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Caldeirão da Bolsa

O que devemos fazer caso Portugal volte ao Escudo.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Vesuvio » 12/9/2011 17:00

Mares Escreveu:

História do escudo

..., quando a velha moeda republicana portuguesa, com 91 anos, desapareceu para sempre.






terá sido para sempre :?: :?: :?:
Abraço a todos e Bons Negócios
Vesuvio
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por Mares » 12/9/2011 12:16


História do escudo

O escudo foi criado em 22 de maio de 1911, cinco meses após a Proclamação da República, por decreto do Governo Provisório. O ministro das Finanças era, então, José Relvas. A nova moeda renovou o sistema monetário português, colocou a unidade monetária portuguesa ao nível das dos outros países e evitou as desvantagens práticas do real (moeda da monarquia), cujo valor era muito pequeno, o que obrigava ao emprego de grande número de algarismos para representar na escrita uma quantia. Assim, a taxa de conversão foi fixada em mil réis (reais).
A nova moeda foi buscar o nome ao início da II Dinastia. O Rei D. Duarte, quando decidiu retomar a cunhagem em ouro, mandou bater os primeiros escudos, dado que era esta a figura que aparecia representada na moeda. Ao longo da história da monarquia, outros reis mandaram cunhar moedas de ouro com esta denominação. O escudo era, assim, uma moeda nobre por ser fabricada naquele metal precioso. Deverá ter sido esta uma das razões que levou os responsáveis do regime republicano a designarem a nova unidade monetária desta forma.
Segundo o preâmbulo do decreto de 22/05/1911, encontravam-se, na altura, em circulação cerca de 34 400 contos de moedas de prata e 3 900 contos de moedas de cupro-níquel e de bronze. O mesmo diploma mandou substituir estes valores por 35 500 contos de moedas de prata de 1$00, $50, $20 e $10 e por 3 750 contos de bronze-níquel de $04, $02, $01 e $005, mas este plano nunca foi integralmente cumprido. As primeiras moedas só foram cunhadas em 1912 e até 1917 apenas foram emitidos cerca de 13 000 contos de novas moedas em prata.
Quanto ao papel-moeda, encontravam-se em circulação, no momento da Proclamação da República, notas de 500, 1 000, 2 500, 5 000, 10 000, 20 000, 50 000 e 100 000 réis que o Banco de Portugal alterou, apondo-lhes sobre a coroa a sobrecarga República, tendo desta forma continuado em circulação até 1929. Contudo, a primeira nota emitida em escudos data de 1913 e resultou da alteração da chapa já gravada destinada à nota de 5 000 réis, que passou assim a apresentar o valor facial de 5 escudos/ouro chapa I. Nela figurava Alexandre Herculano. A primeira nota efetivamente concebida para escudos foi a de 20 escudos/ouro chapa I, com uma primeira emissão datada de 14 de outubro de 1916. No centro desta nota aparecia Almeida Garrett e dos lados as figuras alegóricas da Justiça e da Glória.
A mudança do sistema monetário estendeu-se às colónias portuguesas de África, por decreto do Governo Provisório de 22 de maio de 1911, complementado pelo decreto nº 141, de 18 de setembro de 1913 que determinou ainda que a contabilidade pública das colónias portuguesas de Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique deveria ser feita de acordo com o novo sistema monetário a partir de 1 de janeiro do ano seguinte. Foi também em 1913 que a contabilidade do Estado português passou a ser feita em escudos.
Desde 1911, data do I Governo Constitucional, vivia-se em Portugal um forte clima de instabilidade política, agravado, em 1914, pela Primeira Guerra Mundial e pela participação de Portugal neste conflito a partir de 1916. As consequências internas foram gravosas. O período de 1917 a 1924 caracterizou-se pela escassez de moeda, coexistindo as de bronze, com as de ferro e cupro-níquel. Para as substituir, registou-se uma avalanche de cédulas e outro numerário de papel. A subida dos preços que acompanhou a Primeira Guerra Mundial e se prolongou até 1924 fez com que o escudo neste ano passasse a valer menos 25 vezes do que aquando da sua criação e o valor intrínseco da moeda metálica ultrapassou o respetivo valor nominal, provocando o seu entesouramento, nomeadamente através de depósitos no estrangeiro. Ao mesmo tempo, surgiram cédulas emitidas à margem da lei para as substituir. Como medida para ultrapassar esta situação, o Banco de Portugal e a Casa da Moeda emitiram cédulas, tendo aquele procedido ainda à impressão de notas de valores muito baixos - 50 centavos e 1 escudo. Na mesma época, circularam igualmente notas de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 500 e 1 000 escudos, em mais de uma chapa, nelas figurando personalidades de relevo da História portuguesa.
Em 1924, o ministério de Álvaro de Castro tomou uma série de medidas para travar a queda do escudo, nomeadamente a venda de reservas de prata do Banco de Portugal. Neste ano, o executivo reformou também a moeda metálica, aumentando o teor da liga e reduzindo o seu valor real. As cédulas foram sendo recolhidas e retiradas de circulação, sendo substituídas por moedas de 1 escudo e de 50 centavos em bronze e alumínio, de 20, 10 e 0,5 centavos em cobre. Em 1927, foi decretada a substituição das moedas de bronze e alumínio por moeda de igual valor em alpaca. Quanto às notas, o Banco de Portugal lançou novas notas e reforçou as anteriores. De recordar que o escudo em 1924 valia 25 vezes menos do que em 1911, em grande parte devido aos esforço financeiro português na Primeira Guerra Mundial. Em 1925 deu-se o maior escândalo financeiro da história do escudo: a grande burla-falsificação de Alves dos Reis, ou caso Angola e Metrópole, com mais reflexos negativos em termos políticos do que financeiros ou económicos. Alves dos Reis inundou o País com 200 000 notas de 500 escudos duplicadas, com a efígie de Vasco da Gama.
Em 1930, o ministro das Finanças António de Oliveira Salazar, acabou com a dupla circulação monetária em Portugal, retirando a divisa monárquica. A partir de 1931, assistiu-se a um novo período na história da moeda portuguesa, marcado pela transformação oficial do escudo de ouro em simples padrão teórico. O escudo conheceu entre 1920 e 1940, apesar dos percalços da economia portuguesa, um período de "relativa estabilidade", com "apenas" 20 desvalorizações. Até ao fim da Segunda Guerra Mundial, 1945, o escudo não evitou algumas derrapagens e oscilações, devido ao conflito, mas depois recuperou a estabilidade, que se manteve até à década de 60. Outra faceta curiosa marcou a evolução do escudo no Estado Novo: o uso de notas e moedas como complemento popularizante dos manuais de história e da propaganda oficial do regime. Registou-se na Ditadura também uma normalização de emissões de notas e moedas, "patrióticas" e de glorificação dos heróis nacionais e dos Descobrimentos.
Na década de 60 o império começou a ruir. O escudo coabitava nas colónias com moedas locais; aí a guerra estalava e ameaçava perdurar, como veio a suceder. Na economia portuguesa, a inflação, pela primeira vez na história da Ditadura, conheceu um crescimento desmesurado, com o poder de compra em queda e as convulsões sociais a ameaçarem crises políticas. Em 1971, na Europa comunitária, entretanto, começava a construir-se a moeda única europeia. Em Portugal, depois do 25 de abril de 1974, acabou a chamada "zona do escudo", processo que se concluiria nas ex-colónias em 1977, com a implementação das novas moedas nacionais. Crises económicas e inflação permanente em níveis elevados assolaram o País desde a Revolução, principalmente entre 1977 e 1986, conhecendo-se depois, graças à adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia um período de crescimento económico. Novas moedas de 1, 5 e 10 escudos de latão-níquel e de 20, 25, 50, 100 e 200 em cupro-níquel, para além de edições especiais. Alguns destes valores em moeda seriam extintos na década de 90. Em relação ao papel-moeda, mantiveram-se em circulação notas nos valores anteriores e iniciou-se a emissão de valores novos: 2 000 escudos (1991), 5 000 (1980) e 10 000 (1996). As últimas notas em escudos fabricadas pelo Banco de Portugal (1 000, 2 000, 5 000 e 10 000) entraram em circulação em fevereiro e outubro de 1996.
Entretanto, desde julho de 1990 que existia a União Económica e Monetária, que visava a coordenação das políticas monetárias europeias e a criação a médio prazo de uma moeda única na União Europeia (UE, nova designação da CEE desde 1992). Desde 1994 os estados-membros da UE adotaram políticas de combate ao défice e de convergência económica. Em 1995, cria-se a designação de "euro" para a nova moeda única, em substituição do ECU. Entretanto, o escudo preparava-se para desaparecer: em 1999, valia menos 2 500 vezes do que quando foi criado. Portugal foi um dos países que conseguiu entrar no clube Euro dos países que adotariam a nova moeda única, graças ao facto de ter conseguido cumprir os critérios de convergência para a nova divisa. O euro começou a fazer parte em 1 de janeiro de 2002 nas carteiras dos portugueses, coabitando com o escudo até 28 de fevereiro desse ano, quando a velha moeda republicana portuguesa, com 91 anos, desapareceu para sempre.



Como referenciar este artigo:
História do escudo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-09-12].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$historia-do-escudo-()>.

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por super_fm » 12/9/2011 11:02

Segundo informação prestada hoje por um dos balcões do Deutsche Bank, em caso de saída de Portugal do Euro, os depósitos dos clientes serão convertidos na nova moeda. Alguém tem informações diferentes destas? Abraço.
 
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por fooman » 6/9/2011 12:28

Euro break-up – the consequences

�� The Euro should not exist (like this)
Under the current structure and with the current membership, the Euro does not work. Either the current structure will have to change, or the current membership will have to change.

�� Fiscal confederation, not break-up
Our base case with an overwhelming probability is that the Euro moves slowly (and painfully) towards some kind of fiscal integration. The risk case, of break-up, is considerably more costly and close to zero probability. Countries can not be expelled, but sovereign states could choose to secede. However, popular discussion of the break-up option considerably underestimates the consequences of such a move.

�� The economic cost (part 1)
The cost of a weak country leaving the Euro is significant. Consequences include sovereign default, corporate default, collapse of the banking system and collapse of international trade. There is little prospect of devaluation offering much assistance.
We estimate that a weak Euro country leaving the Euro would incur a cost of around EUR9,500 to EUR11,500 per person in the exiting country during the first year. That cost would then probably amount to EUR3,000 to EUR4,000 per person per year over subsequent years. That equates to a range of 40% to 50% of GDP in the first year.

�� The economic cost (part 2)
Were a stronger country such as Germany to leave the Euro, the consequences would include corporate default, recapitalisation of the banking system and collapse of international trade. If Germany were to leave, we believe the cost to be around EUR6,000 to EUR8,000 for every German adult and child in the first year, and a range of EUR3,500 to EUR4,500 per person per year thereafter. That is the equivalent of 20% to 25% of GDP in the first year. In comparison, the cost of bailing out Greece, Ireland and Portugal entirely in the wake of the default of those countries would be a little over EUR1,000 per person, in a single hit.

�� The political cost
The economic cost is, in many ways, the least of the concerns investors should have about a break-up. Fragmentation of the Euro would incur political costs. Europe’s “soft power” influence internationally would cease (as the concept of
“Europe” as an integrated polity becomes meaningless). It is also worth observing that almost no modern fiat currency monetary unions have broken up without some form of authoritarian or military government, or civil war.


Para não termos que levar com as más e enviesadas traduções dos jornalistas.
 
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por PMACS » 6/9/2011 11:43

Sair do euro custaria 11.500€ a cada português só no primeiro ano


O banco suíço UBS publicou uma extensa análise sobre a união monetária. O ponto de partida é que, como está, o euro não funciona.

A discussão sobre eventuais saídas do euro "subvaloriza as consequências" de uma ruptura na união monetária, escreve a equipa de economistas do UBS, para quem a probabilidade de isso acontecer "está próxima de zero".

Nas contas do UBS o custo de um dos países mais debilitados do euro, onde se incluirá Portugal, sair do euro seria, só no primeiro ano, cerca de 9.500 a 11.500 por cidadão, o equivalente a 40 ou 50% do PIB dessas nações. E nos anos seguintes seria entre 3.000 a 4.000 euros por cidadão. Estes cálculos têm subjacente a bancarrota do País e o colapso do sistema financeiro e do comércio internacional.

Se fosse a Alemanha a regressar ao marco, isso custaria entre 6.000 a 8.000 euros a cada cidadão germânico e cerca de 3.500 a 4.500 euros nos anos seguintes, qualquer coisa como 20 a 25% do PIB da maior economia europeia.

Dado estes resultados, o UBS sugere que sai bem mais barato patrocinar os resgates de Portugal, Grécia e Irlanda. O banco nota também que estes cálculos não contabilizam os custos políticos resultantes de um desmembramento da zona euro. O peso da voz europeia no palco internacional, por exemplo, ficaria enfraquecido.

http://economico.sapo.pt/noticias/sair- ... 25996.html
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por Marco Martins » 4/9/2011 10:21

O problema é que se a Grécia sair do Euro, isso em pouco irá mudar a instabilidade na Europa!

Se a Grécia sair, será o caos para eles.... mas para a europa não será melhor, pois automaticamente as atenções sobre qual será o próximo passarão para Portugal e para a Irlanda (pelo menos enquanto não houver sinais claros de recuperação), e a Espanha e Itália terão um aumento rápido de especulação e nas taxas de juro.

Se houver desintegração do euro, como já tenho dito, isso começará pela saída da Alemanha, Finlândia, Austria e mais alguns países que têm sido bastante críticos a emprestar mais dinheiro aos PIGS...

E nesse sentido, o states face à sua iminência de desvalorização do dollar, terão todo o gosto em contribuir para esta instabilidade europeia....
 
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Re: Escudo/Dólar Vs Escudo/Euro

por SMarq » 4/9/2011 9:51

Mcmad Escreveu:
SMarq Escreveu:
Mcmad Escreveu:
SMarq Escreveu:
bmiranda Escreveu:Se Portugal voltasse ao escudo, a desvalorização do escudo seria maior em relação ao euro ou ao dólar?


Creio que seria em relação ao Dolar, porque o Euro também poderia desvalorizar ou talvez não,... porque Portugal e Grécia saindo do Euro deitavam borda fora os mais fracos,... alguns entendidos defendem esta teoria :?


Se Portugal sai do Euro e o escudo desvalorizar, a lógica é o Euro valorizar. :P


Não é o EURO que valoriza, mas sim o escudo de desvaloriza,... existe uma diferença, assim como o Euro pode desvalorizar face a outras moedas por exemplo o dolar.


Já vi que tenho que pensar a 2 etapas para me fazer entender :mrgreen:

A saída de Portugal do Euro faz o escudo desvalorizar pela fraqueza da nossa economia, portanto menos uma economia fraca no Euro deve levar à sua subida, não?


Temos que ter em conta todo o dinheiro que os bancos enterram nas dividas soberanas. Se os paises que o receberam não conseguirem pagar, essa divida fica por conta de quem emprestou, o BCE e os bancos da zona Euro principalmente a Alemanha que está entalada de dívida de paises com dificuldades.
É por isso que o Euro pode desvalorizar.
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por Sr_SNiper » 4/9/2011 2:15

Pode sair primeiro a Grécia, e aí sim... vai ser um ver se te havias em Portugal a trocar euros... eu transformo logo tudo em dolares...
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Re: O problema de todas as conjecturas...

por vset » 3/9/2011 21:57

cinco kapa Escreveu:é que elas acontecem num click, género domingo, ou sexta final da tarde e já não dá para fazer nada ... a não ser arrancar cabelos . Até aí está tudo firme e sólido .


exactamente, não dá tempo para NADA

Eu acho que a malta está toda com medo, mas que tomar medidas NADA. É que os 6% de juros são muito APETECÍVEIS :evil: :|
 
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O problema de todas as conjecturas...

por cinco kapa » 3/9/2011 20:24

é que elas acontecem num click, género domingo, ou sexta final da tarde e já não dá para fazer nada ... a não ser arrancar cabelos . Até aí está tudo firme e sólido .
 
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por Camisa Roxa » 3/9/2011 16:36

atenção que existe um outro cenário: em vez de Portugal, Grécia etc. serem os 1ºs a abandonar o euro, pode ser a Alemanha a abandoná-lo 1º regressando desde logo ao marco...
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Re: Escudo/Dólar Vs Escudo/Euro

por Mcmad » 3/9/2011 16:09

SMarq Escreveu:
Mcmad Escreveu:
SMarq Escreveu:
bmiranda Escreveu:Se Portugal voltasse ao escudo, a desvalorização do escudo seria maior em relação ao euro ou ao dólar?


Creio que seria em relação ao Dolar, porque o Euro também poderia desvalorizar ou talvez não,... porque Portugal e Grécia saindo do Euro deitavam borda fora os mais fracos,... alguns entendidos defendem esta teoria :?


Se Portugal sai do Euro e o escudo desvalorizar, a lógica é o Euro valorizar. :P


Não é o EURO que valoriza, mas sim o escudo de desvaloriza,... existe uma diferença, assim como o Euro pode desvalorizar face a outras moedas por exemplo o dolar.


Já vi que tenho que pensar a 2 etapas para me fazer entender :mrgreen:

A saída de Portugal do Euro faz o escudo desvalorizar pela fraqueza da nossa economia, portanto menos uma economia fraca no Euro deve levar à sua subida, não?
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Re: Escudo/Dólar Vs Escudo/Euro

por SMarq » 3/9/2011 15:50

Mcmad Escreveu:
SMarq Escreveu:
bmiranda Escreveu:Se Portugal voltasse ao escudo, a desvalorização do escudo seria maior em relação ao euro ou ao dólar?


Creio que seria em relação ao Dolar, porque o Euro também poderia desvalorizar ou talvez não,... porque Portugal e Grécia saindo do Euro deitavam borda fora os mais fracos,... alguns entendidos defendem esta teoria :?


Se Portugal sai do Euro e o escudo desvalorizar, a lógica é o Euro valorizar. :P


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Re: Escudo/Dólar Vs Escudo/Euro

por Mcmad » 3/9/2011 15:10

SMarq Escreveu:
bmiranda Escreveu:Se Portugal voltasse ao escudo, a desvalorização do escudo seria maior em relação ao euro ou ao dólar?


Creio que seria em relação ao Dolar, porque o Euro também poderia desvalorizar ou talvez não,... porque Portugal e Grécia saindo do Euro deitavam borda fora os mais fracos,... alguns entendidos defendem esta teoria :?


Se Portugal sai do Euro e o escudo desvalorizar, a lógica é o Euro valorizar. :P
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Re: Escudo/Dólar Vs Escudo/Euro

por SMarq » 3/9/2011 13:51

bmiranda Escreveu:Se Portugal voltasse ao escudo, a desvalorização do escudo seria maior em relação ao euro ou ao dólar?


Creio que seria em relação ao Dolar, porque o Euro também poderia desvalorizar ou talvez não,... porque Portugal e Grécia saindo do Euro deitavam borda fora os mais fracos,... alguns entendidos defendem esta teoria :?
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Escudo/Dólar Vs Escudo/Euro

por bmiranda » 2/9/2011 19:26

Se Portugal voltasse ao escudo, a desvalorização do escudo seria maior em relação ao euro ou ao dólar?
 
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por Opcard » 31/8/2011 22:25

Le Parlement grec juge la dette hors de contrôle


La dette de la Grèce est «hors de contrôle». Les mesures d'austérité prises par le gouvernement «ne peuvent pas restaurer l'état des finances». Malgré le «gigantesque effort» demandé au pays, le déficit budgétaire, loin de se réduire, «s'est creusé».

Le rapport publié mercredi à Athènes par une commission d'experts du Parlement ne remontera pas le moral des Grecs, qui affrontent leur deuxième rentrée de crise économique. Il ne rassurera pas non plus les inspecteurs de la «troïka» (UE, BCE, FMI), qui doivent rendre leur verdict dans une semaine exactement.
 
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por Noob » 31/8/2011 11:43

A questão da saída do Euro penso ser improvável a curto prazo, de qualquer país, a médio prazo já é difícil de analisar.

Para a manutenção do Euro como está a federalização da União é um passo inevitável, um passo difícil de dar dado as assimetrias a todos os níveis dos seus membros e ás características históricas de cada um.
Se esta não for possível, não nos podemos manter neste limbo permanentemente, ou avançamos ou desistimos, as posições ambíguas, desconcertadas, morosas reflectem-se no contexto geral e são machadadas constantes que não iremos suportar muito mais tempo.(isto aplica-se a todos os países)

Soluções apresentadas :

-A saida dos mais fracos - não me parece viável pois ainda estão por identificar todos os fracos e os mercados reagiriam de forma imprevisível a esta solução.

- A saída da Alemanha - Sozinha também não acredito os custos seriam demasiados para arriscar

- A saída da Alemanha e dos países nórdicos/ e mais algum que se enquadrasse nos anteriores - uma solução mais suave a meu ver e possível de executar sem o impacto das anteriores.

-O fim do euro por completo - altamente improvável.

A melhor para todos seria a federalização, se esta não for possível todas as outras serão sempre péssimas para nós.
 
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por vset » 31/8/2011 10:40

fooman, concordo.

No entanto existindo só a probabilidade de acontecer em PT é já muito mau. A mim revolta-me/entristece-me.
 
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por fooman » 30/8/2011 22:54

Ninguém vai sair do Euro, nada de grandes preocupações...

A saída de qualquer um destes países do Euro significa duas coisas para a "grande" Alemanha:

1. Enormes perdas devido à brutal exposição à dívida dos bancos (sejam eles gregos, portugueses ou irlandeses);

2. O encarecimento do Euro face às outras moedas (o que é óbvio porque se livra de um elemento mau), o que provocará desequilíbrios brutais na componente (fundamental) de exportação Alemã;


O que interessa neste momento é mandar postas para o ar, para ver se o Euro se continua a desvalorizar, acompanhando as outras moedas mais fracas - Dólar, Remimbi/Dólar, Iene. Para mim tudo me parece evidente.

Pelo caminho, vai-se tentando fazer uma união fiscal, tirar alguma soberania aos estados, e tentar fazer disto uma federação.
 
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por marianonunes » 30/8/2011 22:28

Acho que o tópico responde ao tua pergunta.
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por vset » 30/8/2011 18:32

Quem sair está tramado.

Que seja a Grécia.

Vêem probabilidade de ser Portugal?
 
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por Elias » 30/8/2011 18:12

Pimco: Grécia, Irlanda ou Portugal vão deixar o euro
30 Agosto 2011 | 16:35
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt

Maior gestora de fundos de obrigações do mundo diz que pelo menos um dos três países intervencionados abandonará o euro. Aconselha investimentos no Canadá, Austrália, México e Brasil.

A Pimco, maior gestora de fundos de obrigações do mundo, acredita que pelo menos um dos três países periféricos da Europa que já receberam um resgate financeiro internacional vai ser forçado a sair do euro.

Com a saída de Portugal e/ou Grécia e/ou Irlanda – cenário que a Pimco antecipa reiteradamente há já largos meses – as preocupações relativas à liquidez poderão afectar todos os mercados periféricos de obrigações.

Neste contexto, a única solução é o Banco Central Europeu (BCE) adiantar-se às saídas com um “livro de cheques diário mais alargado”, escreveu indicou o gestor responsável pelo investimento Bill Gross, no “Investment Outlook” da Pimco de Setembro. Isto é, que a autoridade monetária compre mais títulos dobrigaccionistas daqueles países.

A situação complicada na Europa leva a Pimco a antecipar o regresso da recessão, traçando idêntico cenário para os EUA.

Nesta conjuntura, a Pimco aconselha os investidores a apostarem em países como Canadá, Austrália, México e Brasil, que prometem retornos mais elevados do que as obrigações norte-americanas.

No “Investment Outlook”, Gross aconselha também o investimento em moedas não indexadas ao dólar, que tenham "laços fortes" com o continente asiático.

O administradora da gestora de fundos de obrigações escreve ainda que se pode pensar que as acções estão baratas e que darão um maior rendimento que as obrigações. Mas refere que poderá haver uma tendência de descida nos títulos accionistas, caso o crescimento económico se revele decepcionante.
 
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por ruicarlov » 19/8/2011 9:27

É capaz de ser um bocado complicado, tendo em conta que não faço intenções de voltar à Suécia nos próximos tempos :?

Francamente, até já me esqueci do nome do banco! :lol:
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por vset » 19/8/2011 0:22

ruicarlov Escreveu:Começo a arrepender-me de ter fechado a minha conta na Suécia. Tive de lá abrir uma conta há 2 anos, quando fui fazer a minha tese de mestrado para a Suécia.

Quando me vim embora findo 6 meses, fechei a conta por me ir embora do país. Nem me passou pela cabeça que poderia ter vantagens em mantê-la (na minha ignorância financeira de então).


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