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Caldeirão da Bolsa

Governo propõe despedimento p/trabalhadores menos produtivos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por joao5 » 26/9/2011 16:06

Sinner Escreveu:Os argumentos são sempre os mesmos, e giram em volta sempre da mesma ignomínia:
“Quem não concorda porque não cria a sua própria empresa?”


O problema é que temos uma cultura que considera esse argumento uma "ignomínia"!

É considerar-mo-nos, à partida, uns "loosers", alguém a quem os outros, aqueles seres predestinados a serem empresários, é que têm de dar trabalho e em cima dos quais os "coitadinhos" caem quando o empresário não consegue suportar mais os postos de trabalho que ele criou.
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por escada1 » 26/9/2011 15:12

Vou dar aqui um cenário simples:

Objectivo: descarcar alhos corta-los e vende-los

Empresa 1:
O seu empresário desenvolveu/comprou um sistema que descasca alhos pois concluio que era aqui que estava o estrangulamento do processo.
Assim tem 2 operadores a trabalhar nessa máquina.

Empresa 2:
Não quer gastar dinheiro em inovação, e então contrata 20 pessoas para descascar os alhos.

Na em empresa 1 temos:
Maior produtividade pois para poscos gastos temos muitos alhos descascados.Pode assim colocar-se no mercado alhos descascados a baixo preço.
DESVANTEM:
Não criam muito emprego

Na Empresa 2:
Baixa produtividade, maiores custos de produção, e com isso um maior custo ao consumidor.
VANTAGEM:
Cria mais emprego, e com isso maior distribuidor de massa monetária.

Meus senhores, Portual e a europa tem de escolher o modelo que deseja.

É esta a questão.
 
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por db7 » 26/9/2011 15:03

rmachado Escreveu:Um pergunta que já fiz aqui inúmeras vezes e que ainda não vi cabalmente respondida é a seguinte:
"Como se calcula a produtividade de um trabalhador? (em formúla matématica)"

É que será fácil aferir da produtividade de um trabalhador na Auto-europa (por exemplo) mas em outros sectores será assim tão fácil?

Como se calcula a produtividade de um politico? Mas mais importante, como é que se o responsabiliza?

O CEO do UBS, por exemplo, saiu recentemente (ou foi forçado a sair) por causa daquele "menino" em Londres dar-lhe um debito de 2$mil milhões. Agora imagina numa fabrica onde os trabalhadores cometem um erro de fabrico. Normalmente ficam sem o prémio de qualidade durante 1 mês. Há trabalhos em que a produtividade/êxito "não interessa para nada", a não ser que seja para proveito próprio :roll:
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por rmachado » 26/9/2011 14:52

Um pergunta que já fiz aqui inúmeras vezes e que ainda não vi cabalmente respondida é a seguinte:
"Como se calcula a produtividade de um trabalhador? (em formúla matématica)"

É que será fácil aferir da produtividade de um trabalhador na Auto-europa (por exemplo) mas em outros setores será assim tão fácil?
 
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por A330-300 » 26/9/2011 14:49

AutoMech Escreveu:
db7 Escreveu:Espanta-me só que tenhamos tantos compatriotas fora do país a trabalhar. Como será possível eles lá serem produtivos?

Isso é a falácia habitual que assume que os emigrantes são uma amostra representativa da população, quando não é verdade. Quem emigra/emigrou fá-lo por um conjunto de circunstâncias (falta de oportunidades em Portugal, gosto pela aventura, ambição, etc.) que está longe de ser a bitola para a restante população.

Seria interessante saber, por exemplo, quantos funcionários públicos deixaram o seu emprego nos últimos 45 anos e decidiram emigrar. Duvido que seja uma % sequer parecida à da restante população, o que provaria que os emigrantes não são, de facto, representativos da população.

db7 Escreveu: Atenção que não defendo os maus trabalhadores que se andam a arrastar e a contaminar os outros.

No quadro legal actual como é que fazes para 'purgar' esses contaminadores se a lei não o permite ?


De acordo.Totalmente.Não é qualquer pessoa que tem perfil para emigrar .Aliás são muito poucos .

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por Automech » 26/9/2011 9:22

db7 Escreveu:Espanta-me só que tenhamos tantos compatriotas fora do país a trabalhar. Como será possível eles lá serem produtivos?

Isso é a falácia habitual que assume que os emigrantes são uma amostra representativa da população, quando não é verdade. Quem emigra/emigrou fá-lo por um conjunto de circunstâncias (falta de oportunidades em Portugal, gosto pela aventura, ambição, etc.) que está longe de ser a bitola para a restante população.

Seria interessante saber, por exemplo, quantos funcionários públicos deixaram o seu emprego nos últimos 45 anos e decidiram emigrar. Duvido que seja uma % sequer parecida à da restante população, o que provaria que os emigrantes não são, de facto, representativos da população.

db7 Escreveu: Atenção que não defendo os maus trabalhadores que se andam a arrastar e a contaminar os outros.

No quadro legal actual como é que fazes para 'purgar' esses contaminadores se a lei não o permite ?
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por db7 » 26/9/2011 9:10

Produtividade: será que a maioria dos portugueses não são produtivos? Ou queremos nós concorrer com mercados tipo China, India, Vietnam? É que se for para isso nunca vamos ser produtivos!? Os portugueses trabalham muitas horas (mais do que em países muitíssimos produtivos como Alemanha, Áustria, Suíça..) só que não são produtivos... que dilema pah :shock:
Espanta-me só que tenhamos tantos compatriotas fora do país a trabalhar. Como será possível eles lá serem produtivos? Na minha opinião é uma questão de motivação. Por outro lado alguma incapacidade do certos empresários que não investem nas empresas. Atenção que não defendo os maus trabalhadores que se andam a arrastar e a contaminar os outros.
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por A330-300 » 26/9/2011 6:45

AutoMech Escreveu:
A-330 Escreveu:Não defendo qualquer trabalhador.Não defendo o trabalhador porcaria. Porque ao defendê-lo estou na verdade a por em risco a posição dos bons.
(...)

Uma empresa que não pode despedir maus trabalhadores está a ter prejuízos e assim a por o futuro da empresa e o emprego dos outros em risco.


A-330, finalmente um post em que concordamos, apesar de falar em sindicalistas. Deixa-me só dizer-te que aquilo que me parece que tu defendes é algo que não existe (no geral), ou seja sindicatos razoáveis que realmente se preocupam em defender o trabalhador no longo prazo.

O que nós vemos sistematicamente são os radicais da CGTP que preferem manter as regalias no curto prazo, mesmo que isso signifique acabar com o emprego daqueles que lhes pagam. Isto ao invés de cedências e negociações.

Temos o exemplo da Opel Azambuja que ganhou no curto prazo e já não existe e a da Auto Europa que se tomaram decisões contrárias ao sindicato e que ainda hoje têm os postos de trabalho.

Na minha opinião os sindicatos, como tu os idealizas, podem existir, mas eu diria que são muito poucos em Portugal.



Talvez só agora concorde comigo , porque só agora talvez tenha começado a entender o que é um sindicato.

O povo português divide-se em dois tipos:

O individualista que só olha para o próprio umbigo e não vê que juntos somos mais fortes;

E aqueles que não se estão para chatear com nada.

Como já disse várias vezes , o sindicato é APENAS as voz dos seus associados. APENAS isso. Ocorre que a enorme maioria não é sindicalizada e os que são , não querem saber de nada. Não vão às assembleias expressar as suas ideias , muitos nem votam ,outros tem medo e inventam desculpas furadíssimas,etc.

Ora , quem defende os nossos interesses ou quem melhor defende os nossos interesses somos nós mesmos.
Como as pessoas deixam uma coisa tão importante como as suas condições de trabalho na mãos de outros , é natural que as coisa não corram da melhor forma , apesar de a intenção ser das melhores (dos sindicatos).

Os sindicatos tem um modelo formatado para todo os trabalhadores.E é esse modelo que, senão lhes for dito nada em contrário eles vão usar em todos os casos.Cabe aos trabalhadores envolverem-se e dizer àquele que é a sua voz: -Olha , no nosso caso queremos assim.

Os exemplos que deu ,da Opel e da autoEuropa são exemplo do que citei acima.
Os da Opel provavelmente deixaram tudo na mão do sindicato e deu no que deu.
Os da auto Europa envolveram-se mesmo nas negociações , usaram o sindicato para questões jurídicas e uso de suas infra estruturas e resolveram a bem a sua vida.

A diferença entre uma e outra é que na segunda as pessoas empenharam-se.Perderam o medo de se expor , perderam dias de folga, prainha,almoços com a família , aniversário dos filhos,amorzinho com a namorada, reunidos com os colegas a discutir a melhor forma de fazer as coisas.

Eu conheço muitíssimo bem todas essas desculpas porque quando estava no sindicato ouvi-as todas e muitas mais que não vale a pena citar aqui.

Uma típica é:Aqueles gajos do sindicato não fazem nada(desculpa tipiquíssima para não fazer nada por medo ou comodismo).
A minha resposta costumava ser: -Mas se vc não lhes diz nada eles presumem que vc está satisfeito. Vá lá dizer o que lhe desagrada.
A velha mania de reclamar de tudo e todos sentado no sofá a coçá-los.Não pode ser.

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por A330-300 » 26/9/2011 6:17

Placebo Escreveu:Caro A-330,

Quanto aos salários, queremos sempre o justo de mercado, se possível, mas nem todas as profissões ou empresas permitem essa "negociação"...é "take it or leave it"! Pior ainda nesta fase que atravessamos. As actuais ofertas de emprego para gestão intermédia e alta são ridículas, no que pedem de curriculum e no que querem pagar.

Cps


Entendo que por vezes seja complicado e este é um desses momentos.Há muita oferta e pouca procura.

Há duas opções: Resignar-se com a situação ou buscar melhores pastos.Portugal está em crise , mas ainda há muito emprego (bom) fora.
Seja qual for a opção , lembre-se que a segunda melhor coisa da vida é procurar emprego empregado.

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por Automech » 26/9/2011 0:22

poseidon635 Escreveu:Já estou a ver a darem objectivos impossíveis de cumprir aos trabalhadores (ex: aumentarem vendas em 300% :)) apenas para os poderem despedir "legalmente"!!

Já disse mas reafirmo. A primeira coisa que um empresário pensa de manhã é como se livrar dos seus melhores trabalhadores. Só não o faz porque a maldita lei não deixa. Ahhh, mas vai acabar. Todos os competentes que se preparem para ir para olho da rua, logo no primeiro dia da nova lei.

SMarq Escreveu:...em relação a diminuir o custo ao consumidor de bens e serviços, refereste a que empresa em Portugal; GALP, EDP, Distribuição,... :lol: temos a gasolina, gás, água, electricidade mais cara da Europa, mesmo com os ordenados mais baixos e dizes que as empresas terão que ser eficientes para praticar os preços mais baixos ao consumidor!


Por acaso não te ocorreu que em Portugal temos uma carga de impostos nos combustíveis superiores a espanha, não ? E que na factura da electricidade pagas quase metade para as renováveis e para a RTP, não ? E que a água é um monopólio sem concorrência para onde vão políticos numa espécie de reforma dourada ? E que na distribuição por acaso até temos IVA mais alto, não ?

Nada como levantar poeira, quando não há mais argumentos para atacar as reformas da legislação laboral.


SMarq Escreveu:Uma pergunta muito simples neste momento onde estão a ser aplicados os lucros ganhos em Portugal das grandes empresas nacionais, GALP, EDP, PT, SONAE,... lá fora é claro,... estão a criar emprego em outros paises,...


Fontes, por favor. A não ser que estejas a falar em investimento no estrangeiro, algo muitooooooooo negativo. Que raio de ideia das empresas Portuguesas em quererem internacionalizarem-se !


SMarq Escreveu:Qualquer dia trbalhavamos em troca de um prato de sopa ao fim do dia,...tenham como exemplo os paises Nórdicos, Suécia, Alemanha,... criam a maior riqueza o trabalho!

Não sei porque é que referiste paises nórdicos e depois separaste a suécia, mas deve ter sido lapso.
Já agora, em qualquer destes países é muito mais fácil despedir .

A-330 Escreveu:Não defendo qualquer trabalhador.Não defendo o trabalhador porcaria. Porque ao defendê-lo estou na verdade a por em risco a posição dos bons.
(...)

Uma empresa que não pode despedir maus trabalhadores está a ter prejuízos e assim a por o futuro da empresa e o emprego dos outros em risco.


A-330, finalmente um post em que concordamos, apesar de falar em sindicalistas. Deixa-me só dizer-te que aquilo que me parece que tu defendes é algo que não existe (no geral), ou seja sindicatos razoáveis que realmente se preocupam em defender o trabalhador no longo prazo.

O que nós vemos sistematicamente são os radicais da CGTP que preferem manter as regalias no curto prazo, mesmo que isso signifique acabar com o emprego daqueles que lhes pagam. Isto ao invés de cedências e negociações.

Temos o exemplo da Opel Azambuja que ganhou no curto prazo e já não existe e a da Auto Europa que se tomaram decisões contrárias ao sindicato e que ainda hoje têm os postos de trabalho.

Na minha opinião os sindicatos, como tu os idealizas, podem existir, mas eu diria que são muito poucos em Portugal.

_x_ Escreveu:Pelo que li aqui, é tipo que se lixem os menos audazes e capazes, viva o lucro máximo, a sociedade não tem nada com isso.


No mundo do trabalho, tal como deveria ser na escola (e não é), os melhores devem ser premiados ou seja deve haver uma diferença entre quem é melhor e quem é pior.

Infelizmente a visão comunista e socialista dominante é que somos todos iguais e devemos ganhar todos os mesmo.

_x_ Escreveu:Se forem muitos inuteis para o desemprego

Se são inúteis, então deverão ser subsituidos por úteis, ou estarei a ver mal a coisa ?
_x_ Escreveu: o estado que cuide deles, e, sem empresas, quem paga impostos quem cria riqueza.

Se os inúteis forem substituidos por úteis, a empresa torna-se mais produtiva e paga mais impostos. Devo estar a ver mal novamente...
_x_ Escreveu:lixe-se quem não tem engenho nem arte no novo mundo da globalização.

Cada pessoa terá o seu nível de competência, para o qual receberá o salário que as partes acordarem. O que não faz sentido é que a pessoa A, inútil (como tu lhe chamas) esteja a ganhar algo, tapando o lugar ao útil B, só porque é efectiva. Aquilo que estás a promover são empregados de primeira e de segunda (ou seja a desigualdade entre efectivos e não efectivos) e, pasme-se, a defender o pior deles.

bboniek00 Escreveu:Os mais importantes empresaarios em Portugal NAO identificam a Lei Laboral como a causa principal da baixa produtividade.


Vamos então fazer uma lista das 10 causas dos problmeas da nossa economia e ordenamos de 1 a 10. A 1 é a principal. As outras 9, como não são principais, não fazemos nada.


bboniek00 Escreveu:Soo os liberais (ideologia-rasca) e a arraia miuuda ee que estaa toda contente por mais uns perderem direitos e garantias.

Sugiro a consulta da Wikipedia no que toca ao liberalismo. Um liberal não propõe nenhuma destas medidas que o governo propôs. Um liberal defende que um contrato de trabalho é celebrado entre as partes e com as condições acordadas pelas partes. Simples e sem complicações idiotas, como esta lei vai trazer.

Bala Escreveu:Segundo as leis actuais, o patrão têm 6 meses para descobrir se o empregado é ou não é competente. Não estou a ver razão para facilitar o despedimento com base na incompetência do trabalhador.

Só um trabalhador que seja estúpido é que não trabalha afincadamente no período de experiência. A partir daí é intocável, virtualmente impossível de despedir.

Bala Escreveu:Se querem é facilitar o despedimento, será mais um tiro no pé, porque quanto mais facilidade de despedimento, menor é a segurança do emprego, menor é a confiança do trabalhador, menores são os seus consumos, e logicamente, se o trabalhadores consumirem menos, as empresas lucram menos :wall:

Antes pelo contrário. O importante é que a pessoa tenha a seguranças de que, se for despedida hoje, amanhã encontra trabalho facilmente, coisa que hoje não acontece.

Bala Escreveu:Se querem ajudar o empregador e atrair o capital para portugal, talvez resolver o pantanal que é a justiça portuguesa, seria uma solução mais eficaz.

Aí estamos de acordo, mas se explicares a um empresário estrangeiro que, depois do período de experiência nunca mais podes despedir um trabalhador, a não ser que roube ou bata num colega (e mesmo assim não é garantido) ou se a empresa estiver em sérias dificuldades, ele pensa que somos é malucos.

Placebo Escreveu:Não referi a distribuição de lucros no sentido que o patrão ter ou não obrigação de os distribuir, mas pessoalmente prefiro não receber se os valores parecerem esmolas...acho um insulto. Parece que estão a fazer um favor.

Qual é o montante que para ti uma distribuição 'justa'. Defendes que deve haver uma % mínima de distribuição de lucros, determinada por lei ?

Placebo Escreveu:Quanto aos salários, queremos sempre o justo de mercado, se possível, mas nem todas as profissões ou empresas permitem essa "negociação"...é "take it or leave it"!

Para evitar isto defendes que haja um salário mínimo tabelado para cada profissão / função ?


Placebo Escreveu:As actuais ofertas de emprego para gestão intermédia e alta são ridículas, no que pedem de curriculum e no que querem pagar.

Nesse caso presumo que sejam funções que ficam por ocupar, uma vez que são ridiculamente pagas.
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por Mares » 24/9/2011 20:59

Por onde andam os ministros deste governo?

Anunciam uns cortezitos e depois desapareçem...
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por keijas » 24/9/2011 20:26

segundo informação colhida em circulos próximos do 1º ministro há urgência na aprovação do nova lei dos despedimentos, parece que o homem tem em mãos vários casos, alguns com urgência, mesmo falta de produtividade e inadaptação ao lugar


Imagem



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malukices nos mercados ........ aqui »»»
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por Placebo » 24/9/2011 18:11

Caro A-330,

Não referi a distribuição de lucros no sentido que o patrão ter ou não obrigação de os distribuir, mas pessoalmente prefiro não receber se os valores parecerem esmolas...acho um insulto. Parece que estão a fazer um favor.

Quanto aos salários, queremos sempre o justo de mercado, se possível, mas nem todas as profissões ou empresas permitem essa "negociação"...é "take it or leave it"! Pior ainda nesta fase que atravessamos. As actuais ofertas de emprego para gestão intermédia e alta são ridículas, no que pedem de curriculum e no que querem pagar.

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Obrigado Automech

por Josytoc » 24/9/2011 2:03

Mas assim não estou a entender patavina disto.... :roll: :roll:

Então se a lei não é também para o Estado continuam a ser os privados a pagarem a ineficiência, falta de produtividade, manhosiçe e incompetência do sector púbico. Mais...o desemprego (parte dele) via impostos vai continuar a aumentar no sector privado em parte para custear o que referi acima e para manter bem alapados ao seu posto de trabalho todos os funcionários públicos, os interessados, os manhosos, os competentes os incompetentes, os 40.000 miltares, etc...

Afinal onde é que está a novidade da Lei? :roll:

Continua tudo como dantes, são os mesmos a pagar a crise. :lol:
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por SMarq » 23/9/2011 20:01

Bala Escreveu:Segundo as leis actuais, o patrão têm 6 meses para descobrir se o empregado é ou não é competente. Não estou a ver razão para facilitar o despedimento com base na incompetência do trabalhador.

Se querem é facilitar o despedimento, será mais um tiro no pé, porque quanto mais facilidade de despedimento, menor é a segurança do emprego, menor é a confiança do trabalhador, menores são os seus consumos, e logicamente, se o trabalhadores consumirem menos, as empresas lucram menos :wall:

Se querem ajudar o empregador e atrair o capital para portugal, talvez resolver o pantanal que é a justiça portuguesa, seria uma solução mais eficaz. \:D/



:clap: :clap: :clap:

Aplaudo o escreveste, e como já tive oportunidade de referir o que temos de pior em Portugal é a Jusiça, não funciona, e isso contribuiu em muito para chegarmos à miséria a que chegamos! Agora faz-se leis em cima de leis que já existem, e não são aplicadas por que a Justiça em Portugal é uma m#&%*! :x
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por Bala » 23/9/2011 19:51

Segundo as leis actuais, o patrão têm 6 meses para descobrir se o empregado é ou não é competente. Não estou a ver razão para facilitar o despedimento com base na incompetência do trabalhador.

Se querem é facilitar o despedimento, será mais um tiro no pé, porque quanto mais facilidade de despedimento, menor é a segurança do emprego, menor é a confiança do trabalhador, menores são os seus consumos, e logicamente, se o trabalhadores consumirem menos, as empresas lucram menos :wall:

Se querem ajudar o empregador e atrair o capital para portugal, talvez resolver o pantanal que é a justiça portuguesa, seria uma solução mais eficaz. \:D/
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por A330-300 » 23/9/2011 18:55

Placebo,

Nunca espere reconhecimento de empresa nenhuma. A relação trabalhador empregado no meu ponto de vista é uma relação apenas comercial.É uma mera troca de interesses.É um negócio apenas.Como comprar peixe na feira.O feirante tenta vender o peixe ao melhor preço e vc comprar o melhor peixe ao preço mais baixo.Não há sentimentalismos.

Em um dos meus empregos pagavam-me participação nos resultados , mas nunca me importei com isso.Acho uma coisa menor. O que eu me importo sim , e muito, é com o meu salário.

Quanto estão a ganhar em outras empresas e países aqueles que fazem o mesmo que eu é o meu parâmetro para saber se estou no emprego certo ou não.Se tenho que recorrer ao meu sindicato ou não.
Eu não me importo com o salário e participação em lucros daqueles acima ou abaixo de mim e com profissões diferentes.

O trabalhador pode e deve reivindicar salários ,porque esses tem que cair todos os meses. Participações em lucros podem ou não pagar, pagam o que querem , é tudo muito subjetivo.O que vier é lucro.

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por Placebo » 23/9/2011 18:25

ou quando os lucros são bons, ou seja, proporcionalmente e contando com a responsabilidade dos cargos aquilo que se distribui em algumas empresas é humilhante. Do tipo 1 para 100 de diferença entre o topo e a gestão intermédia....verdadeiramente surreal!! E depois vêem falar nos estudos europeus de disparidades sociais e tal....
 
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por migluso » 23/9/2011 18:24

Para terminar a minha intervenção neste tópico e para que não restem dúvidas:

- sou liberal e a favor da escravidão.

Um bom fim-de-semana.
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por Placebo » 23/9/2011 18:19

A-330,

Ainda acrescento mais um aspecto ao teu raciocínio. Os salários apartir de determinada hierarquia nas empresas, é tudo "salário de mercado", "é o que se paga na europa e nas boas empresas", etc, etc que conversa fiada....lol
Mas, os trabalhadores por baixo na cadeia alimentar que contribuem para o sucesso desses senhores são uma porcaria e merecem o salário mais espremido que seja possível...é de morrer a rir este País!!!
 
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por A330-300 » 23/9/2011 18:11

Ainda a complementar o que disse anteriormente, gostaria de deixar claro que sou contra o excesso de direitos atuais , mas também sou contra os salários baixos.

Acho os salários de Portugal francamente e injustificadamente baixos.Os serviços são muitas vezes tão ou mais caros do que os congéneres europeus e o trabalhador ganha bem menos.

Neste momento a linha de conduta dos sindicatos deveria ser a de trocar os direitos por salário.Mas os sindicatos sozinhos não fazem nada e como as pessoas também não se querem chatear com nada , acabarão por entregar os seus direitos ao desbarato sem receber nada em troca.

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por JMHP » 23/9/2011 18:00

migluso Escreveu:A-330,

Nunca pensei vir a dizer isto, mas concordo com grande parte do que escreveste. :wink:

Mas não fui eu que mudei o discurso... :lol:


:clap:

Nem sempre concordo com algumas opiniões do A-330 nomeadamente devido á sua "costela sindicalista", mas não tenho duvidas que vale sempre a pena discutir ideias, visões e politicas com ele, no final sente-se que ganhamos algo e não damos o tempo por perdido.

:wink:
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por Sinner » 23/9/2011 17:49

_x_ Escreveu:Para além da parte politica, ha que ter em conta se, é possivel manter ecnomicamente o actual modelo de emprego no mundo global?

Pelo que li aqui, é tipo que se lixem os menos audazes e capazes, viva o lucro máximo, a sociedade não tem nada com isso.

Se forem muitos inuteis para o desemprego o estado que cuide deles, e, sem empresas, quem paga impostos quem cria riqueza. lixe-se quem não tem engenho nem arte no novo mundo da globalização.

Se até os chineses já se converteram em parte ao capitalismo, com condições que conhecemos de horas de trabalho e regalias, porque não fazer o mesmo.

Melhor, voltemos ás condiçoes de trabalho antes da revolução francesa.


Mas o objectivo final não é esse? :?

Liberalismo total, para se poder mecanizar os funcionários que ainda não podem ser substituídos por máquinas. :!:

Os argumentos são sempre os mesmos, e giram em volta sempre da mesma ignomínia:
“Quem não concorda porque não cria a sua própria empresa?”
A volatilidade dos mercados é a maior aliada do “verdadeiro investidor”.
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por SMarq » 23/9/2011 17:42

migluso Escreveu:Se uma determinada tarefa pode ser desempenhada por apenas uma pessoa, não tem qualquer lógica económica a empresa manter dois ou três postos de trabalho, tenha a empresa os lucros que tiver.

Chamo a isso alocação eficiente de capital.

Ao fazer uma alocação eficiente de capital a empresa pode aumentar a quota de mercado, pois custos mais reduzidos permite-lhe reduzir os preços de venda dos seus serviços ou bens (e quem sabe depois voltar a contratar), ou aumentar os lucros e em vez de investir poupar (ao fazê-lo está a disponibilizar capital para que outros empresários invistam).

Portugal está hoje nesta situação porque grande parte do investimento público não se preocupou em fazer uma alocação eficiente do capital (sendo o Estado, o capital vem dos nossos impostos e de dívida que será paga com os nossos impostos).


Discordo completamente,... :shame:

...em relação a diminuir o custo ao consumidor de bens e serviços, refereste a que empresa em Portugal; GALP, EDP, Distribuição,... :lol: temos a gasolina, gás, água, electricidade mais cara da Europa, mesmo com os ordenados mais baixos e dizes que as empresas terão que ser eficientes para praticar os preços mais baixos ao consumidor! Vais a Espanha, França, estes bens são bem mais baratos que em Portugal e com ordenados muito superiores, o que isso iria provocar era um fosso ainda maior entre ricos e pobres,...

Uma pergunta muito simples neste momento onde estão a ser aplicados os lucros ganhos em Portugal das grandes empresas nacionais, GALP, EDP, PT, SONAE,... lá fora é claro,... estão a criar emprego em outros paises,...

Qualquer dia trbalhavamos em troca de um prato de sopa ao fim do dia,...tenham como exemplo os paises Nórdicos, Suécia, Alemanha,... criam a maior riqueza o trabalho!
Comprar ao som dos canhões vender ao som dos violões.
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por rmachado » 23/9/2011 17:38

migluso Escreveu:
rmachado Escreveu:Quanto a medida... pois eu gostava de ver é a definição de produtividade em alguns setores e cumprimento de objetivos tb...


Não é preciso medida nenhuma.

Ninguém melhor que o empresário para saber se determinado trabalhador é produtivo ou não. Cada empresa deve utilizar os seus próprios critérios (nem que seja a olho ou a fazer contas de cabeça).

Quer agora o Estado vir dar lições de produtividade e eficiência aos empresários? Dizer que ser produtivo é cumprir o critério x ou y? Com que moral?

A justa causa é uma grande treta. Devia-se acabar com ela.

Se a justa causa não existisse, não se perderia tempo com discussões tão inúteis como as formas fraudulentas que os patrões vão utilizar para despedir.


Pois... o problema é exatamente esse.. a definição de produtividade em cada momento.. mesmo com esta alteração esou a ver os tribunais a terem uns quantos processos mais e as consequências disso.
 
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