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Caldeirão da Bolsa

Alexandre Soares dos Santos:«Considero que fui roubado»

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Pois ee !

por Elias » 9/9/2011 12:37

bboniek00 Escreveu: Elias, quando se pede concretizac,ao fica sempre a ideia que quem a pede sabe o contraario mas nao quer dizer. Nao te abstenhas de apresentar os dados relevantes que noos agradecemos.


bboniek,

Não tenho dados rigorosamente nenhuns.

A minha curiosidade é mesmo vontade de saber qual a base para dizer que pagam mal... e já agora perguntar quanto é que achas que se devia pagar a um caixa.
 
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Re: Alexandre Soares dos Santos:«Considero que fui roubado»

por Elias » 9/9/2011 12:36

pdcarrico Escreveu:Não tenho uma estatística actualizada mas julgo estar certo se disser que o grosso dos funcionários trabalham na estrutura de distribuição - caixas, pessoal de loja, etc..


Não digo o contrário.

Mas há pouco só referiste os caixas.
 
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Re: Alexandre Soares dos Santos:«Considero que fui roubado»

por pdcarrico » 9/9/2011 12:33

Elias Escreveu:Pedro, duas coisas:

pdcarrico Escreveu:se a Jerónimo Martins é tão lucrativa, está tão imune à crise e até distribui dividendo antecipado


Os lucros da JMT vêm sobretudo do estrangeiro, não sei se a operação em Portugal é assim tão lucrativa.


Creio que não é bem assim. A valuation da JM é que é quase exclusivamente apontada à Polónia, porque o potencial de crescimento é de lá, e crescimento é essencial na avaliação da empresa por duas razões - acréscimo no financiamento (inflow) associado a redução de capital circulante e obviamente aumento do volume de negócios. Mas a margem e o lucro em Portugal existem e estão longe de zero.

Elias Escreveu:
pdcarrico Escreveu:porque será necessário aumentar as horas de trabalho de um caixa


Parece-me que ele não falou nos caixas.

O pessoal da JMT vai muito para além dos caixas, que são apenas a face mais visível para o grande público.


Elias,

Não tenho uma estatística actualizada mas julgo estar certo se disser que o grosso dos funcionários trabalham na estrutura de distribuição - caixas, pessoal de loja, etc..
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Re: Pois ee !

por bboniek33 » 9/9/2011 12:31

Elias Escreveu:
bboniek00 Escreveu: Ele paga mal (Pingo Doce, sabe bem pagar tao pouco...).


Podes concretizar / quantificar?


Nao sou sindicalista. Os caixas sao um bom exemplo sim. Conhec,o alguns elementos que trabalham na Fima-Lever e, raras excepc,oes, sao todos contratados por firmas de Trabalho temporaario... (Artic e outras) em que esta ganha quase mais do que o prooprio trabalhador. Ganda empresaario !

Elias, quando se pede concretizac,ao fica sempre a ideia que quem a pede sabe o contraario mas nao quer dizer. Nao te abstenhas de apresentar os dados relevantes que noos agradecemos.

De volta aos trabalhadores angariados atravees de empresas de trabalho temporaario... ele disse uma vez que nao tinha emprego para dar aos netos...

Fica-te a rir que abre o apetite para o almoc,o. Eu... gosto pouco de balelas da treta.
:wink:
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Re: Pois ee !

por Elias » 9/9/2011 12:26

bboniek00 Escreveu: Ele paga mal (Pingo Doce, sabe bem pagar tao pouco...).


Podes concretizar / quantificar?
 
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Pois ee !

por bboniek33 » 9/9/2011 12:24

O ASS fala com a barriga cheia. Mais um dos que atira em tudo o que mexe, parece um comuna do avesso...

Ele paga mal (Pingo Doce, sabe bem pagar tao pouco...).

E ainda ha a histooria de como ficou com o reinado, como o geriu atee emendar... falem com alguns elementos da famiilia que eles explicam o percurso do homem. Com algum meerito tambem deve reconhecer-se: soube resistir em tempos de aflic,ao.

Mas... tem a barriga muito cheia. O seu Silencio seraa sempre mais audiivel.
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Auto-Europa

por nunesvito » 9/9/2011 12:21

A Auto-Europa tem trabalhadores de que nacionalidade?
Os trabalhadores portugueses no Luxemburgo,Alemanha e França não são produtivos? Eu conheço a Auto-Europa,e trabalha-se muito bem lá ,com a curiosidade de serem trabalhadores portugueses,há empresários bons e o seu contrário,não atirem o odioso da questão para cima do trabalhador,o assunto merece uma reflexão mais profunda.Falemos então de mérito, para se chegar a alguns sitios, até ver isso não é condição no nosso país, veja-se o caso dos politicos, que fizeram eles? Passos Coelho, Seguro,Portas,quem são e o que fizeram para serem 1º ministros ou candidatos? Fizeram carreiras nas Jotas,chegaram ao topo com mérito?Nas escolas premeia-se o mérito do aluno e do professor? Nas empresas existem prémios ou incentivos? 500€ é um salário decente?Viviam vocês com ele? Esses nem sabem que há Caldeirão da Bolsa,nem têm direito a NET.
 
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Re: Alexandre Soares dos Santos:«Considero que fui roubado»

por Elias » 9/9/2011 12:20

Pedro, duas coisas:

pdcarrico Escreveu:se a Jerónimo Martins é tão lucrativa, está tão imune à crise e até distribui dividendo antecipado


Os lucros da JMT vêm sobretudo do estrangeiro, não sei se a operação em Portugal é assim tão lucrativa.

pdcarrico Escreveu:porque será necessário aumentar as horas de trabalho de um caixa


Parece-me que ele não falou nos caixas.

O pessoal da JMT vai muito para além dos caixas, que são apenas a face mais visível para o grande público.
 
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Re: Alexandre Soares dos Santos:«Considero que fui roubado»

por pdcarrico » 9/9/2011 12:12

rmachado Escreveu:Pedro

É sempre um prazer "ler-te" e fazes observações bastante pertinentes.
Mas faltam ai umas partes..
Na última ele diz taxativamente (e estamos a ajudar alguns) o que indicia que o pode fazer mas que não o pode fazer a todos.

Tb diz que tinha lugar para 24 empregados no Algarve e só conseguiu colocar 3 (ou 4).. dito isto, mesmo que a ele interesse que trabalhem mais horas (trabalho indiferenciado) ele nem consegue arranjar quem trabalhe.. e tb disse que 30% faltam pelo menos 3 dias por mês... pq?

Tb refere que está a empregar pessoas de 50 anos na Azambuja e que esses sentem um enorme prazer em ser úteis, achas tipico esta atitude de um empregador?

A JM de certeza que explora (na medida da lei) os seus trabalhadores indiferenciados, mas tb não podemos pedir que seja uma IPSS... ou podemos?

Eu sinceramente não gosto muito nem da defesa intransigente do trabalhador nem do patrão... e aqui em Portugal muita gente gosta de estar ou dum lado ou do outro... não são capazes de ver o meio...


Viva,

Repara no seguinte: eu aceitaria e acharia uma observação inteligente se um Ludgero Marques entendesse que o caminho estava no aumento das horas trabalhadas. É um industrial de direita, que defende o seu lucro, e tem todo o meu apoio. Mas no caso dele, se os trabalhadores tivessem mais horas na fábrica, produziriam mais, a cifial exportaria mais, e acredito que mais facilmente as pessoas manteriam o seu emprego.

Com o Soares dos Santos, não tenho a mesma confiança. O nível de produção de um pingo doce depende da demografia da região e vão vai trazer mais valor agregado bruto com 15 ou com 25 trabalhadores. Resta então saber como se vai distribuir o valor que será fixo - ele propõe gastar menos com o factor trabalho (pagar o mesmo a menos trabalhadores que vão fazer mais). Eu entendo o ponto de vista dele, mas se a Jerónimo Martins é tão lucrativa, está tão imune à crise e até distribui dividendo antecipado, porque será necessário aumentar as horas de trabalho de um caixa que já é por definição um trabalhador fod***.

Quanto ao trabalho não preenchido, aí foi mesmo não acreditar em tudo o que ele diz, porque ele formata a informação conforme é do interesse dele. Não há muito tempo dizia que não tem condições para contratar e por isso, numa entrevista na Sic Notícias, dizia com pesar que via com saudades os netos longe porque não lhes podia dar emprego se também não dava a outros. Quanto a dar emprego a seniores, tem todo o meu apoio e acho que está no caminho certo. Diria que em muita coisa é um sujeito com ideias que podem ser interessantes, mas infelizmente depois tem saídas que não lembram ao diabo. Essa coisa de dizer que é roubado por conta fiscalidade é daquelas balelas que qualquer pessoa pode sempre dizer em qualquer época em Portugal.

Eu não gosto de sindicatos justamente porque mentem e não conseguem ver as dificuldades do outro lado mas sinceramente parece-me que alguns patrões têm vícios semelhantes.
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por Madeirense » 9/9/2011 12:11

O problema é que em Portugal têm-se o péssimo hábito de interpretar mal as leis da física, é que potência é a quantidade de trabalho efectuado por unidade de tempo, e nós em vez de dividir, multiplicamos :twisted:
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por Mares » 9/9/2011 12:03

EBF Escreveu:
Mares Escreveu:
lagosta Escreveu:Mares,

porque será que sempre que se fala em Jeronimo Martins ou sonae vem sempre á baila a caixa do hipermercado, para exemplificar o que quer que seja?

haverá tantas outras posiçoes, onde fará sentido trabalhar mais horas, alias os 2 maiores grupos nao tem nos seus quadros apenas caixas.
é como tudo, ha bons e maus funcionarios, uns produzem e são activos e vestem a camisola, outros "absentistas e deixa andar, que pensam que para o que ganho faço muito.
lá está o que ele refere na entrevista tinha 20 e poucas vagas e preencheu 4...é o que temos e nao acredito que fosse tudo para as caixas


lagosta,

qual é o salário médio dos seus trabalhadores? Quais são as suas perspectivas futuras? Que proteção terão quando se reformarem?

Qual é a riqueza que gera ao país? Quanto contríbui para a balança comercial? Qual é o seu contributo para o país?

A estas perguntas, e a muitas outras, gostaría de vêr respostas. Com um sorriso largo no rosto, mostrando que o caminho é para o progresso e não para a miséria.


Boas, Não sou o Lagosta, se não te importas gostava de responder algumas das tuas questões.

Qual o salário médio? Pouco importante.

Perspectivas de futuro? Continuar a trabalhar, ter um emprego que lhe garante um ordenado, ver o seu trabalho reconhecido, ver a empresa crescer, adquirir novos conhecimentos, adquirir novas competências.

Reforma? Pois esta não depende da empresa, mas sim de todos os Portugueses, cada um que não produz o suficiente para sua propria reforma, está a prejudicar aqueles que o fazem, e vão ver reduzida por via de contribução para aqueles que não o fizeram.

Qual a riqueza que gera ao pais? por cada trabalhador TSU, por lucros IRC. IVA pelo consumo. No meu caso cada trabalhador custa a empresa cerca de 2x os eu ordenado liquido.

Quanto contribui para a balança comercial? esta é uma pergunta dos livros, um tecido empresarial de micro e medias empresas, cada uma delas conta muito pouco por si só, mas cada uma que fecha conta a dobrar para a despesa do estado.

O meu contributo para o pais? dificil de responder. Quando me reformar aos 67 anos terei se lá chegar, descontado para segurança social 50 anos, até a data nunca tive de baixa, nunca tive reembolso de IRS. assumo o meu contributo social para país mas custa-me aceitar algumas.

Garanto que serei dos ultimos a desistir, sou de uma geração desenrascada.

cumprimentos


Se para os trabalhadores não interessa o salário que vão receber, só pode significar que estão lá para uns "biscates".

Se as perspectívas de futuro passa somente por ter um trabalho que lhe garanta um ordenado (independente do seu valor), só pode significar que é "trabalhar para aqueçer".

Qualquer trabalhador deverá se preocupar com a vida depois que deixar de trabalhar. Se o seu salário foi baixo, sem perspectívas de futuro, certamente que irá reflectír-se na reforma.

A contribuição para a riqueza de um país não é gerada pelos impostos que se pagam ao Estado.

A riqueza é gerada sim pelo concretizar as vantagens competitivas desse país, contribuindo assim para aumentar as exportações ou fazer diminuír as importações: Aumentar a competitividade do país no cenário internacional; captar recursos e investimentos para o país; melhorar a formação e a eficiência; gerar empregos e distribuír riqueza.

O contributo para o país terá de ser várias vezes superior ao imposto que se paga (para que tenha uma contribuição positiva efectíva). Poderá muitas vezes nem ser quantificável no imediato, mas poderá gerar riqueza para o país no actual e para as gerações futuras.

Cumprimentos.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por andre_ferreira » 9/9/2011 11:47

richardj Escreveu:andre não sei o que se aprende lá, mas não deve ser muito difícil fazer os descontos do gasóleo para a empresa. e não há grande mal quando esqueces uma factura de 1000 euros ou quando lanças 2 vezes uma factura de 1000 euros, mas quando são de 50 mil e 70 mil ai já se torce a orelha. é porque as multas são muitos mais pesadas


acredito que tenha lá passado mt gente incompetente e que repetir o mesmo erro é sinal disso mesmo.

agora a questão é: essas pessoas foram devidamente ensinadas? por mais simples que sejas os processos eu acho que devem ser ensinados nem que seja uma vez e permitir uma pequena margem de erro ou entao deixar o empregado por sua conta e permitir uma maior margem de erro.

em relação á universidade, o que eu queria dizer era: por exemplo, diferença entre um licenciado em contabilidade e licenciado num curso profissional de contabilidade.

no fim dos respectivos cursos o que tem o curso profissional percebe mais de contabilidade do que outro, porque teve mt mais pratica, tem mecanizados os processos mas este se lhe aparece um ploblema diferente ao qual está habituado tem mais dificuldade em resolve lo do que o outro que tem uma base teorica mais aprofundada. isto é se o licenciado em contabilidade percebeu bem o aprendeu na licenciatura.


ps: se tua mae precisar de alguem pra contabilidade avisa :mrgreen: :mrgreen: brincadeira
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Re: Alexandre Soares dos Santos:«Considero que fui roubado»

por rmachado » 9/9/2011 11:39

pdcarrico Escreveu:Para que conste, eu acho que a Jerónimo Martins é uma boa empresa e as suas opções estratégicas fazem todo o sentido. Mas este Soares dos Santos tem a mania de se fazer de vítima quando não tinha absolutamente nenhuma necessidade de o fazer.

Elias Escreveu:
O presidente da Jerónimo Martins compreende porque é que ainda não há cortes na despesa por parte do Governo. Em entrevista à SIC, criticou ainda a forma como os portugueses enfrentam o trabalho e disse que teve ofertas de postos de trabalho que não foram ocupadas.



Muito curioso este comentário. Quando há apenas 3/4 meses se dizia muito triste porque tinha de ver os netos fora do País uma vez que não podia lhes dar emprego pois não abria vagas para outros. E a sua moral dizia que não lhes dava emprego se também não dava a outros.

Podia na altura simplesmente dizer que faz o que todos fazem (e muito bem) que é mandar os sucessores conhecer o mundo e outras realidades antes de assumir responsabilidades executivas no grupo. Mas tinha que se armar aos cágados e imputar a responsabilidade de ver os netos fora à impossibilidade de criar emprego no País. Aparentemente teria 24 vagas para oferecer aos netos na loja do Algarve.

Elias Escreveu:
O segundo homem mais rico de Portugal para a revista “Exame” afirmou que a população portuguesa tem de compreender que “tem de trabalhar”. “Não ouço ninguém a dizer porque é que não se trabalha mais horas”, indicou.



Será possível que ele não percebe que qualquer pessoa podia dizer isto menos o dono de uma rede de distribuição onde 70/80% dos empregados são pagos para fazer uma coisa cujo retorno só depende do tempo de trabalho?

É evidente que para ele é interessante mais tempo de trabalho. Uma loja pingo doce precisa de x horas de trabalho e não de y de quantidade de trabalhadores. Se a quantidade de horas gasta for maior, ele terá obviamente que contratar menos gente. Ou não está ele à espera que nós acreditemos que ele manterá um caixa de supermercado a olhar para o tecto.

Elias Escreveu:
Por sua vez, o presidente da Jerónimo Martins assegurou que a banca faz parte do actual problema, já que não tem assegurado o financiamento do fundo de maneio. Disse mesmo que a empresa já perdeu “mais de 21 fornecedores”. “O problema da banca é um problema urgente”, defendeu.


O problema é sempre dos outros. Talvez tenha perdido esses 21 fornecedores porque não prescinde de prazos de pagamento que o enchem de liquidez (16,5% da facturação ou cerca de 1,5 mil milhões de euros). E depois dizia (em finais de 2010) que estava com excesso de liquidez e por isso pagava dividendos extraordinários. Será que não entende que nesta altura era quando podia facilitar um pouco a vida aos seus fornecedores? É que pelo balanço dá para entender que a vida deles só piorou.


Pedro

É sempre um prazer "ler-te" e fazes observações bastante pertinentes.
Mas faltam ai umas partes..
Na última ele diz taxativamente (e estamos a ajudar alguns) o que indicia que o pode fazer mas que não o pode fazer a todos.

Tb diz que tinha lugar para 24 empregados no Algarve e só conseguiu colocar 3 (ou 4).. dito isto, mesmo que a ele interesse que trabalhem mais horas (trabalho indiferenciado) ele nem consegue arranjar quem trabalhe.. e tb disse que 30% faltam pelo menos 3 dias por mês... pq?

Tb refere que está a empregar pessoas de 50 anos na Azambuja e que esses sentem um enorme prazer em ser úteis, achas tipico esta atitude de um empregador?

A JM de certeza que explora (na medida da lei) os seus trabalhadores indiferenciados, mas tb não podemos pedir que seja uma IPSS... ou podemos?

Eu sinceramente não gosto muito nem da defesa intransigente do trabalhador nem do patrão... e aqui em Portugal muita gente gosta de estar ou dum lado ou do outro... não são capazes de ver o meio...
 
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por Elias » 9/9/2011 11:33

Mares Escreveu:Mas para trabalhar numa caixa de supermercado, onde a eficiência não deverá ser de extrema importância, ficar la mais tempo (e com salários baixos), poderá baixar ainda mais os "custos do trabalho".


rmachado Escreveu:Até pode pagar mal aos caixas... :)


Mas qual é a base para afirmar que o salário dos caixas é baixo?

E já agora, qual deveria ser o salário de um caixa?
 
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por rmachado » 9/9/2011 11:30

Até pode pagar mal aos caixas... :)

Mas o Homem fala muito bem e certeiro.
 
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por richardj » 9/9/2011 11:26

andre não sei o que se aprende lá, mas não deve ser muito difícil fazer os descontos do gasóleo para a empresa. e não há grande mal quando esqueces uma factura de 1000 euros ou quando lanças 2 vezes uma factura de 1000 euros, mas quando são de 50 mil e 70 mil ai já se torce a orelha. é porque as multas são muitos mais pesadas
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por andre_ferreira » 9/9/2011 11:18

richardj Escreveu:devo dizer que a minha mãe lidera um departamento numa empresa de contabilidade internacional e está com dificuldades em encontrar uma pessoa para um lugar há mais de 2 anos. acho que já vão na 5ª pessoa. já apareceu de tudo, desde trabalhadores que aldrabão as contas para bater certo, não seguem os processos definidos e acabam sempre por se enganar, inventam novos métodos e enviam para as empresas sem checar com o responsável superior, não fazem horas extraordinárias nem estão interessados em aprender novas coisas, querem que seja definido quais são as suas responsabilidades e não fazem mais um milímetro do que isso. a caixa do correio pode estar a rebentar que não vão lá buscar, pode não haver papel para impressoras que não se preocupam etc... mas o pior é mesmo os erros técnicos que fazem, eu não sei o que aprenderam na faculdade ...
quote]

:arrow: na faculdade aprede-se a teoria não a pratica

:arrow: se for permitido o erro as pessoas aprendem depressa

richardj Escreveu:por outro lado sei que há empresas, nomeadamente no estados unidos e também no norte da Europa que perguntam se a pessoa é fumadora ou não, uma vez que existem um impacto a longo prazo.


acho tambem que essas empresas não deviam empregar mulheres porque elas têm filhos e tem impacto a longo prazo. acha paciencia
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por richardj » 9/9/2011 11:07

devo dizer que a minha mãe lidera um departamento numa empresa de contabilidade internacional e está com dificuldades em encontrar uma pessoa para um lugar há mais de 2 anos. acho que já vão na 5ª pessoa. já apareceu de tudo, desde trabalhadores que aldrabão as contas para bater certo, não seguem os processos definidos e acabam sempre por se enganar, inventam novos métodos e enviam para as empresas sem checar com o responsável superior, não fazem horas extraordinárias nem estão interessados em aprender novas coisas, querem que seja definido quais são as suas responsabilidades e não fazem mais um milímetro do que isso. a caixa do correio pode estar a rebentar que não vão lá buscar, pode não haver papel para impressoras que não se preocupam etc... mas o pior é mesmo os erros técnicos que fazem, eu não sei o que aprenderam na faculdade ...

por outro lado sei que há empresas, nomeadamente no estados unidos e também no norte da Europa que perguntam se a pessoa é fumadora ou não, uma vez que existem um impacto a longo prazo.
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por EBF » 9/9/2011 10:56

Mares Escreveu:
lagosta Escreveu:Mares,

porque será que sempre que se fala em Jeronimo Martins ou sonae vem sempre á baila a caixa do hipermercado, para exemplificar o que quer que seja?

haverá tantas outras posiçoes, onde fará sentido trabalhar mais horas, alias os 2 maiores grupos nao tem nos seus quadros apenas caixas.
é como tudo, ha bons e maus funcionarios, uns produzem e são activos e vestem a camisola, outros "absentistas e deixa andar, que pensam que para o que ganho faço muito.
lá está o que ele refere na entrevista tinha 20 e poucas vagas e preencheu 4...é o que temos e nao acredito que fosse tudo para as caixas


lagosta,

qual é o salário médio dos seus trabalhadores? Quais são as suas perspectivas futuras? Que proteção terão quando se reformarem?

Qual é a riqueza que gera ao país? Quanto contríbui para a balança comercial? Qual é o seu contributo para o país?

A estas perguntas, e a muitas outras, gostaría de vêr respostas. Com um sorriso largo no rosto, mostrando que o caminho é para o progresso e não para a miséria.


Boas, Não sou o Lagosta, se não te importas gostava de responder algumas das tuas questões.

Qual o salário médio? Pouco importante.

Perspectivas de futuro? Continuar a trabalhar, ter um emprego que lhe garante um ordenado, ver o seu trabalho reconhecido, ver a empresa crescer, adquirir novos conhecimentos, adquirir novas competências.

Reforma? Pois esta não depende da empresa, mas sim de todos os Portugueses, cada um que não produz o suficiente para sua propria reforma, está a prejudicar aqueles que o fazem, e vão ver reduzida por via de contribução para aqueles que não o fizeram.

Qual a riqueza que gera ao pais? por cada trabalhador TSU, por lucros IRC. IVA pelo consumo. No meu caso cada trabalhador custa a empresa cerca de 2x os eu ordenado liquido.

Quanto contribui para a balança comercial? esta é uma pergunta dos livros, um tecido empresarial de micro e medias empresas, cada uma delas conta muito pouco por si só, mas cada uma que fecha conta a dobrar para a despesa do estado.

O meu contributo para o pais? dificil de responder. Quando me reformar aos 67 anos terei se lá chegar, descontado para segurança social 50 anos, até a data nunca tive de baixa, nunca tive reembolso de IRS. assumo o meu contributo social para país mas custa-me aceitar algumas.

Garanto que serei dos ultimos a desistir, sou de uma geração desenrascada.

cumprimentos
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por acintra » 9/9/2011 10:55

Elias Escreveu:
A-330 Escreveu:O problema. do trabalhador. em Portugal é o café. ,o cigarro e as doenças. crônicas .


Eu creio que o problema não são os cafés nem os cigarros mas sim a atitude das pessoas perante o trabalho.


Acho que o principal defeito é a nossa lei do trabalho e a justiça.
As pessoas só estão empenhadas quando estão a contrato a prazo porque quando passam aos quadros começam as doenças, cigarros e cafés ou seja atitudes incorrectas.

Aqueles que trabalham mesmo, e que querem trabalhar, não tem medo porque sabem que tem valor acrescentado para a empresa onde trabalham ou arranjam lugar numa outra.

Por outro lado é altura de a maioria começar a pensar que aqueles trabalhos que diziam que estavam destinados a ser preenchidos por mão de obra estrangeira serem a unica hipotese para refazerem a vida.
Um abraço e bons negócios.

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Soares dos Santos

por Clinico » 9/9/2011 10:52

Obrigado pela oportunidade de ouvirmos este grande senhor, de 77 anos extremamente lúcidos e brilhantes, num video de crítica, mas de incentivo e encorajamento para um futuro melhor em que acredita...

Fabuloso !

Tenho que ver se ele quer ir "dar uma perninha" lá para o meu consultório para pôr aquilo na ordem.
Eu tambem gostava de me internacionalizar, mas não posso...
Abraços
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Re: Alexandre Soares dos Santos:«Considero que fui roubado»

por pdcarrico » 9/9/2011 10:42

Para que conste, eu acho que a Jerónimo Martins é uma boa empresa e as suas opções estratégicas fazem todo o sentido. Mas este Soares dos Santos tem a mania de se fazer de vítima quando não tinha absolutamente nenhuma necessidade de o fazer.

Elias Escreveu:
O presidente da Jerónimo Martins compreende porque é que ainda não há cortes na despesa por parte do Governo. Em entrevista à SIC, criticou ainda a forma como os portugueses enfrentam o trabalho e disse que teve ofertas de postos de trabalho que não foram ocupadas.



Muito curioso este comentário. Quando há apenas 3/4 meses se dizia muito triste porque tinha de ver os netos fora do País uma vez que não podia lhes dar emprego pois não abria vagas para outros. E a sua moral dizia que não lhes dava emprego se também não dava a outros.

Podia na altura simplesmente dizer que faz o que todos fazem (e muito bem) que é mandar os sucessores conhecer o mundo e outras realidades antes de assumir responsabilidades executivas no grupo. Mas tinha que se armar aos cágados e imputar a responsabilidade de ver os netos fora à impossibilidade de criar emprego no País. Aparentemente teria 24 vagas para oferecer aos netos na loja do Algarve.

Elias Escreveu:
O segundo homem mais rico de Portugal para a revista “Exame” afirmou que a população portuguesa tem de compreender que “tem de trabalhar”. “Não ouço ninguém a dizer porque é que não se trabalha mais horas”, indicou.



Será possível que ele não percebe que qualquer pessoa podia dizer isto menos o dono de uma rede de distribuição onde 70/80% dos empregados são pagos para fazer uma coisa cujo retorno só depende do tempo de trabalho?

É evidente que para ele é interessante mais tempo de trabalho. Uma loja pingo doce precisa de x horas de trabalho e não de y de quantidade de trabalhadores. Se a quantidade de horas gasta for maior, ele terá obviamente que contratar menos gente. Ou não está ele à espera que nós acreditemos que ele manterá um caixa de supermercado a olhar para o tecto.

Elias Escreveu:
Por sua vez, o presidente da Jerónimo Martins assegurou que a banca faz parte do actual problema, já que não tem assegurado o financiamento do fundo de maneio. Disse mesmo que a empresa já perdeu “mais de 21 fornecedores”. “O problema da banca é um problema urgente”, defendeu.


O problema é sempre dos outros. Talvez tenha perdido esses 21 fornecedores porque não prescinde de prazos de pagamento que o enchem de liquidez (16,5% da facturação ou cerca de 1,5 mil milhões de euros). E depois dizia (em finais de 2010) que estava com excesso de liquidez e por isso pagava dividendos extraordinários. Será que não entende que nesta altura era quando podia facilitar um pouco a vida aos seus fornecedores? É que pelo balanço dá para entender que a vida deles só piorou.
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por JCS » 9/9/2011 10:40

Grande entrevista.
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"Every trade is a test"
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"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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por EBF » 9/9/2011 10:30

lagosta Escreveu:Mares,

porque será que sempre que se fala em Jeronimo Martins ou sonae vem sempre á baila a caixa do hipermercado, para exemplificar o que quer que seja?

haverá tantas outras posiçoes, onde fará sentido trabalhar mais horas, alias os 2 maiores grupos nao tem nos seus quadros apenas caixas.
é como tudo, ha bons e maus funcionarios, uns produzem e são activos e vestem a camisola, outros "absentistas e deixa andar, que pensam que para o que ganho faço muito.
lá está o que ele refere na entrevista tinha 20 e poucas vagas e preencheu 4...é o que temos e nao acredito que fosse tudo para as caixas


Boas,

O Problema é que muitas vezes estes "absentistas" contaminam os bons trabalhadores, "se aquele não faz, porque deve ser eu a fazer", "aquele é que esperto, não faz, não se chateia, ninguém lhe pede nada".
Mudar isto depende tanto dos empregadores como dos empregados. Quem faz deve ser recompensado, ou pelo menos deve ver o seu esforço reconhecido. E muito importante, nem toda gente tem como objectivo principal mais dinheiro.

cumprimentos
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por Mares » 9/9/2011 10:27

lagosta Escreveu:Mares,

porque será que sempre que se fala em Jeronimo Martins ou sonae vem sempre á baila a caixa do hipermercado, para exemplificar o que quer que seja?

haverá tantas outras posiçoes, onde fará sentido trabalhar mais horas, alias os 2 maiores grupos nao tem nos seus quadros apenas caixas.
é como tudo, ha bons e maus funcionarios, uns produzem e são activos e vestem a camisola, outros "absentistas e deixa andar, que pensam que para o que ganho faço muito.
lá está o que ele refere na entrevista tinha 20 e poucas vagas e preencheu 4...é o que temos e nao acredito que fosse tudo para as caixas


lagosta,

qual é o salário médio dos seus trabalhadores? Quais são as suas perspectivas futuras? Que proteção terão quando se reformarem?

Qual é a riqueza que gera ao país? Quanto contríbui para a balança comercial? Qual é o seu contributo para o país?

A estas perguntas, e a muitas outras, gostaría de vêr respostas. Com um sorriso largo no rosto, mostrando que o caminho é para o progresso e não para a miséria.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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