqueza e do rendimento nos Estados Unidos, que tem vindo a subir, está agora a níveis comparáveis ao que se verificava antes da Grande Depressão.
Estes números têm por base, novamente, os números do U.S. Census Bureau e são consistentes com outras fontes.
Estes números têm por base, novamente, os números do U.S. Census Bureau e são consistentes com outras fontes.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Re: "Restaurar a sociedade do mérito"
rmachado Escreveu:Mas será que não lhe faltam dados?
Mais do que faltar dados, eu não creio que os números estejam correctos de todo. Segundo os números do U.S. Census Bureau a realidade é muito diferente (ver quadro anexo).
A CIA e as Nações Unidas estimam ainda o índice de desigualdade da distribuição dos rendimentos relativamente elevada para os Estados Unidos (Gini Index na ordem dos 40-45% ou 0.40-0.45) e a aumentar consistentemente entre 1970 e 2000, o que é também consistente com o gráfico anexo dado por fontes diferentes.
A generalidade dos dados disponíveis contradizem completamente o vídeo...
Já agora, os países que têm a melhor distribuição dos rendimentos situam-se no centro e no norte da Europa, a zona geográfica onde encontramos igualmente dos melhores índices de qualidade de vida e várias das melhores Democracias do mundo.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Re: "Restaurar a sociedade do mérito"
Quico Escreveu:<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/vDhcqua3_W8" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Bom video...
Mas será que não lhe faltam dados? Tipo quanto tempo demoram agora os "pobres" a enriquecer? e quanto tempo ficam pobres os "novos pobres"?
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What else?
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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Muitos interrogam-se sobre o que acontece às novas gerações, mimadas até à indolência por pais extremosos, no momento em que enfrentam as agruras do mundo. A resposta é fácil: uns moços, assustados, recusam sair de casa; outros moços, assustadíssimos, saem à rua a protestar o facto de a realidade não lhes ser tão simpática quanto acreditaram.
Se a Europa já se habituou a choramingas do género, não havia motivo plausível para que a América não os aturasse. Nas últimas semanas, diversas cidades dos EUA acolheram manifestações de jovens furiosos. Embora a fúria se prenda com a suspeita de que terão de trabalhar para sobreviver, os jovens preferem inventar razões menos prosaicas e reclamam-se dos "valores" dos acampados de Madrid e dos insurgentes do Norte de África, curiosas inspirações que, no limite, significariam a oposição ao sabonete e, no segundo caso, o desejo de levar uma existência de acordo com os sábios preceitos do Corão.
Seria interessante descobrir o que acham os heróis da Primavera Árabe acerca dos lavabos destinados exclusivamente a transexuais que os seus discípulos americanos instalam nos respectivos acampamentos. Entretanto, convém notar que os "valores" do islamismo não surgem nas palavras de ordem dos manifestantes de Nova Iorque e etc.. O que surge é um mote genérico ("Ocupar Wall Street") e uma série de clichés da época (rejeição do capitalismo, rejeição da polícia, rejeição do "aquecimento global", rejeição dos cortes orçamentais). Grosso modo, os anarquistas em questão exigem um Estado que os proteja e ampare.
É igualmente interessante reparar que o movimento, na verdade de uns escassos milhares, foi iniciado por uma organização anticonsumo (?) chamada Adbusters. Dado que todos ostentam laptops, telemóveis e iPads, ou os aderentes não perceberam bem a ideia ou convenceram-se de que as geringonças tecnológicas da moda são concebidas por pequenos artesãos reunidos em comunas e vendidas sob as regras do comércio dito justo. De qualquer maneira, é de prever certa desmobilização dos protestos no primeiro dia de vendas do iPhone 4S - e o inevitável regresso no dia seguinte, com a revolta reforçada pela câmara de 8 mb e o ecrã de alta definição.
Por fim, interessa destacar a reacção de Barack Obama, tardia e divertida. Disse Obama que o "Ocupar Wall Street" traduz, cito, "a frustração do povo". Ai é? Era capaz de jurar que, em vez de berrar ao ar livre, o povo passa o tempo no emprego, e que o povo frustrado com as consequências do crédito fácil imposto pelo saudoso Jimmy Carter passa o tempo a procurar fugir do desemprego.
Mas não devemos estranhar as alucinações do Presidente da "esperança". Não só porque há colaboradores seus entre os entusiastas confessos da "ocupação" e não só porque, uma ocasião em 2008, a própria esposa aconselhou uma plateia de simpatizantes a evitar a América empresarial: Obama compreende os manifestantes porque não se distingue deles. Também ele intercalou o privilégio universitário com o ócio "activista". Também ele nunca exerceu uma profissão a sério, excepto se considerarmos sucessivos serviços "sociais" uma profissão a sério. Também ele, no fundo, abomina a "cobiça" e o "egoísmo" do sector privado e, se não for maçada acrescentar, produtivo. Salvo, literalmente, pelo oportunismo político que lhe deu uma carreira, Obama estaria aos gritos na rua.
É tentador comparar a situação vigente com a toponímia de Wall Street, parece que assim chamada por preencher o local onde, nos primórdios de Manhattan, se situava o muro que dividia a cidade "europeia" da "selvajaria" índia: o muro caiu e, séculos depois, os selvagens entraram. Porém, é mais útil perceber que espécie de criaturas entrou na Casa Branca e, sobretudo, quando é que as criaturas saem.
ALBERTO GONÇALVES - DN
publicado a 2011-10-09
Se a Europa já se habituou a choramingas do género, não havia motivo plausível para que a América não os aturasse. Nas últimas semanas, diversas cidades dos EUA acolheram manifestações de jovens furiosos. Embora a fúria se prenda com a suspeita de que terão de trabalhar para sobreviver, os jovens preferem inventar razões menos prosaicas e reclamam-se dos "valores" dos acampados de Madrid e dos insurgentes do Norte de África, curiosas inspirações que, no limite, significariam a oposição ao sabonete e, no segundo caso, o desejo de levar uma existência de acordo com os sábios preceitos do Corão.
Seria interessante descobrir o que acham os heróis da Primavera Árabe acerca dos lavabos destinados exclusivamente a transexuais que os seus discípulos americanos instalam nos respectivos acampamentos. Entretanto, convém notar que os "valores" do islamismo não surgem nas palavras de ordem dos manifestantes de Nova Iorque e etc.. O que surge é um mote genérico ("Ocupar Wall Street") e uma série de clichés da época (rejeição do capitalismo, rejeição da polícia, rejeição do "aquecimento global", rejeição dos cortes orçamentais). Grosso modo, os anarquistas em questão exigem um Estado que os proteja e ampare.
É igualmente interessante reparar que o movimento, na verdade de uns escassos milhares, foi iniciado por uma organização anticonsumo (?) chamada Adbusters. Dado que todos ostentam laptops, telemóveis e iPads, ou os aderentes não perceberam bem a ideia ou convenceram-se de que as geringonças tecnológicas da moda são concebidas por pequenos artesãos reunidos em comunas e vendidas sob as regras do comércio dito justo. De qualquer maneira, é de prever certa desmobilização dos protestos no primeiro dia de vendas do iPhone 4S - e o inevitável regresso no dia seguinte, com a revolta reforçada pela câmara de 8 mb e o ecrã de alta definição.
Por fim, interessa destacar a reacção de Barack Obama, tardia e divertida. Disse Obama que o "Ocupar Wall Street" traduz, cito, "a frustração do povo". Ai é? Era capaz de jurar que, em vez de berrar ao ar livre, o povo passa o tempo no emprego, e que o povo frustrado com as consequências do crédito fácil imposto pelo saudoso Jimmy Carter passa o tempo a procurar fugir do desemprego.
Mas não devemos estranhar as alucinações do Presidente da "esperança". Não só porque há colaboradores seus entre os entusiastas confessos da "ocupação" e não só porque, uma ocasião em 2008, a própria esposa aconselhou uma plateia de simpatizantes a evitar a América empresarial: Obama compreende os manifestantes porque não se distingue deles. Também ele intercalou o privilégio universitário com o ócio "activista". Também ele nunca exerceu uma profissão a sério, excepto se considerarmos sucessivos serviços "sociais" uma profissão a sério. Também ele, no fundo, abomina a "cobiça" e o "egoísmo" do sector privado e, se não for maçada acrescentar, produtivo. Salvo, literalmente, pelo oportunismo político que lhe deu uma carreira, Obama estaria aos gritos na rua.
É tentador comparar a situação vigente com a toponímia de Wall Street, parece que assim chamada por preencher o local onde, nos primórdios de Manhattan, se situava o muro que dividia a cidade "europeia" da "selvajaria" índia: o muro caiu e, séculos depois, os selvagens entraram. Porém, é mais útil perceber que espécie de criaturas entrou na Casa Branca e, sobretudo, quando é que as criaturas saem.
ALBERTO GONÇALVES - DN
publicado a 2011-10-09
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Re: "Restaurar a sociedade do mérito"
Quico, dados entre 1975 e 1991?!?!
quantos anos tem este vídeo?
Não há nada mais recente? 1991 foi há já 20 anos...
De qualquer forma, penso que o que está em causa é o crescimento da diferença de rendimentos, e não tanto que os pobres estarão mais pobres. O aumento das desigualdade na distribuição vê-se bem nos dados existentes por exemplo em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Income_ine ... ted_States
Chamo ainda a atenção que esta tendência (ou a sua percepção) se acentua com a crise que vivemos, pelo que para ser correctos os dados terão que ser recentes.
Edit para complementar:
Top 1 Percent of Americans Reaped Two-Thirds of Income Gains in Last Economic Expansion
Income Concentration in 2007 Was at Highest Level Since 1928, New Analysis Shows
in: http://www.cbpp.org/cms/index.cfm?fa=view&id=2908
quantos anos tem este vídeo?
Não há nada mais recente? 1991 foi há já 20 anos...
De qualquer forma, penso que o que está em causa é o crescimento da diferença de rendimentos, e não tanto que os pobres estarão mais pobres. O aumento das desigualdade na distribuição vê-se bem nos dados existentes por exemplo em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Income_ine ... ted_States
Chamo ainda a atenção que esta tendência (ou a sua percepção) se acentua com a crise que vivemos, pelo que para ser correctos os dados terão que ser recentes.
Edit para complementar:
Top 1 Percent of Americans Reaped Two-Thirds of Income Gains in Last Economic Expansion
Income Concentration in 2007 Was at Highest Level Since 1928, New Analysis Shows
in: http://www.cbpp.org/cms/index.cfm?fa=view&id=2908
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Re: "Restaurar a sociedade do mérito"
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tavaverquenao2 Escreveu:Sem querer ou não, mostraste o que é hoje o capitalismo, ou seja, o homem que fez o banco pagou um preço alto pelo coelho, e no dia seguinte volta às couves, a menos que o outro queira um banco todos os dias. Parece o que os bancos fazem com os créditos à habitação, paga-se a casa pelo dobro ou triplo do preço. Seria mais justo se um fosse o caçador e o outro o agricultor. Assim, trocariam todos os dias mercadorias, juntos construíam dois bancos e viviam todos felizes para sempre.
E depois juntavam os amigos para lhes concederem uma pensão vitalícia choruda, arranjavam alguém que os despedisse com uma pensão milionária, e iam para as fidji comer cocos que sempre é melhor que andar à caça de coelhos.
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Sem querer ou não, mostraste o que é hoje o capitalismo, ou seja, o homem que fez o banco pagou um preço alto pelo coelho, e no dia seguinte volta às couves, a menos que o outro queira um banco todos os dias. Parece o que os bancos fazem com os créditos à habitação, paga-se a casa pelo dobro ou triplo do preço. Seria mais justo se um fosse o caçador e o outro o agricultor. Assim, trocariam todos os dias mercadorias, juntos construíam dois bancos e viviam todos felizes para sempre. 
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Pondo as coisa em termos simples...depois disto vamos lá ver
Vamos a um suponhamos……. Que inventei aqui à pressa… 
Um dia depois de ver mais um recente noticiário na televisão um miúdo lembra-se de perguntar ao pai.
Oh pai como é que foi o início da economia?
Bem sabes imagina…o início da economia foi quando haviam duas famílias que viviam na floresta perto uma da outra.
Numa família a mulher andava triste porque via a cabana da outra sempre com fumo e cheirinho bom dos belos coelhos assados que o homem dessa outra família tinha imenso jeito para apanhar, enquanto que eles muito raramente comiam um coelho, embora o se esforçassem todos os dias para apanhar um.
Ah sim … e então?
Então por seu lado na outra família que comia os coelhos a mulher andava zangada com o homem porque também via a outra família sentada nuns belos bancos nos dias de sol enquanto que o marido passava dias a tentar fazer um banco daqueles mas não tinha jeito nenhum, nunca saia nada de jeito.
Hum… e depois?
Depois um dia enquanto caminhavam na floresta as duas famílias encontraram-se e falaram sobre estas coisas, e às tantas um deles exclamou…. Já sei!
Tu amanhã fazes um banco para mim e eu vou caçar e caço mais um coelho para ti, depois trocamos dás-me o banco e eu dou-te o coelho.
E assim foi …da parte da manhã o caçador caçou dois coelhos e o outro fez um belo banco num instante. Trocaram e da parte da tarde cada um ficou refastelado ao sol, gozando os prazeres da vida.
Ah claro pai entendi perfeitamente…mas…
Mas? Que mas? Lá vens tu com os teus mas….
Mas pai então como é que dessa coisa simples e vantajosa a economia se transformou na confusão que é hoje e com toda agente infeliz?
Ora rapaz… isso já não sei vai perguntar a um político que isso já não é do meu departamento.
Um dia depois de ver mais um recente noticiário na televisão um miúdo lembra-se de perguntar ao pai.
Oh pai como é que foi o início da economia?
Bem sabes imagina…o início da economia foi quando haviam duas famílias que viviam na floresta perto uma da outra.
Numa família a mulher andava triste porque via a cabana da outra sempre com fumo e cheirinho bom dos belos coelhos assados que o homem dessa outra família tinha imenso jeito para apanhar, enquanto que eles muito raramente comiam um coelho, embora o se esforçassem todos os dias para apanhar um.
Ah sim … e então?
Então por seu lado na outra família que comia os coelhos a mulher andava zangada com o homem porque também via a outra família sentada nuns belos bancos nos dias de sol enquanto que o marido passava dias a tentar fazer um banco daqueles mas não tinha jeito nenhum, nunca saia nada de jeito.
Hum… e depois?
Depois um dia enquanto caminhavam na floresta as duas famílias encontraram-se e falaram sobre estas coisas, e às tantas um deles exclamou…. Já sei!
Tu amanhã fazes um banco para mim e eu vou caçar e caço mais um coelho para ti, depois trocamos dás-me o banco e eu dou-te o coelho.
E assim foi …da parte da manhã o caçador caçou dois coelhos e o outro fez um belo banco num instante. Trocaram e da parte da tarde cada um ficou refastelado ao sol, gozando os prazeres da vida.
Ah claro pai entendi perfeitamente…mas…
Mas? Que mas? Lá vens tu com os teus mas….
Mas pai então como é que dessa coisa simples e vantajosa a economia se transformou na confusão que é hoje e com toda agente infeliz?
Ora rapaz… isso já não sei vai perguntar a um político que isso já não é do meu departamento.
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Capitalismo também é bancos e finanças, mas não é financeirização da economia.
Capitalismo também pode ser moeda fiduciária, mas não o tem que ser necessariamente, e muito menos o tem que ser como o é acutalmente, quero dizer, em que falsas garantias são dadas ao cidadão comum.
Capitalismo não é bail-outs porque quebra o princípio da competição justa e induz moral-hazard.
Capitalismo também é grandes empresas, mas não é big corporations no sentido em que estas dominam e minam as instituições dos Estados de direito, levando à quebra fundamental do princípio que deve reger qualquer Estado de direito -o princípio da Regra da Lei.
Capitalismo não é guerra económica entre nações. Aliás, a história mostra-nos que quando há livre comércio entre nações, ambos os povos progridem e dificilmente essas nações entram em guerra.
O capitalismo é-o em menor grau quando são introduzidos subsídios e/ou as relações entre agentes são influenciadas pela arbitrariedade das decisões dos políticos - é por isto que dizemos que vivemos num sistema misto de mercado.
Capitalismo é GS e JPM, mas também é a família Silva.
Capitalismo é criação de valor.
Capitalismo é condição para a liberdade.
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/323hASobGh0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Capitalismo também pode ser moeda fiduciária, mas não o tem que ser necessariamente, e muito menos o tem que ser como o é acutalmente, quero dizer, em que falsas garantias são dadas ao cidadão comum.
Capitalismo não é bail-outs porque quebra o princípio da competição justa e induz moral-hazard.
Capitalismo também é grandes empresas, mas não é big corporations no sentido em que estas dominam e minam as instituições dos Estados de direito, levando à quebra fundamental do princípio que deve reger qualquer Estado de direito -o princípio da Regra da Lei.
Capitalismo não é guerra económica entre nações. Aliás, a história mostra-nos que quando há livre comércio entre nações, ambos os povos progridem e dificilmente essas nações entram em guerra.
O capitalismo é-o em menor grau quando são introduzidos subsídios e/ou as relações entre agentes são influenciadas pela arbitrariedade das decisões dos políticos - é por isto que dizemos que vivemos num sistema misto de mercado.
Capitalismo é GS e JPM, mas também é a família Silva.
Capitalismo é criação de valor.
Capitalismo é condição para a liberdade.
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"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
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Culpados ou não aqueles, o certo é que ninguém vai detido por tornar o mundo naquilo que ele é hoje.
Mas pessoas vão detidas por simplesmente exigirem viver num mundo diferente...
Dá que pensar, não?
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Dá que pensar, não?
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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